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NotíciasTranscrição
00:00Música
00:02Você sabia que pode assistir aos programas ao vivo de um antagonista na sua Smart TV?
00:21Conecte a sua Smart TV à internet se ela ainda não estiver conectada.
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00:57Encontre a sua TV e pronto!
00:59Agora você pode assistir os programas de um antagonista na sua Smart TV sempre que quiser.
01:05Não perca tempo e aproveite os melhores conteúdos sobre política, economia, cultura e muito mais.
01:11Com a qualidade e a independência de um antagonista na tela da sua TV.
01:18Eu preciso construir uma narrativa para destruir o inimigo.
01:24Que vingança!
01:25Estou aqui para me vingar dessa gente.
01:27Eu não vou esperar foder minha família, por isso, vou interferir!
01:32Salve, salve! Sejam bem-vindos ao Papo Antagonista.
01:34Eu sou Felipe Moura Brasil e essa semana a gente faz uma edição especial do programa
01:39conversando com os colaboradores da edição de fim de ano da Cruzoé,
01:42que sai na sexta-feira, 29 de dezembro, recheada com temas importantes,
01:48de fundo do debate público nacional e internacional.
01:52E hoje a gente vai conversar com o colaborador e prata da casa aqui do nosso antagonista Alexandre Borges,
01:58que escreve um artigo sobre inteligência artificial, um tema que está dando o que falar no mundo inteiro.
02:04Mas primeiro eu saúdo aqui os meus companheiros de bancada.
02:07Duda Teixeira, boa noite!
02:08Boa noite, Felipe!
02:09Carlos Graeb, tudo bem?
02:10Boa noite!
02:12Espero que todos estejam tendo uma ótima semana de fim de ano, com boas festas sempre!
02:17E Alexandre Borges, seja bem-vindo aqui à nossa roda virtual de conversa.
02:22Salve, salve!
02:24Salve, salve, Felipe, Graeb, Duda, vamos que vamos!
02:29Alexandre, o que faz você se interessar por inteligência artificial?
02:33Porque você parece entender do assunto realmente e tem algum motivo?
02:38Você já acompanha esse tema há muitos anos?
02:40Bom, em primeiro lugar, obrigado pela oportunidade de escrever sobre isso, né?
02:45Quer dizer, a gente está sempre falando de política.
02:46Claro, a gente gosta de política, é a nossa vida.
02:49Mas a gente também tem outros interesses, né?
02:51Eu sou um nerd, sempre gostei de tecnologia.
02:55Ganhei meu primeiro computador com 13 anos e programei lá o meu joguinho.
03:01Gostei e tive computadores a vida inteira e sempre gostei de explorar a tecnologia.
03:05Um assunto que sempre me fascinou, mas a inteligência artificial, claro, para quem é nerd, para
03:09quem gosta de tecnologia, nunca apareceu nada com as implicações e com a importância
03:14da inteligência artificial.
03:15Então, mesmo que eu não quisesse, eu seria completamente dragado por esse assunto, não
03:21ia conseguir escapar de jeito nenhum.
03:23Já temos a manchete do programa.
03:24Eu sou um nerd, diz Alexandre Borges.
03:27Que beleza!
03:27Alexandre, tem um determinado momento do seu artigo que você remete aos tempos primatas
03:35para mostrar como os adventos, como as novas ferramentas, os novos mecanismos disponíveis
03:44para a humanidade fizeram, obviamente, mudanças no mundo em que o homem vive.
03:51E a gente está numa fase bastante avançada, em que você coloca como a primeira vez que
03:57o homem realmente tem ultrapassado algumas das suas habilidades pelas máquinas.
04:04Faz aqui um apanhado histórico, um breve resumo de tudo, Alexandre, sobre os temas e
04:11os exemplos que você usou.
04:12Tá bom.
04:13Não é rápido, é só dois milhões de anos, então tá tranquilo.
04:15Basicamente é o seguinte, o que que para os especialistas, o que que faz a diferença
04:21de nós para os nossos antepassados, primatas, etc?
04:27É, em termos de inteligência, a nossa capacidade de usar ferramentas de uma maneira relativamente
04:34sofisticada.
04:35Claro que pássaros usam ferramentas, répteis, os próprios primatas, os chimpanzés, eles
04:40são muito habilidosos com paus para abrir frutas, enfim.
04:44Então, existe, claro, uma relação do mundo animal com o que podemos chamar de ferramentas.
04:51Mas, quando o australopithecus consegue ficar um pouquinho mais alto, um pouquinho mais
04:58inteligente, ele consegue fazer uma ferramenta um pouco mais sofisticada, multiuso, e principalmente
05:03ele cria uma cultura que ele consegue transmitir para os filhos e explicar como é que usa,
05:09você tem todas as evidências disso, aí sim a gente considera que nasce o homo habilis,
05:15que seria esse ser com habilidades avançadas e que é o primeiro homo da série que vai
05:22dar no homo sapiens, vai dar na gente.
05:24Então, a gente tem a nossa inteligência, como ela é entendida, como ela é medida, ela
05:29é muito ligada à nossa capacidade de criar ferramentas e culturas de uso dessas ferramentas.
05:36Bom, então, a história da humanidade é uma história contínua desse tipo de avanço,
05:42de descobertas, de inovações, enfim, que nós vamos sofisticando.
