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No Papo Antagonista desta segunda-feira, 14, Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira entrevistaram Gilberto Kassab, secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo e presidente nacional do PSD, o partido que mais elegeu prefeitos no primeiro turno das eleições municipais: 877.
Ao fazer um balanço do resultado, Kassab afirmou que o "eleitor quer o país mais calmo e moderado".
Assista à íntegra da entrevista:
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Ao fazer um balanço do resultado, Kassab afirmou que o "eleitor quer o país mais calmo e moderado".
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NotíciasTranscrição
00:00A gente tem o prazer de conversar agora com Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD,
00:04o partido que mais elegeu prefeitos no primeiro turno das eleições municipais, 877.
00:11Boa noite, Kassab, seja bem-vindo ao Papo Antagonista.
00:14Boa noite, Felipe, boa noite a todos que nos acompanham.
00:18Muito bem, senhor secretário, presidente nacional do partido,
00:21às vezes aqui a gente vai chamar de senhor, de secretário, de presidente.
00:24É o seguinte, houve um esgotamento da postura mais ideológica nessas eleições municipais
00:31a que o senhor atribui tantas vitórias do PSD?
00:34É uma postura mais de gestor, de preocupação com os problemas urbanos, locais?
00:40Na verdade, Felipe, não é que houve um esgotamento.
00:43As pessoas sempre procuram lembrar-se das eleições de dois anos atrás,
00:48onde nós tínhamos dois candidatos com perspectivas efetivas de se eleger presidente da República.
00:54O então presidente Bolsonaro e o ex-presidente Lula, hoje presidente da República.
00:59E houve um acirramento muito forte, um enfrentamento muito forte,
01:04e o Brasil, naquela eleição, ficou polarizado, extremamente polarizado.
01:08Não adianta, o eleitor tinha duas opções, ou Lula ou Bolsonaro.
01:12E passou-se a impressão que 100% dos eleitores brasileiros, ou quase 100%,
01:17tinham a preferência para essa polarização.
01:20Eu sou direita, eu sou esquerda, eu sou Lula, eu sou Bolsonaro.
01:22E não é bem assim, é que nós não tínhamos uma outra opção com perspectiva de vitória.
01:27Dois líderes importantes do país, mas cada um representando uma corrente ideológica de extremidade,
01:33um de esquerda, outro de direita.
01:35Nas eleições municipais, na maior parte das cidades,
01:39nós tínhamos um candidato representando a corrente esquerda,
01:42um representante corrente direita,
01:44mas nós tínhamos várias opções também que não representavam essas coisas.
01:48De centro.
01:49E o que essas eleições mostraram?
01:52Em todas as cidades, praticamente.
01:55Que prevaleceu, majoritariamente, eleitores que votaram em candidatos
02:00que não representavam nem a extrema-direita, nem a extrema-esquerda.
02:03Você vê isso facilmente, somando os votos da direita.
02:07O que é a direita?
02:08É o PL, o presidente Bolsonaro, o republicano do goleador Tarcísio,
02:13e o PP, o senador Ciro Nogueira.
02:15Essa é a direita brasileira.
02:17Cada uma com um perfil, lógico.
02:19O Bolsonaro, o Tarcísio tem um perfil muito moderado, não é?
02:22Quase que voltado ao centro.
02:25O presidente Bolsonaro mais radical.
02:28O Ciro Nogueira aí no meio entre os dois.
02:31Mas essa é a direita no Brasil.
02:32O centro, portanto, é o PSD, o MDB e a União Brasil.
02:36Você pode ver que, em quase todas as cidades brasileiras,
02:41o voto no centro foi bastante superior ao voto da direita.
02:47Os três partidos do centro tiveram mais votos dentro do centro.
02:50O PSD realmente é o que se destacou mais.
02:53Isso mostra que o eleitor, ele hoje tem, na sua grande maioria,
03:01uma vontade de ter um país mais calmo, mais moderado, não é?
03:04É isso que aconteceu.
03:06O resultado mostra com muita clareza isso.
03:10Quanto ao PSD, respondendo a sua pergunta, realmente, o desempenho foi muito bom.
