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A Justiça do Peru condenou na segunda-feira, 21, o ex-presidente Alejandro Toledo, a 20 anos e 6 meses de prisão, por ter recebido propinas milionárias da construtora Odebrecht em troca de contratos com o seu governo, no período entre 2001 a 2006.

Segundo as investigações, Toledo aceitou suborno de US$ 25 milhões para entregar uma licitação da rodovia Interoceânica à Odebrecht.

Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:

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Transcrição
00:00A Justiça do Peru condenou, nesta segunda-feira, 21, o ex-presidente Alejandro Toledo a 20 anos e 6 meses de prisão
00:07por ter recebido propinas milionárias da construtora Odebrecht, em troca de contratos com seu governo no período entre 2001 e 2006.
00:17Segundo as investigações, Toledo aceitou suborno de 25 milhões de dólares para entregar uma licitação da rodovia interoceânica a Odebrecht.
00:26Aspas para a Suprema Corte do Peru. Este colegiado assume o pedido feito pela promotoria, a cata, possivelmente,
00:36de 20 anos e 6 meses de prisão para o senhor Alejandro Toledo Manrique.
00:41Fecha o aspas. Deve ser bom, Duda Teixeira, ter uma Suprema Corte assim, que condena políticos poderosos por suborno,
00:50que condena ex-presidente da república, que recebeu propina, que não fica buscando pelo em ovo.
00:58Ah, o procurador estava com o cadastro desamarrado na hora da denúncia.
01:02Ai, mas o juiz conversou. Ai, mas houve um carregamento em sacola de arquivos digitais.
01:08Anula tudo!
01:10Vai arrepar debaixo do tapete.
01:11Não, a Suprema Corte do Peru foi lá, não, recebeu sim.
01:15Ah, mas o ministro no Brasil anulou e tal.
01:18Não, para a gente não interessa, não interfere em nada.
01:20A gente está vendo aqui que as provas confirmam o recebimento.
01:24Logo, vamos condenar.
01:25Ponto final nessa história.
01:27Olha que contraste absoluto.
01:29É um super contraste mesmo.
01:31A Lava Jato peruana, inclusive, tem esse nome por causa da Lava Jato brasileira.
01:35Os promotores aqui ajudaram a Lava Jato de lá, passaram conteúdos, evidências dos crimes.
01:45E a coisa seguiu o seu rumo com as evidências todas nas mãos.
01:51Agora, o Alejandro Toledo é condenado.
01:53O Brasil exportou primeiro a corrupção.
01:57As nossas empreiteiras, não só o Debreche, mas o AES também, outras, foram para o Peru.
02:03Foram com muito dinheiro, corromperam todo mundo.
02:08O Alejandro Toledo não é o único ex-presidente que foi investigado.
02:13O Alan Garcia, também, que assumiu a presença depois dele, também foi investigado.
02:18Aliás, o Alan Garcia até cometeu suicídio quando a polícia chegou para prender ele.
02:23O outro era o Ojanta Humala, de esquerda.
02:25O Pedro Paulo Kuczynski, de direita.
02:27Então, todo mundo acabou caindo aí nessa rede que as empreiteiras brasileiras jogaram por lá.
02:34O Alejandro Toledo até tinha ido para os Estados Unidos.
02:38A justiça peruana pediu a extradição dele.
02:41Então, ele volta para ser julgado no Peru e aí acaba com essa condenação.
02:46Ele tem um ponto positivo no currículo dele que ele assumiu a presidência depois do Fujimori.
02:51E é um cara que meio que põe o Peru nos trilhos.
02:54Ele volta com a democracia no Peru, abre o país para o comércio.
03:02O país, então, passa a fazer ali a coisa de livre comércio, começa a prosperar economicamente.
03:08Mas, enfim, isso aí realmente não importa nessas horas.
03:13Cometeu crime de corrupção, tem que ser investigado e aí agora está sendo condenado.
03:18Vamos ver o que tuitou o Deltan Dallagnol.
03:21Eu tinha falado no outro bloco que eu ia reproduzir aqui.
03:25A produção separou o print.
03:26Olha aí, 21 de outubro de 2024.
03:28A imprensa publica que a justiça do Peru condenou o ex-presidente Alejandro Toledo
03:32a passar o restante de sua vida na cadeia por ter recebido propina de mais de 35 milhões de dólares da Odebrecht,
03:37além de outros crimes.
03:38No mesmo dia, a imprensa noticia que, no Brasil, o ministro Dias Toffoli, do STF,