05:46Eu dou o exemplo, por exemplo, de um grande revolucionário que foi o Arquimedes, que merecia
05:50mais atenção, aquele que todo mundo só no máximo lembra porque ele mergulhou na banheira,
05:55a água transbordou, ele gritou eureca e saiu correndo pelado pela rua.
06:00Enfim, mas o Arquimedes foi um grande engenheiro, produtor de máquinas.
06:06Ele era quase, nós podemos fazer uma comparação com o Leonardo da Vinci na época dele.
06:11Ele foi um cara extremamente produtivo e uma das coisas também que a gente tem até hoje
06:16de legado do Arquimedes foi aquela alavanca.
06:19A alavanca que ele descobriu, inclusive a fórmula matemática e tudo como é que se calcula,
06:24para você usar uma ferramenta para levantar.
06:26E o famoso me dá uma alavanca que eu movimento a terra.
06:30Então, assim, você tem, ao longo da história, esses incrementos tecnológicos de ferramentas
06:37que vão ajudando os homens a realizar os seus trabalhos.
06:41Então, ampliar a nossa força, nossa capacidade de trabalho.
06:46Enfim, e isso nós temos uma história que ganha também, claro, um aumento significativo
06:51na Revolução Industrial, da produção em massa, das indústrias, etc.
06:55Mas, quando a gente entra na era digital, na era dos computadores, a gente começa a
07:01resvalar no que seria esse terreno exclusivo dos homens, que é a consciência, o pensamento,
07:07a produção de ideias.
07:09O Steve Jobs, inclusive eu cito no artigo, ele, quando era instado a dizer para que servia
07:16um computador, ele usava essa imagem poética.
07:19Ele tinha esse tipo de raciocínio, ele dizia que era uma bicicleta da mente.
07:24Quer dizer, era uma metáfora que ele fazia para dizer que o computador ajudava a gente
07:29a pensar mais rápido, a melhor, a ir mais longe, etc.
07:32Ok.
07:33Mas a inteligência artificial vira uma página muito marcante e única na história, porque
07:41você tem máquinas que elas estão, e você imagina que o chat GPT, que já mudou o mundo,
07:47ele acabou de fazer um ano.
07:48A quantidade de coisa que mudou em um ano é uma loucura, e essa velocidade de transformação
07:53é exponencial.
07:55Eu leio e acompanho notícias de inteligência artificial, e cada semana, nesse último ano,
08:01você tinha grandes novidades.
08:02Você não passa uma semana que não tenha um aplicativo novo, uma nova utilização.
08:07Então, as coisas estão acontecendo com muita velocidade.
08:10Alexandre, deixa eu passar aqui a palavra para o Carlos Greb, para ele puxar aqui algum
08:14ponto de interesse dele no seu artigo, que todos nós lemos antes dessa conversa.
08:18Diga, Greb.
08:20Salve, Alexandre.
08:21Salve.
08:22Vem cá.
08:22Tem muita gente dizendo que o desenvolvimento da inteligência artificial deveria ser atrasado,
08:29né?
08:30Que deveriam fazer uma moratória ou diminuir o ritmo de inovação.
08:36Então, o que você acha desse argumento?
08:41É um argumento impossível, né?
08:42A maioria, inclusive, já está desistindo de falar disso.
08:44O Elon Musk e vários deles que falaram há seis meses um pouco mais sobre isso.
08:49Esse assunto meio que foi superado, pelo menos entre esses líderes da indústria, porque
08:54eles perceberam que você não tem como parar a China, você não tem como parar a Rússia,
08:57você não tem como parar vários atores mundiais que estão desenvolvendo.
09:02Então, nesse sentido, me lembra até o grande filme desse ano, que foi o Oppenheimer.
09:07O Robert Oppenheimer era um sujeito pacifista, não há dúvida disso, um humanista.
09:13Mas, quando ele era perguntado, então, por que você está produzindo a bomba atômica?
09:18O que ele respondia e no filme aparece?
09:20Ele dizia, os nazistas também estão produzindo, a gente tem que chegar primeiro.
09:24Se a gente não fizer essa bomba, eles vão fazer.
09:26Então, eu acho que a gente, nesse ponto, está num momento parecido.
09:31Por mais que haja riscos, e ninguém nega que haja riscos, eu acho que o grande risco
09:38seria o mundo democrático ocidental dar um freio, enquanto que China, Rússia e outros
09:44atores estão aí completamente sem freio.
09:47E, se a gente perder essa corrida, aí sim é um futuro bem distópico e nada divertido.
09:53Agora, Alexandre, você fez um argumento realista, vamos dizer assim,
09:59é assim que o mundo funciona, se um não fizer, o outro fará.
10:04Agora, de um ponto de vista mais abstrato, você acha que faz sentido o alerta
10:12ou o desejo de diminuir a velocidade desse avanço da inteligência artificial?
10:18Faz, faz todo sentido, porque nós estamos chegando a um ponto onde esses sistemas,
10:25eles aprendem por eles mesmos.
10:28Você tem, me ocorre agora um exemplo do DeepMind da Google, do Google,
10:33que eles fizeram um sistema para fazer um jogo.
10:35E aí ele começou a jogar com humanos e o primeiro sistema, ele ainda tinha um pouco
10:42de equilíbrio em relação aos humanos.