03:14De todos os partidos, esquecendo essa história de direita, centro, esquerda,
03:18foi o partido que elegeu mais prefeitos.
03:21Somando-se os votos, porque o número de prefeitos, Felipe,
03:25ele mostra a capilaridade do partido.
03:28Mostra que o partido organizado, muitos prefeitos,
03:31está espalhado por todo o Brasil.
03:33Isso é bom em termos de perspectiva de crescimento.
03:36Mas o poder mesmo do partido é o número de votos.
03:39O PSD teve aproximadamente 14 milhões e meio de votos no Brasil inteiro.
03:43É muito voto.
03:45Atrás apenas do PL, com apenas 15 milhões e meio de votos.
03:50Então, veja que, comparando-se com dois anos atrás,
03:53onde o PL explodiu de votos,
03:55ele rende 100 deputados federais,
03:57e uma série de deputados santuais,
03:58agora o PL ficou em primeiro lugar,
04:01mas colado nele o PSD,
04:03e logo atrás os partidos de centro.
04:06Então, o PSD realmente teve uma votação
04:09e uma participação muito expressiva.
04:11Eu acho que conquistando a pole position,
04:14em termos de os indicadores,
04:16que são avaliados no seu conjunto.
04:18Mas o mais importante dessa eleição
04:21é realmente, como você disse,
04:24não digo uma fragilização da esquerda e da direita, não é.
04:28Ficou claro que esse embate só existe
04:32quando existe uma alternativa do centro.
04:33Quando ela existe, com perspectivas,
04:36o eleitor majoritariamente prefere essa alternativa.
04:40Certo.
04:41Duda Teixeira tem uma pergunta para o senhor.
04:43Kassab, boa noite.
04:45Secretário, o senhor falou em outras entrevistas
04:47que o governador de São Paulo,
04:49Tarcísio de Freitas,
04:50estaria pronto para concorrer à presidência em 2030.
04:54Por que não antes, em 2026?
04:58Olha, Duda,
04:59essa pergunta tem sido recorrente, né?
05:01E eu volto a dizer que
05:03quem nos lidera é o governador Tarcísio.
05:07Eu sou de um dos partidos da base aliada,
05:09secretário dele e liderado dele.
05:12Afinal, quando sou secretário dele,
05:14o que eu tenho dito sempre, primeiro,
05:17ele na hora certa vai saber avaliar
05:20o que é melhor para o Estado,
05:22o que é melhor para o seu projeto pessoal,
05:23o que é melhor para o país, não é?
05:25Mas que existe naturalidade
05:28em oito anos de mandato como governador.
05:31Se no meio do caminho ele vai interromper isso,
05:34deixar de ser candidata à reeleição
05:35e fugir dessa naturalidade,
05:38é uma decisão dele.
05:39que nós vamos atender e acatar.
05:44Cassab, houve diversas matérias aí em grandes jornais
05:47a respeito das emendas parlamentares,
05:50que elas foram importantes para a eleição de diversos prefeitos
05:53e para a reeleição de prefeitos.
05:56O senhor atribui importância às emendas parlamentares
05:59nas eleições vencidas pelo PSD
06:02e de que modo isso favorece os candidatos
06:07que recebem mais essa verba dos parlamentares federais?
06:11Não, eu acho que essas emendas não favorecem nenhum partido.
06:19Elas favorecem prefeituras que receberam as emendas
06:23e que souberam aproveitar bem esses recursos.
06:26Até porque essas emendas são impositivas na Câmara dos Deputados
06:31e no Senado Federal.
06:32Então, elas são distribuídas igualmente em seus parlamentares.
06:35Então, não houve nenhum favorecimento.
06:37O que eu tenho dito e afirmo aqui
06:39é que o prefeito que conquista esses recursos
06:43e utiliza bem com eficiência,
06:45é evidente que ele tem vantagem,
06:47é evidente que tem interferência dentro do jogo político.
