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NotíciasTranscrição
00:00O site mais vigilante do Brasil cresceu, ganhou prêmio, virou portal e agora está de cara nova,
00:10mantendo e fortalecendo a sua essência de vigiar o poder, seja ele qual for.
00:15O antagonista expande seu conteúdo de jornalismo independente, estreia programas e editorias,
00:20multiplica análises nacionais e internacionais com novos colunistas e aprofunda a cobertura dos fatos
00:27com um visual mais leve e prático para você se informar diariamente e refletir ainda melhor
00:32sobre o mundo real e o rumo dos acontecimentos.
00:35Quer também uma opção para o fim de semana?
00:38Toda sexta-feira, uma edição repaginada da revista Cruzoé traz dicas de cultura e crônicas irreverentes,
00:44além de artigos e reportagens especiais sobre os principais assuntos da atualidade.
00:51Vamos juntos furar as bolhas de desinformação e propaganda
00:55para expor a realidade como ela é.
00:57Nunca foi tão fácil entender o que está acontecendo.
01:01O antagonista, jornalismo vigilante.
01:04Olá, boa tarde, sejam todos muito bem-vindos ao Meio Dia em Brasília,
01:23um programa do portal O Antagonista, exibido também na TV BMC.
01:27Hoje, estamos apresentando mais um programa da série especial com a retrospectiva de 2024,
01:34um ano que muita coisa aconteceu.
01:36Se no Brasil as eleições forem intensas, nos Estados Unidos, elas também foram bem atípicas.
01:42Joe Biden desistiu após uma participação dantesca no debate da CNN.
01:48Kamala Harris assumiu o seu lugar e Donald Trump, no início da campanha, foi alvo de um atentado.
01:54Mesmo assim, conseguiu voltar à Casa Branca.
01:57Aqui, no Meio Dia em Brasília, fizemos a seguinte análise sobre a vitória de Trump.
02:03Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos, depois de passar quatro anos fora da Casa Branca.
02:12O republicano, de 78 anos, volta ao comando da nação mais poderosa do mundo.
02:20O republicano foi declarado presidente dos Estados Unidos por volta das 7 horas e 30 minutos desta quarta-feira,
02:28quando alcançou a marca dos 276 delegados do colégio eleitoral.
02:35Ele assume o cargo em 20 de janeiro de 2025.
02:40Me confirma o seguinte, vamos lá, Duda, vamos ver se a minha pronúncia está correta.
02:43Com a apuração ainda em curso, o Trump liderava ali nos sete estados pêndulo.
02:49Wisconsin, Pensilvânia, Carolina do Norte, Georgia, Michigan, Nevada e Arizona.
02:58Em desempenho superior à sua vitória de 2016, ele também, neste momento, lidera no chamado voto popular.
03:05Só para a gente ter uma ideia do que isso representa, neste momento, o Trump tem 71 milhões de votos contra 66,4 milhões de votos da Kamala Harris.
03:21Ainda durante a apuração, meu caro Duda, o Trump fez um pronunciamento comentando o resultado das urnas.
03:31Matheus, solta por gentileza aí o pronunciamento Donald Trump em vídeo legendado pelo Felipe Moura Brasil.
03:36U.S.! U.S.! U.S.! U.S.! U.S.!
03:43U.S.!
03:44U.S.!
03:44Well, I want to thank you all very much. This is great. These are our friends.
03:48We have thousands of friends on this incredible movement.
03:53This was a movement like nobody's ever seen before.
03:57And, frankly, this was, I believe, the greatest political movement of all time.
04:07There's never been anything like this in this country, and maybe beyond.
04:13And now it's going to reach a new level of importance, because we're going to help our country heal.
04:21We're going to help our country heal.
04:23We have a country that needs help, and it needs help very badly.
04:28We're going to fix our borders. We're going to fix everything about our country.
04:33And we made history for a reason tonight, and the reason is going to be just that.
04:39We overcame obstacles that nobody thought possible,
04:43and it is now clear that we've achieved the most incredible political thing.
04:49Look what happened. Is this crazy?
04:51But it's a political victory that our country has never seen before.
05:03Nothing like this.
05:04I want to thank the American people for the extraordinary honor of being elected.
05:09And to every citizen, I will fight for you, for your family, and your future.
05:25Every single day, I will be fighting for you.
05:28And with every breath in my body, I will not rest until we have delivered the strong, safe, and prosperous America
05:37that our children deserve, and that you deserve.
05:41This will truly be the golden age of America.
05:45That's what we have to know.
05:46This is a magnificent victory for the American people that will allow us to make America great again.
05:59Thank you.
06:00Thank you.
06:00Thank you.
06:03Duda, let me see you here, this map, this map, where Trump vence and where Kamala Harris vence.
06:16Duda, you want a better geography than I, I mean, I think this map, he gives us a dimension exat to the extent of the victory of Donald Trump.
06:25Por que eu estou falando isso? Vejam que é praticamente um mar vermelho, Donald Trump conseguiu transformar os Estados Unidos num mar vermelho, então é algo que não se imaginava, nenhum instituto de pesquisa, a gente falava inclusive durante a semana, todas as sondagens apontavam um empate, mas de empate isso não teve nada.
06:50Não dá para falar que houve uma surra, mas olha, sem dúvida nenhuma foi uma vitória acachapante do Donald Trump.
06:56Foi uma vitória acachapante sim, a gente vê aí no mapa a expectativa era a Georgia e a Carolina do Norte, já estavam ali mais com o Trump, a grande dúvida era a Pensilvânia que está ali rachadinho mais à direita em cima,
07:15onde ele aparecia com uma diferença de um, dois pontos percentuais. Pensilvânia que era o estado, é um estado entre os estados pêndulo o mais populoso, tem 19 delegados no colégio eleitoral e o Trump ganhou bem.
07:33E além de ganhar na Pensilvânia, na Carolina do Norte, na Georgia, então três estados pêndulo, ele também ganhou o Wisconsin ali mais para cima,
07:44que era, estava-se dizendo ali que o Wisconsin e o Michigan seriam, a Kamala Harris seria vitoriosa, era o tal do paredão azul, azul da cor do Partido Democrata,
07:57e que o Trump teria dificuldade de vencer por lá. E essa vitória no Wisconsin fez com que ele ganhasse bem, não é uma vitória por um triz.
08:11E ainda vão se somar os delegados do Arizona e de Nevada, e aí então é uma boa vitória.
08:19E uma vitória, você tocou ali no ponto dos votos totais, quando o Trump vence em 2016, tem toda aquela crítica de que, puxa, como assim ele vence no colégio eleitoral,
08:32mas perde nos votos totais. E agora ele vai vencer nos votos totais.
08:41Então, é uma vitória que dificilmente também pode ser contestada, porque a maior parte dos americanos, independente de onde eles moram, preferiu o Trump e a Kamala Harris.