10:46Depois, ele foi aprendendo, enfim, foi desenvolvendo ali os jogos,
10:52ele conseguiu chegar a um ponto de desenvolvimento que, em todas as situações
10:58onde ele jogava com humanos, ele ganhava.
11:00Não tinha mais páreo entre esse sistema e os humanos.
11:05Aí, o que o Google fez?
11:07O Google criou um outro sistema mais avançado, onde ele nunca jogou com ninguém,
11:12a não ser com ele mesmo.
11:13Ele tinha capacidade de aprender.
11:14Então, ele jogava, ele ficava simulando jogos, ele contra ele,
11:19para aprender e desenvolver as melhores técnicas.
11:22Quando o Google achou que aquilo já estava bem desenvolvido,
11:24ele botou esse sistema para jogar com aquele outro que tinha ganhado dos humanos.
11:31Esse sistema que nunca tinha jogado com ninguém,
11:33que a primeira vez que ele jogou com o outro foi com aquela outra máquina,
11:36ele jogou mil vezes e ganhou as mil.
11:39Então, assim, porque a capacidade de processamento de um computador
11:43realmente é uma coisa completamente fora de escala para a gente.
11:47Então, quando a máquina chega a um ponto de ela consegue ensinar ela mesma,
11:52tem um caso que eu não sei se é fantasia ou não,
11:55mas que, por exemplo, uma dessas ferramentas, tipo chat CPT,
11:59ela, em algum momento do desenvolvimento,
12:03ela começou a fazer respostas em línguas, tipo árabe, persa,
12:08e aí todos os engenheiros se reuniam e falavam,
12:11quem que ensinou isso?
12:13E ninguém tinha ensinado.
12:14Ela aprendeu sozinha.
12:16Ela aprendeu indo na web, pesquisando, fazendo simulações.
12:20Um dia, quando se viu, ela sabia falar em línguas
12:23que nunca tinham sido ensinadas a ela.
12:25E isso lá em estágios anteriores de desenvolvimento.
12:28As máquinas hoje já estão muito, muito mais avançadas do que isso.
12:32Bom, eu não estou nem entrando no terreno,
12:34que eu nem cito no artigo, da computação quântica,
12:37que a gente pode, se vocês quiserem, depois abrir esse tema.
12:41Mas o computador quântico, a estimativa dele,
12:44não se sabe ainda quando ele vai estar operacional.
12:46Você já tem alguns modelos em laboratório funcionando,
12:50mas eles são muito, muito caros.
12:53Eles não têm ainda uma aplicação comercial.
12:55Ainda precisa de muito desenvolvimento tecnológico
12:58para ele conseguir ter uma aplicação comercial.
13:02Só se vocês quiserem a curiosidade,
13:03é porque hoje ele funciona apenas em temperaturas
13:07quase o chamado zero Kelvin, o zero absoluto.
13:11Isso é muito caro de simular, é muito difícil.
13:14Então, enquanto não conseguisse quebrar essa barreira,
13:16o computador quântico ainda não consegue ter uma aplicação comercial.
13:21Mas esses modelos que hoje estão funcionando em laboratório,
13:26eles pegaram um problema matemático
13:29que os homens nunca conseguiram resolver
13:31e fizeram uma conta que um computador,
13:34o computador mais rápido que existe hoje,
13:36com a computação tradicional,
13:38ele demoraria 10 mil anos para resolver aquele problema.
13:42Ele jogava no computador quântico,
13:43ele demorou 18 segundos para resolver.
13:46Em 18 segundos, ele resolveu um problema
13:49que o computador mais rápido do mundo hoje
13:52demoraria 10 mil anos para resolver.
13:54Bom, então, quando a gente entrar na computação quântica,
13:58esquece tudo que a gente vai falar hoje,
13:59é outro assunto.
14:01Mas enquanto nós estamos lidando com a tecnologia
14:03que nós conhecemos,
14:04que estão avançando de uma maneira incremental,
14:07a gente tem risco, é claro que tem.
14:11Eu não estou nem falando ainda da parte ética,
14:14que a gente pode entrar,
14:15se o robô pensa, se não é,
14:17se ele é um homem bicentenário,
14:19se ele tem direitos.
14:20Ok, a gente pode entrar nesse terreno.
14:21Mas meramente numa visão tecnológica,
14:27você tem hoje, por exemplo,
14:28nós estamos vendo uma guerra acontecendo em algumas áreas do mundo
14:32que drones são usados para matar pessoas,
14:34explodir lugares.
14:36E você tem drones que são operados por inteligência artificial.
14:39Então, em muito pouco tempo,
14:40você vai ter máquinas de guerra que decidem por elas.
14:43e isso pode ser um cenário distópico.
14:47Quer dizer, uma coisa é você estar usando aqui o teu celular,
14:50a gente está usando aqui para conversar,
14:52e o celular acaba a bateria,
14:54dá um probleminha técnico.
14:55Outra coisa é uma máquina, um robô, um drone,
14:59dar qualquer tipo de problema
15:00e ele sai matando um monte de gente.
15:02Entendeu?
15:04Então, assim, os efeitos perigosos
15:08de uma inteligência artificial não controlada
15:13são enormes.
15:14Não custa lembrar que ano que vem, 2024,
15:17é o ano de eleição dos Estados Unidos.
15:19Como é que vai ser essa campanha presidencial?
15:22Como é que vai ser o uso do deepfake?
