- 10/06/2025
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), questionou o ex-ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro (PL), Paulo Sérgio Nogueira, sobre possíveis contatos com a chamada ‘minuta do golpe’. O depoimento integra as investigações sobre reuniões e articulações ligadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
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NotíciasTranscrição
00:00Vamos agora, vamos agora, general, a questão das reuniões, as duas reuniões em que o senhor
00:17participou, a reunião do dia 7 de dezembro de 2022 no Palácio do Alvorada e a reunião
00:24do dia 14 também de dezembro no Ministério da Defesa. Começando cronologicamente pela
00:31primeira reunião do dia 7 de dezembro, o senhor participou dessa reunião convocado pelo
00:37presidente? Sim, senhor Excelência. Quem participou dessa reunião? O presidente, eu, o comandante
00:49Freire Gomes e o almirante Garnier. Isso, faltava o Batista Júnior, perfeito, estava viajando
00:55para Pirassununga. E qual foi o assunto e a dinâmica dessa reunião?
01:02Desde o término das eleições, presidente, com essa polarização que a gente tem no Brasil até hoje,
01:10e sempre, nas conversas, a gente sentia que poderia, numa manifestação mais violenta, numa
01:20perturbação da ordem, as forças armadas serem empregadas em GLO. Então era comum entre mim e os
01:30comandantes de força, toda hora, olha, vocês fiquem estudando, tenho certeza que os comandos
01:35operacionais das forças estudaram, os alto comandos também devem ter levantado em suas
01:41reuniões, essa GLO padrão, legítima, que a gente sabe. Nessa reunião, o presidente, foi
01:50uma reunião informativa realmente, foi rápida, foi simples, e que ele mostrou os considerandos,
02:01um arquivo lá, cheio de considerandos, que eram ações, eventos, coisas que aconteceram
02:10no governo do presidente, que ele se sentiu de uma forma prejudicado, ou injustiçado, ou
02:16coisa, então vinha, e eu não me recordo, por Deus, se tinha mais alguma coisa além desses
02:25considerandos. Era um estudo em que ele disse que voltaria oportunamente a tratar desse assunto,
02:33até porque o brigadeiro não estava na reunião. Pelo brigadeiro não estar na reunião, a reunião
02:39foi esvaziada e praticamente, depois que terminou a reunião, eu cheguei ao presidente, eu pessoalmente,
02:48eu acho que o Freire Gomes estava do meu lado. No mesmo dia? No mesmo dia. Alertando da seriedade,
02:56da gravidade, se ele estivesse pensando em estado de defesa, estado de sítio, a gente conversando
03:03ali numa tempestade de ideias, as consequências de uma ação futura, que eu imaginava que poderia
03:12acontecer se a evolução realmente das coisas fossem em frente. Então, a reunião do dia
03:19sete foi isso aí, praticamente. E, presidente, não é isso mesmo. Algum detalhe, por favor.
03:31Quem colocou no telão o réu colaborador?
03:37Ele entrou, ingressou. O Cid, o Cid entrava em qualquer reunião para dar um recado, um
03:44papelzinho, alguém está ligando. O Cid era carta branca, a gente entendia e sabia disso
03:50e até usava o Cid. Porra, eu estou precisando disso aqui, faz isso. Então, o Cid, o papel
03:57dele era esse mesmo. Eu, sinceramente, não me recordo da fisionomia, mas alguém que projetou
04:06aquilo ali. E eu já me adianto, porque a gente lê os depoimentos e tudo, eu nunca
04:13conheci. Eu vim conhecer o Filipe Martins por fotografia, quando o inquérito, quando a
04:20petição apareceu. E não, pelo tamanho, não era o Filipe Martins. Opinião minha, já
04:29adiantando aí o filme, que eu sei que talvez o senhor fosse perguntar. Que a gente fica
04:32com isso ensaiado na cabeça e acaba antecipando alguma coisa com o presidente.
04:37E o senhor disse que o senhor e o comandante Freire Gomes, encerrada a reunião, foram conversar
04:47com o presidente sobre a gravidade dessa situação.
