- 26/05/2025
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal retoma nesta segunda-feira (26) os depoimentos das testemunhas de defesa dos réus no processo que investiga suposta trama golpista. A Corte deve ouvir hoje oito pessoas, entre elas o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, como testemunha indicada pela defesa do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o general Augusto Heleno. O general integra o chamado núcleo crucial da tentativa de golpe, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro. O Supremo vai ouvir outras testemunhas ainda nesta semana, entre elas o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que deve depor nesta sexta-feira (30). O governador foi indicado como testemunha por Bolsonaro.
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NotíciasTranscrição
00:00Bom, vamos começar já. Se é polêmica que vocês querem, é polêmica que virá.
00:05A primeira turma do Supremo Tribunal Federal retoma daqui a pouco os depoimentos das testemunhas de defesa dos réus,
00:15no processo que investiga a suposta trama golpista.
00:20A Corte deve ouvir hoje oito pessoas, entre elas o ex-ministro da Saúde, Marcelo Queiroga,
00:27que é uma testemunha indicada pela defesa do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, que é o general Augusto Heleno.
00:36O general integra o chamado núcleo crucial da tentativa de golpe, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
00:45O Supremo vai ouvir outras testemunhas ainda nesta semana, entre elas o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes,
00:51e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que deve depor nesta sexta-feira.
00:57O governador foi indicado como testemunha por Bolsonaro.
01:02Meu querido Guilherme Mendes, a oitiva das testemunhas de defesa é só uma formalidade para o Supremo, que já condenou o Bolsonaro?
01:11De forma...
01:12Bom, boa tarde, capês, amigos de audiência.
01:14Eu ia dizer primeiro, antes de cumprimentar vocês todos, que de forma alguma.
01:18Eu acho que quem está querendo espetacularizar essa oitiva com o arrolamento dessas testemunhas, no fundo, são aqueles acusados, né?
01:29Porque, de fato, eu fico pensando o que o governador Tarcísio pode testemunhar nesse caso.
01:35Ele não tem nada a ver com o assunto.
01:36Mas é claro que todos os holofotes vão estar ali voltados para a sua oitiva, né?
01:42Para o seu depoimento, já que ele, como um dos governadores mais importantes aí, postulante à presidência da República do Brasil,
01:50vai lá, de alguma forma, chamar atenção.
01:53Quer dizer, essa série de oitivas já começou a ganhar todo o destaque da imprensa,
01:59graças ao episódio havido na última sexta-feira, com o ex-ministro Aldo Rebelo e o ministro Alexandre Moraes,
02:06e também ali o procurador-geral Gonê, não é?
02:10Que tiveram um desentendimento lá acerca dos limites daquilo que pode ou não pode ser dito,
02:14ou daquilo que pode ou não pode ser falado, durante uma tentativa de resposta.
02:18E agora, então, com esses agentes, ex-ministros, governadores atuais, como no caso do Tarcísio,
02:26o que promete é que a gente tem uma semana aí muito agitada com esses depoimentos pautando aí a mídia.
02:33De verdade, acho que as testemunhas vão acrescentar muito pouco,
02:38porque elas estavam muito distantes daquilo que aconteceu.
02:41Não sei de fato qual é a estratégia da defesa, das defesas, melhor dizendo,
02:45em chamar esse tipo de agente político para comparecer ali a esse processo,
02:53mas com certeza o que a gente vai ter é muita audiência e muito falatório,
02:58espero que num clima mais democrático e mais ameno do que aquele que teve o ministro Aldo na sexta-feira, não é?
03:06Felipe Monteiro, parece que o Guilherme está criticando a oitiva do ex-ministro Aldo Rebelo,
03:12dizendo que não foi democrática essa oitiva, não sei se ele estava criticando o ministro que estava perguntando
03:17ou o Aldo que estava respondendo.
03:19Com a sua avaliação, o procurador-geral da República perguntou o que o Aldo acreditava,
03:24na hora que ele foi respondendo o que ele acreditava, parece que ele foi advertido.
03:29Assim, Capês, eu tenho uma certa crítica em relação à forma como o STF conduzindo esse processo
03:34é relacionado à tentativa de golpe em geral, não é?