15:23Como é que vai ser o uso de desinformação
15:26baseados nessas máquinas superinteligentes?
15:30Nós vamos descobrir, nós vamos ver.
15:31Mas riscos existem?
15:32Claro que existem.
15:33Inclusive, eu vi todos eles se materializarem,
15:36Alexandre, no filme,
15:37o Exterminador do Futuro 3,
15:38a Rebelião das Máquinas.
15:40A primeira batalha entre seres humanos
15:42e a inteligência artificial da empresa Skynet.
15:46Exatamente.
15:47É, aí mandaram o TX lá para matar o John Connor,
15:50mas ele teve que voltar o T-800, 8000,
15:54sei lá, que era o Arnold Schwarzenegger,
15:56que era um modelo antigo.
15:58Duda Teixeira tem que deixar...
16:00É isso, né?
16:00O Matrix é a batalha das máquinas com as pessoas e tal,
16:03você tem, né?
16:05Duda Teixeira, vai lá.
16:06Agora, tem também um cenário utópico,
16:09que é o que eu li em algum livro aí do Yuval Harari,
16:12que ele fala que um estudante de ensino médio do futuro,
16:16ele vai perguntar para a máquina,
16:17qual que é a melhor profissão, né?
16:19E a máquina vai ter os dados dele,
16:21vai falar assim,
16:21para você o melhor é ser médico, né?
16:24Aí, cinco anos depois, ele pergunta,
16:26quem que é a melhor mulher para eu casar?
16:29Eu falo assim, olha, a melhor noiva está no Morumbina,
16:32o endereço tal, né?
16:34Então, e aí no seu artigo você faz uma comparação
16:39bem interessante com os heróis, né?
16:41Da Marvel,
16:42para explicar um pouco os tipos de comportamento
16:45que a gente pode ter em relação à inteligência artificial, né?
16:49E você disse que você seria o doutor estranho, né?
16:53E você pode explicar um pouquinho por quê?
16:55Posso.
16:56Vamos lá.
16:57Primeiro, essa visão do Harari,
16:58que é uma visão,
16:59e ele é um sujeito que é um ateu militante,
17:02e ele é um cara, por exemplo,
17:03que teria muito problema de explicar
17:04por que as máquinas não podem nos exterminar.
17:07Porque se nós somos apenas átomos,
17:09nós não somos o fruto de um sopro divino,
17:12um milagre,
17:13a imagem, a semelhança do Criador,
17:15nós estamos no jogo darwinista da seleção do natural, né?
17:20E em breve nós teremos robôs e máquinas
17:22muito mais avançados.
17:24Então, qual é a justificativa moral, ética, filosófica
17:28para essas máquinas não simplesmente exterminarem a gente
17:30e tomarem conta do planeta?
17:32Para um materialista, eu acho difícil explicar.
17:34Mas para um teístas já fica mais fácil.
17:38Nós somos seres criados por Deus.
17:40Mas ok.
17:41Então, a comparação que eu faço
17:42é da postura que nós podemos ter em relação
17:46a esse futuro que é absolutamente incerto.
17:49Então, eu uso como exemplo
17:51algumas figuras arquetípicas
17:53que são construídas no universo da Marvel,
17:55que em números absolutos é a franquia do cinema
18:00mais lucrativa.
18:01que fez 30 bilhões de dólares de bilheteria
18:05se a gente não reajustar pela inflação.
18:08Com valores reajustados pela inflação,
18:11o Star Wars está em número um,
18:12você tem Harry Potter,
18:14você tem mais uns...
18:14Tem quatro que estão acima.
18:16O universo Marvel cai para quinto
18:18quando você joga a inflação.
18:22Mas em números absolutos,
18:24quem fez 30 bi de dólares
18:25foi só a franquia Marvel.
18:29Então, você tem o que seria o líder, o chefe,
18:32o principal desses vingadores da Marvel
18:35é o Tony Stark.
18:36O Tony Stark é um engenheiro brilhante,
18:38filho do Howard Stark,
18:40que era outro engenheiro inovador também.
18:43E o Tony Stark era esse sujeito
18:44que fazia as máquinas trabalhar para ele.
18:47Então, basicamente,
18:48ele não é alguém que tem superpoderes.
18:50Ele é um homem de ferro por quê?
18:52Porque ele desenvolve aquela armadura inteligente
18:55que voa, que dá tiro, que não sei o quê.
18:57Enfim, então, ele é um super-herói tecnológico.
19:01Ele é um super-herói que tem uma armadura inteligente.
19:04Ele mesmo não tem superpoderes.
19:06Pelo contrário, ele tem até fragilidade.
19:08Tem aquele problema que tem que botar
19:10um reatorzinho ali no peito
19:12que se não estiver cuidando, ele morre.
19:14Enfim, ele desenvolve uma máquina típica
19:17de inteligência artificial de filmes,
19:19como o HAL do 2001,
19:21como aquele do Interestelar,
19:23que eu esqueci o nome,
19:24ou o C3PO.
19:26Enfim, ele cria o Jarvis,
19:29Jarvis, que é esse companheiro
19:31que ele conversa o tempo inteiro
19:32quando ele está em casa,
19:34quando ele está vestido com a roupa.
19:36E esse ser absolutamente inteligente e brilhante
19:39é também absolutamente prestativo e obediente.
