- 27/05/2025
O ex-diretor de Operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Djairlon Henrique Moura, confirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a corporação recebeu ordem para blitz na Região Nordeste durante o segundo turno das eleições de 2022. Testemunha no inquérito contra o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, Moura negou motivação política na ação, investigada como parte de uma suposta tentativa de golpe de Estado.
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NotíciasTranscrição
00:00O ex-diretor de operações da Polícia Rodoviária Federal, o de Jairlon Henrique Moura, confirmou que recebeu ordens do Ministério da Justiça
00:08para fazer blitz em ônibus durante as eleições de 2022.
00:12Presteu depoimento nesta manhã no Supremo Tribunal Federal. Bruno Pinheiro é quem conta agora.
00:17Boa tarde, Bruno.
00:21Oi, Ivandro. Ótima tarde também a você, a quem nos acompanha aqui na Jovem Pão.
00:26É um depoimento importante de testemunhas de Anderson Torres no Supremo Tribunal Federal.
00:32Esse ex-agente da Polícia Rodoviária Federal revelou então nesta terça-feira em depoimento que sim,
00:39aconteceu uma reunião no Ministério da Justiça com diversos representantes, tanto da Polícia Federal.
00:45A ideia era de colocar cerca de 4 mil homens da Polícia Rodoviária Federal, 5 mil homens da Polícia Federal
00:54para atuarem no maior número possível de cidades, de regiões, de rodovias durante as eleições.
01:03Sendo mais exato essa investigação no segundo turno das eleições, já que havia uma decisão do ministro Alexandre de Moraes
01:09que esta operação não acontecesse nas rodovias.
01:12Mas, de acordo com o depoimento de hoje, desde o último dia 26, antes do segundo turno das eleições,
01:20já havia uma ordem de serviço, uma determinação para que essa operação acontecesse.
01:25A ideia era justamente de fiscalizar esses veículos, o transporte irregular de dinheiro também,
01:33e também fiscalizar esses veículos que estavam ilegais.
01:36De acordo com o depoimento, a fiscalização foi rápida.
01:40A cada abordagem não durava mais do que 15 minutos.
01:45Isso não dificultou nem mesmo essa movimentação para as eleições.
01:49Mas que houve, sim, uma informação, uma ordem para que essas abordagens acontecessem.
01:55E aí, no depoimento também, respondeu que não foi somente na região do Nordeste,
02:00já que havia um levantamento de que ônibus estavam saindo de São Paulo e do Centro-Oeste
02:06e se deslocando para a região Nordeste, e que seria importante, então, essa fiscalização.
02:11Mas que essa operação não concentrou somente no Nordeste.
02:16Aconteceu em vários estados da federação.
02:19E eles estavam reunidos.
02:20Diversos representantes estavam nesta reunião.
02:23Então, que foi solicitado o setor de inteligência para fazer um levantamento de ônibus
02:29de onde eles estavam saindo e qual seria o local final que eles iriam chegar.
02:34E que, na época, Silvio Neivasques também solicitou essa operação
02:39e já tinha falado, inclusive, com a ANTT para ajudar nesta operação.
02:45Ou seja, identificando esses ônibus que estavam em viagem, em circulação nesta região.
02:50E aí, diante disso, houve essa operação diante de uma ordem do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal,
02:59que se encerrou no dia 27 de outubro de 2022.
03:03Mas essa operação, ainda com uma determinação do ministro Alexandre de Moraes,
03:08que fosse suspensa, ela já estava em andamento.
03:11Somente no sábado, à tarde, que eles receberam um outro comunicado,
03:17mas não fizeram nem um questionamento ao Supremo Tribunal Federal,
03:21a operação continuou.
03:22E durante as eleições, já no segundo turno,
03:26o diretor-geral foi chamado a uma ordem do ministro Alexandre de Moraes
03:30e orientado que, imediatamente, essa operação fosse suspensa.
03:35Ainda na oitiva de hoje, teve também um importante depoimento
03:38de um outro diretor adjunto da Agência de Inteligência
03:42sobre os atos do 8 de janeiro.
03:44De acordo com ele, relatórios e alertas foram emitidos entre os dias 2 e 8 de janeiro.
03:49Que entre os dias 2 e o dia 6, essa adesão não era tão alta assim.