03:38E quando você vê, por exemplo, uma pessoa como Aldo Rebelo, que sofreu uma certa coação no seu depoimento
03:43e falar o que ele achava sobre a situação, é algo preocupante na minha opinião, não é?
03:49E eu vou discordar aqui do meu amigo Guilherme Bem de relação às testemunhas elencadas pela defesa,
03:53até porque na última oitiva de testemunha, quando foi colocado o depoimento tanto do Freire Gomes,
04:01que na época era o comandante do Exército, quanto o Batista, que era o comandante da FAB,
04:06da Força Aérea Brasileira, mostrou claramente que houve um certo conflito de versões, não é?
04:11A gente ouviu na imprensa que o Freire Gomes chegou a dar voz de prisão ao Bolsonaro,
04:17chegou até a falar que se o Bolsonaro seguisse a tentativa de golpe, ele iria ter que prender o Bolsonaro.
04:22E na versão que foi apresentada oficialmente no STF, o Freire Gomes falou que não teve isso, não teve isso, né?
04:27Mostrando claramente que tem um certo conflito de versões em relação a tal reunião,
04:34que diria que é mais importante relacionada com a tal tentativa de golpe.
04:39Então eu vejo que a testemunha elencada pela defesa, até esse momento, tem sentido certo efeito, né?
04:45Quando você vê que houve certo conflito de versões, no meu modo de ver, tem que ser,
04:50como um bom democrata que sou e como um bom observador e a pessoa que respeita o Estado Democrático de Direito,
04:57no meu modo de ver, quando há conflito de versões, tem que sempre privilegiar a versão da defesa, né?
05:01Então, no meu modo de ver, nesse caso específico, tende a dar vazão e a dar justificativa
05:07para a versão apresentada pelo, então, presidente Jair Bolsonaro.
05:12Mas, e outro ponto também, Tarcísio de Freitas é uma pessoa que está acima de qualquer suspeita também,
05:19até esse momento, né?
05:21E é uma pessoa muito próxima do Bolsonaro.
05:23Então eu vejo com naturalidade o Bolsonaro indicar o Tarcísio de Freitas
05:27para dar sua versão sobre como era o Bolsonaro no dia a dia do Palácio do Planalto.
05:33Então, eu não vejo nada de absurdo ser apresentado o Tarcísio de Freitas e o Paulo Guedes
05:38como uma pessoa-chave do governo para falar como que o Bolsonaro agia no governo ou não.
05:46Meu querido Diego Tavares, sua opinião.
05:52Olha, Fernando Capês, primeiramente uma boa tarde ao senhor, boa tarde aos meus colegas de bancada,
05:55a todos que nos acompanham nessa tarde aqui no Linha de Frente.
05:58Capês, esses expedientes que são controversos, estão dividindo inclusive a ala esquerdista
06:03aqui do nosso programa hoje, não poderiam ser diferentes.
06:07É bom a gente lembrar que esse processo que está analisando essa suposta tentativa de golpe,
06:12ele teve início a partir de uma delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid
06:18repleta de irregularidades, a qual o próprio Mauro Cid posteriormente atribuiu
06:23uma falta de voluntariedade em delatar.
06:26Ele se encontrava preso durante a sua prisão, foi negado ele o direito de ter contato com os próprios advogados,
06:32foi negado ele o direito de ter contato com os seus familiares,
06:35algo que qualquer pessoa que cometa o crime mais terrível nesse Brasil, hoje tem direito.
06:39E diante dessa situação, algo que há pouco tempo na Operação Lava Jato foi chamado inclusive de prisão-tortura,
06:45acabou entregando fatos e posteriormente disse, a revista Veja, salvo engano,
06:49que as pessoas que exigiram dele uma delação premiada vieram com uma versão pronta
06:55do que teria supostamente ocorrido no dia 8 de janeiro
06:58e que cabia a ele apenas fornecer informações que robustecessem essa narrativa pré-elaborada.
07:04Ele estava lá só para confirmar um crime, independentemente da opinião dele, do conhecimento dele sobre os fatos.