19:43É o melhor servo que existe,
19:45que é o Jarvis.
19:46Essa é a visão mais otimista possível.
19:49É a visão onde você terá máquinas maravilhosas,
19:52superpoderosas, mas completamente obedientes
19:56à vontade e ao arbítrio humano.
20:00Essa é uma visão.
20:01Outra visão seria, por exemplo,
20:04aquela que as máquinas entrariam,
20:06em parte, em conflito com a nossa natureza,
20:09como é o caso do Hulk, do Bruce Banner.
20:10Bruce Banner também era um biólogo,
20:12era um cientista,
20:13e ele acidentalmente toma
20:15aquele banho excessivo de raios gama
20:18e aí entra aquela história meio
20:20de Akel e Hyde.
20:22Ele tem uma natureza que,
20:23quando ele fica bravo, fica nervoso,
20:25ele vira aquele monstro de três metros,
20:27verde e incontrolável.
20:29Ele tem uma relação difícil
20:31com esse lado dele violento
20:33que vira esse monstro.
20:35Isso depois, no último filme, não.
20:36Aí ele consegue virar um híbrido
20:38entre o cara legal e o cara forte e tal,
20:41lá no finalzinho.
20:42Mas essa também é uma visão
20:44onde nós podemos pegar como analogia
20:47que as possibilidades científicas
20:50podem nos causar problemas muito sérios
20:53quando elas interagirem
20:55com o nosso lado mais irracional,
20:57animal, etc.
20:59Bom, você tem uma outra possibilidade
21:01que é o Steve Rogers,
21:05que é o Capitão América,
21:06que ele é literalmente um homem
21:07de outro tempo.
21:08Ele é um homem da Segunda Guerra Mundial,
21:10era um cara franzino,
21:11que quer se voluntariar
21:12e quer lutar na Segunda Guerra Mundial,
21:14mas ele é muito fraquinho e tal,
21:16e aí ele acaba entrando
21:17numa experiência
21:18e que toma lá,
21:19sei lá que coisa que ele toma,
21:21que ele vira, então,
21:22esse super soldado
21:23e ele vira o Capitão América,
21:25muito mais forte,
21:26com poderes sobre-humanos,
21:29de velocidade,
21:30corrida, de força, etc.
21:32Mas ele é um homem muito ético,
21:34muito preocupado com moral.
21:35Ele é um cara, literalmente,
21:36de outro tempo.
21:38Então, ele tem um certo ceticismo
21:39em relação à tecnologia.
21:42Ele é o sujeito que estaria,
21:43hoje, com o freio de mão puxado.
21:46Espera aí, vamos ver,
21:47que é muito o que causou aquela briga lá,
21:49que entrou e saiu o San Altman.
21:51Entendeu?
21:51O quanto que a tecnologia,
21:53em nome da segurança,
21:55deve atrasar a velocidade
21:57do lançamento de produtos.
21:59Enfim.
22:00Então, essa seria a visão
22:01do Capitão América.
22:02Tipo, em primeiro lugar,
22:04a segurança,
22:05em primeiro lugar,
22:06a ética,
22:07em primeiro lugar,
22:08essas grandes questões morais,
22:10políticas.
22:11E aí, depois,
22:12a gente vê a tecnologia.
22:14Em último,
22:14eu uso,
22:15para fechar,
22:16o Dr. Strange,
22:19que ele era um neurocirurgião
22:20brilhante,
22:22estrela,
22:23mulherengo,
22:25enfim,
22:25aquele cara também,
22:26que era uma versão parecida,
22:27nesse ponto,
22:28até com o Tony Stark,
22:29quase uma versão médica dele.
22:32Mas ele sofre um acidente de carro,
22:34ele perde um pouco
22:36do controle motor das mãos,
22:38que é o que ele precisava,
22:39aquela delicadeza
22:40para poder fazer uma neurocirurgia.
22:42E ele, então,
22:44ele fica obstinado
22:45para tentar voltar
22:46a ser o médico.
22:47Aí, ele esgota
22:48todas as possibilidades da ciência,
22:50ele vai estudar,
22:51e ele não consegue,
22:52pela ciência,
22:53recuperar
22:54e voltar a ser o cirurgião
22:55que ele era.
22:56Ele,
22:57por um caminho da história,
22:59ele acaba,
22:59então,
22:59no Tibete,
23:00ele acaba entrando em contato
23:02com uma religião milenar,
23:03e aí,
23:04ele faz um reaprendizado
23:06dele como ser humano,
23:09ele se conecta
23:10com o lado da sabedoria
23:11que ele desprezava,
23:13que ele não acreditava,
23:14que era esse lado
23:15do conhecimento metafísico,
23:17milenar,
23:18religioso, etc.
23:19E aí,
23:20a soma
23:21desses dois conhecimentos
23:22faz um ser
23:23até que transcende
23:24o médico anterior.
23:26Ele fica,
23:26inclusive,
23:27um ser mais completo,
23:28que ele consegue ter
23:29uma boa comunicação
23:31dos dois lados.
23:32Ele consegue ter
23:33o melhor do homem científico
23:34e o melhor do homem
23:36milenar,
23:37reflexivo,
23:38metafísico,
23:39simbólico,
23:40o que eu gostaria
23:41que fosse o final
23:42dessa história
23:42para a humanidade.