08:55E, Duda, tem uma questão, deixa eu só voltar aqui para a minha base, porque, Duda, a pergunta que eu te faço ainda sobre isso é a seguinte,
09:05vejam aí esse mar vermelho. O que foi decisivo para essa vitória do Trump? Foi só a economia?
09:13Essa é uma questão que muitas pessoas se debatem. Foi só a economia? Há um desgaste da cultura woke?
09:20É uma confluência de fatores? A esquerda passou a manhã toda chorando, ah, porque é extrema-direita, não sei o quê, etc, etc, etc.
09:28Mas a gente não pode ser tão simplista assim, não é, Duda? Quer dizer, o Trump, ele vence em um contexto, de fato, multifacetado.
09:37Quer dizer, tem a economia por um lado, tem o desgaste do discurso da esquerda, e a própria candidata Kamala Harris,
09:42pelo menos que já nos alertava o nosso Alexandre Borges, que já está chegando, também não era essa Coca-Cola toda quanto se imaginava, não é, Duda?
09:51Sim, vamos lá, então. O que que beneficiou o Trump? A questão da economia.
09:54A maior parte dos americanos entende que ele era melhor para conduzir a economia, e aumentou muito o número de americanos
10:03que acham que a economia é um problema, que veem que a situação deles hoje é pior do que há quatro anos.
10:09Também a questão da imigração pesou, também os americanos acham que o Trump é o melhor cara para lidar com esse problema.
10:16Também se colocava ali como Estado da Democracia, que é preciso preservar a democracia americana e tal,
10:23mas nesse assunto você tem uma divisão entre republicanos e democratas,
10:28porque os republicanos acham que ameaça a democracia é a Kamala Harris,
10:32e os democratas acham que ameaça a democracia é o Trump.
10:35Então, esse é um item que, embora os americanos dizem que ele é importante,
10:40ele não favorece nenhum nem outro.
10:44Aí, vamos falar agora sobre a Kamala Harris, o que que prejudicou ela?
10:48A primeira coisa é ela própria.
10:50A Kamala Harris, ela entra ali como candidata do Partido Democrata, como uma mulher,
10:59então, falando pela primeira vez, os Estados Unidos vai ter uma mulher presidente,
11:03e ela, por ser, então, filha de uma médica indiana e de um economista jamaicano,
11:08ela seria representante, então, desses imigrantes,
11:12e aí os latinos, então, votariam nela, e ela tem uma pele mais escura,
11:16então, os negros também votariam nela.
11:19E essas coisas, tudo isso aí, nada disso se confirmou, né?
11:24A gente teve mais latinos votando para o Trump dessa vez, principalmente os homens latinos.
11:30Então, para os latinos, imigrantes, que já estão consolidados nos Estados Unidos,
11:39e a maior parte está, você vê, eles já estão morando lá, os cubanos em Miami,
11:45os mexicanos no Texas, essa gente já tem patrimônio, já vota,
11:51eles entendem que a economia é um problema, e a imigração ilegal é outro problema.
11:57E aí não faz sentido para eles votarem em uma pessoa só porque ela é filha de imigrantes, né?
12:04Não tem essa conexão.
12:06A conexão maior é com os problemas que eles enfrentam de fato.
12:10E a Kamala Harris saiu, por exemplo, defendendo a causa do aborto, né?
12:16A possibilidade que as mulheres possam abortar em várias situações.
12:22Só que esse é um tema que não influenciou na eleição.
12:30Mesmo pessoas, quase metade das pessoas que acham que as mulheres têm o direito de escolher
12:37entre o aborto, na maioria dos casos, essas pessoas, metade delas votaram no Trump, né?
12:45Porque depois da decisão da Suprema, o que a decisão da Suprema Corte fez ao reverter aquele caso do Roe v. Wade,
12:53foi deixar a questão do aborto para os estados.
12:56Então, é muito difícil reverter isso.
12:59Então, o voto para presidente hoje não tem mais relação com a questão do aborto.
13:04E a Kamala saiu fazendo campanha para o aborto.
13:10E aí não funcionou.
13:11Ela nem sequer conseguiu aumentar o voto feminino em geral para ela.
13:18O Biden conseguiu mais votos de mulheres que ela.
13:22E a Hillary Clinton também conseguiu mais votos de mulheres que ela.
13:26Fora que ela, como candidata, também não funcionou.
13:30A Kamala, o histórico dela, ela tinha tentado entrar na eleição primária do Partido Democrata em 2020
13:40e ela saiu logo no começo, porque ela não aparecia bem nas pesquisas.
13:46Ela desistiu porque não tinha conseguido atrair os eleitores.
13:51E quando ela entra e substitui o Joe Biden,
13:55ela faz isso por uma decisão de cima para baixo do Partido Democrata, do establishment.
14:00do Partido Democrata que escolhe ela.
14:03E aí o resto todo tem que aceitar.
14:06O Partido Democrata teria sido mais interessante se tivesse deixado,
14:09feito ali na convenção, uma oportunidade para as pessoas de base,
14:13os filiados, realmente escolherem alguém.
14:16Não foi isso que aconteceu.
14:17Uma candidata ruim, que ficou escondida a maior parte do tempo,
14:21que adotou uma estratégia de campanha equivocada,
14:26e aí para uma população que estava vendo outros problemas.
14:31E aí realmente a coisa não deu certo.
14:33Sem dúvida nenhuma.
14:34Deixa eu trazer o nosso Alexandre Borges.
14:35Ale, está recuperado, querido?
14:37Você está bem?
14:38Deixa eu perguntar no Ale.
14:41Está tudo bem, Gassá.
14:42Por que eu estou perguntando isso para o Ale?
14:45Gente, só para vocês terem uma ideia,
14:46a cobertura aqui em O Antagonista foi intensa.
14:49O Ale ficou até...
14:51Eu confesso que eu dormi ali por volta de uma hora da manhã,
14:54acompanhando o início da cobertura,
14:56já dando mais ou menos as diretrizes desse jornal.
15:00Mas o Ale, ele ficou...
15:02Depois eu fui dormir,
15:03aí eu fui acordar às seis e pouca da manhã.
15:05Vejo aqui como é que a gente quase não dorme.
15:07Ansiedade sobre as eleições.
15:09E aí eu percebi aqui no grupo da firma
15:12que o Ale foi dormir quatro da manhã, praticamente.
15:15E aí...
15:16Trabalhando até cinco.
15:19Trabalhando até cinco.
15:20E aí às oito...
15:21E tinha mensagem do Ale ali, sete da manhã.
15:24Falei, gente, vamos dormir, senhores.
15:26Vamos dormir.
15:27Por isso que eu estou perguntando para ler,
15:28para ver se ele está inteiro, né?
15:29Porque foi uma cobertura de fato intensa.
15:32Parabéns pela cobertura, Ale.