04:51A preocupação.
04:52A preocupação.
04:52A preocupação. Nós saímos dali preocupadíssimos. Ponto. Era isso aí. Era preocupação a partir
05:00daquela reunião. E o general Freire Gomes, ele chegou a dizer que um eventual estado
05:07de sítio, defesa, podia gerar consequências jurídicas ao presidente, como ele diz no depoimento
05:13em juízo?
05:14Nessa reunião de sete, presidente, eu acho que não houve comentário de ninguém, assim,
05:21publicamente. Eu não sei se de repente no pessoal, no tete a tete, houve alguma coisa.
05:26Eu, nesse momento, não tenho condição de confirmar esse dado.
05:31Uma semana depois, no dia 14 de dezembro, o senhor, aí foi o senhor que convocou os
05:40três chefes militares. Confere?
05:42Confere.
05:43Confere.
05:43Antes de entrar nessa reunião, onde teria sido apresentado também um documento, entre
05:50o dia 7 e o dia 14, para dar sequência a essa discussão, o senhor voltou a conversar
05:56do assunto com o presidente, o então presidente Bolsonaro?
05:59Não me recordo. Presidente, naquele período, eu estive com o presidente Bolsonaro muitas
06:09vezes. Talvez tenha sido, nos meses de novembro e dezembro, a figura mais presente desses 60
06:18dias. Eu, uns 20 dias, eu estive vendo o presidente. Porque o presidente, desde o início do término
06:25das eleições, eu vou fazer esse parêntese, realmente ficou abatido, ficou pesaroso, depressivo,
06:35doente. E eu me preocupei com a saúde do presidente. Eu ia para lá, o Cid dizia para
06:40a gente, porra, o presidente está ruim. Quando vocês vêm para cá, ele se sente bem.
06:46Eu tratei com os três comandantes, falei o seguinte, vocês três façam uma escalinha para
06:53um dia, um vai, o outro vai, para poder conversar com o presidente, para ele melhorar o visual
07:01dele. Isso aconteceu. Então, os três comandantes, não sei se o Garnier lembra, faziam uma escalinha
07:08ali para conversar, jogar conversa. E ele conversava, desabafava. Os 15 primeiros dias ali do presidente,
07:17foi ali um, quase que um velório. Depois é que ele melhorou e aí os amigos vêm e aí outras coisas
07:27também acontecem. Então, não sei se eu respondi, presidente.
07:31Não sei, mas eu vou ser mais claro. Entre o dia 7 e o dia 14...
07:38Não houve nenhuma reunião, comandante.
07:39Mas o que levou o senhor a convocar essa reunião do dia 14 para discutir um assunto sequencial
07:47do assunto do dia 7?
07:50A gente acompanhou as mídias sociais, a gente acompanhou a atenção, o clima, as mensagens
07:56de grupo de WhatsApp. Eu conversava com generais, com almirantes, brigadeiros.
08:02Então, a gente tinha um termômetro daquele momento. Presidente, era sério. Então, eu
08:11digo para o senhor, de 7 a 14, quando foi a reunião, 8, o Freire Gomes viajou para
08:18Fortaleza, só voltou no dia 13. Inclusive, com o falecimento da sua mãe. O brigadeiro Batista
08:27Júnior estava em Pirassununga, acho que ele só voltou 12. Eu não tinha nem tempo de
08:31conversar. Mas eu fiquei preocupado, a partir de então, de carta ao comandante do Exército
08:40Brasileiro, mostrando que parcela da oficialidade da força, não vou dizer que estava rachada,
08:47mas uma carta daquela preocupava. Eu temia uma fissura. Até mesmo dentro dos três comandantes
09:02de força, eu queria uma unidade. Eu queria preservar a coesão e a nossa disciplina.
