A brasileira Rafaela Triestman, vítima dos ataques do Hamas em 7 de outubro, gravou um depoimento dirigido a Lula, após o petista comparar a operação militar de Israel na Faixa de Gaza ao holocausto.
Ela estava no festival de música Nova com Ranani Glazer, seu então namorado, que foi morto pelo grupo terrorista. No vídeo, publicado pelo ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, no X nesta quarta-feira, 21, Rafaela afirmou que o Hamas “ria na cara” de vítimas que estavam no bunker com ela
Rafaela disse que apenas 10 das 40 pessoas que estavam no bunker no local sobreviveram aos ataques do Hamas, acrescentando que ela só saiu com vida do local porque ficou debaixo de corpos de outras vítimas por 5 horas.
Em outro momento, a brasileira afirmou que o governo Lula “não foi mobilizado” e que as vítimas se sentiram “esquecidas”.
Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:
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00:00Muito bem, vamos tratar ainda dos desdobramentos daquelas falas do Lula no domingo 18 de fevereiro.
00:07A brasileira Rafaela Tristman, vítima dos ataques do Hamas em 7 de outubro, sobrevivente, claro,
00:15gravou um depoimento dirigido a Lula após o petista comparar a Operação Militar de Israel na faixa de Gaza ao Holocausto.
00:23Ela estava no Festival de Música Nova com Hanani Glaser, seu então namorado, que foi morto pelo grupo terrorista.
00:32Imaginem a dor dessa jovem que perdeu o namorado, assassinado por um grupo terrorista.
00:41No vídeo publicado pelo Ministro das Relações Exteriores Israelense, Israel Katz, no X nessa quarta-feira,
00:47Rafaela afirmou que o Hamas ria na cara de vítimas que estavam no bunker com ela.
00:52O ministro publicou o vídeo em reação às declarações do Lula, mostrando que o senhor não dá bola nem para cidadãos brasileiros.
01:07Nós estamos aqui acolhendo essas pessoas, enquanto o senhor ajuda a disseminar as narrativas do Hamas.
01:17Vamos acompanhar um trecho do relato da brasileira.
01:20Nos tornamos 40 pessoas, dentro de um lugar extremamente apertado.
01:26Ficamos lá, nos tranquilizamos e pensamos que o nosso problema dos mísseis já tinha passado, pois estávamos em um lugar seguro.
01:34Quando, de repente, começamos a ouvir tiros do lado de fora do bunker.
01:39Esses tiros vinham do grupo terrorista Hamas, que estavam fazendo um ataque em Israel no mesmo dia.
01:47Nós não tínhamos noção das proporções do que estava acontecendo, estávamos apenas vivendo aquele momento.
01:53O Hamas chegou até o nosso bunker, eles atiraram bombas de gás, granadas, entraram no bunker e atiraram em todo mundo que estava vivo, em todo mundo que se mexia.
02:07Eles jogaram coquetelos molotov, eles fizeram uma fogueira no lugar da porta onde queimaram pessoas vivas.
02:16Eles sequestraram um menino que estava do meu lado, sequestraram uma outra menina que estava do meu lado, onde os terroristas a estupraram e depois queimaram ela viva.
02:26O dia 7 de outubro foi o maior trauma da minha vida e foi o dia mais escuro de toda a minha vida.
02:34Esperei lá, ouvi gritos, risadas.
02:38O Hamas entrava dentro do nosso bunker, atirava nas pessoas e ria na nossa cara.
02:43E gritava na nossa cara e comemorava na nossa cara.
02:47Isso não é um grupo de defesa, isso é um grupo de terrorismo.
02:50Rafaela disse que apenas 10 das 40 pessoas que estavam no bunker no local sobreviveram aos ataques do Hamas.
03:00Acrescentando que ela só saiu com vida de lá porque ficou debaixo de corpos de outras vítimas por 5 horas.
03:09É realmente impressionante esse relato.
03:11Ela ficou debaixo de cadáveres, fingindo ali de morta para ser esquecida, para não ser vista pelos terroristas.
03:21Cena de filme.
03:23Isso acontece no mundo real.
03:26Aquele mundo real que não é do conhecimento de Luiz Inácio Lula da Silva.
03:31Em outro momento, a brasileira afirmou que o governo Lula não foi mobilizado e que as vítimas se sentiram mais do que se sentiram.
03:40Ela falou assim, esqueceram da gente.
03:44Ela falou dos comentários antissemitas do Lula.
03:48E a gente vai ver mais um trecho desse vídeo.
03:52Realmente é uma situação muito complicada saber que eu, brasileira, não posso voltar agora para o meu próprio país
03:58por conta do perigo de ser judia e estar num país onde tem muito antissemitismo.
04:03Onde a representação do país faz comentários antissemitas.
04:07Onde o governo compara o que Israel faz com Hitler.
04:11Não apenas difamando o antissemitismo, mas também desrespeitando a memória de 6 milhões de judeus que morreram no holocausto.
04:21De 6 milhões de judeus que foram assassinados brutalmente por causa de um representante.
04:28Continuo com os meus tratamentos.
04:33Israel me dá todo o apoio que precisa.
04:36O Brasil, o governo brasileiro, em nenhum momento entrou em contato comigo, com Rafael Zimmerman, com Jade Coker,
04:45com Hanani Glaser, com a família de Hanani Glaser, que foi brutalmente assassinada no ataque do dia 7 de outubro.