07:10Se a partir dessa delação é que toda a narrativa do 8 de janeiro foi construída,
07:15é claro que nós vamos ter aqui o que o Guilherme Mendes chamou muito bem de espetacularização.
07:19Nós temos um processo caminhando, temos uma investigação caminhando na Suprema Corte do nosso país
07:25que não tem outra finalidade se não causar desgaste político para uma ala específica da política.
07:31E aí acerta muito o PP.
07:34Diante desse conflito de versões, diante dessa disparidade das narrativas que vem sendo engendradas até então,
07:40aquilo que tem que ser preservado é o quê?
07:42A situação de inocência das pessoas que são acusadas.
07:45Tanto o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, quanto todo esse chamado núcleo fundamental da suposta tentativa de golpe.
07:54Muita água vai rolar por baixo dessa ponte ainda.
07:56Nós estamos aí às vésperas do ano eleitoral.
07:58É um momento crucial de desgaste de certas figuras políticas por questões estratégicas
08:03desse período que antecede as eleições presidenciais.
08:07Então, certamente, nós vamos ter muita notícia.
08:09Vamos conseguir falar muito a respeito desse caso nos próximos dias.
08:11Agora, Ricardo Rouss, um processo em que o Poder Judiciário, os juízes, têm uma função, uma atuação muito ativa na produção de prova,
08:23junto com a polícia e o Ministério Público ficando num papel secundário, praticamente,
08:28da maneira como a forma como as oitivas estão sendo feitas,
08:30não é ruim para o devido processo legal quando as pessoas todas já afirmam o que vai acontecer no processo?
08:36Ou seja, não há surpresa nenhuma.
08:38Isso é um risco também à democracia?
08:41Boa tarde, Capês.
08:43Boa tarde aos colegas aqui de bancada.
08:44Boa tarde a toda a nossa querida audiência no Brasil e no mundo.
08:47Capês, com certeza que é um risco.
08:48Essa narrativa do pseudo-golpe, do crime impossível, ela divide até a própria esquerda.
08:57Uma esquerda mais racional, mais democrática.
08:59E a gente viu isso aqui na fala do Guilherme e do Felipe Monteiro.
09:02Ou seja, realmente é algo que está cansando o povo brasileiro.
09:07Com tantos outros temas importantes e urgentes para o nosso país,
09:11a gente está aqui discutindo a sequência de narrativas de uma pseudo-tentativa de golpe.
09:16É importante que tenha, de fato, que a defesa tenha alencado essas pessoas,
09:20como Tarcísio de Freitas, o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes,
09:24porque realmente vão mostrar um pouco do que acontecia nos bastidores do governo Bolsonaro
09:28e vai, de certa forma, demonstrar e colocar por terra essa narrativa contínua
09:35que querem construir a qualquer custo.
09:38E aí, parte do judiciário apoiando essa linha de pensamento.
09:42E a gente viu no depoimento do Aldo Rebelo exatamente isso.
09:45Se não é dito aquilo que uma parcela do judiciário quer que seja dito,
09:49aí não é democrático, é interrompido.
09:52Achei uma vergonha, inclusive, um desrespeito com o ex-ministro.
09:55Mas, enfim, sigamos.
09:56Esse é o Brasil que estamos vivendo hoje.
09:58Meu querido Guilherme Mendes,
09:59a gente tem visto processos graves de casos de corrupção,
10:04muitos apontados pela Lava Jato,
10:06terminarem em prescrição.
10:0816 anos demora para prescrever um processo de corrupção
10:12e acabam sendo prescritos casos graves.
10:15Agora, recentemente, o Supremo determinou a devolução de dinheiro
10:18para a esposa do Palocci.
10:21Enfim, tem outros casos também que estão em andamento.
10:24Como você vê a diferença de ritmo entre esse processo
10:26e outros processos por crimes graves
10:28que acabam prescrevendo nos escaninhos da justiça?
10:32Capês, eu acho que não há comparação.
10:34Esse, sem dúvida, é o processo mais grave para todo o Estado brasileiro.
10:39Nós estamos falando aqui de uma tentativa de golpe de Estado.
10:42Quer dizer, tudo é mais importante do que isso.