09:09A minha responsabilidade naquele momento, eu tinha que reunir de alguma forma, para poder
09:20fechar consenso, fechar questão. Ali, eu acho que foi a pá de calde que não teria nada
09:29mesmo e não teve. E a partir dali, ninguém falou mais nada. No dia seguinte, eu estive com
09:34o presidente. Essa reunião foi iniciativa minha. A ida ao presidente foi iniciativa
09:39minha. Eu não era mensageiro do presidente para consultar a ABC se tinha que ter isso
09:45ou aquilo ou outro. E eu conversei. Até disse, me lembro como se fosse hoje, presidente, não
09:51se fala mais isso, homem. E realmente, eu acreditei. A reunião do dia 14 foi exatamente para fechar
10:02a questão e não se tocar mais nesse assunto, comandante. Perdão. Ministro.
10:09Esse é uma elogio. Nas redes sociais, eu já recebi elogios pouco piores. General, então,
10:21é muito importante isso que o senhor está dizendo. Antes da minha próxima pergunta, entre
10:26o dia 7 e o dia 14, pelo que o senhor expôs, o que o senhor disse que piorou, que precisava
10:34de coesão, era porque estaria escalando a possibilidade de golpe, é isso? Não, o que eu via e ouvia
10:43nas mídias sociais, eu tinha receio de uma liderança levantar o braço ali e, sei lá, a gente pensa
10:54tudo nesse momento. E eu era o ministro da defesa. Então, eu estava de fora vendo, às
10:58vezes o comandante não enxerga, não estava vendo. E como eu tinha uma excepcional até
11:07hoje, porque a gente não perde amigos e o grupo, o general Paulo Sérgio, os três comandantes
11:15de força com o presidente Bolsonaro, éramos um grupo unido, a gente se reunia, nossas
11:20famílias, final de semana e tudo mais. Então, a gente conversava ali o dia a dia sobre tudo.
11:28Quando chegou esse período, naturalmente o receio, o medo, a preocupação foi aumentando
11:36e, enfim. Mas o senhor falou da... me falhou aqui a ideia, mas eu me lembro daqui a pouco,
11:45presidente, eu me lembro daqui a pouco.
11:47A reunião do dia 14, então, quem estava presente?
11:52Eu e os três comandantes. Ah, era sobre a reunião do dia 14.
11:55Então, é... como foi a dinâmica dessa reunião?
11:59Eu tinha tudo isso na minha cabeça, para conversar com eles. E tinha outros assuntos.
12:06Eu não tratei só disso. Eu tinha passagem de comando das forças, solenidades com a presença
12:14do ministro da Defesa, transição, enfim, orçamento. Naquele período tinha comandante que
12:24chegava para mim e dizia, não tenho dinheiro para pagar isso. E a gente ia ao presidente,
12:31o presidente ligava para Paulo Guedes e a gente conseguia. Era mais a nossa força aérea
12:37brasileira, porque tinha que quitar a compra de combustível, aquele negócio todo. Então,
12:44o Brigadeiro Batista Júnior, toda semana, me falava desse problema e a gente estava sempre
12:49tentando e resolvendo esse problema. Quando... aí vem um outro detalhe, eu nunca tratei,
13:02nem peguei minuta para tratar com comandante de força. Nunca. Atenção, vou vir aqui, vamos
13:11acompanhar para corrigir, para... eu... tem uns dados aí nesses depoimentos que não fecham
13:18de jeito nenhum. E eu digo isso porque eu nunca tratei de minuta de golpe com meus três
13:25comandantes. Eu tinha... e vivo... o senhor está vendo como é a minha mesa, né? Minha mesa
13:33de trabalho é isso aqui mesmo, é desarrumada. Então, eu tinha nos cantões ali, cheio de
13:39anotações. E eu tinha, desde o dia que eu senti alguma coisa que poderia, na GLO, que
13:47a gente chamava GLO legítima, minhas anotações. Quando a gente poderia escalonar, minhas anotações.