15:33Faz parte do processo.
15:35É isso, meu querido.
15:36E a pergunta que eu te faço,
15:37eu te levanto a bola.
15:40Ainda pegando o gancho do Duda.
15:42Foi o Trump que venceu
15:44ou foi a Câmara que perdeu?
15:47Olha, a gente tem que respeitar a opinião do eleitor.
15:54Quem venceu foi a democracia americana.
15:55Quem venceu foi o eleitor que se fez ouvir.
15:59Apesar da máquina, apesar de Hollywood,
16:01apesar do dinheiro,
16:02apesar das big techs,
16:04apesar, apesar, apesar, apesar.
16:06O eleitor falou, olha,
16:07não, eu não quero,
16:11por exemplo, que homens troquem de roupa
16:15em banheiros femininos,
16:16eu não quero inflação,
16:18eu não quero que pessoas goela abaixo,
16:21enfim, decisões em mim,
16:24eu não quero que a minha religião seja desrespeitada,
16:27eu não quero que meus valores sejam desrespeitados,
16:29eu quero ser americano.
16:31O que é ser americano?
16:32Ser livre,
16:33ter um caminho para melhorar de vida,
16:37ter mobilidade social,
16:38poder cuidar da sua família,
16:40ter sua casa.
16:43Isso é outra coisa,
16:44quando se chama alguém de pobre nos Estados Unidos,
16:46é muito diferente do que a gente entende
16:47por pobre em outras partes do mundo.
16:49O pobre americano é um cara que
16:5198% tem casa com ar-condicionado,
16:55tem carro,
16:57você tem esses números todos,
16:59a gente pode qualquer dia fazer um programa só sobre isso,
17:02como é que se classifica alguém como pobre.
17:05Existe morador de rua?
17:06Existe,
17:07principalmente em cidades democráticas,
17:09mas você tem a população moradora de rua,
17:14muitas vezes,
17:15de pessoas que foram jogadas às ruas
17:17pelo tal do movimento antimanicomial,
17:20que essas pessoas antigamente
17:21poderiam estar em hospitais psiquiátricos,
17:23gente com um vício em drogas,
17:29muito pesado,
17:30que perdeu família,
17:31perdeu o próprio senso da realidade,
17:34tem pessoas que têm problemas mentais
17:35que não são adquiridos por vícios,
17:38mas adquiridos por problemas mesmo,
17:40tipo uma esquizofrenia,
17:41alguma coisa,
17:42e muitas dessas pessoas
17:43são abandonadas pelas famílias,
17:45que não têm recursos e condições
17:46para cuidar delas,
17:48e não têm instituições para cuidar
17:49se as pessoas acabam nas ruas.
17:51Mas, assim,
17:52no geral,
17:53alguém que vai morar na rua
17:55nos Estados Unidos
17:56com motivos puramente econômicos
17:58não é tão comum.
18:00Então, assim,
18:01é um país que joga para o mundo
18:05uma experiência,
18:06e eu conheço alguma coisa
18:09de história americana,
18:10porque eu li bastante,
18:11estudei,
18:12não nasci sabendo,
18:13um dos meus livros de referência
18:15que eu estudei,
18:16que foi a história americana
18:17do Paul Johnson,
18:18Paul Johnson,
18:19está até nessa estante aqui,
18:22uma história,
18:24um livro maravilhoso,
18:26a história do povo americano.
18:30O Paul Johnson,
18:31ele abre esse livro
18:32dizendo o seguinte,
18:34que a história dos Estados Unidos
18:36pertence ao mundo,
18:38e todo mundo,
18:39de todos os lugares do mundo,
18:40deveria estudar.
18:41O próprio Paul Johnson é britânico,
18:43ele é inglês,
18:44ele não é americano,
18:44e escreveu talvez o melhor livro
18:47sobre a história americana
18:48que eu conheço.
18:51Você tem, claro,
18:52o clássico,
18:52Democracia da América,
18:54aliás,
18:54escrito por outro estrangeiro,
18:57pelo Toqueville francês.
18:59Mas, enfim,
18:59então, respondendo para você,
19:01Wilson,
19:01objetivamente,
19:03o que aconteceu,
19:05e que muita gente
19:06tem dificuldade em entender,
19:07é que essa é a democracia.
19:10A ideia da democracia é,
19:12além das elites,
19:13além da classe falante,
19:14além dos professores,
19:16além das celebridades,
19:17além dos jornais,
19:19o que as pessoas querem,
19:21o que elas precisam,
19:22e o que elas demandam
19:23dos políticos,
19:25e o que os políticos
19:25têm de voto para oferecer.
19:28O caso da Kamala Harris,
19:29eu acho até que ela se saiu
19:30extraordinariamente bem
19:32como candidata
19:33para as condições.
19:35Ela é uma pessoa
19:36que nunca tinha sido eleita
19:38para nenhum cargo majoritário,
19:40uma pessoa que não é
19:40particularmente carismática,
19:42tentaram criar ali
19:44meio que um novo Obama,
19:46essa coisa
19:46totalmente identitária,
19:49de, ah,
19:50é a primeira mulher,
19:50é a primeira negra,
19:51é a primeira isso,
19:52é a primeira aquilo,
19:53e a população não comprou.
19:55Tem um movimento também
19:56que tem sido pouco falado,
19:58que é essa história
19:59dos governos
20:02que após a pandemia
20:04foram trocados.
20:05Se a gente for olhar,
20:06a gente considera a pandemia
20:082020 e 2021.
20:10Após 2021,
20:13quase todos os principais
20:15governos do mundo,
20:16democráticos,
20:17que podem ser trocados
20:18pelo voto,
20:20foram trocados.
20:21Se você olhar na Europa
20:22e agora nos Estados Unidos,
20:24você tem muitos governos,
20:27diria, talvez,
20:28aqui acessando de memória,
20:29a maior parte,
20:30trocados,
20:31em parte,
20:31por motivos econômicos, sim.
20:32Nesse segundo bloco
20:34do Especial sobre o Noticiário Internacional,
20:36vamos falar de Nicolas Maduro.
20:39Houve eleição na Venezuela,
20:41ou, pelo menos,
20:42um simulacro eleitoral.
20:44Eu contei essa história
20:45desta forma,
20:47rodo o VT.
20:49O CNE,
20:50Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela,
20:53declarou a vitória
20:55de Nicolas Maduro
20:57nas eleições presidenciais
21:00deste domingo, dia 28,
21:01vulgo ontem.
21:02Quem poderia imaginar
21:03que ele teve os famosos 51%,
21:06que é o que precisa
21:07para, entre aspas,
21:08não deixar dúvida.
21:10Só que, se tem uma coisa que há,
21:11é dúvida.
21:11Aliás,
21:12talvez não haja tanta dúvida.
21:14Talvez a certeza
21:15é de que, realmente,
21:16as eleições
21:17não teriam sido limpas.