06:49Algumas vitórias do PSD, só para registrar,
06:53em Florianópolis, Santa Catarina, Topazio Neto,
06:56no Rio de Janeiro, nós cobrimos bastante
06:57a vitória do Eduardo Paes,
06:59o quarto mandato dele como prefeito,
07:01inclusive vencendo o candidato bolsonarista Alexandre Ramagem,
07:05em São Luís do Maranhão, o Eduardo Braide.
07:07O senhor destaca alguma dessas vitórias
07:10por algum elemento que o senhor considera mais relevante?
07:13Sim, todas essas vitórias
07:17estão atreladas ao bom resultado administrativo,
07:21a boa avaliação dos prefeitos.
07:23O Topazio muito bem avaliado,
07:25o Eduardo Paes muito bem avaliado
07:27e o Eduardo Braide também muito bem avaliado.
07:30Portanto, não houve surpresa nenhuma.
07:33Tínhamos expectativas que os três ganhassem
07:35em primeiro turno, e o que aconteceu,
07:37por conta da extraordinária aprovação
07:40que os governos dos três tinham.
07:43Duda Teixeira.
07:45Secretário, como é que o senhor vê
07:46a decisão do ministro do STF, Flávio Dino,
07:49de tentar suspender essas emendas parlamentares impositivas?
07:55Olha, o que eu tenho dito sempre, Duda,
07:57que se as emendas existem,
08:00elas precisam encontrar um ponto de equilíbrio
08:03entre transparência,
08:07vinculação com políticas públicas do governo federal,
08:09vinculada à infraestrutura do país,
08:11e o que o ministro Flávio Dino está procurando,
08:16no meu entendimento,
08:18é que haja esse acordo entre poder executivo e poder legislativo
08:22para que essas premissas sejam atendidas.
08:25Eu espero que seja encontrado o caminho
08:28para que a sociedade veja um bom uso dos recursos públicos.
08:34Eu acho que o que motiva o ministro Flávio Dino
08:38é não o sentimento de acabar com a emenda parlamentar,
08:42não tenho visto isso,
08:43é no sentido de que as emendas sejam usadas
08:46não apenas com transparência,
08:49mas vinculadas a políticas públicas estabelecidas
08:52no planejamento e desenvolvimento da infraestrutura brasileira.
08:55Secretário, o senhor disse recentemente
08:58que a esquerda ficou muito refém da figura do Lula.
09:02Desdobrando um pouquinho aqui a minha primeira pergunta
09:05sobre a questão ideológica,
09:06o senhor entende que a esquerda deixou de oferecer
09:09certas soluções para o cidadão comum,
09:12ela fica muito em torno desse cacife eleitoral
09:16que o Lula ainda tem,
09:17razão de ter governado o Brasil
09:19num período de bonança, ciclo das commodities,
09:22mas no embate, até cultural,
09:24mas político, eleitoral,
09:27ela perdeu um pouco de conexão,
09:29se descolou um pouco da população?
09:31Olha, Felipe, eu acho que é algo além do que você colocou.
09:37E é interessante porque isso aconteceu,
09:40falo de maneira respeitosa,
09:42com o PT e com o PSDB,
09:45ambos grandes partidos que comandaram o Brasil
09:48na situação ou na oposição por mais de 20 anos
09:52e que quase 30 anos praticamente
09:56e que não souberam apresentar um projeto de renovação de lideranças.
10:01Veja o que aconteceu com os dois partidos
10:04no plano nacional nessas eleições municipais.
10:07Um número muito reduzido de eleitos
10:09porque não souberam renovar os quadros,
10:12não souberam encontrar candidatos compatíveis
10:15com o que eles apresentam de soluções para o Brasil.
10:17Então, não é apenas em relação ao PT que eu disse
10:20que é refém do presidente Lula.
10:25Eu digo também em relação ao PSDB,
10:27um partido de extraordinários quadros,
10:30Fernando Henrique Cardoso, Franco Montoro,
10:31Mário Covas, José Serra,
10:34e que não soube se renovar.