03:55Mas nas últimas 48 horas que antecederam essa invasão aqui na capital federal,
04:01teve uma alta adesão.
04:02E que só no dia 8 de manhã, mais de 100 ônibus já estavam aqui.
04:07Tinha informação de que os manifestantes eram de alto risco, na verdade,
04:12que tinham risco de uma invasão.
04:14E que no dia 8, às 8h50 da manhã, houve uma assembleia no acampamento
04:19e ficou estabelecido que eles iriam se movimentar
04:23e chegariam aqui na esplanada dos ministérios.
04:26De acordo com esse ex-secretário adjunto da Agência de Inteligência,
04:33esses alertas foram enviados para a ABIN, para membros do governo federal
04:37e relatórios internos dentro do órgão do governo.
04:41E aí, a gente já sabe qual foi o resultado, o que foi justamente essa invasão
04:46se tornando um inquérito e gerando essas importantes oitivas no dia de hoje.
04:52Evandro Cine.
04:53Valeu, Bruno. Obrigado pelas informações.
04:55O Fábio Piperno, um ex-agente da Polícia, ou um agente da Polícia Rodoviária Federal,
04:59mencionou à época que houve, sim, uma recomendação do Ministério da Justiça,
05:03comandado por Anderson Torres, de que houvesse uma escolha de lado.
05:08Que, naquele momento, era preciso escolher um lado.
05:11No mesmo dia em que há uma orientação, uma recomendação para se fazer operações
05:16na região nordeste do país, o que esse ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal
05:20menciona que não tem a ver com o impedimento para que as pessoas chegassem às urnas,
05:25mas sim operações para apreender produtos que fossem irregulares
05:30e que estivessem sendo carregados nesses ônibus.
05:32Como é que você avalia as informações prestadas até aqui?
05:35Elas são muito preocupantes. Primeiro que, veja, esse depoimento, o teor desse depoimento
05:41não é inédito. Outras pessoas, outros diretores, inclusive, dessa instituição
05:49já manifestaram exatamente isso, que houve, sim, uma ação para barrar esses ônibus.
05:55E vejam, é impressionante como é a preocupação desse pessoal com o transporte de objetos,
06:01até mesmo de dinheiro, de coisas irregulares, né? Mas não foi feito nada nos outros 364
06:09dias do ano. Foi especificamente aquele, né? Então, é óbvio que por todos esses depoimentos,
06:16as denúncias da época, os depoimentos que depois vieram corroborar o que as denúncias
06:20apontavam, que houve, sim, uma tentativa de golpe eleitoral. O objetivo claramente era
06:27o de dificultar a ação dessas pessoas, a movimentação dessas pessoas, o direito
06:34de ir e vir, no caso de ir e vir da urna. E não fosse, inclusive, a atuação do STF
06:41naquele dia, talvez o problema tivesse assumido uma dimensão ainda maior, porque já a partir
06:47das primeiras denúncias, não vamos esquecer, o ministro Alexandre Moraes exigiu que esse tipo
06:53de ação fosse encerrada, tá? Porque era evidente que o país estava diante de uma
07:00atrocidade, de uma irregularidade, de um crime eleitoral.
07:04Como é que você avalia, Gani?
07:05Ah, eu vejo absolutamente normal, até porque a Polícia Rodoviária Federal, é papel dela
07:10evitar aquela votação em comboio, né? Não pode isso, você ter ônibus levando votantes
07:18de um determinado candidato em massa. Você não pode ter esse tipo de movimento e vários
07:24ônibus. Então, ela está exercendo o papel dela. Como é que você consegue provar que
07:29a ordem de fiscalização para evitar um crime eleitoral seria para impedir a votação
07:38dessas pessoas e, eventualmente, prejudicar o candidato que ganhou?
07:42Não vamos esquecer que houve um mapeamento antes das regiões onde havia uma incidência
07:48maior de votos para um e não para outro candidato.
07:51Talvez nessas regiões também tivessem mais esse tipo de transporte. Não dá para a gente
07:56afirmar e ter uma prova cabal de que foi para prejudicar estes eleitores.