21:19Ainda, segundo o CNE,
21:21que é aparelhado pelo chavismo,
21:23o candidato da oposição
21:24Edmundo Gonzalez
21:25teria obtido apenas 44,2%,
21:28quando as pesquisas indicavam
21:30que ele tinha mais de 60%.
21:31Mas tudo bem.
21:32Líderes democráticos do mundo inteiro
21:34se manifestaram
21:36questionando os resultados
21:37dessa urna.
21:39O secretário dos Estados Unidos,
21:40o secretário de Estado
21:41Antony Blinken,
21:42expressou grave preocupação
21:44com a possibilidade
21:45do resultado
21:47não refletir
21:48a vontade da população.
21:49Gabriel Boric, presidente do Chile
21:52e que, em tese,
21:53é de esquerda,
21:55que, em tese, não,
21:55ele é de esquerda,
21:56mas responsável,
21:58disse que era difícil
22:00acreditar
22:01no que estava acontecendo
22:04e que, portanto,
22:06não põe muita fé
22:07nesse resultado.
22:09Além disso,
22:10o líder colombiano,
22:11Gustavo Petro,
22:12também demonstrou cautela,
22:14para dizer o mínimo.
22:15Enfim,
22:16em pronunciamento,
22:18a Maria Corina,
22:19que era, na verdade,
22:20o grande nome da oposição
22:21e que foi vetada
22:22de participar
22:23dessas eleições,
22:25afirmou que derrotou
22:26o Maduro
22:27tanto, abre aspas,
22:28espiritualmente,
22:30quanto nos votos.
22:31E Gonzales,
22:32que é o candidato
22:33da oposição,
22:34que deveria ter ganhado
22:35pelo que todo mundo
22:36se diz nos números,
22:38foi mais explícito
22:39e disse que todas as regras
22:41foram violadas.
22:43Podemos colocar o VT
22:44da Maria Corina,
22:45meu caro Matheus?
22:46Não somente
22:47nos havíamos derrotado
22:49política,
22:51moral e espiritualmente,
22:53hoje nos derrotamos
22:54com os votos
22:55em toda a Venezuela.
22:56Isso aconteceu hoje.
22:59Ninguém se move.
23:02Ninguém se move.
23:03E eu pedo
23:05a todas as comunidades
23:07de Venezuela
23:07que vayam em família
23:10acompanhar-los
23:12em todos os centros
23:14de votação.
23:16Neste momento,
23:18seguimos registrando
23:19a vitória
23:20do mundo
23:21González Urugia
23:23contra a Venezuela.
23:25E é afirmadora.
23:29Afirmados amigos,
23:32os venezolanos
23:34e o mundo entero
23:35sabemos
23:36o que ocorreu
23:37na jornada
23:39eleitoral
23:39de hoje.
23:41Aqui
23:42se han violado
23:43todas as normas
23:45ao ponto
23:46de que
23:47ainda não
23:48foram entregadas
23:49a maioria
23:50das actas.
23:52Nenhum
23:53mensagem
23:53de reconciliação
23:55e mudança
23:56em paz
23:57siga vigente
23:59e estamos
24:00convencidos
24:01de que
24:02a grande maioria
24:03dos venezolanos
24:04o aspira
24:06igualmente.
24:08Nuestra lucha
24:09continua
24:09e não
24:11descansaremos
24:12até que
24:13a voluntad
24:14do povo
24:14de Venezuela
24:15seja
24:16respeitada.
24:17Boa noite.
24:18Boa noite.
24:18Boa noite.
24:19Pois é,
24:24e o processo
24:24eleitoral
24:25na Venezuela
24:26que não tem
24:26segundo turno
24:27foi bastante
24:28tumultuado,
24:29houve repressão
24:30em vários lugares,
24:32algumas localidades
24:33simplesmente foram
24:34fechadas
24:34os postos eleitorais
24:36e as zonas
24:38de apuração
24:38não tiveram
24:39acesso garantido
24:40como deveria
24:41e tiveram
24:42várias,
24:42várias imagens,
24:43vários vídeos
24:44comprovando isso
24:45que a gente vai
24:45colocar agora.
24:46Pode colocar,
24:47Matheus.
24:47Boa noite.
25:17às horas,
25:17às horas,
25:18às 7h da manhã,
25:20o centro de votação
25:21abre suas portas
25:22e deixa ingressar
25:23a um grupo de pessoas
25:24para votar.
25:24Depois,
25:25cierra o centro de votação
25:26e estamos
25:28ainda na espera
25:29de que ingressen
25:30mais pessoas
25:32para
25:32fazer
25:33ou exercer
25:34seu direito ao voto.
25:35Esta é a situação
25:36que se presenta
25:36neste momento
25:37e os animos
25:39estão um pouco
25:39caldeados
25:40por a mesma situação.
25:41já há três horas,
25:44há três horas
25:45que se abriu
25:45este centro
25:46de votação,
25:47o cerraron
25:47e não deixaram
25:48ingressar.
25:48e não deixaram
25:50o que está cometendo
25:52um delito.
25:55Lui Leão Montes
25:57se chama
25:58a pessoa
25:58que está
25:59cerrando
25:59o centro
26:00hoje
26:00e não está
26:01permitindo
26:01aos votantes.
26:02como se chama
26:03Lui Leão Montes
26:05Lui Leão Montes
26:07Música
26:08Bom, tem mais disso, tem muito mais dessas imagens,
26:34mas a realidade é essa, postos de votação fechado, repressão,
26:40justamente aonde a oposição tem mais expressividade e, portanto,
26:44a votação seria ainda mais forte contra Maduro.
26:49Coincidência? Não, não há coincidências.
26:51Mas Maduro pode celebrar, ele teve alguns apoios,
26:55ele já teve a sua eleição reconhecida por nomes do quilate de Vladimir Putin,
27:01Xi Jinping, também o ditador da Nicarágua, de Cuba.
27:06Podemos colocar aqui a imagem da matéria,
27:09onde a esquerda amiga e outros autocratas deram apoio?
27:14Aí está.
27:15Farsa eleitoral, ditadores de esquerda amiga parabenizaram Maduro.
27:20O Kremlin afirmou que o ditador Vladimir Putin enviou uma mensagem
27:24a Maduro nessa segunda-feira,
27:26dizendo que estamos desenvolvendo relações em todas as áreas,
27:30incluindo as áreas sensíveis.
27:32Já o ditador cubano Miguel Díaz-Canel Bermudas,
27:36também felicitou Maduro por derrotar de forma limpa e inequívoca
27:41a oposição pró-imperialista.
27:45Mas que coisa, parece coisa de gibi.
27:47O MST aqui no Brasil, infelizmente, perdeu uma chance de ficar em silêncio
27:53e se manifestou comemorando a vitória de Maduro como sendo um exemplo de algo limpo,
27:58transparente, que aparentemente não é o caso, não é mesmo?