10:36Então, o que eu disse e digo em relação ao PT,
10:39eu digo em relação ao PSDB,
10:41por conta dos resultados apresentados nessas eleições,
10:44com a fragilidade de ambos, partidariamente dizendo,
10:47e eu associo isso à ausência de um projeto
10:51de renovação de lideranças em ambos os partidos.
10:55Duda.
10:56Secretário, agora, além da renovação de quadros,
10:59o senhor acha também que a esquerda deveria
11:01renovar a sua agenda, os seus princípios,
11:06atualizar um pouco a programação?
11:10Isso eu falo, Duda, em relação a todos os partidos.
11:12Então, vamos dar como exemplo a questão ambiental.
11:18Há 40 anos atrás, a agenda de políticas ambientais
11:22dos partidos era uma.
11:23Hoje, ela é prioritária para qualquer partido.
11:26Num passado não muito distante,
11:28qualquer partido no seu programa
11:29dava o mesmo peso para a educação e para a saúde
11:32aqui no Brasil, do ponto de vista de políticas públicas.
11:35Hoje, inquestionavelmente, o peso da saúde é muito maior.
11:39O Brasil está ficando mais velho,
11:40estão nascendo menos crianças,
11:43portanto, é necessário menos recursos para a educação
11:48e mais para a saúde pública.
11:50Então, esse dinamismo, o programa partidário
11:53é algo que tem que ser aperfeiçoado permanentemente.
11:56E isso integrado com o processo de renovação de lideranças.
12:00Secretário, desde o começo do governo Tarcísio de Freitas
12:06aqui em São Paulo, que se colocou muitas vezes
12:09em comentários políticos, inclusive alguns que nós fizemos aqui,
12:12da sua capacidade de articulação,
12:15de ficar próximo do Tarcísio,
12:17que foi ministro da infraestrutura do governo Bolsonaro,
12:20que está aí num campo mais à direita,
12:22mesmo que mais moderado, como o senhor bem colocou,
12:25do que o ex-presidente.
12:26E, ao mesmo tempo, ter uma certa proximidade,
12:29uma capacidade de articulação federal com o governo Lula.
12:33Quer dizer, como é que o senhor se coloca
12:36em várias frentes dessa articulação política,
12:41conseguindo fazer com que o PSDB tenha entrada de todos os lados?
12:47Olha, Felipe, é muito fácil.
12:51Mantendo a coerência para conquistar a respeitabilidade,
12:57para ter o respeito à sociedade brasileira,
12:59dos meios de comunicação.
13:00Vou dar alguns exemplos.
13:02Em 2018, o PSDB apoiou o Geraldo Alckmin para presidente.
13:07Ficamos quatro anos sem participar do governo.
13:09Nós não tínhamos apoiado o presidente Bolsonaro,
13:12apoiamos o Geraldo Alckmin, perdemos as eleições,
13:14portanto, ficamos fora do governo.
13:17Em 2022, o PSDB, de fato, mesmo, politicamente,
13:22foi o único partido que por inteiro apoiou o Geraldo Alckmin.
13:26Vocês sabem disso.
13:27Estava todo mundo com o Rodrigo, todo mundo com o Haddad.
13:30O PSDB ficou firme,
13:31tanto é que indicou o vice-governador
13:33e está governando junto.
13:36Então, não tem nenhum sentido oportunista.
13:38O seu programa de governo teve, na sua construção,
13:42a nossa participação.
13:44Estamos participando de um governo que ajudamos a eleger,
13:46ajudamos a construir.
13:47E a democracia é isso.
13:49Você vota nas pessoas dos partidos
13:51para que eles integuem o governo e executem o programa.
13:54Então, nenhum problema.
13:56No plano nacional, nessas eleições,
13:58diferentemente de 2018,
13:59que apoiamos o Geraldo Alckmin e perdemos,
14:02em 2022 o PSDB não teve candidato.
14:05Liberou os seus quadros.
14:06Então, como é que nós vamos impedir
14:09um Otto Alencar de entregar um governo
14:11se na Bahia ele é parceiro do PT
14:13e se ele apoiou a campanha e a candidatura do presidente Lula?
14:16Da mesma maneira, o André de Paula,
14:18o Alexandre Silveira, o Carlos Favro,
14:20o partido tinha liberado.