13:55Eu tinha xerox dos artigos da Constituição, cópia de trabalhos, cópia de, enfim, da Conselho
14:04Defesa, Conselho da República. Minha parte era lotada de estudo e anotação. Eu acho
14:09que o Brigadeiro Batista Júnior, Freire Gomes, não sei, pensava que eu tinha ali. E eu não
14:15me recordo, realmente, de ter chegado ali nessa altura do campeonato. Dia 14, e depois
14:22desse... eu estou falando aqui uma verdade absoluta. Eu tenho aqui um negócio para vocês
14:27lerem. De jeito nenhum. E aí, comandante, o Brigadeiro chegou, perdão, o Brigadeiro chegou,
14:40entrou ali, eu não me recordo do detalhamento, mas o... quando eu fui iniciar o assunto, ele
14:52já perdeu um pouquinho ali a estribeira dele e levantou o braço. Eu falei, o que foi?
14:58Calma, rapaz, deixa eu falar. Não, mas isso aqui, tal, tal, eu não aceito. Ele disse que saiu.
15:05Eu perguntei aos meus assessores ali do lado de fora, alguma reunião do Brigadeiro saiu
15:10realmente? Pô, general, a gente não viu, não. Eu, de repente, ele foi no banheiro, passou
15:16um pouquinho, respirou, voltou e ainda a gente conversou mais algumas coisas pedentes, aqueles
15:22assuntos, outros que eu... que eu tratei, principalmente passagem de comando, que a gente
15:26naquele período estava numa dúvida cruel. O... o Almirante citou, eu posso complementar
15:32sobre passagem de comando, na época os três queriam homenagear o presidente e o ministro
15:39da defesa. Me recordo, pô, a gente quer passar o comando com os dois, pô. Nós trabalhamos
15:45juntos, por que ser diferente? E estávamos alinhados para fazer tudo ali na última semana.
15:52Aí deu problema de agenda, mudança aqui, mudança acolá, acabaram dois fazendo depois,
15:57se eu não me engano, e só um antes do dia 31 de dezembro. Foi um outro assunto tratado
16:02naquele dia, salvo o melhor juízo. A gente reuniu outras vezes. Mas aí, o Batista Júnior
16:10saiu, o Freire Gomes eu já sabia da posição, eu conversava com o Freire Gomes todos os dias,
16:14eu sentia as agruras do Freire Gomes todos os dias, porque ele é bombardeado e, calma,
16:23vamos lá, fica quieto.
16:26Dali, ministro, fechou, não se falou mais, ó, o ambiente ficou pesado e, vamos tomar uma
16:34água aqui e foram embora. O Garnier não falou nada também e não se falou nesse assunto
16:41mais, ministro Alexandre Moraes.
16:44O senhor acabou de dizer, o senhor disse que, assim que chegou, o brigadeiro Batista Júnior
16:52levantou a mão e disse, ele só...
16:56Quando eu introduzi o assunto.
16:57Exatamente. E aqui é o depoimento dele em juízo, no dia 21 do 5, ele disse, abre aspas,
17:06quando eu entrei, eu fui o último a chegar na reunião, o almirante Garnier estava de
17:11costas para mim, o general Paulo Sérgio de lado e o Freire Gomes de frente. Eu entrei
17:17sem ter ao lado do Garnier. Imediatamente a reunião começou e o general Paulo Sérgio
17:22disse o seguinte, trouxe aqui um documento para vocês verem. Eu confesso ao senhor que
17:27não me lembro se ele falou que é um estado de defesa ou um estado de sítio. Eu, raramente,
17:33porque eu achava que não existiam os pressupostos básicos e todo esse processo sequer para
17:38o estado de defesa. Então, o estado de sítio era uma coisa que eu não imaginava que fosse
17:42aparecer essa expressão. Ele falou assim, eu trouxe aqui um documento que é para vocês
17:47analisarem. Logicamente, com base em tudo o que estava acontecendo, eu perguntei para
17:52ele, esse documento, o documento, disse ele, estava na mesa dentro de um plástico. Falei,
17:59esse documento, prevê a não assunção no dia 1º de janeiro do presidente eleito? E
18:06ele falou, sim. E aí eu falei, não admito sequer receber esse documento, não ficarei
18:12aqui, levantei, saí da sala e fui embora. Não, o senhor não se recorda...
