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  • 13/06/2025
No Dia Dia Rural desta sexta-feira (13), o jornalista Otávio Céschi Junior entrevista na Megaleite 2025, o vice-presidente da Girolando, Luiz Fernandes Reis.

Confira!

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Transcrição
00:00Bom, eu vou conversar agora com o Luiz Fernando Reis, que é vice-presidente da Girolando, que está aqui ao meu lado.
00:05Obrigado, Luiz, pela presença aqui. Prazer em revê-los todos aí da Girolando,
00:10sempre nos recebendo muito bem aqui em Belo Horizonte.
00:13E, antes de mais nada, parabéns pelo evento. Bom dia.
00:17Bom dia, Tavinho. Muito obrigado.
00:19Pode aproximar o Vogueiras.
00:20Muito obrigado. É um prazer sempre receber aqui a Terra Viva, que está sempre conosco,
00:25sempre com o produtor rural, especialmente o produtor de leite.
00:30Pra trazer informações importantes sobre esse evento que a Girolando faz, com tanto carinho,
00:36pra valorizar o trabalho do produtor de leite.
00:39Bom, a gente tem vários assuntos pra tratar, e cada um que vem aqui e senta ao meu lado aqui,
00:44eu procuro trazer uma coisa nova. Não vai ser diferente com você.
00:47Mas vamos começar com o queijo, porque a gente viu a reportagem que o Isaac fez.
00:52Essa foi uma grande conquista do produtor mineiro, conseguir que o leite cru fosse utilizado,
01:00pra fabricação do queijo.
01:02Porque se você usar o leite pasteurizado, ou o leite industrializado, vai ficar tudo igual.
01:07É aquele queijo que todo mundo conhece, que é o queijo comercial.
01:10O queijo artesanal, ele tem que ter como característica o leite cru,
01:14porque, dependendo do que a vaca come, o leite vai ter um gosto,
01:17e, consequentemente, o terroir, onde a vaca pasteja,
01:22que vai influenciar diretamente no sabor do leite.
01:26Quantidade de gordura, sabor, etc. e tal.
01:29Mais acidez, menos acidez.
01:31E aí entram os queijeiros com o seu talento pra fazer o queijo.
01:35Foi uma grande conquista.
01:36E Minas foi o primeiro estado do Brasil a certificar algumas regiões.
01:41Hoje elas já aumentaram.
01:42Uma mantequeira acaba de entrar também, que não estava no início.
01:46Hoje esse exemplo foi seguido num trabalho feito aí pelo SEBRAE
01:50e com o nosso apoio por muitos outros estados já do Brasil.
01:54É um trabalho que começou aqui em Minas Gerais.
01:56Porque aqui se produz a maior quantidade,
01:58um quarto do leite do Brasil sai daqui de Minas Gerais.
02:02É isso mesmo.
02:04O Minas Gerais é exemplo pra muita coisa.
02:07E no caso do queijo artesanal, nós montamos uma força-tarefa
02:13pra mostrar ao Ministério da Agricultura
02:16que não fazia sentido importar queijo francês feito com leite cru
02:21e não permitir que no Brasil se fabricasse o queijo já tradicional
02:26da nossa cultura mineira com leite cru.
02:30Então, em função desse grande trabalho que foi feito
02:35com o apoio extraordinário da FAENG e dos produtores,
02:39nós conseguimos que o Ministério da Agricultura,
02:43com critério, com condições que ficaram muito adequadas,
02:47permitir o comércio de queijo artesanal produzido com leite cru.
02:53E quando a gente vai lá no Festival do Queijo Artesanal,
02:58a gente se encanta com a multiplicidade de sabores,
03:02de formas, de cheiros que nós temos na produção do queijo.
03:08É algo extraordinário degustar essa delícia que vem de Minas Gerais.
03:14Foi bom quebrar esse tabu, né?
03:16Porque o Brasil tem muitos tabus em muitos outros produtos,
03:19em muitas outras coisas,
03:20onde a gente importa coisas que são feitas dentro do mesmo padrão
03:25do que vem de fora
03:26e o que a produção daqui não pode fazer.
03:32Olha o pavilhão do queijo aí.
03:34É um dos probleminhas do Brasil que a gente tem que ir quebrando, né, Luiz?
03:38Nós temos uma discussão correndo,
03:42a gente nem sonha com essas coisas, né?
03:44Mas tem uma discussão correndo aí, interessante,
03:47que há uma definição no Mercosul
03:53para o grau de umidade do doce de leite.
03:58Como o nosso doce de leite é mais cremoso,
04:01a nossa tradição, especialmente aqui de Minas Gerais,
04:04é de um leite mais cremoso,
04:06esse leite mais cremoso, ele tem um pouco mais de umidade.
04:09Só que, com esse pequeníssimo grau de umidade acima,
04:15há dificuldades e entraves de comercializar esse doce de leite,
04:21tão tradicional, tão bom, tão gostoso, no Mercosul.
04:26Então, há um esforço...
04:29Para que se mude...
04:29Para que se...
04:31Ou crie uma outra categoria,
04:33ou se mude para permitir que o doce de leite seja um pouco mais cremoso.