28:03Democracia venceu e o povo venezuelano decidiu pela soberania.
28:07Ah, que piada.
28:09Enfim, para falar de tudo isso, nós também temos que lembrar do nosso presidente.
28:16O Lula, o governo Itamaraty, se manifestou timidamente,
28:21dizendo apenas que, abre aspas,
28:23o governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela
28:30e acompanha com atenção o processo de apuração.
28:34Pacífico não quer dizer limpo, né?
28:38Continuando.
28:38Reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular,
28:43desrespeitada nesse caso,
28:46a ser observada por meio da verificação imparcial dos resultados,
28:51que ainda não foram apresentados.
28:52As tais atas estão sendo confeccionadas, diriam algum mais maldoso, mais malicioso.
28:58Continuando aqui.
28:58Aguarda, nesse contexto, a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral
29:02de dados desagregados por mesa de votação,
29:06passo indispensável para transparência, credibilidade e legitimidade com o resultado do pleito.
29:13Depois de não conseguir explicar ao mundo que perdeu,
29:16Maduro tentou de tudo.
29:18Mudou data do Natal, pressionou aliados e até baniu o WhatsApp do país.
29:23Quem contou essa história foi o nosso Wilson Lima.
29:26O próprio Maduro também reagiu.
29:29E sabe como?
29:31Ele resolveu banir o WhatsApp da Venezuela.
29:33Matheus, coloca, por gentileza, o Maduro saindo do grupo de WhatsApp da América Latina.
29:39Eu vou romper relações com o WhatsApp.
29:46Porque o WhatsApp está usando o WhatsApp para amenazar a Venezuela.
29:54E então eu vou eliminar o WhatsApp do meu telefone para sempre.
30:00Poco a pouco iria passando meus contatos a Telegram, a WhatsApp.
30:11Ustedes me entienden?
30:14É necessário fazer isso.
30:17Dile no a WhatsApp.
30:20Fuera WhatsApp da Venezuela.
30:22Porque aí os criminales amenazam a a juventude,
30:32a os líderes populares.
30:35Assim, assim, assim é que se gobierna.
30:39Assim, assim.
30:40Desde teléfonos,
30:43desde teléfonos de Colombia,
30:45de Miami,
30:47de Perú,
30:48de Chile,
30:50se esconden,
30:52cobardes,
30:53detrás del anonimato.
30:56Pero eu digo aos fascistas,
30:57cobardes,
30:59vocês se esconderão,
31:01mas a juventude patriota e revolucionária está nas calles
31:05e jamais nos esconderemos.
31:07É hora de definição.
31:15Ou estás com a violência ou com a paz.
31:20Ou estás com os fascistas ou com a patria.
31:25Ou estás com o imperialismo ou com a Venezuela.
31:28É tempo de definição.
31:34Que cada quem se defina.
31:36Ou vamos e defiendes a Venezuela
31:39ou deixas que chegue o fascismo.
31:43Ou é que chega o fascismo.
31:44A patria não se vende.
31:47A patria não se vende.
31:51A patria não se vende.
31:53Sencillo.
31:56Empecemos por WhatsApp.
31:58Por WhatsApp estão amenazando a família militar venezolana.
32:04A toda a oficialidade.
32:07Por WhatsApp estão amenazando a família policial.
32:11Por WhatsApp estão amenazando a líderes de calle, comunidade.
32:16Por WhatsApp estão amenazando a todo aquel
32:19que não se pronuncie a favor do fascismo.
32:22Por WhatsApp estão amenazando vocês.
32:26Primer passo.
32:27Retiro voluntário, progressivo e radical de WhatsApp.
32:32E vamos no próximo bloco falar sobre outros personagens internacionais
32:37para quem nos acompanha no YouTube, já sabe.
32:40Siga com a gente aqui direto.
32:42Nesse terceiro bloco do especial sobre o noticiário internacional,
32:45vamos falar sobre os micos da diplomacia brasileira.
32:49Isso mesmo.
32:49Em 2024, teve reunião da cúpula do G20 no Brasil.
32:54E olha, o saldo não foi positivo.
32:57Apesar de Lula tentar ser o protagonista do evento,
33:00quem acabou roubando a cena foi Javier Milley, o presidente da Argentina.
33:05Vamos lembrar desse momento, digamos, trágico para o Brasil.
33:09Agora, sobre a declaração dos líderes do G20,
33:13ela foi aprovada em consenso e publicada no início dessa noite de segunda-feira.
33:18O texto, que está disponível no site do encontro,
33:22foi aprovado, inclusive, pelo presidente da Argentina, Javier Milley.
33:25Ou Milley.
33:26Eu sempre falo sobre o nome dele errado.
33:27Apesar disso, ele publicou uma carta afirmando que a assinatura do país
33:32está dissociando-se parcialmente de todo o conteúdo veiculado à Agenda 2030.
33:40A declaração trata em detalhes os três temas prioritários do encontro,
33:44pede o fim das guerras da Ucrânia e na faixa de Gaza,
33:48e a taxação dos ultra-ricos.
33:51O texto também levanta preocupações com a inteligência artificial, entre outros temas.
33:55Vamos ver os principais pontos da declaração dos líderes do G20.
34:00Para analisar isso, temos aqui o nosso querido Duda Teixeira.
34:03Duda, boa tarde.
34:05Boa tarde, Wilson. Boa tarde, Inácio.
34:08E como é que você viu essas declarações?
34:10Qual o sumo que você trouxe disso?
34:13E, sobretudo, as entrelinhas que você vê com as coisas que talvez não tenham sido ditas,
34:18como no caso da Argentina?
34:20Uma das coisas importantes dessa declaração era como as guerras seriam tratadas.
34:25E, de fato, aparecem aí tanto a guerra, a invasão da Ucrânia,
34:29quanto em Israel, ali fala-se da faixa de Gaza e do sul do Líbano.
34:35Nesses dois casos não se fala, não se cita nem a Rússia, nem Israel.
34:41E o que me chamou a atenção também é que não se falam dos ucranianos nem dos israelenses.
34:48A declaração diz ali, olha, nessas questões da guerra a gente precisa respeitar a soberania
34:55e a autodeterminação dos povos, mas não se fala em momento algum dos ucranianos,
35:03que tiveram a sua soberania invadida pela Rússia,
35:09e dos israelenses que estão o tempo inteiro aí sobre fogo cruzado do grupo terrorista Hezbollah
35:16e, no passado, do Hamas.
35:18O Hamas agora está sem poder de fazer isso,
35:21mas é como se esses dois grupos populacionais não existissem.
35:26E o Milley, no final, ele topou assinar a declaração final,
35:31mas acho que alguém falou para ele assim, olha, assina aí que não vai dar nada, né?