10:45Quanto à prescrição de casos específicos,
10:47sejam eles da Lava Jato,
10:49sejam eles envolvendo o governo
10:51ou outro tipo de processo de natureza criminal,
10:55aí a gente cai numa discussão aqui
10:57da morosidade da justiça, do excesso de recursos,
11:00muito daquilo que já se fala
11:01da necessidade de uma ampla reforma
11:04do sistema processual brasileiro
11:06para talvez evitar e mitigar
11:09uma série de possibilidades defensivas
11:12que, por vezes, acabam retardando
11:14o andamento eficaz
11:15de uma determinada demanda.
11:17Traduzindo em miúdos,
11:18recorre, recorre, recorre, recorre
11:20até chegar no ponto que prescreve.
11:22Agora, não acho que seja o caso
11:23de, primeiro, acusar
11:25o Supremo Tribunal Federal,
11:27tampouco o Poder Judiciário Brasileiro,
11:29de atuar de forma política.
11:30Acho que, em absoluto, esse não é o caso.
11:32Segundo, nós não estamos falando aqui de narrativas,
11:35nós temos, sim, fatos concretos
11:37que podem ser que não alcancem esses agentes políticos
11:40que hoje estão sendo vitimados
11:43nesse núcleo político do golpe.
11:45Mas existem mensagens,
11:47existem documentos,
11:49existem relatos.
11:50Não é só uma mera delação
11:53e premiada do ex-ajudante de ordem,
11:56Mauro Cid,
11:57de que ensejou
11:58todo o desencadear desse processo.
12:01Quem tiver curiosidade,
12:03reveja as imagens do 8 de janeiro,
12:06os policiais que foram ali
12:07vitimados, atacados,
12:09todo o vandalismo,
12:10toda a depredação,
12:11o financiamento
12:12para que pessoas estivessem lá.
12:13Nada disso é narrativa.
12:15Isso tudo é fato.
12:16Aqueles que sofreram na pele
12:18a violência
12:18daqueles que invadiram
12:20a Praça dos Três Poderes,
12:22certamente não ficariam contentes
12:23em ouvir
12:24que aqui nós estamos inventando
12:25uma historinha
12:26de tentativa de golpe.
12:28Graças a Deus
12:29e graças,
12:30vamos deixar bem claro aqui,
12:31às Forças Armadas Brasileiras
12:33que refutaram
12:34essa loucura,
12:35essa sandice,
12:36esse crime,
12:37nós hoje estamos aqui
12:38num Estado Democrático de Direito
12:40debatendo temas como o processo.
12:42Quem vai ser ouvido?
12:43Não vai?
12:43Está correto?
12:44Cumpriu o prazo?
12:45Intimou?
12:46Não intimou?
12:46Deveria ser assim?
12:47Deveria ser assado?
12:48Se fosse numa ditadura,
12:49primeiro, não ia ter processo,
12:51não ia ter julgamento
12:51e não ia ter opinião.
12:53da forma livre
12:54e transparente
12:55com o que a gente está tentando
12:56levar aqui para você
12:57que está em casa.
12:58Então, não vamos também achar
12:59que há um grande coluio
13:00da imprensa,
13:01do judiciário
13:02para criar uma narrativa
13:03com base em nada.
13:04Muito pelo contrário.
13:05Há uma série...
13:07Há uma série...
13:07Há uma série...
13:08Há uma série...
13:08Há uma série...
13:08Há uma série...
13:08Há uma série...
13:08Há uma série de pautar aqui
13:09e suscitar o debate.
13:11Quando você fala
13:12que as Forças Armadas
13:12impediram o golpe,
13:14você está se referindo ao quê?
13:15A 8 de janeiro?
13:16O que você está...
13:16Não, não é que elas impediram,
13:17elas simplesmente
13:18não embarcaram na ideia, não é?
13:19Qual a ideia?
13:20A ideia do golpe.
13:22A ideia do golpe.
13:22Quer dizer,
13:23nós temos uma série...
13:24Nós temos uma série
13:26de narrativas,
13:28de narrativas,
13:29de depoimentos, não é?
13:30De gente que estava ali envolvida
13:32e dizendo que
13:33parte do oficialato
13:35aceitou a ideia
13:36e tem aquela frase...