08:03Zé Maria Trindade, tem questões que levantaram as suspeitas da Polícia Federal e das investigações
08:08sobre essa atuação da PRF. Primeiro, o fato de a operação acontecer de maneira
08:13concentrada no Nordeste do país, justamente um, digamos, recanto eleitoral do presidente
08:19eleito Lula. Segundo, o fato de que em dias de eleições, normalmente são recomendadas
08:25que não haja algum tipo de operação que paralise ou que impeça o eleitor de chegar
08:32à urna. Então, além de haver uma operação em determinada região, isso poderia impedir que
08:37aquele eleitor chegasse a tempo do fechamento dos portões para dar o seu voto numa região
08:44que depois acabou se consolidando como a principal região que levou ali no final da apuração
08:51os votos ao presidente Lula num pleito muito apertado. Como é que você avalia esses fatos
08:57até aqui?
08:59Olha, eu fico assustado. Como pode alguém presumir ou tentar fazer uma operação dessa e dá certo?
09:08É muito difícil uma operação assim interferir no resultado final das urnas. Não há uma pesquisa
09:13sobre o transporte dos eleitores, né? Esses ônibus levariam eleitores de quem? De Bolsonaro,
09:19do PT, é muito complexo. As informações, eu li com cuidado desse processo, indicam
09:25que houve uma planilha que o Serviço de Inteligência cruzou o primeiro turno das eleições, avaliou
09:32as eleições municipais e tal, fluxos de passageiros e chegou a essa conclusão, né? Mas esta é
09:39uma avaliação muito, muito esquisita, por cima demais. Eu entendo que não haveria interferência
09:46nas eleições. Agora, não é porque no dia das eleições tudo é possível. Não. Existe
09:53uma, eu diria, um relaxamento das leis. Tanto é que não é possível prender a não ser
09:59que seja um flagrante delito de crime inafiançável. Por exemplo, ninguém pode ser preso no dia
10:05das eleições. Isso para facilitar. Mas também é preciso combater o crime eleitoral. E se
10:11houver uma tensão maior, todos receberam a ordem de evitar crime eleitoral, ou seja,
10:16compra de votos. E havia uma suspeita de compra de votos na região Nordeste. Então, transporte
10:22de valores, tudo isso é a comprovação de compra de votos. E houve, sim, ninguém fala,
10:30mas houve, sim, prisões por transporte de valores e compra de votos durante aquela eleição.
10:36Eu não vejo como você interferir no resultado de uma eleição através de ônibus que vão
10:42daqui para lá e daqui para lá. Mas esse julgamento aí parece aquela história, né? Você tem o
10:49direito de ser leite, porém tudo que disser servirá contra você nos tribunais.
10:53Fala, você quer? Eu fiz uma conta rápida. A diferença de votos na região Nordeste,
11:01especificamente, Bahia, foi de 3 milhões. A mesma coisa foi em 2018, repetiu em 2022,
11:08a favor, claro, do candidato Lula. A diferença no nível nacional foi de 1 milhão e 900 mil
11:15votos. Quando a gente faz um cálculo, poderia-se pressupor que esse 1 milhão e 900 bastaria
11:22com que alguém que votou num votasse no outro e aí a diferença diminui a mitade. Mas quando
11:27você tem na região Nordeste 3 milhões de diferença de votos, não é convencendo a
11:32um que você vai ganhar o outro. Ou seja, não é que vai reverter 1 milhão e meio que
11:36votaria Lula votando Bolsonaro, então você equipara a conta. Para você evitar que 3 milhões
11:42de pessoas, que justamente saibam que são essas 3 milhões de pessoas que você está
11:46brincando, que são os que votam ao candidato Lula, fossem detidos a uma média por ônibus
11:53de 50 pessoas, e tem ônibus que levam muito menos, teriam que ter detido 60 mil ônibus.
12:00E se fossem um número de 4 pessoas por carro, teriam que ter detido 750 mil carros. É impossível.
12:06Ou seja, quem indicou essa conta ou não sabe matemática ou é um inepto
12:12para o que quer que seja. Se o objetivo era atrapalhar, também me parece
12:18do ponto de vista ético muito questionável. Eu acho que a eleição se ganha no voto,
12:23não atrapalhando o voto de quem possa votar ao outro. Agora, é uma prerrogativa
12:27da Polícia Federal, sim, buscar que essa compra de votos, e sabemos que existe,
12:32e sabemos que muito mais no Nordeste, essa seja evitada. Então, até aí, tudo bem.
12:38Mas, para a compra de votos, agora, eu não consigo entender como isso pode
12:43se configurar um golpe eleitoral. Porque agora tudo é golpe.
