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Na estreia do programa Meio-Dia em Brasília, com Kiss Vasconcelos, o debate é sobre a atuação da Polícia Federal no caso Roberto Jefferson.
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Transcrição
00:00A questão do porte de armas, como o senhor mencionou no começo,
00:03sobre a questão do investigado ter uma arma dentro de casa,
00:06não só uma arma, como uma granada também.
00:09Isso preocupou a sociedade e preocupou também a polícia, eu imagino.
00:13Inclusive, o CNJ vai se debruçar sobre essa questão,
00:17sobre o caso de investigados portarem armas em casa.
00:21O senhor que também faz parte da criação do...
00:24Que é pro-armas, né?
00:26Qual a sua avaliação sobre isso?
00:27O que o senhor acha do caso?
00:30Bom, eu acredito que isso mostra, mais uma vez,
00:33que não há como relacionar a arma lícita com o cometimento de crime.
00:38Até então, como o próprio Roberto falou,
00:40não se podia imaginar que um ex-parlamentar poderia ter uma postura como essa.
00:45Até então, ele tinha conduta ilibada e poderia ter acesso a alguns armamentos, não todos.
00:52Granada não é permitido para ninguém.
00:54Nem para nenhum cidadão comum pode ter acesso a granada.
00:58Isso é assustador. Como é que isso foi parar lá?
01:01A legislação inibe isso aí e nenhuma pessoa pode comprar a granada.
01:06Isso é um grandíssimo absurdo.
01:07A grande verdade é que demonstra que o cidadão, até o princípio, ele teria a reputação ilibada que o permitisse a ter a posse de arma de fogo.
01:19No entanto, numa situação de desespero e destempero, acabou agindo contra a lei.
01:24E é justamente para isso que serve a lei.
01:26Uma vez que ela foi descumprida, aí se operam os rigores da lei.
01:30Não tem como antever quem jamais vai cumprir um crime.
01:35O que se pode é estabelecer critérios pretéritos que têm por objetivo impedir que criminosos possam ter acesso a arma de fogo.
01:45Infelizmente, as leis de regulamentação de armas no Brasil não atingem o crime organizado.
01:50Elas não afetam os criminosos.
01:52O próprio Márcio Tomás Bastos falou na ocasião do debate do referendo em 2005 que o estatuto de desarmamento não pretende tirar arma de bandido.
02:00Eu acredito que a força pública, o governo de modo geral e o legislativo, tem que se empenhar e se empenhar muito
02:06para tornar cada vez mais rigoroso as punições para quem tem arma ilegal.
02:10Para que a gente possa efetivamente criar uma força-tarefa no país todo para desarmar o crime organizado.
02:16Nessas situações, sim, são pessoas extremamente perigosas.
02:20O desfecho, se tratasse ali de um traficante, de um criminoso, provavelmente seria muito mais trágico
02:25como as outras ocasiões em que a gente já teve informação.
02:28O que aconteceu aí foi um ponto fora da curva.
02:31algo absurdo, algo assustador, como o Roberto falou, mas algo que foi superado.
02:37O desfecho não resultou em nenhuma vítima fatal.
02:39E a polícia, mais uma vez, demonstrou a sua altíssima capacidade técnica de compor conflitos.
02:44E justamente isso mostra que o crime não compensa.
02:48O cidadão cumpridor da lei, o cidadão de bem, que tem acesso a sua arma de fogo,
02:52não comete crime e não deve cometer crime, senão vai sofrer os rigores da lei,
02:56como foi o desfecho do presente caso.
03:00Perfeito.
03:01Agora, voltando a palavra aqui para o Roberto Schoer,
03:05a negociação da polícia nos pareceu aqui para a imprensa muito amistosa.
03:10Mesmo depois do Roberto Jefferson ter atirado granada, inclusive ferido,
03:14dois agentes da Polícia Federal, a gente sentiu que foi uma negociação muito amistosa.
03:20Isso foi uma estratégia, de fato, para negociar com o ex-deputado?
03:25Ou isso, de fato, também demonstrou um certo, talvez um despreparo ali de atuação?
03:31Talvez eles tivessem que ter sido um pouco mais incisivos ali para atuar?
03:35Conta para a gente.
03:36Eu queria só voltar num ponto, até para complementar o que o deputado falou,
03:40com relação a armas de fogo legais nas mãos das pessoas.
03:44A gente tem um problema no Brasil, que é a não integração de bancos de dados do Exército com o da Polícia Federal.
03:53Então, você tem uma dificuldade das forças de segurança pública saberem, por exemplo,
03:58se há armas em determinada residência e a quantidade de armas e munições que existem nessa residência.