18:17Ministro, não me recordo de ainda mais um diálogo longo desse, eu tinha que me
18:21lembrar. Podemos, oportunamente, se assim for, fazer uma cariação para a gente ver o
18:29que aconteceu ali. É que a cariação entre réu e testemunha não é muito provável.
18:35Mas, pois não. Eu desconheço. Mas esse diálogo aí, não me recordo, presidente. Pode
18:43acreditar. O senhor teve, em algum momento, contato com a minuta do golpe? Com a chamada
18:51minuta do golpe que... Eu tive contato no dia 7 de dezembro, numa projeção de considerandos,
19:01considerandos na reunião com o presidente Bolsonaro. Depois, nada de minuta de golpe.
19:07Uma última questão. O senhor disse agora que o general Freire Gomes, eu não vou lembrar
19:17exatamente o termo que o senhor disse, mas ele estava sofrendo mais pressão, o senhor
19:21disse, calma. Mídias sociais. Então, exatamente aí que eu vou chegar. O senhor, na época,
19:29nessa época, o senhor já tinha tido contato, foi só depois pelas investigações, de mensagens
19:36do general Braga Neto, incentivando as mídias sociais, entre aspas, tac o pau no Freire
19:44Gomes. E depois também no BJ, como coloco. O senhor, à época, teve conhecimento disso?
19:52Tomei conhecimento na petição 12-100, quando eu vi a petição. E, ministro, eu também
19:57sofri ataques nas mídias sociais. Teve um camarada lá que botava, não podemos esquecer,
20:03eram quatro generais. Eu era lá, com esse mesmo terno cinza, todo dia ele botava lá que...
20:10Ou seja, não foi só Freire e Batista Júnior. O Garnier tocou aqui também, que também
20:17sofreu, não sei se... Mas eu também sofri ataque das mídias sociais.
20:21Mas, naquele momento, o senhor não tinha conhecimento de que havia
20:27essas mensagens do general Braga Neto, incentivando.
20:30Não, senhor.
20:31Só tomou conhecimento na...
20:33Na petição 12-100.
20:36Agradeço. General, passo a palavra ao ministro Luiz Fux.
20:41Muito obrigado, ministro Alexandre.
20:45General, no início da sua fala, logo no início, o senhor falou cores aí, o senhor falou.
20:50Tinha que separar azul e vermelho, marrom e vermelho, alguma coisa que o senhor falou.
20:55Ministro, ministro, numa operação militar, nós temos um terreno e os contendores.
21:04Normalmente, numa operação, quando a gente faz no papel, na carta, são os azuis, os amigos,
21:10os vermelhos, os inimigos.
21:11Então, é...
21:14Mas eu acabei...
21:18Por favor, o senhor podia repetir?
21:22Eu perdi o raciocínio.
21:23É porque, no início, o seu deprimimento, o senhor falou que tinha que separar, se eram os marrons, os vermelhos...
21:32Ah, não. É que a linha de contato é que separa, é um rio, obstáculo, é uma estrada...
21:38Eu posso auxiliar? Foi a partir da minha pergunta, dos termos que o senhor utilizou, na reunião do dia 5,
21:46se referindo ao TSE como inimigo, falando da linha de contato e da linha de chegada,
21:51e o general disse que um eram azuis, outro vermelhos.
21:56Provavelmente, eles não seriam os vermelhos, pelo que eu entendi.
21:58Quando eu fiz uma metáfora, quando eu comparei a linha de partida, a linha de contato com o trabalho do TSE com a EFAZEV,
22:11eu dei a entender, no dia 5, que eu estava tratando o TSE como inimigo.
22:18Eu estou dizendo que foram palavras inadequadas, já me desculpei,
22:22e o trabalho fluiu depois dali, fluiu muito, fluiu muito.
22:26O general Freire tornou pública essa irresignação dele, que não ia participar daquilo, ou só com depois, em julho?