04:38Cutuquei a onça com vara curta, está vendo?
04:40Dessa eu não sabia.
04:41Mas é.
04:41Eu sei de muitas outras coisas.
04:42Você falou que tem novidade aqui todo dia?
04:45Eu sei de muitas outras coisas.
04:47Acabo de saber de mais uma,
04:48porque tem um pouquinho mais de umidade
04:49e não pode comercializar no Mercosul o nosso doce de leite.
04:52Exatamente.
04:52Mas vai acabar.
04:54Não, mas tem que acabar.
04:56Está cheio dessas coisinhas.
04:57É, esses entraves precisam ser removidos.
05:00Precisam ser totalmente removidos, né?
05:02E toda produção artesanal,
05:05ela tem que ter uma orientação.
05:07Ela não é feita de qualquer maneira.
05:09Ela tem um critério,
05:10ela tem fiscalização,
05:12e para que você possa, inclusive,
05:14sair da sua cidade com o produto,
05:17sair do seu estado com o seu produto.
05:19Enfim, os europeus já descobriram isso há muito tempo,
05:21criando a denominação de origem controlada
05:24e outras certificações,
05:25e com isso valorizaram, agregaram valor aos seus produtos.
05:28É o que acontece com o queijo que está aqui.
05:30Exatamente.
05:31Nós temos várias denominações por região,
05:33e cada região tem o seu sabor específico,
05:39a sua condição específica.
05:40Contando um caso rapidinho sobre o queijo...
05:43Pode contar.
05:45Um produtor na região de São João del Rey
05:49foi ao Cerro, comprou vacas do Cerro,
05:53trouxe um queijeiro do Cerro
05:54para fazer o queijo do Cerro em São João del Rey.
05:57Não deu certo.
05:58Não deu certo?
05:59Não deu certo porque o lugar,
06:01eu sei o que você disse,
06:02o ambiente é diferente.
06:04E nós temos, na região de São João del Rey,
06:06um sabor específico com reconhecimento,
06:09que é a região do Campo das Vertentes.
06:12É um queijo absolutamente próprio
06:15da região do Campo das Vertentes.
06:16Então, o queijo do Cerro tem que ser feito no Cerro?
06:19No Cerro.
06:19O queijo da Chapada tem que ser feito...
06:21Canastra na canastra.
06:23Canastra na canastra.
06:23Do Campo das Vertentes, no Campo das Vertentes.
06:26É assim que funciona.
06:27É porque o pasto é diferente, o leite vai dar diferente.
06:30A altitude.
06:30A altitude é diferente, o clima é diferente.
06:32Composição dos terrenos.
06:33É, o emocional do animal é diferente.
06:36Tudo isso influi no leite que vai sair.
06:38Tudo isso influencia.
06:38E vai influenciar, claro, no queijo, o produto final.
06:41Com certeza.
06:42Vem cá, tem um grande evento de vocês acontecendo
06:44para novembro, que é o Congresso Internacional do Girolando,
06:48que vai ser em Uberaba.
06:49Isso.
06:50Uberlândia.
06:51Uberlândia.
06:51Uberlândia.
06:52É um momento muito importante,
06:54e nós conversávamos aqui, e acho que você pode colocar um pouquinho melhor,
06:58que essa questão da Organização Mundial de Saúde,
07:02tirando a vacinação da aftose em todo o Brasil,
07:05ajuda em muita coisa, muito além do que muitas pessoas pensam.
07:10Não é, Luiz?
07:11Isso.
07:11Otavinho, a gente tem falado pouco sobre essa conquista do Brasil
07:20em relação ao controle da febre aftose.
07:24Já não é nem mais controle, é eliminação mesmo da febre aftose.
07:30Então, é um passo fundamental para que o Brasil possa crescer,
07:34e crescer muito na produção e na exportação agropecuária,
07:38incluindo aí o leite, porque essas doenças acabam estabelecendo
07:45muitos entraves para a comercialização.
07:49Então, estando livre da febre aftose sem vacinação,
07:54significa que nós dominamos o vírus transmissor da doença,
07:58que ele não circula mais em território brasileiro,
08:01e que o nosso produto está absolutamente garantido para o consumo
08:05em qualquer parte do mundo.
08:07E não só o produto leite.
08:09Aí, o produto, no comércio, a gente vai entrar também com animais vivos,
08:14vai entrar com material genético,
08:16a possibilidade de fazer gado de leite com gado de corte.
08:22Explica um pouquinho para a gente isso,
08:23essa matemática infinita que existe a partir desse livro de aftose sem vacinação.
08:29Isso é muito importante, porque nos libera para o comércio.
08:32Então, existem possibilidades de acordos com vários países do mundo
08:37para que a gente possa exportar.
08:39Uma das...
08:40A gente tem que ir construindo esse caminho,
08:45e uma das possibilidades que a gente tem analisado com bastante cuidado
08:49é exportar o gado de corte vivo como receptoras de gado de leite.
08:56Para a gente ter uma ideia, mais ou menos, na África você tem uma média de produção
09:03do gado africano em torno de 1 a 2 quilos de leite por vaca dia.