13:37Não, nós estamos aguardando
13:38a ordem do presidente
13:39e se de fato
13:41o ex-presidente Jair Bolsonaro
13:42não deu essa ordem,
13:44não entrou nesse caminho,
13:45parabéns a ele.
13:46Está corretíssimo.
13:47Guilherme,
13:47é isso que eu queria falar.
13:48Então, quer dizer,
13:49esses depoimentos existem.
13:51O Diego pediu a palavra,
13:51você disse o seguinte,
13:53que os militares
13:54estavam aguardando
13:55a ordem do Bolsonaro.
13:57Então, se a ordem não veio,
13:58quem pediu foi o Bolsonaro
13:59no foro militares,
14:00que eu não estou entendendo.
14:01Ô, Capice,
14:02são questões que, enfim...
14:04Só que um detalhe,
14:05na época só o Bolsonaro
14:06não tinha como dar ordem
14:07nas Forças Armadas,
14:08porque ele não era
14:09mais presidente da República.
14:09Então, o crime é impossível.
14:10Então, vamos lá.
14:11Então, é crime impossível.
14:12Calma, calma.
14:12Eu quero perguntar agora
14:13Ricardo Rolpe.
14:14Então, é isso que eu quero perguntar.
14:16O Diego Tavares e o Ricardo Rolpe,
14:17você teve o seu tempo,
14:18você fez a sua colocação.
14:20Então, você se referiu
14:21ao 8 de janeiro.
14:22Sim.
14:22Então, se no 8 de janeiro
14:24o comando militar
14:26não era do Jair Bolsonaro,
14:28como é que ele poderia
14:29ter determinado
14:30que houvesse algum golpe?
14:31É isso que eu estou entendendo.
14:32Se antes de janeiro
14:34não teve golpe
14:35porque ele não assinou,
14:36não deu nenhuma ordem,
14:37então ele impediu.
14:38Se depois de 8 de janeiro
14:39ele não estava lá,
14:41como é que ele pode
14:41ter dado a ordem?
14:42Então, vamos ouvir o Diego Tavares,
14:44vamos ouvir o Ricardo Rolpe
14:46e o Filipe Monteiro
14:47depois se manifesta.
14:48Capês, eu quero colocar
14:49duas premissas aqui
14:49que eu acho que são comuns
14:50a todos os debatedores
14:51hoje da mesa.
14:52Primeiro, o 8 de janeiro
14:53foi um episódio lamentável.
14:54O 8 de janeiro
14:55não deveria ter ocorrido,
14:56é algo que tem que ficar
14:57marcado negativamente
14:58na história do povo brasileiro.
15:01A segunda premissa
15:01é que eu não duvido,
15:03não descarto
15:04que existia ali
15:04uma militância voluntariosa
15:06que talvez,
15:07se tivesse a condição real
15:08de aplicar um golpe de Estado,
15:10talvez embarcasse
15:11nesse tipo de expediente.
15:14Agora,
15:15quando nós pegamos
15:15esse contexto,
15:16quando nós pegamos
15:17a disparidade
15:18entre várias narrativas
15:20que são colocadas,
15:21enfim, dia após dia
15:22quando nós noticiamos
15:22o 8 de janeiro,
15:23está muito claro
15:24que o que aconteceu
15:25naquela data
15:25não foi uma tentativa
15:26de golpe.
15:27Está muito claro
15:28que não existia ali
15:29um dolo específico
15:31de derrubar
15:31o Estado Democrático
15:33de Direito.
15:33Existiu sim
15:34o crime de dano qualificado,
15:36existiu sim
15:36o crime de depredação
15:37do patrimônio público.
15:38Agora, dizer que aquilo,
15:40porque uma minuta
15:41A, B ou C
15:43foi impressa
15:44numa impressora
15:45do Palácio do Planalto
15:46e que existia gente
15:47que estava ali
15:48com a função
15:49de cometer homicídio
15:51contra presidente,
15:52vice-presidente,
15:53enfim,
15:53tudo isso já parece.