04:04O caso do ex-deputado Roberto Jefferson não foi o primeiro em que vitimou policiais federais.
04:11A gente teve, no início do ano, no Rio Grande do Sul, em uma operação da Polícia Federal
04:16para fazer uma busca e apreensão na casa de uma pessoa por crime de lavagem de dinheiro,
04:22quer dizer, algo sem violência, que os policiais foram recebidos a tiros.
04:26E um policial foi alvejado duas vezes.
04:28A pessoa foi presa.
04:30Também era caque.
04:31Também tinha uma quantidade de armas de fogo em casa adquiridas legalmente.
04:36A gente está falando em fuzis.
04:38A gente está falando em pessoas terem em suas residências armas de alto impacto.
04:44A gente está falando em armas com carregadores com 30 munições semiautomáticas,
04:47que você pode disparar em sequência.
04:49E pelas fotos da viatura, do estrago que foi feito,
04:53inclusive com tiros até no encosto do banco, do carona,
04:57não dá para dizer que foi um simples caso.
05:01Ali foi um atentado contra o Estado,
05:05praticado por uma pessoa que possuía armas adquiridas legalmente
05:09com autorização do próprio Estado.
05:12Esse é um problema que a gente tem que debater.
05:14É isso que a gente quer?
05:15A gente quer armar a população para que as pessoas possam ter esse tipo de atitude?
05:21Eu não vou nem entrar na questão das armas que estão sendo desviadas
05:24para o crime organizado.
05:25Tem vários casos pelo país.
05:27Mas eu acho que a gente tem que debater sobre isso.
05:30Essa quantidade de armas entrando em circulação está fragilizando as forças de segurança pública
05:34e esse é mais um caso que mostra isso.
05:37Com relação à atuação do negociador,
05:40eu te confesso que não sou treinado para isso,
05:43não tenho experiência com isso.
05:46O vídeo, quando ele foi publicado e circulou,
05:49ele causou um impacto muito grande em servidores da área de segurança pública,
05:53entre policiais federais, entre policiais civis, policiais militares e guardas municipais.
05:59A forma como o diálogo foi construído incomodou muito.
06:03A forma como os colegas que foram alvejados se referiram a ele incomodou também.
06:09Mas o colega, segundo soube, é um profissional respeitado,
06:13um profissional altamente treinado, preparado para aquilo.
06:17E, segundo, ele teria dito que ele estava entrando, conforme foi treinado,
06:21num personagem, para você tentar diminuir a tensão naquele momento
06:25e você diminuir a possibilidade de um conflito numa entrada tática dentro da residência.
06:32Então, parece que o objetivo era esse e foi alcançado.
06:36E cabe agora a gente também explicar que isso é trabalho,
06:40isso é técnica, isso é tática.
06:42Pode ser o que a gente não gosta,
06:44mas, como visto, às vezes é o que funciona.
06:47Ô Cris, se você me permitir, eu ainda reitero que eu acho
06:50imputar a falta de perícia à Polícia Federal, eu acho inadequado,
06:55porque o desfecho, como o Roberto falou, foi um desfecho tranquilo,
06:59não houve óbito, certo?
07:01Qual seria a opção entre fazer uma abordagem amistosa,
07:04uma entrada tática, onde resultaria em alguma vítima?
07:08Então, eu acredito que, como em outras abordagens da polícia,
07:11a condução do negociador especializado é fundamental
07:14para evitar um sinistro ainda maior.
07:17Em relação à questão do armamento civil,
07:20você observa que o universo de quase um milhão de CACs
07:23apenas dois casos que saíram fora da curva.
07:26E, é claro, os rigores da lei estão aí para isso,
07:28para punir aqueles que não cumprem a lei.
07:31E, claro, como na última decisão exarada pelo STF,
07:35hoje já não se adquire mais fuzis no Brasil.
07:37A aquisição de fuzis no Brasil para atiradores esportivos
07:41está suspensa por uma decisão liminar do ministro Fachin.
07:46E nós acreditamos que o debate vai ser bem intenso
07:50nas duas casas, o Legislativo está aí para isso,
07:53mas de quase um milhão de pessoas que têm acesso a esse equipamento,
07:57você não vê o cometimento de crime por essas pessoas.
08:00Foi uma situação de um criminoso já por lavagem de dinheiro,
08:03como ele citou aqui, e agora uma situação completamente
08:06desarrasoada no distenteiro, e que, graças a Deus,
08:09não resultou em óbito, não resultou em feridos graves.
08:13E acredito que a condução da polícia foi satisfatória,
08:16porque cumpriu o seu papel, que é evitar um prejuízo ainda maior.
08:36e que, graças a Deus,

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