35:35Porque a Argentina pode assinar ali falando que vai participar da aliança contra a fome,
35:41mas não é um documento vinculante que obriga a Argentina a fazer alguma coisa.
35:46Aí tinha ali umas questões de empoderamento das mulheres e das meninas,
35:50que a Argentina tinha reclamado, mas no final, assinar ali não muda nada.
35:57E o Milley, claro, tem a Argentina, né?
35:59Tem uma relação com o Brasil, uma relação econômica importante.
36:03Então, acho que ele avaliou ali os prós e os contras
36:07e assinar não ia ser nenhum grande problema, ele assinou.
36:11Muito bem.
36:12Wilson, como é que você viu essas declarações,
36:16sobretudo com uma agenda esvaziada, se a gente for pensar,
36:20como a gente tinha mencionado ontem,
36:22por conta de vários dos líderes já em fim de mandato,
36:26outros que não estão em fim de mandato,
36:27de olho nesses que vão entrar em breve.
36:29Inácio, foi como eu falei ontem, na prática,
36:35como o Duda já tem falado aqui no nosso programa,
36:38essa reunião da cúpula do G20 foi uma reunião esvaziada,
36:41ela não teve, ela não vai ter uma questão prática,
36:43ela não vai ser uma reunião que vai, de fato,
36:46dominar os debates internacionais,
36:49ou vai mudar, ou vai ter alguma alteração
36:52no sistema de contrapeso geopolítico internacional.
36:54Essa que é a grande verdade.
36:56Acabou sendo, na verdade, quase como um momento de férias
36:59para o Joe Biden, e um momento em que o Lula aproveitou
37:02para mais uma vez expor, mais uma vez fazer uma propaganda,
37:07fazer uma autelogia, no momento em que ele, inclusive,
37:10utiliza dados distorcidos sobre o combate à fome
37:15nos seus pronunciamentos.
37:17Tem um detalhe nessa reunião, Inácio,
37:21que eu queria chamar a atenção,
37:22acho que o Duda pode me ajudar a complementar esse comentário,
37:25é que o Haver Milley, ele conseguiu dominar os holofotes,
37:30ele conseguiu trazer para ele os holofotes,
37:32porque ele assinou essa resolução falando,
37:34olha, eu aceito, eu acato, mas não concordo muito.
37:38Já dando uma indicação de como é que vai ser
37:42essa relação globalizada a partir do governo Donald Trump.
37:45Então, ele já dá ali, mais ou menos, um indicativo
37:49de como é que será essa nova relação geopolítica.
37:52Então, me parece que, nesse encontro do G20,
37:57o Haver Milley, eu não sei se o Duda concorda comigo,
38:00mas me parece que o Milley, ele deu um indicativo bem importante,
38:04ele acabou tendo um destaque maior do que o presidente
38:07da República Brasileira, porque o Lula falou o mais do mesmo.
38:10E o Milley foi lá e trouxe a novidade,
38:13como a gente fala no jornalismo, ele trouxe o lead
38:15do evento dessa semana.
38:18Muito boa, Lu, essa comparação que você fez, né?
38:21O Lula deu uma importância gigantesca para o G20,
38:26as estatais patrocinando isso aí,
38:28colocando milhões de reais, a Janja falando.
38:32E aí, o Milley fala assim,
38:34ah, eu fui lá, mas olha, assinei aí,
38:36mas nem leva muito a sério, tá?
38:38Me deram ali um pedaço de papel, eu assinei, né?
38:40Eu estou fazendo o oposto do Lula, né?
38:44Não está dando importância nenhuma para o G20.
38:47E, de fato, o G20 é um grupo mais ali para cuidar
38:50de questões econômicas, entraram ali várias outras coisas
38:54na pauta que não tem muito a ver, não faz muito sentido.
38:58Agora, o que eu acho que vai marcar,
39:02e ontem acho que foi muito marcante,
39:05é a foto oficial do G20.
39:08Pode colocar, pessoal. Aí está.
39:10Isso daí, eu fiz um texto na Cruzoé,
39:14é o suquinho da diplomacia lulista.
39:18Por quê? O Biden não está na foto.
39:22O primeiro-ministro do Canadá, o Justin Trudeau,
39:26não está na foto nem a primeira-ministra da Itália,
39:30a Giorgia Meloni.
39:31Isso assim, puxa, os itamaratecas,
39:35os diplomatas de Itamaraty, tem aquela coisa toda,
39:38não, a gente é xerpa, a gente tem que cuidar aqui
39:41dos protocolos e tal.
39:43Poxa, os caras não conseguiram nem chamar
39:45todos os chefes de governo para a foto oficial.
39:51Ninguém tinha ali uma listinha
39:52para conferir se estava todo mundo chegando pronto para a foto.
39:57E outra, mesmo que você tivesse uma listinha,
39:59se o Joe Biden não está ali,
40:03você segura a foto para depois e vai atrás do Biden.
40:06É completamente ridículo isso que aconteceu.
40:11Olha, os itamaratecas precisavam criar um prêmio agora
40:16para valorizar as pessoas que passam vergonha no resto do mundo,
40:22porque isso daí tem que refazer a foto oficial
40:24é completamente ridículo.
40:28Agora, a foto também mostra muito o que é a diplomacia do Lula.
40:31O Lula põe do lado dele
40:33está ali o Erdogan,
40:36o Narendra Mondi,
40:38o Cyril Ramaphosa, da África do Sul,
40:40e o Xi Jinping.
40:41Eles são os cinco que estão
40:43bem na frente, na primeira fileira,
40:46governantes autoritários,
40:48alguns de democracia,
40:49outros de ditadura plena,
40:51mas essa é a turma do Lula.
40:54Ele põe atrás dele
40:55estão ali os dois presidentes,
40:58o presidente francês Emmanuel Macron
41:00e o chanceler alemão Olaf Scholz,
41:03que são os dois da esquerda europeia,
41:06que são brothers do Lula,
41:08meio ali como pano de fundo.
41:11E aí, lá atrás,
41:12o tal Sergei Lavrov,
41:13que ele está um pouco mais à direita,
41:15ele é bem alto,
41:16mas é claro que o desejo do Lula
41:18era pôr o Putin do lado dele aqui na frente.
41:20Como não conseguiu,
41:22o Putin teve um mandado de prisão
41:24expedido pelo Tribunal Penal Internacional
41:27por sequestro de crianças ucranianas,
41:30então o Lula teve que se contentar
41:32com a presença do Lavrov.
41:33Agora, é claro que botar o Lavrov ali na frente...
41:36Lavrov, alto, como você disse,
41:38meu caro Duda,
41:39e, enfim, toda a delegação,
41:41quer dizer, não toda,
41:42só os 17 membros que compareceram à foto,
41:46dizem até que o Biden teria atrasado de propósito
41:50para não aparecer na foto com o Lavrov,
41:52mas, rapidamente, assim, 20 segundos,
41:55você acredita nisso?