04:51Com a família da Karen, que foi brutalmente assassinada no ataque do dia 7 de outubro.
04:56Com a família da Bruna, que foi brutalmente assassinada no dia 7 de outubro.
05:01E realmente o governo não foi mobilizado e simplesmente nós sentimos que esqueceram da gente.
05:08Então, eu estou aqui hoje, sentada com o ministro, para poder mostrar um outro lado da história.
05:15Poder mostrar a importância de espalhar as notícias de uma maneira correta.
05:20De mostrar como sim Israel tenta proteger os cidadãos.
05:24E como sim Israel faz de tudo para que não tenham casualidade de civis.
05:31Está aí o depoimento fortíssimo dela.
05:34Duda, eu vou citar depois a reação do ministro das Relações Exteriores, Malvieira,
05:41mas primeiro a gente precisa falar desse recado, precisa falar a respeito desse caso.
05:47É muito constrangedor para o Brasil que o governo de outro país tenha de trazer a público
05:59uma vítima brasileira que não foi acolhida pelo governo,
06:06que no entanto está aí ofendendo a honra, a memória dos judeus de todo o mundo.
06:13Porque o vínculo com as vítimas do holocausto é de todos os judeus do mundo.
06:19E o Lula fez essa comparação da reação militar a essa selvageria, a esse horror,
06:25com o maior horror da história humana, o extermínio em massa, deliberado,
06:32de milhões, seis milhões de judeus, incluindo mulheres e crianças,
06:36eles que sempre estão falando em nome de mulheres e crianças,
06:40baseado em narrativas do Hamas, sem esperar investigações independentes.
06:45Então, assim, é muito constrangedor para o Brasil e não se dá, evidentemente,
06:53em rádio e TV, a dimensão da barbaridade cometida pelo Lula.
06:58E depois a gente vai comentar sobre o governo. Diga, Doutor.
07:01Bom, o recado da Rafaela é super forte, ela é muito jovem, 20 anos,
07:09conta o que passou ali olhando para a câmera com uma franqueza impressionante
07:19e passou realmente por coisas assombrosas.
07:27Então, recomendo a todos aqui que estamos vendo que assistam ao vídeo inteiro.
07:35E esse depoimento que ela faz de esqueceram da gente
07:41é uma coisa que impressiona, né?
07:45Porque o Brasil tem uma embaixada em Tel Aviv
07:51que deveria se preocupar com os brasileiros que estão em Israel.
07:58E nós vimos, né, depois do atentado, quando a guerra começa,
08:02uma preocupação ali, uma propaganda do governo brasileiro,
08:06do tipo, nós estamos tirando as pessoas da faixa de Gaza,
08:10estamos tirando as pessoas de Israel, né?
08:12Saiu o avião lá de Israel, de Tel Aviv, com brasileiros para cá.
08:16Mas que os familiares e as pessoas que conseguiram sobreviver a esse atentado
08:23não tenham recebido nenhuma ligaçãozinha lá da equipe do Frederico Meyer, né?
08:29Esse embaixador que a gente ficou familiarizado com ele
08:36na hora que ele toma um pito ali do ministro de Relações Exteriores de Israel
08:41no Museu do Holocausto,
08:43realmente não dá para entender aí como é que o governo brasileiro
08:49realmente não entrou em contato.
08:53Isso omitiu.
08:53omitiu nessa situação tão grave que ela passou.
08:57É, e mais uma confirmação de que o governo Lula tem um lado nessa história
09:04e busca, a cada atitude, reforçar a sua demonização de Israel.
09:12Então, houve aquela pose para receber quem era brasileiro e estava na faixa de Gaza,
09:17mas não houve atitude, de acordo com o relato da Rafaela,
09:22para atender as vítimas do Hamas em Israel.
09:27Quer dizer, só há olhos, portanto, para aqueles que na narrativa do Lula
09:33são vítimas de Israel, que são os moradores da faixa de Gaza.
09:38Ele nunca coloca o Hamas, nunca cita que o Hamas usa civis como escudos humanos,
09:44que o Hamas vai lá matar e se esconde no meio do povo,
09:47que é para depois poder voltar a matar,
09:50constrangendo, evidentemente, a vítima dos seus terminos, dos seus sequestros,
09:55a não agir contra si por pudor, por cerimônia, por preocupação com a vida humana.
10:03E Israel faz aquele esforço que a gente tem mostrado desde o começo da guerra
10:07para que os civis inocentes saiam pelos corredores humanitários,
10:12saiam do norte para o sul, que peguem as estradas, a orientação,
10:17por meio de distribuição de panfletos, a telefonemas individuais,
10:20mensagens que são enviadas para celulares, a uma série de medidas.
10:25Agora, obviamente, não se pode deixar um grupo terrorista
10:28ir lá matar 1.200 pessoas, sequestrar 239,
10:32que são mantidos, portanto, reféns,
10:35que o exército israelense precisa buscar para...
10:37Precisa resgatar?
10:39Não se pode deixar que eles façam isso,
10:41se escondam no meio das pessoas
10:42e se aguarde apenas que eles voltem para cometer novos crimes.
10:48Então, você tem essa dificuldade logística
10:50e se enfrenta a essa dificuldade
10:52buscando, obviamente, evitar danos
10:56ou minimizar ao máximo.
10:59Agora, é a defesa que Israel faz do seu próprio povo