23:44Alexandre,
23:45você tratou aí
23:46de todo um universo ficcional
23:48que, obviamente,
23:49tem sempre os seus arquétipos
23:50para a gente pensar
23:51no futuro,
23:52e você mencionou aí
23:53de passagem
23:54o mundo real,
23:56com uma dança das cadeiras
23:57envolvendo as empresas
23:58que estão ligadas
23:59à inteligência artificial.
24:01Você citou o caso
24:01do Samuel Harris Altman,
24:04de 38 anos,
24:05que foi demitido,
24:06depois foi reincorporado.
24:08Como é que foi
24:08essa história?
24:10Essa história
24:10foi muito interessante,
24:12porque quando ele foi demitido
24:13ali no começo de novembro,
24:15então tem um pouco mais
24:17de um mês,
24:17um mês mais ou menos
24:18que isso aconteceu,
24:19todo mundo foi muito
24:20pego de surpresa.
24:21Foi uma sexta-feira
24:22que ele foi chamado
24:23para um call.
24:25ninguém sabia,
24:26nem o maior investidor
24:27da OpenAI,
24:28que é a Microsoft,
24:30ninguém foi avisado.
24:31A única pessoa
24:32fora ali do board
24:34que foi avisado
24:35foi a Mira Murat,
24:36que é a chefe
24:37de tecnologia,
24:38citou que ela seria
24:40então empossada
24:41no lugar dele.
24:42Então, na noite anterior,
24:43ligaram para ela
24:44e só avisaram,
24:44ó, fica quieta,
24:45a gente amanhã
24:45vai demitir o Sam
24:46e vamos botar você
24:47no lugar.
24:48Ela aceitou,
24:49não gostou muito
24:50da conversa,
24:50mas acabou aceitando.
24:53de resto,
24:54o Sam foi chamado
24:55para essa conversa
24:56e o board
24:58era composto
24:59por seis pessoas,
25:01o próprio Sam,
25:02mais um outro
25:04cofundador da empresa,
25:05o Brockman,
25:06e aí você tinha
25:07outros quatro
25:08que se juntaram
25:09e acharam
25:10que ele
25:11estava comercial demais,
25:13ele não estava
25:13abrindo
25:15de uma maneira
25:16muito transparente
25:18as coisas
25:18que a gente estava fazendo
25:19para os outros
25:21membros do board.
25:21enfim, teve algum tipo
25:22ali de atrito
25:25entre eles,
25:26se especula muito
25:27que é, inclusive,
25:28a história da,
25:30que a gente vai entrar,
25:31que é a inteligência
25:33artificial generativa.
25:35Existe um sistema
25:36que eles chamam
25:37de Keystar
25:38lá na OpenAI,
25:40que é o Q
25:41com asterisco.
25:42Aí, quando você olhar
25:43e escrever
25:43Q e asterisco,
25:44eles chamam,
25:45eles falam
25:46Keystar,
25:47o Q estrela,
25:49que seria
25:49essa nova tecnologia
25:51que está nos laboratórios
25:52da OpenAI,
25:53que é, então,
25:54a chamada
25:55inteligência artificial
25:57generativa,
25:58ou seja,
25:59aquela que desenvolve
26:00sozinha
26:01sem precisar
26:02que os homens
26:03ensinem a ela.
26:04Ela vai interagindo
26:06com ela mesmo,
26:07com seus dados,
26:07com a internet,
26:08com dados públicos,
26:09com o mundo.
26:10Então, por exemplo,
26:11onde que a gente vai ver isso?
26:12Muito provavelmente,
26:14nos carros
26:14que dirigem sozinha,
26:16que a Tesla
26:17está investindo muito,
26:18que alguns fabricantes
26:19estão investindo.
26:20Por quê?
26:21Porque a quantidade
26:22de variáveis
26:23no trânsito
26:24é quase ilimitada.
26:25Então,
26:26os sistemas
26:27que estão sendo montados,
26:28por exemplo,
26:28pela Tesla,
26:29o carro,
26:30ele está dirigindo
26:31e ele está aprendendo.
26:32Ele está olhando
26:33os carros que vêm
26:34em outra direção,
26:35se passa alguém,
26:36se tem um freio,
26:37enfim,
26:37ele está aprendendo
26:38com aquilo.
26:39E tudo que acontece
26:40que ele considera
26:41novidade,
26:43ele joga aquilo
26:43para o satélite,
26:44ele joga para a nuvem
26:45e a nuvem
26:46joga aquilo
26:46para todos os outros carros.
26:47Os carros estão
26:49coletivamente
26:50aprendendo juntos.
26:52Então,
26:52você imagina
26:53quando a gente tiver
26:53uma frota
26:54de milhões de carros
26:55dirigidos por
26:57inteligência artificial,
26:59eles vão ser
26:59os melhores motoristas,
27:01porque eles vão,
27:01além de já saindo
27:02de fábrica
27:03bons motoristas,
27:05eles vão estar
27:05constantemente
27:06uns ensinando
27:08os outros
27:08qual é a melhor
27:09maneira de dirigir
27:10e isso está sendo
27:11compartilhado na nuvem.
27:13é isso que é
27:14o que entendemos
27:15por inteligência
27:16autogenerativa.
27:18Falo por você,
27:19Alexandre,
27:20nenhuma inteligência artificial
27:21vai dirigir melhor
27:22que a gente
27:22aqui nessa bancada.