03:43blindou o vice-presidente Geraldo Alckmin de responder a uma ação de improbidade administrativa
03:48por repasse de Caixa 2 à campanha de Alckmin ao governo de São Paulo em 2014.
03:53Pode botar o próximo print.
03:55E Toffoli quer que você acredite que ele anulou todas essas ações, condenações e processos com muita tristeza.
04:02Só um parêntese nosso aqui.
04:03O Deltan está falando isso por causa da declaração recente do Toffoli
04:07que nós exibimos em vídeo aqui no programa e comentamos.
04:10Como é que ficou o título do corte no YouTube?
04:14O Teatro da Tristeza de Toffoli.
04:16Vale a pena ver esse corte no canal de um antagonista no YouTube, que é até engraçado,
04:20porque é atrás de comédia nacional.
04:22A gente exibe o vídeo e ironiza aquele comentário.
04:26Teatral, obviamente.
04:27Então, continua o Dallagnol.
04:28O único lugar em que a Operação Lava Jato não vingou foi no Brasil, país bananeiro da corrupção e da impunidade.
04:35No Peru, nos Estados Unidos, na Suíça e em dezenas de outros países, não há amigo do amigo de meu pai para anular tudo.
04:42Está aí a referência dele ao codinome do Toffoli na própria Odebrecht revelado pela Cruz Oé em 2019.
04:50Quer dizer, o Toffoli anula as ações baseadas em provas da Odebrecht, empresa onde ele era chamado de amigo do amigo do meu pai pelo então presidente Marcelo Odebrecht.
05:04Por que amigo do amigo do meu pai?
05:05Porque ele era amigo, e até hoje é, na verdade, teve um pequeno ruído aí, mas já se recuperou, do Lula, que é amigo do Emílio Odebrecht.
05:15Também já voltaram a ser amigos, que é o pai do Marcelo.
05:19Então, agora é o amigo do amigo do vice-presidente Geraldo Alckmin.
05:25Essas coincidências de datas, quer dizer, é condenado lá ao mesmo tempo que um ministro do STF está blindando aqui,
05:34só turbinam essa percepção de impunidade, de proteção dos ministros da Suprema Corte,
05:41às pessoas poderosas desse país, seja na esfera política, seja na esfera econômica.
05:48Aliás, até é curioso falar de esfera política, econômica, esse pessoal que tem aí a sua esfera midiática também.
05:57Então, Duda Teixeira, o Brasil continua sendo esse país bananeiro, de fato, nesse tema.
06:03Ninguém precisa concordar com posições políticas, partidárias, de Deltan Dallagnor,
06:07para entender o que está acontecendo.
06:10Nós mostramos várias condenações, denúncias e até frases firmes de autoridades americanas,
06:17daquilo que foi decidido nos Estados Unidos, diversas vezes aqui no Papo Antagonista.
06:21Então, tem todo um histórico de denúncias e condenações em outros países,
06:25enquanto no Brasil tudo é varrido para debaixo do tapete.
06:27O Deltan tem se mostrado muito hábil no uso das redes sociais,
06:32sempre muito certeiro e rápido, e ele tem toda a razão ali no final da mensagem dele,
06:38que ele aponta no Peru, Estados Unidos e Suíça, a Lava Jato continua em vigor.
06:43Essa coisa de enterrar a Lava Jato foi só aqui no Brasil por essa frente ampla pela impunidade.
06:49Mas nos Estados Unidos e na Suíça, por exemplo, os promotores fizeram a própria investigação.
06:58Houve troca de informações aqui com o Ministério Público Brasileiro,
07:02mas eles mesmos foram atrás, conseguiram provas e daí fizeram os acordos de leniência
07:09e congelaram, inclusive, os ativos das empresas.
07:13E tudo isso continua normalmente no Peru, nos Estados Unidos e na Suíça.
07:17É aqui no Brasil só que a coisa está dando uma marcha atrás.
07:21Exatamente.
07:22E Geraldo Alckmin e Gilmar Mendes, que foi colocado no STF pelo governo de Fernando Henrique Cardoso,
07:29portanto, do PSTB, o antigo partido do Alckmin,
07:32estavam juntos num evento empresarial, midiático e de saúde.
07:37Gilmar Mendes, grande entendedor de saúde, eles estavam juntos ontem participando.
07:43Está aí toda essa proximidade, todo esse alinhamento que existe
07:48entre ministros do Supremo Tribunal Federal e políticos que já foram alvo de investigações e delações.

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