14:22Então, não há nenhum oportunismo,
14:24nenhum fisiologismo.
14:25Existe a concordância do partido com a participação deles,
14:29porque eles ajudaram o presidente Lula a vencer
14:31e estão ajudando a governar.
14:34E aproveitando, perdão, Duda,
14:36a questão do momento,
14:38que é a falta de luz em São Paulo.
14:41A gente vê aí um embate
14:42do prefeito e do governador
14:44contra o governo federal,
14:46o governo federal também ali cobrando da Enel.
14:49De que lado o PSDB se coloca nessa questão?
14:53Quer dizer,
14:54o senhor entende que o problema é da concessionária?
14:58No entanto,
14:58há um grau de responsabilidade do governo Lula nesse caso?
15:01Nós estamos ao lado dos consumidores.
15:03Nós estamos ao lado das milhares de famílias
15:06que estão alguns dias sem energia,
15:11algumas já voltaram,
15:12e portanto o PSDB defende de uma maneira intransigente
15:16o direito dessas famílias a ter um tratamento digno.
15:19É evidente que a responsabilidade é da empresa.
15:22A Enel tem a responsabilidade,
15:25ela não se preparou pela segunda vez,
15:28teve já uma oportunidade há um ano atrás,
15:31quando tivemos uma chuva com a mesma intensidade,
15:36e é evidente que dessa vez
15:38ela merece uma punição adicional,
15:41mais exemplar,
15:43porque efetivamente ela pela segunda vez
15:45deixa de ter um atendimento emergencial,
15:48que é fundamental que aconteça.
15:51Se algo que uma concessionária precisa estar preparada
15:54é para o atendimento emergencial,
15:56e ela está mostrando que não está preparada,
15:58e contratualmente ela é obrigada a estar.
16:01Duda?
16:02Secretário, agora falando da prevenção,
16:04é responsabilidade da empresa podar as árvores da cidade
16:09ou é responsabilidade da prefeitura?
16:12Mas aí é uma questão de poda de árvore,
16:14questão de, não digo que foi uma tragédia,
16:18mas uma chuva muito intensa, não prevista,
16:22que derruba os fios,
16:23os fios derrubam as árvores,
16:25ou vice-versa, ou inverso,
16:28e não cabe à prefeitura fazer essa previsão,
16:30cabe à concessionária estar preparada
16:34para que, em caso de interrupção,
16:37ela haja o mais rápido possível.
16:39Não é razoável ela demorar dois, três dias
16:42para fazer o atendimento.
16:44Kassab, Jair Bolsonaro está inelegível
16:48por decisão do Tribunal Superior Eleitoral,
16:51e o senhor tem falado do projeto Tarcísio.
16:54Há várias possibilidades de novas lideranças
16:58aí nesse campo da direita,
16:59que volta e meia são apontadas,
17:01como o governador Romeu Zema,
17:04como o governador Ronaldo Caiado,
17:06de Minas Gerais e Goiás, respectivamente.
17:08O senhor consegue considerar que isso seja positivo,
17:15que haja, vamos dizer assim,
17:16uma concorrência no campo da direita
17:18para uma sucessão de candidatura presidencial
17:21para fazer frente ao PT?
17:24Olha, eu acredito,
17:26mas uma eleição de dois turnos,
17:29ela pressupõe, pelo menos no segundo turno,
17:32a união de todos, não é?
17:34Então não é algo impositivo,
17:36não precisa estar todos os partidos
17:37somando já no primeiro turno, não é?
17:40É até provável, até possível,
17:42que isso aconteça.
17:43Mas o que eu posso afirmar é que
17:45você tendo um candidato como o Lula
17:47no segundo turno,
17:48todos aqueles partidos que têm
17:50dificuldade de conviver com a esquerda
17:52vão estar junto com esse outro candidato,
17:54que eu não sei quem será.
17:55Eu não vejo nenhum problema
17:57de estar separado dos partidos,
18:00ou alguns deles,
18:01com candidatura diferente no primeiro turno.