41:56Eu acho que não.
41:58Eu acho que...
42:00O que quer que seja que o...
42:02O que quer que seja que o Biden não estava ali,
42:06alguém precisava correr lá atrás dele,
42:08pegar ele ali na mão
42:09e mostrar para ele o caminho, né?
42:11E eu acho que o Biden,
42:13ele é muito diplomático e muito negociador,
42:16então ele não teria esse problema.
42:18E para o nosso Duda Teixeira,
42:20de fato, o evento foi um mico.
42:22Vamos ver.
42:23Ontem tivemos o último dia do G20,
42:25hoje mais assuntos internacionais
42:28ligados indiretamente a essa reunião,
42:31alguns líderes ficaram aqui no Brasil.
42:33Duda Teixeira,
42:34eu queria saber a sua visão,
42:36o que é que você acha que deu de rescaldo
42:38desse G20?
42:39O que é que aconteceu de relevante,
42:43no fim das contas?
42:44De relevante?
42:45Nada.
42:46Boa tarde, Wilson.
42:47Boa tarde, Inácio.
42:49Esse G20 vai passar em branco.
42:51Eu já tinha dito aqui que,
42:52com a eleição do Trump,
42:54esse G20 ia perder totalmente a importância.
42:58Perdeu mesmo.
42:59A declaração final diz ali algumas coisas
43:02que não vão impactar em nada no mundo.
43:04Então, fala-se ali de taxação dos ultra-ricos,
43:07mas a declaração mesmo diz ali,
43:09olha, cada país continua tendo o seu sistema tributário,
43:14mas a gente recomenda que aumentem os impostos
43:18para os mais ricos.
43:19Quer dizer, os países não vão mudar a sua tributação
43:23só porque o G20 ali colocou isso na declaração.
43:27Outros temas também,
43:29essa coisa de uma aliança contra a fome
43:31que o Lula está propondo,
43:33ele já propôs isso há 20 anos,
43:35não deu certo,
43:36a ONU já tem os seus programas contra a fome.
43:39Então, nada disso vai mudar.
43:41O que fica, talvez,
43:42a gente pagou um mico aí, né?
43:44Primeiro, a Janja fazendo aqueles xingamentos
43:48ao Elon Musk
43:50e a total falta de competência
43:53dos diplomatas do Itamaraty
43:55em fazer uma foto oficial.
43:57Tanto que, no final,
43:58a gente ficou sem foto oficial,
44:00porque fizeram uma foto oficial
44:02sem o presidente americano Joe Biden,
44:05sem a Georgia Meloni,
44:06da primeira ministra da Itália,
44:07sem o Justin Trudeau, do Canadá.
44:10Depois, eles fazem uma segunda foto oficial,
44:12só que aí não está
44:13nem o Sergei Lavrov,
44:14nem o argentino Javier Milley.
44:16No final, a gente ficou com duas fotos,
44:18nenhuma dá para ser usada
44:19e mais um mico
44:20que a gente acabou tomando aí.
44:23E assim termina
44:24o nosso terceiro bloco
44:26do Meio Dia em Brasília.
44:28E voltamos em seguida
44:29para o personagem,
44:31o grande personagem desse episódio.
44:33Para quem nos acompanha,
44:34no YouTube, já sabe,
44:36continue conosco.
44:37Nesse último bloco especial
44:38sobre o noticiário internacional,
44:40vamos falar do grande personagem do ano,
44:43Donald Trump.
44:44No nosso Meio Dia em Brasília,
44:46nós falamos sobre as expectativas
44:48do governo Trump.
44:50Vamos lembrar o que o Duda Teixeira
44:52e o Alexandre Borges
44:53comentaram, principalmente,
44:56sobre a possibilidade de deportação
44:58de milhares de imigrantes ilegais
45:00nos Estados Unidos.
45:01Trump propôs, prometeu,
45:05a maior deportação
45:06da história dos Estados Unidos.
45:09É claro que é muito difícil conseguir isso.
45:13Agora, tem coisas que ele consegue.
45:16Ele pode aumentar a deportação,
45:18acima dos níveis que já se obteve.
45:22É claro que ele teria dificuldade
45:24de deportar todos os imigrantes ilegais
45:28que estão nos Estados Unidos.
45:29Isso aí é gente demais.
45:32Não vai ter a colaboração
45:34dos Estados que são democratas.
45:39Muitas dessas cidades também
45:41que têm prefeitos democratas
45:42são chamadas de refúgios,
45:45porque uma vez que os imigrantes estão lá,
45:48é difícil você pegar,
45:50prender o sujeito,
45:51botar no avião
45:52e mandar de volta para o país deles.
45:55Então, essa falta de colaboração
45:57atrapalha.
45:58Agora, ele consegue, sim,
46:00aumentar o número de deportação.
46:02Tem muita coisa que ele vai conseguir fazer,
46:05que o poder executivo
46:07tenha essa capacidade.
46:08Agora, muitas vezes,
46:11vai sofrer algum tipo de resistência.
46:14Agora, não que ele não consiga,
46:16em alguma medida,
46:17cumprir o que ele propôs.
46:19Ele propôs aumentar
46:20a tarifa de importação
46:22de vários países,
46:23principalmente da China.
46:25Isso daí é uma coisa
46:26que ele consegue.
46:28Ele vai demitir lá
46:30o sujeito Gary Gensler,
46:33da CVM americana.
46:35Isso ele consegue.
46:36Então, várias coisas
46:37ele vai conseguir.
46:39Diz que vai mandar embora
46:40os generais que estavam envolvidos também
46:42com a retirada dos Estados Unidos
46:44do Afeganistão.
46:45Consegue fazer.
46:47Agora, é claro que
46:48até a estrutura do poder
46:50nos Estados Unidos,
46:51que é federal,
46:52que os Estados também têm autonomia,
46:55ele não vai conseguir
46:57tudo o que ele gostaria,
46:58mas que ele vai conseguir
47:00avançar em várias pautas,
47:01ele vai.
47:02O Alexandre, e aí?
47:06O que você acha?
47:07Nesse início,
47:08o Trump já deu
47:08algumas diretrizes, não é?
47:10Estava dentro daquilo
47:11que você imaginava,
47:12você que acompanhou de perto
47:14esse processo durante a campanha?
47:16Está sim, Wilson.
47:17E eu acho que uma coisa
47:18que a gente tem que deixar claro
47:20é o tamanho da vitória do Trump.
47:22312 cadeiras
47:23no colégio eleitoral,
47:25todos os swing states,
47:27ganhou no voto popular,
47:29que era uma coisa que não acontecia
47:31desde a reeleição
47:32do Jorge Busch Filho
47:34em 2004,
47:35há exatos 20 anos
47:36que o Partido Republicano
47:37não elegia um presidente
47:40ganhando no voto popular.