15:54Diego,
15:55eu quero perguntar
15:55para vocês,
15:56nessa linha,
15:57o que tem a ver
15:58uma minuta
15:59de antes de 2023
16:02com uma manifestação
16:04de 8 de janeiro de 2023?
16:06Quer dizer,
16:06como é que pode ligar
16:07um fato com outro
16:08se em janeiro de 2023
16:10o comando das Forças Armadas
16:11não era mais
16:12do Jair Bolsonaro?
16:13E se antes de 2023
16:14ele não quis assinar
16:15nenhuma ordem?
16:16Exato,
16:16são exatamente
16:18esses pontos,
16:18essas lacunas
16:19que se encontram
16:20nas investigações
16:20que se encontram
16:21no processo
16:22e o que a gente vê
16:23é que são realizados
16:24vários saltos mentais
16:25entre esses fatos.
16:26Olha,
16:26isso aconteceu,
16:27logo nós podemos
16:28deduzir que isso
16:29fazia parte
16:30da engrenagem
16:30que compõe
16:31essa tentativa
16:32de golpe de Estado.
16:33Como eu disse aqui
16:34no meu primeiro comentário,
16:35para mim,
16:35nada mais é
16:36do que o mesmo expediente
16:37que nós tanto criticamos
16:39na época da operação
16:40Lava Jato.
16:41É a utilização
16:42do Poder Judiciário,
16:43a mal utilização
16:44do Poder Judiciário
16:45para causar
16:45desgaste político
16:47aos opositores
16:48do governo de ocasião.
16:49Eu não tenho dúvida,
16:50ano que vem
16:50temos eleições presidenciais
16:52virando a chave ideológica
16:53desse governo,
16:54caso esse governo
16:55não tenha uma continuidade,
16:57nós passaremos
16:58a ter uma série
16:59de contestações
17:00e de anulações
17:01no âmbito
17:01da Suprema Corte
17:02a respeito dos expedientes jurídicos
17:03que são encampados hoje.
17:05É isso que eu quero saber.
17:05Ricardo Rous,
17:07como é que um rascunho
17:08de uma minuta
17:10de um decreto
17:11de Estado e de Sítio
17:12que pressupõe
17:13ouvir o Conselho da República,
17:15o Conselho de Defesa Nacional,
17:16a convocação
17:17do Congresso Nacional
17:17e o presidente
17:18se recusa a assinar,
17:20como é que houve
17:21tentativa de golpe?
17:22E o 8 de janeiro,
17:23quando ele é mais
17:23o comandante
17:24das Forças Armadas,
17:24como é que ele pode
17:25ter uma...
17:25Aqui eu não estou querendo
17:27defender ou acusar,
17:29mas estou querendo trazer
17:30os fatos
17:30para uma linha racional.
17:32Queria ouvir você.
17:33Capês,
17:34numa linha racional
17:34não tem como conectar
17:35uma coisa a outra,
17:36porque o próprio contexto
17:37já diz isso.
17:38A minuta do pseudo
17:40rascunho lá atrás
17:41não aconteceu,
17:42Bolsonaro não assinou.
17:43Seguimos.
17:44Em 8 de janeiro,
17:45a própria fala
17:46do Guilherme Mendes
17:46mostra como é conturbada
17:48essa narrativa,
17:48porque ele mesmo fala
17:49que em 8 de janeiro
17:50houve o quê?
17:51Houve um vandalismo,
17:53houve uma depedração.
17:54Exatamente o que aconteceu.
17:55E eu queria, inclusive,
17:56fazer uma pergunta
17:57ao meu amigo Guilherme Mendes.
17:59Racional, Guilherme,
17:59responde para mim.
18:01Simples.
18:01Sim ou não?
18:02Você acha que as pessoas
18:03que estavam no 8 de janeiro,
18:04que foi um ato equivocado
18:05muito bendito
18:06pelo Diego Tavares aqui,
18:07não deveria ter acontecido?
18:08É uma mancha
18:09aquele ato de vandalismo.
18:11Aquelas pessoas
18:12que estavam em Brasília
18:13no 8 de janeiro,
18:14que invadiram os prédios públicos
18:15de forma equivocada
18:16e devem ser punidas
18:17por este ato,
18:19tinham condições
18:20de promover
18:21um golpe de Estado
18:22no Brasil
18:22naquele dia,
18:23naquele 8 de janeiro?