09:09E aqui, como a gente viu aqui no nosso torneio leiteiro,
09:12o girolando consegue produzir até 100 quilos por dia.
09:15Então, se a gente transferir para o mundo africano,
09:20que se assemelha bastante com o nosso clima,
09:24o gado de leite, nós vamos levar para o povo africano
09:27melhoria da condição de vida, melhoria de renda,
09:31melhoria na qualidade do alimento,
09:33e é isso que a gente quer contribuir para o mundo.
09:36Pois é, a vaca fez 100 aqui no torneio leiteiro,
09:38em condições especiais, 106 para ser mais preciso,
09:41e teve pico de 110 ou 111.
09:43Isso no torneio leiteiro, mas essa mesma vaca em composto berro,
09:49ela faz 60 litros.
09:51Com folga, com folga.
09:53E se não for em composto, em regime normal, ela vai dar 40, 42.
09:5735, 40, 42.
09:59Isso, eu tenho isso em casa.
10:02O girolando é muito forte.
10:04Aliás, o girolando se mostra cada vez mais como o gado brasileiro
10:10que vai conquistar o mundo, principalmente o mundo tropical.
10:13Nós estamos mandando o gado para o mundo inteiro, quase já.
10:15Isso.
10:17O girolando realmente...
10:19Tem até uma brincadeira que é feita, e era feita há mais tempo,
10:24que é a melhor invenção do brasileiro depois do avião que o Santos Dumont idealizou.
10:29Então, o girolando realmente é o talento brasileiro do criador,
10:33é a participação da pesquisa com a Embrapa,
10:36que dá uma contribuição extraordinária para a evolução da raça.
10:40A girolando, com o seu programa de melhoramento genético,
10:43levando para o criador, para o produtor, o melhor produto para a produção de leite.
10:49Bom, e eu acredito que vocês já estão planejando a edição de 2026,
10:53porque essa aqui já está acontecendo, já está na reta final.
10:57Domingo, a gente começa a pensar nela.
10:59Até amanhã, estamos vivendo, mergulhados na 2025,
11:03que é um sucesso absoluto.
11:04Temos mais de 100 empresas aqui com seus estandes,
11:08temos expositores de vários produtos,
11:12tem os animais que fazem um sucesso extraordinário.
11:16É um prazer, um deleite ver as pistas de julgamento do girolando,
11:22do guzerá, do holandês, é muito bonito.
11:26E ver que esse é o movimento do agro que não para,
11:30que leva para o Brasil um desenvolvimento econômico extraordinário.
11:36Em Minas Gerais, o governador disse aqui na abertura do nosso evento,
11:42que Minas Gerais já supera, em termos de movimento econômico,
11:48a mineração com os produtos do agro.
11:51Então, isso é muito importante, isso é muito relevante,
11:54porque nós somos muito importantes para o desenvolvimento econômico do nosso país.
11:59O governador falou, inclusive, em mudar o nome do Estado de Minas Gerais,
12:02porque a mineração já não é mais o primeiro produto,
12:05e sim o agronegócio, para agrogerais.
12:07Mas aí vai dar uma confusão danada e eu faço aqui uma sugestão.
12:10Fica Minas Agrogerais, pronto.
12:13Divide a conta, né?
12:15Divide a conta e ponto final.
12:17Muito bem.
12:18E, só para terminar, proporcionando entretenimento,
12:22diversão, passatempo, comércio, inclusive,
12:26para o público de modo geral.
12:28Eu chegando aqui, acabaram de chegar três ônibus lotados com crianças
12:32que estão passeando aí e vendo e ficam admiradas com os animais.
12:37Esse é um programa muito interessante.
12:39A entrada é gratuita.
12:40É gratuita.
12:42A gente faz um trabalho com as escolas,
12:44de trazer a criança que está aqui na cidade,
12:46que não conhece o campo,
12:48acha que o leite dá na caixinha do supermercado,
12:51para mostrar para esse público,
12:52que não tem essa vivência diária,
12:56que produzir leite não é algo fácil,
13:01mas é algo muito agradável,
13:03é muito bonito e é um esforço.
13:05E é aquilo que nós temos aqui,
13:08dedicação que alimenta.
13:09Olha lá, a criançada lá, olha lá.
13:11Enquanto a criançada vem em excursão,
13:14os pais estão comprando queijo lá na feira do queijo.
13:16É assim.
13:17É assim que funciona.
13:18É assim que funciona.
13:20Nós temos que mostrar para quem está na cidade
13:22o ar do trabalho que a gente faz lá
13:25e que, para nós, é muito prazeroso,
13:27é muita alegria,
13:28é a dedicação que alimenta.
13:29Legal, Luiz.
13:30Parabéns mais uma vez.
13:31Obrigado sempre pela cortesia de vocês
13:34em nos receber aqui em Belo Horizonte,
13:36não só aqui na Megaleite,
13:37mas também através do trabalho da Girolanda.
13:40Esse foi Luiz Fernandes Reis,
13:42vice-presidente da Girolanda.
13:43Muito obrigado.
13:43Muito obrigado.
13:44Um bom dia para vocês.
13:45Bom dia.

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