47:42E não tem problema nenhum, tá?
47:43Eu acho o sistema
47:45do colégio eleitoral
47:46extremamente defensável,
47:49democrático,
47:50não tem problema nenhum
47:51do presidente ser eleito
47:53pelo colégio eleitoral
47:55perdendo no voto popular.
47:57Deixar isso claro.
47:58Mas é claro que
48:00no momento em que
48:01o povo americano
48:02em todos os swing states,
48:04quer dizer,
48:04todos os estados
48:05que ficam pêndulo,
48:06ficam em dúvida,
48:07meio independentes,
48:08que não são claramente
48:09de um lado ou de outro,
48:11em todos o Trump ganhou.
48:12Ele ganhou no voto popular,
48:14ele fez 312 cadeiras
48:15no colégio eleitoral,
48:17ele cresceu em todos os segmentos,
48:19praticamente todos os segmentos
48:20da população
48:21e de uma maneira importante.
48:23Assim,
48:24o Trump tem um mandato popular,
48:26os americanos muito claramente
48:29falando,
48:29queremos esse sujeito,
48:30achamos que as coisas
48:32que ele está falando
48:33fazem sentido
48:34e a gente quer dar 4 anos
48:35para ele
48:36para ver o que vai acontecer.
48:37Se não bastasse tudo isso,
48:38ele ganhou a maioria do Senado,
48:41muito provavelmente
48:42a maioria da Câmara,
48:43dos deputados,
48:44ele não terminou a apuração,
48:46mas é tipo Flamengo e Atlético,
48:50você sabe o que vai dar no final.
48:51Então, assim,
48:53a coisa está muito bem encaminhada
48:55e ele tem uma Suprema Corte
48:58que eu detesto essa história
49:01de que a Suprema Corte
49:01tem maioria conservadora.
49:03Eu diria que ela tem
49:04uma maioria não esquerdista,
49:06mas é muito mais fácil,
49:08se você olhar os votos
49:10dos ministros
49:12da Suprema Corte americana,
49:13é muito mais fácil
49:14um suposto conservador
49:16votar contra uma pauta conservadora
49:18do que um de esquerda
49:21indicado para o presidente de esquerda
49:23com o histórico de esquerda
49:25votar contra uma pauta de esquerda.
49:27Normalmente,
49:28por exemplo,
49:28aquela Sotomaior,
49:29tem algumas que só votam automaticamente.
49:34Você já sabe qual é o voto dela.
49:36Se vem uma pauta de esquerda,
49:37ela vai aprovar.
49:38Se vem uma pauta conservadora,
49:39ela vai ser contra,
49:41independente do mérito.
49:42E é comprovável você ver isso
49:45que não acontece
49:46com os ministros
49:48supostamente conservadores
49:50da Suprema Corte.
49:52Apesar de, claro,
49:52eles terem uma tendência conservadora,
49:55mas não é tão radical
49:57quanto os ministros
50:00exterdistas.
50:02Agora,
50:03o Trump,
50:05ele está se chamando radical.
50:08Radical a partir de...
50:09Você tem que imaginar o seguinte,
50:12tem um espaço.
50:13O sujeito está muito para a direita.
50:14Está muito para a direita
50:15a partir de onde?
50:16A partir do centro
50:17ou a partir da extrema esquerda
50:20da imprensa?
50:21Entendeu?
50:22Ah, o sujeito é linha dura,
50:23o sujeito é isso.
50:24Entendeu?
50:24Esses nomezinhos fáceis
50:26que a gente vai colando aqui e ali.
50:28Mas assim,
50:28o que o sujeito defende?
50:30O cumprimento da lei?
50:31Que não seja
50:32casa da mãe Joana,
50:34que todo mundo entre.
50:35Entendeu?
50:35Que se o sujeito
50:37comete um crime
50:38ao entrar
50:39ilegalmente
50:41no país,
50:41ele
50:42seja
50:42mandado de volta
50:43para o seu país,
50:44isso é cumprir a lei.
50:47O sujeito é pago para isso,
50:48o cargo dele é esse.
50:50Então,
50:50o que os republicanos
50:54dizem,
50:55com algum mérito,
50:57é que toda essa conversa
50:59em relação à imigração,
51:00não é porque o democrata
51:02gosta de imigrante
51:03no mérito da pessoa,
51:05porque eles acham
51:06que estão importando
51:07novos eleitores
51:08que vão reequilibrar
51:09a conta
51:10eleitoral do país,
51:12além de baixar
51:13o valor da mão de obra,
51:15porque hoje
51:15o Partido Democrata
51:16é muito
51:17o partido das grandes
51:18corporações,
51:19dos bilionários,
51:20com algumas exceções,
51:21claro,
51:21Elon Musk aqui e ali,
51:23mas no geral,
51:24essa grande elite
51:25de bilionários,
51:27dos Jorge Soros,
51:28dos Bill Gates,
51:31enfim,
51:32essa turma
51:32Hollywood e tal,
51:33essa turma toda
51:34é muito democrata,
51:35e esse pessoal
51:36é chegado
51:37numa mão de obra barata,
51:38então assim,
51:39o povo americano
51:41na média,
51:42o imigrante,
51:42o sujeito
51:43que entra legalmente,
51:45ele não quer um ilegal
51:46competindo com ele,
51:47entendeu?
51:48Wilson,
51:49eu sou pai,
51:50eu tenho uma filha,
51:51a minha filha
51:51mora nos Estados Unidos,
51:52mora na Califórnia,
51:54entendeu?
51:54E ela tem green card,
51:56ela é uma imigrante legal,
51:58entendeu?
51:58Eu, como pai,
52:00eu acompanhei
52:01o trabalho insano
52:02que foi pra sair
52:03esse green card,
52:04quanto dinheiro,
52:05quanto advogado,
52:06quanto processo,
52:08quanto tempo,
52:09entendeu?
52:09É uma insanidade,
52:11mas ela foi cumprindo
52:12anos e anos e anos
52:14e vem,
52:15volta pro Brasil
52:15e faz entrevista
52:17e vai,
52:17manda documento
52:18e advogado,
52:19uma hora sai,
52:21entendeu?
52:22Mas,
52:23no momento em que
52:24entra o ilegal,
52:26todo esse esforço
52:27é ridicularizado
52:28de quem está fazendo
52:29as coisas na lei,
52:30de quem está cumprindo
52:31a legislação do país,
52:33o povo americano
52:34sabe disso,
52:35foi lá e respondeu
52:36na urna.
52:36E esse foi o Meio Dia
52:38em Brasília
52:39que está ficando por aqui.
52:41Obrigado a todos
52:42pela atenção,
52:43tenham todos
52:43uma ótima tarde
52:44e até a próxima edição.
52:46Tchau.
52:47Tchau.
52:48Tchau.
52:49Tchau.