18:03E o prefeito Eduardo Paes,
18:05ele está no seu quarto mandato na prefeitura.
18:07Quando ele tentou ser governador,
18:09ele acabou perdendo ali para o Wilson Witzel,
18:11que depois seria empichado,
18:13naquela onda mais à direita,
18:15na qual o Bolsonaro também acabou
18:16ascendendo ao poder.
18:18O Paes acabou ficando muito,
18:21com capital político eleitoral
18:23muito forte na cidade,
18:24mas com dificuldade de crescimento.
18:27Ainda existe essa projeção
18:28para o Eduardo Paes
18:29se nacionalizar mais via PSD?
18:33Olha, eu acredito que o...
18:35Bom, primeiro, o Eduardo Paes
18:36é um grande líder nacional.
18:38Qualquer prefeito do Rio de Janeiro,
18:40a segunda cidade do país,
18:42é um líder nacional.
18:44Mas eu acredito que o projeto
18:46do Eduardo Paes é...
18:47O melhor projeto para o Brasil
18:49e para o Rio de Janeiro
18:50é ter o Eduardo Paes
18:51governador do Estado.
18:53Duda Teixeira?
18:55Secretário, uma pesquisa
18:56que saiu esse final de semana
18:58mostrava o Pablo Marçal
19:00até melhor colocado
19:01que o Tarcísio
19:02numa campanha presidencial
19:04para 2026.
19:06Que papel que o senhor acha
19:08que Pablo Marçal
19:09vai ter na política brasileira
19:11no futuro?
19:12Bom, primeiro,
19:14o Instituto que fez a pesquisa
19:15é muito sério,
19:16o Instituto Quest.
19:17importante, mas a pesquisa,
19:19na verdade,
19:21ela não pode ser analisada
19:24com muita...
19:25Não digo seriedade,
19:27mas como algo que vai ficar
19:29por muito tempo.
19:31Porque o recall do Marçal
19:34é muito grande agora.
19:35O Brasil inteiro falava nele,
19:37porque ele foi uma novidade.
19:38E fazer uma pesquisa
19:39com o nome dele agora
19:40é evidente que ele teria
19:41esses índices, não é?
19:44Então, o que eu posso dizer
19:46é que o Tarcísio hoje
19:47é um dos brasileiros
19:48mais bem avaliados.
19:49Qualquer brasileiro hoje
19:51que for convidado
19:52a citar três lideranças
19:54políticas nacionais,
19:56com certeza entre as três
19:58vai citar o Tarcísio
19:59e ele faz um grande trabalho
20:02em São Paulo
20:02e qualquer que seja
20:04eleição presidencial
20:05daqui pra frente,
20:06com a participação dele
20:07ou não como candidato,
20:09terá nele um grande
20:11player.
20:14O Carlos Costa
20:16aqui no nosso chat
20:16está fazendo uma pergunta
20:17pro senhor,
20:18eu gostaria de destacar
20:19aqui uma pergunta
20:19do nosso público,
20:20então vai a do Carlos Costa.
20:22Kassab apoia a reforma
20:23do sistema eleitoral,
20:26fim do voto obrigatório,
20:27mudança no sistema
20:28de eleição
20:29por coeficiente eleitoral,
20:31tem alguma mudança
20:32que o senhor considera
20:33que seria benéfica
20:34ou pro senhor
20:35o sistema eleitoral
20:36está bem dessa maneira?
20:38Eu sempre defendi
20:39o voto distrital.
20:40está no nosso programa
20:42de partida,
20:42inclusive.
20:43Então,
20:44qualquer oportunidade
20:45que possamos ter
20:46de discutir
20:47aperfeiçoamento
20:48do sistema eleitoral,
20:50o PSD sempre vai colocar
20:51em discussão
20:52o voto distrital.
20:53O modelo distrital
20:54daí sim podemos analisar.
20:56Distrital puro,
20:57distrital misto,
20:58mas o PSD
21:00defende o voto distrital.
21:02Doutor,
21:02Gera.