27:24Já andei,
27:25inclusive,
27:25no carro do Graeb,
27:26dirige muito bem,
27:27eu também.
27:28Duda Teixeira,
27:29não sei.
27:29Duda,
27:30não sei se eu...
27:30Desculpa,
27:31mas não é verdade.
27:32Eu dirijo mal.
27:34Então,
27:34tirando vocês,
27:37enfim,
27:38então,
27:38assim,
27:39a gente tem
27:40nesse cenário
27:42o Sam Altman,
27:43ele sendo demitido
27:44nessa sexta-feira,
27:45pega todo mundo
27:46de surpresa,
27:47inclusive a Microsoft,
27:48inclusive o CEO
27:50da Microsoft
27:50ficou pé da vida,
27:52ficou revoltado
27:53quando ele só soube
27:54basicamente pelo Twitter,
27:56pela imprensa,
27:57o que tinha acontecido
27:58e aí aconteceu
27:59uma pequena revolução.
28:00As pessoas comparam
28:01esse caso
28:02com o caso
28:03da demissão
28:03do Steve Jobs,
28:04mas é um caso
28:05totalmente diferente.
28:06O único ponto
28:08de contato,
28:08eu conto isso
28:09no artigo,
28:09que eu acho
28:10que é uma coisa
28:11muito interessante,
28:12o único ponto
28:13de contato
28:13entre o Steve Jobs
28:14e o Sam Altman
28:15é que o Sam Altman
28:16era um estudante
28:17de Stanford
28:18de computação
28:20em 2005,
28:22naquele famoso discurso
28:23que o Steve Jobs
28:24dá
28:25no Stanford Stadium
28:27em Palo Alto
28:28para 50 mil pessoas,
28:29um estádio lotado,
28:30onde ele faz
28:30um dos grandes discursos
28:31motivacionais da história.
28:33Como o Paraninfo
28:34de uma turma.
28:35Isso,
28:35como o Paraninfo
28:36e um dos 50 mil
28:38do estádio
28:39que estavam ali
28:39sentados assistindo
28:40era o Sam Altman.
28:41Ele tinha 20 anos
28:42em 2005,
28:44ele está com 38,
28:46e ele,
28:47quando ele assistiu
28:49a esse pronunciamento
28:53do Steve Jobs,
28:55é que ele,
28:55ele diz em entrevista
28:56que foi quando ele
28:57realmente decidiu
28:58mergulhar em tecnologia,
29:00mergulhar nesse mundo
29:00de startup.
29:01Então,
29:02esse é o contato,
29:03existe um contato real
29:04do mundo Steve Jobs
29:05com o mundo Sam Altman
29:06nesse dia,
29:07se não me engano,
29:0812 de junho
29:09de 2005.
29:10Bom,
29:11e aí,
29:12o Sam Altman,
29:13ele construiu
29:14uma história
29:15como CEO
29:15muito diferente,
29:17porque ele é um cara
29:17muito querido,
29:18muito amado
29:19na empresa.
29:20O Steve Jobs
29:21é um gênio,
29:22era muito admirado,
29:23mas era uma pessoa
29:24muito difícil de lidar.
29:25Então,
29:26quando o Steve Jobs
29:28é demitido da Apple
29:28em 85,
29:30muita gente comemorou,
29:32e ele ficou 12 anos
29:33fora da Apple,
29:34ele só foi voltar
29:35em 97.
29:36Para o mundo,
29:37foi ótimo,
29:38porque a gente
29:39ganhou a Pixar,
29:40a gente ganhou
29:40a Nex,
29:41a gente ganhou
29:42várias coisas
29:42que o Steve Jobs
29:43fez fora da Apple,
29:44mas foi um período
29:46muito difícil,
29:46muito duro para ele
29:47e com muitas consequências.
29:50E o Steve Jobs,
29:50até a morte,
29:51ele era um cara admirado,
29:53mas ele não era um cara
29:53tão querido como pessoa.
29:55Os filmes que mostraram
29:57a vida dele,
29:57todo mundo sabe os motivos.
30:00O Sam Altman não,
30:01o Sam Altman era um cara
30:02muito admirado,
30:03muito querido,
30:04então quando ele é demitido
30:06da maneira que foi,
30:07houve um motim na empresa,
30:09na OpenAI,
30:10os 700 funcionários,
30:12durante o final de semana,
30:14ele foi demitido na sexta-feira,
30:16no sábado já,
30:17no domingo,
30:18eles,
30:19700 funcionários,
30:20escreveram uma carta,
30:21assinando,
30:21dizendo que se ele saísse,
30:23todos sairiam junto.
30:24E aí eles fizeram um movimento
30:25no Twitter,
30:26com hashtag,
30:27que era,
30:28dizia basicamente,
30:29a OpenAI não é nada
30:31sem os seus funcionários.
30:34E a Mira Murat,
30:36que era a diretora de tecnologia,
30:38que foi alçada
30:39ao cargo de CEO interina,
30:41ela também assinou.
30:43E aí ela ficou 24 horas no cargo,
30:44o board se reuniu de novo,
30:46demitiu ela,
30:46do sábado para o domingo,
30:48e botou outro sujeito
30:49no lugar dela no domingo.
30:51Mas aí a confusão já estava feita.