22:37O general Freire Gomes, desde o início, sempre foi nessa linha,
22:44a gente conversou muito, e nós estávamos juntos, ministro, ponto.
22:50Há muita unidade, às vezes, não há nas Forças Armadas.
22:56Eu queria perguntar ao senhor, porque houve um depoimento,
22:59que uma das testemunhas do exército disse que depois passou a sofrer
23:04uma certa administração de que era melancia.
23:12O que é isso?
23:13A mídia social tem de tudo, né?
23:18Melancia é o quê?
23:19Verde por fora e vermelho por dentro.
23:21Então, o general Melancia é um general comunista, seria isso.
23:24Não entendi.
23:25Você entendeu?
23:28General,
23:30aqui que o senhor atribui a invasão do dia 8 de janeiro,
23:37como é que, qual foi a dinâmica disso?
23:40Quer dizer, 8 de janeiro, o povo lá que estava nos quartais,
23:45eu também não sei se vieram de fora.
23:48Ministro, eu não acompanhei, porque não tinha nem tempo para isso,
23:52de ver o que acontecia na frente ao QG.
23:56Acompanhava quando chegava em casa e via a televisão,
23:58nunca pisei ali, e via uma manifestação pacífica, ordeira.
24:04Mas o motivo não era legal.
24:07Isso foi passando, e me recordo bem que ali no final do ano,
24:18ela retraiu bastante, na entrada do ano também,
24:22em primeira semana, bastante,
24:24até o ministro Torres falou sobre isso,
24:29com fotografias, ele citou hoje,
24:32e de repente deu naquilo.
24:34Eu não tenho detalhe de como aquilo aconteceu.
24:37Agora, ministro, de coração também,
24:41aquilo ali não é golpe para mim em lugar nenhum.
24:46Mas houve alguma ordem superior das postas?
24:49que eu saiba nem de ninguém, e se fosse, eu saberia.
24:55Talvez eu seja uma pessoa conhecida e hoje pública,
25:02por conta até do cargo, por eu ter tido,
25:06eu diria, uma dezena de turmas de formação,
25:12que foram meus cadetes lá na academia militar,
25:15que hoje são esses coronéis daí da carta.
25:19Os coronéis da carta.
25:20Tem uma mensagem entre dois coronéis que diz assim,
25:23por lealdade, vamos mostrar essa carta ao GPS.
25:27O pessoal me chama de GPS, ministro.
25:28General Paulo Sérgio, GPS.
25:32Aí, não tomei conhecimento, só no dia da carta.
25:37Queria que tivesse me mostrado essa carta.
25:41Porque eu cortava o mal ali pela raiz,
25:44e resolvi aquele problema, e não via hoje companheiros
25:47no banco dos réus, por conta de uma indisciplina boba,
25:53que ele sabia que não ia dar em nada.
25:57Então, para mim, foi uma manifestação,
26:02estava organizada, eu me lembro das imagens,
26:07e aí vamos especular também, e eu vou dar a minha opinião.
26:13Vi muitas imagens de pessoas, muito antes da manifestação,
26:19chegar na Praça dos Três Poderes, nos prédios,
26:22até quebrando, pelo menos, salvo o melhor juízo.
26:27E, de repente, transformou-se naquela batalha acampal ali.
26:34Inadmissível, realmente, mas foi uma baderna para mim.
26:40Para mim foi uma manifestação pacífica que acabou em baderna.
26:46Na minha humilde opinião, jamais tentativa de golpe de Estado.
26:52Sr. Presidente, satisfeito, eu queria saber dos fatos,
26:56não da categorização que o depoente faz dos fatos,
26:59só para saber dos fatos, como é que houve essa erupção desse movimento?
27:04Agradeço, ministro Fux, passo a palavra ao procurador-geral.
27:07Nenhuma pergunta, ministro.
27:10Passo a palavra aos advogados do réu colaborador.
27:15Sem perguntas, ministro, obrigado.
27:16Obrigado.
27:17Obrigado.
27:17Obrigado.
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