21:03Agora,
21:03falando do aperfeiçoamento
21:05do judiciário,
21:06na semana passada
21:08a gente teve aquela aprovação
21:09das duas PECs,
21:11sendo que uma delas
21:12era para limitar
21:13as decisões monocráticas
21:15do STF.
21:17Que opinião o senhor tem
21:18sobre essas decisões
21:19monocráticas
21:20no Supremo Tribunal Federal?
21:22Bom, primeiro,
21:23o PSD
21:24nunca fechou questão
21:26em relação a nenhum tema.
21:27Não será dessa vez
21:28que vai fechar.
21:30Eu defendo
21:31o aperfeiçoamento
21:32do poder judiciário,
21:34poder executivo,
21:35poder legislativo,
21:36acho que é fundamental.
21:38Defendo que esse aperfeiçoamento
21:39seja feito
21:40no entendimento.
21:41O conflito,
21:42o confronto entre poderes
21:44não é saudável
21:44para nenhuma democracia.
21:46A questão
21:47das decisões
21:49monocráticas,
21:50elas podem sim
21:51ser aperfeiçoadas
21:52com prazos,
21:53eu acredito que isso aí
21:54já quase que é um consenso
21:56que vá haver
21:58algum avanço
21:59e essa discussão
22:00o PSD defende,
22:02mas sempre em entendimento
22:03com o poder judiciário.
22:05Mas nessa questão específica
22:08o PSD defende
22:09um avanço sim.
22:11Pois é,
22:11porque foram aprovados
22:12dois itens
22:13nessa proposta
22:14de emenda à Constituição.
22:15Um é esse que limita
22:16as decisões monocráticas,
22:17obviamente em reação
22:18em grande parte
22:19a decisões do Alexandre de Moraes,
22:21mas também em reação
22:22a decisão do Ricardo Lewandowski
22:23quando era ministro do STF
22:25antes de integrar
22:26o próprio governo Lula,
22:27suspendeu ali
22:27efeitos das leis estatais
22:29aprovadas pelo Congresso Nacional.
22:31O outro item
22:32fala de uma maioria
22:34qualificada
22:34no Congresso Nacional
22:35derrubar decisões
22:37do Supremo Tribunal Federal
22:38que obviamente
22:39na visão do Congresso
22:40extrapolem
22:41as atribuições
22:42da corte.
22:43Há uma margem ali
22:44para o próprio Supremo
22:45efetivar essa medida
22:46com quatro quintos
22:48do plenário
22:49votando a favor.
22:51Essa,
22:52o senhor considera
22:53um item mais problemático
22:55do que a limitação
22:56das decisões monocráticas
22:57que seria
22:58um item mais objetivo?
23:00Bom,
23:01em relação
23:01às decisões monocráticas
23:02eu discordo
23:04de você
23:04de que isso
23:05seja atrelado
23:06a decisões
23:06seja o Alexandre Moraes
23:07ou o do Lewandowski.
23:09Eu quando era deputado federal
23:11isso faz tempo já
23:12já havia essa discussão
23:14e nem o Alexandre
23:15nem o Lewandowski
23:16eram ministros.
23:17Claro,
23:18eu falei na esteira
23:18porque foi recentemente
23:20que essa corda
23:21foi sendo esticada.
23:22É uma discussão
23:23que amadurece
23:24com muita rapidez
23:26e eu acho
23:27que em algum momento
23:28pode ser que esteja
23:29um próximo
23:29ela pode ser aprovada
23:32mas sempre friso
23:33com um entendimento
23:35que é importante
23:36entre o judiciário
23:37e o legislativo.
23:39Em relação
23:39a outra proposta
23:41realmente
23:42ela tem que ser discutida
23:43com muito cuidado
23:44para não gerar
23:46nenhuma animosidade
23:47e é uma proposta
23:48de conteúdo
23:48muito forte
23:49e que ela precisa
23:52ser adotada
23:53com muito cuidado
23:54para também
23:55não fragilizar
23:56as relações
23:57e não fragilizar
23:58o próprio funcionamento
23:59do poder judiciário.