30:54O CEO da Microsoft bateu no peito,
30:56falou,
30:56eu vou resolver esse negócio.
30:58Ele na segunda anunciou
30:59que o Sam Altman iria para a Microsoft.
31:02E aí todos os funcionários
31:03da OpenAI disseram,
31:05ó, estamos indo junto.
31:06Se a gente vai montar
31:07uma nova OpenAI
31:08com a Microsoft,
31:10tchau,
31:10estamos indo embora,
31:11estamos indo com ele.
31:12E aí realmente a situação do board
31:14ficou insustentável.
31:15E aí mais dois ou três dias
31:17de negociações,
31:19os caras do board
31:21que tinham demitido
31:23o Sam Altman,
31:24acabaram demitidos,
31:25acabaram tirados da empresa.
31:27O board foi totalmente reformulado.
31:29até com outras regras
31:30de segurança
31:31para que isso não voltasse a acontecer.
31:33Eles entenderam
31:33que havia um problema
31:34nas regras do funcionamento
31:36do board,
31:37inclusive.
31:37E, inclusive,
31:38esse tipo de demissão
31:40não vai acontecer de novo,
31:41pelo menos não
31:41com essa facilidade,
31:43não desse jeito.
31:44E aí o Sam Altman voltou.
31:46Ele não chegou a ficar
31:46uma semana fora do cargo.
31:48E ele acabou,
31:49depois disso,
31:50inclusive sendo escolhido
31:51pela revista Time,
31:52o CEO do ano
31:54de 2023.
31:56e com méritos.
31:57Porque além dele ser o rosto
31:58da inteligência artificial
31:59para o mundo,
32:00é a pessoa,
32:01é o nome mais famoso
32:02e mais identificado
32:04com a tecnologia
32:04mais importante
32:05em desenvolvimento
32:06na humanidade,
32:08ele também mostrou
32:09que ele é um líder.
32:11Ele é uma pessoa amada
32:12pelos funcionários,
32:13por gente competitiva,
32:14por gente do Vale do Silício,
32:15por gênios,
32:16por aquelas pessoas
32:17que você tem uma imagem
32:18que é todo um bando
32:19de Sheldon Cooper
32:20lá do Big Bang Theory,
32:22gente difícil,
32:22mas essas pessoas todas
32:24se juntaram
32:24e disseram
32:26se o Sam sai,
32:27a gente sai atrás.
32:28Então ele mostrou
32:29que nesse ponto
32:30ele superou o Steve Jobs.
32:32O Steve Jobs
32:33tem o gênio dele lá,
32:34tecnológico,
32:35mas o Sam Altman
32:36ele é um líder,
32:38sem dúvida.
32:39O antagonista,
32:40como vocês estão vendo,
32:41também é cultura
32:42e a gente teve
32:43essa cultura reforçada
32:44com o Alexandre Borges
32:45que fez todo o panorama
32:47do que está acontecendo
32:48no mercado corporativo,
32:49da inteligência artificial,
32:51na história humana,
32:52no universo cinematográfico,
32:55tudo isso
32:55num só artigo
32:57que vocês poderão ler
32:58na edição de fim de ano
32:59na Cruzoé,
33:00além, evidentemente,
33:01desse papo
33:02que muito nos honra,
33:03muito nos orgulha.
33:04Algum comentário final,
33:04Graeb, tudo?
33:06Ótimo e parabéns
33:07pelo artigo, Alexandre.
33:08Estava muito legal.
33:09Muito obrigado.
33:11Ouvi isso
33:12de gente
33:13que...
33:13Ídolos meus
33:14no jornalismo,
33:15eu só agradeço.
33:17Estamos juntos, Alexandre,
33:19para fazer um 2024
33:20com muita cultura,
33:21informação e análise
33:22em um antagonista
33:23e na Cruzoé.
33:24Boa noite,
33:25bom trabalho,
33:26bom fim de ano
33:26para você.
33:27Para vocês também,
33:28muito obrigado.
33:29Lembrando a todos
33:30que nessa semana
33:31o Papo Antagonista
33:31é a edição especial
33:33de fim de ano,
33:33a gente não trata
33:34das notícias do dia,
33:35a gente trata
33:36desses temas especiais
33:37que estão sendo desenvolvidos
33:39por vários colaboradores
33:40para a edição de fim de ano
33:41da Cruzoé.
33:42Se você ainda não assinou,
33:44assine,
33:44porque,
33:45como vocês acabaram de ver,
33:46vale a pena.
33:46Um grande abraço
33:47e até a próxima,
33:49sempre às 18 horas
33:51aqui ao longo da semana.
33:52Tchau.
33:52Eu preciso construir
33:54uma narrativa
33:54para destruir
33:56o inimigo.
33:57Estou aqui
33:57para me vingar
33:58dessa gente.
33:59Eu não vou esperar
33:59foder minha família,
34:01por isso,
34:01vou interferir.
34:04Você sabia
34:05que pode assistir
34:05aos programas ao vivo
34:06de O Antagonista
34:07na sua Smart TV?
34:09Conecte a sua Smart TV
34:11à internet,
34:11se ela ainda
34:12não estiver conectada.
34:14Acesse o aplicativo
34:15do YouTube
34:15na sua Smart TV
34:16ou,
34:17se ele ainda
34:17não estiver instalado,
34:19baixe diretamente
34:20da loja de aplicativos
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