18:25Conscientemente,
18:25me respondem.
18:26Eu posso...
18:27Sim ou não?
18:28Isso.
18:28Tinham condições
18:29de promover
18:29um golpe de Estado?
18:30Aquelas pessoas.
18:31O que você chama
18:31de condições?
18:33Pegar as armas
18:34e matar os policiais?
18:35Não tinha armas ali?
18:36Não, não.
18:37Tinham rojões,
18:37tinham pedras,
18:38tinham...
18:39Rojões e pedras.
18:40Você acha que com rojões
18:40e pedras dá
18:41para dar um golpe de pedra?
18:42É claro que não.
18:43Sinceramente,
18:43sem narrativa.
18:44É claro que não.
18:44Se não dá,
18:45acabou,
18:45respondeu,
18:46um crime impossível.
18:47Só com as forças armadas.
18:48Só com as forças armadas.
18:50E por sorte,
18:51eles foram às portas
18:52pedir para que as forças armadas
18:56não era possível.
18:58Você concorda conosco?
18:59Não, não concordo.
19:00Cada um tem sua opinião.
19:01Aqui, agora,
19:02o Felipe Monteiro...
19:03Quer falar?
19:03O querido Guilherme Mendes
19:06falou.
19:06Estavam com rojões.
19:08Como é que é
19:08esse golpe com rojões?
19:10Eu queria ouvir você.
19:10Ô, Capete,
19:11estava ouvindo aqui
19:11o que o Rojo colocou,
19:13o Diego colocou, né?
19:14E quem conhece
19:15a história do Brasil
19:16sabe que
19:17não tem nenhum sentido
19:17você falar
19:18que as pessoas
19:18não tinham condição
19:19de dar o golpe.
19:20Logo,
19:21é impossível
19:22ter o golpe de Estado, né?
19:23A gente sabe, por exemplo,
19:24em 1964,
19:24um dos atos
19:26culminaram no golpe de Estado
19:27foi a marcha
19:27da família com Deus
19:29pela liberdade, né?
19:30Por exemplo,
19:30junto com o lockout
19:31que fizeram
19:33de greve dos empresários
19:34que deu as condições
19:35das forças armadas
19:36chegarem ali naquele momento
19:37e dar o golpe de Estado, né?
19:39Ou seja,
19:39às vezes,
19:40às vezes,
19:40uma manifestação...
19:41Eu não estou falando
19:42que é a mesma situação,
19:43mas às vezes,
19:45às vezes,
19:45uma manifestação,
19:46uma mobilização social,
19:49considerando o histórico
19:49do Brasil,
19:50pode sim gerar
19:51o golpe de Estado, né?
19:52Então,
19:53esse argumento,
19:53por exemplo,
19:54retórico,
19:54retórica vazia,
19:55que o Rússio coloca aqui,
19:56não se sustenta
19:57quando você olha para trás
19:58na história do Brasil, né?
20:00Esse é o primeiro ponto
20:00que eu ia colocar aqui.
20:01Então,
20:02não subestime,
20:03não subestime,
20:04ainda mais
20:05considerando o Brasil,
20:06não é?
20:06O que faz
20:07uma mobilização
20:08dessa capacidade
20:10que pode acontecer
20:11com o Brasil.
20:11Não subestime,
20:12não subestime.
20:13Dito isso, né?
20:14A gente tem que separar
20:15algumas situações, né?
20:16Os fatos
20:17que o Bolsonaro
20:17está sendo acusado
20:18e os ministros
20:19do Bolsonaro
20:20estão sendo acusados
20:21também,
20:21não dizem respeito
20:22só ao 8 de janeiro,
20:23dizem respeito
20:23a vários atos
20:24e vários fatos
20:25que ocorreram
20:25durante o mandato
20:26do Bolsonaro,
20:27não é?
20:28Inclusive,
20:29eu até estava falando aqui
20:30do depoimento
20:31que teve do
20:32Freire Gomes,
20:32inclusive,
20:33o que foi noticiado
20:34é que o Bolsonaro
20:36não assinou
20:37a minuta
20:38do golpe
20:39de Estado,
20:39do Estado de Sítio,
20:41por fato
20:41alheio à sua vontade,
20:43né?