24:00Eu acho que
24:01todo o próprio presidente
24:02da Câmara dos Deputados
24:03o deputado Arthur Lira
24:04mencionou recentemente
24:06acho que nesse fim de semana
24:07que ele não vai colocar
24:09ela em pauta
24:10nesse momento.
24:11Cassavo
24:12o senhor certamente
24:13acompanhou aí
24:14o conteúdo
24:14de diversas sabatinas
24:16diversos debates eleitorais
24:17aqui em São Paulo mesmo
24:18de tudo que o senhor
24:20ouviu
24:20é obviamente
24:21o senhor aí
24:22é muito próximo
24:23do Tarcísio de Freitas
24:25do atual governador
24:26ele está defendendo
24:27a candidatura
24:28do prefeito
24:29Ricardo Nunes
24:29mas muitos problemas
24:31da cidade
24:32foram exaustivamente
24:33apontados
24:34por outros candidatos
24:35inclusive claro
24:35pelo Guilherme Boulos
24:36que passou
24:37agora ao segundo turno
24:38ele que é do PSOL
24:39o que que ainda
24:41em termos de gestão
24:42administrativa
24:43pode ser aperfeiçoado
24:45na cidade de São Paulo
24:46olha a gestão
24:48pode ser aperfeiçoada
24:49sempre
24:50no caso específico
24:53de São Paulo
24:53por conta das circunstâncias
24:55de mudanças climáticas
24:56eu acredito que
24:58é fundamental
25:00que se dê prioridade
25:01a essa questão
25:01esse é um tema
25:02de muita relevância
25:03em qualquer canto
25:04do planeta
25:05e a cidade de São Paulo
25:06não pode se omitir
25:07é algo que deve
25:10ser tratado
25:10com prioridade
25:11em relação
25:12a futura gestão
25:13se eu fosse apontar
25:14um ponto
25:15eu apontaria esse
25:16é bem no
25:18no momento aqui
25:19que ainda estamos
25:19sofrendo os efeitos
25:20do temporal
25:21com muita ventania
25:22da sexta-feira
25:23que deixou
25:24boa parte da população
25:25aqui sem luz
25:26por três dias
25:26inclusive meu prédio
25:27que só voltou
25:28hoje à tarde
25:28nem pude passar lá
25:29Duda Teixeira
25:30a punição
25:32a punição
25:33dos veículos
25:34é algo muito sério
25:36a cidade de São Paulo
25:37isso tem que ser enfrentado
25:38certo
25:39Kassab
25:40tem um movimento
25:41um movimento
25:43agora no Congresso
25:44para que o Jair Bolsonaro
25:46possa ser
25:47se candidatar novamente
25:49acabar com a
25:50ineligibilidade dele
25:52o que o senhor
25:52acha desse movimento
25:53olha
25:55eu gosto muito
25:57de dar oportunidade
25:58para que todos
25:59disputem eleições
25:59acho que disputar eleição
26:01é importante
26:02é saudável
26:03e se o presidente
26:05Bolsonaro tiver
26:05condições de se
26:06candidatar
26:07acho que pode ser
26:09bom para o país
26:09acho que
26:10é algo que
26:11o PSD
26:12primeiro é um tema
26:13que é livre
26:13não vamos fechar a questão
26:14mas não iremos
26:16nos opor
26:17Bom
26:18tivemos o prazer
26:19de conversar
26:20com o presidente
26:20nacional do PSD
26:21Gilberto Kassab
26:23e também secretário
26:24de Relações Institucionais
26:25do Estado de São Paulo
26:26no governo
26:26Tarcísio de Freitas
26:27muitíssimo obrigado
26:28pela disponibilidade
26:29pelos esclarecimentos
26:30pela participação
26:31aqui no Papo Antagonista
26:32boa noite
26:33bom trabalho para o senhor
26:34eu que agradeço
26:35bom trabalho para vocês também
26:36uma bela oportunidade
26:38de conversar com vocês
26:39e um abraço
26:40a todos que nos acompanham
26:41a todos que nos acompanham
26:42o senhor
26:42o senhor
26:43o senhor
26:43Legenda Adriana Zanotto
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