12:46Piperno acabou de falar que era um golpe eleitoral. É golpe de Estado, golpe eleitoral,
12:50golpe da porta, golpe da fraude. É tudo golpe. Não, foi uma trapaça que alguém fez,
12:57como tem trapaça do outro lado que não aparece na mídia, mas que está errado.
13:01Não está certo, tá? Se o objetivo for esse, está errado. E quem mandou isso,
13:06volta na escola, quinto grau, que aí você vai dar um pouquinho de matemática,
13:10vai ver que é impossível fazer isso.
13:12E nem tinha como discriminar, Piperno, fazer os ônibus, se era de eleitor do Bolsonaro ou no PT.
13:18Aí, você aumenta a gravidade dessa denúncia. Porque, primeiro, com todo respeito,
13:23não é uma questão de matemática, é uma questão de não ser a mãe de nada.
13:27Porque você está falando que a diferença foi de 3 milhões de votos.
13:31Muito bem. Alguém sabia de quanto seria a diferença?
13:34Eu te digo mais. Eu já te adianto qual vai ser a diferença em 2026.
13:37Ou seja, ninguém sabe.
13:38Mas é lógico. Se você tem 3 milhões de votos em 2018 e repetiu 3 milhões de votos em 2022,
13:46muito plenamente vai ser perto de 3 milhões...
13:49Então, eu vou dizer pra você o seguinte. Em 2018, o Bolsonaro ganhou em Minas.
13:53Em 2022, ele perdeu em Minas.
13:55Ah, tudo bem.
13:56As coisas não são assim.
13:58Outra coisa. Então, quando alguém faz uma...
14:01Eufemisticamente chamada de trapaça, né?
14:05Pra usar uma expressão tua, e não de golpe eleitoral, não de crime eleitoral...
14:11Crime eu te tomo, mas um golpe eleitoral.
14:13Eufemisticamente, então, vamos usar a ultrapassa, ele não sabe exatamente, ele não está sabendo
14:19de qual vai ser a diferença final.
14:22Claro.
14:22Vai ser de 1 milhão e 900.
14:23Concordo com o senhor.
14:24Se vai ser de 300 mil, se vai ser de 100 mil, né?
14:28Ele não sabe.
14:29O importante pra ele, naquele momento, criar algum tipo de dificuldade pro outro lado.
14:34Ponto.
14:34O resultado disso, ele vai conferir depois.
14:37Aliás, vocês perceberam que as interações dos nossos telespectadores vão aparecendo aí na tela?
14:41Agora vai entrar do João Barreto, que diz,
14:43Eu confio que esses depoimentos vão esclarecer tudo.
14:47Fala, Zé Maria, você queria mencionar algo?
14:51Eu queria.
14:52É porque até o Tribunal Superior Eleitoral leva em consideração, em todos os julgamentos,
14:57o resultado da possível fraude no processo eleitoral.
15:01Um dos critérios, inclusive, para a cassação de uma data ou a anulação de votações, né?
15:08É se aquela irregularidade, mesmo comprovada, poderia mudar o resultado do peito, né?
15:15É o que se diz muito, o que se fala muito sobre o uso do poder econômico.
15:18Isso é um critério da justiça eleitoral.
15:21Não tem nenhuma dúvida disso.
15:22Eu acho até que havia um planejamento ali para evitar fraudes.
15:28Havia um planejamento para evitar qualquer possibilidade de compra de votos.
15:33Havia um planejamento para evitar irregularidades.
15:36Até porque o transporte de eleitores durante o dia da eleição é irregular.
15:42Para se transportar eleitores é preciso estar um carro a serviço da justiça eleitoral.
15:49Ou seja, transportar qualquer um, né?
15:52Não só eleitores de um determinado setor.
15:55Então, poderia ser uma ação, inclusive, para evitar irregularidades durante o processo eleitoral.
16:01Mas aí, eu repito, nós estamos agora ouvindo as testemunhas de defesa.
16:08E o tratamento é diferenciado.
16:09É por isso que eu lembrei aquela máxima dos filmes norte-americanos, né?
16:14Você tem direito a um telefone, tem direito a um advogado, tem direito a ficar em silêncio.
16:18Porém, tudo que disser se virá contra você nos tribunais.
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