20:44Se for fato
20:44alheio à sua vontade,
20:46é claro
20:46que houve
20:47uma atitude golpista
20:48que no final da conta
20:49não foi levado
20:50adiante
20:51porque não deixaram
20:53ele fazer isso,
20:54né?
20:54Eu não estou falando
20:55mais uma vez
20:55que isso que aconteceu,
20:57até porque,
20:58vendo as documentações
20:58do processo,
20:59né?
21:00Eu acho que tem várias
21:01pessoas que estão sendo
21:01acusadas
21:02que tem uma situação
21:03muito mais grave
21:04que o Bolsonaro.
21:04O Bolsonaro,
21:05na minha opinião,
21:06não tem nada
21:06que aponte
21:07que de fato
21:07ele teve
21:08nenhuma postura
21:09golpista.
21:10Mas, por exemplo,
21:11o general Heleno
21:11tinha no caderno dele
21:13passo a passo
21:15do golpe.
21:16Passo a passo
21:17do golpe.
21:18O que vai acontecer
21:19no dia 1,
21:19no dia 2,
21:20no dia 3,
21:20no dia 4,
21:20no dia 5?
21:21Está lá,
21:21está lá no processo
21:22para quem quiser ouvir,
21:23né?
21:23E você gosta
21:24de passar pano nisso,
21:25não é?
21:25Uma coisa que eu fico
21:26impressionado,
21:27Capês,
21:27me deixa extremamente
21:28incomodado
21:29e preocupado
21:30com o Brasil,
21:31é que a gente perdeu
21:32a capacidade
21:32de se dignar
21:33com as coisas,
21:33não é?
21:34Eu até entendo
21:34que pode ter uma discussão
21:35jurídica
21:36de que, ah,
21:37golpe só acontece,
21:39crime só acontece
21:40porque ele está
21:40na fase de execução,
21:41não na fase
21:42da conjecturação,
21:43mas a gente era
21:43para a primeira coisa,
21:44é um absurdo
21:45esse fato
21:47e a situação
21:48ter sido discutida
21:49no Palácio do Planalto,
21:50né?
21:51Ministros,
21:51chave do governo Bolsonaro,
21:53junto com o Bolsonaro,
21:54junto com o comandante
21:55da Marinha,
21:57discutindo
21:57minuto de golpe,
21:59ninguém fica indignado
21:59com isso,
22:00isso aconteceu,
22:01isso aconteceu,
22:03isso aconteceu de fato,
22:05eu até entendo
22:05que juridicamente,
22:06a gente pode até discutir,
22:07ah,
22:07não teve fase de execução,
22:09ficou na fase de conjecturação,
22:10mas politicamente,
22:12eles têm que rechaçar
22:13e têm que penalizar
22:15politicamente
22:17os ministros do Bolsonaro
22:18por conta da situação toda,
22:20claro.
22:20Felipe Monteiro colocou aqui,
22:22Diego Tavares,
22:22da necessidade
22:23da indignação
22:24e do repúdio
22:26aos atos
22:28e a eventuais
22:29aqueles que tramaram
22:30essa sandice,
22:32que é esse golpe,
22:33e o que nós estamos
22:34discutindo aqui
22:35é devido
22:36ao processo legal.
22:37Exatamente.
22:38E aí o Felipe Monteiro
22:39fala em hipótese,
22:41eu queria que,
22:42se a situação de agora,
22:448 de janeiro de 2023
22:46é parecido
22:47com 31 de março
22:49de 1964,
22:51vamos lembrar
22:52que em 53
22:53a CIA tinha deposto
22:54o presidente do Irã
22:55Mohamed Mossadegh,
22:56em 53,
22:58o Jacobi Armes
22:59da Guatemala,
23:01era ali
23:01a CIA
23:03e também
23:04o secretário de Estado
23:04John Foster Dulles
23:06e o Alan Dulles,
23:08que era respectivamente
23:08secretário de defesa
23:10e presidente da CIA,
23:11estavam derrubando
23:11vários governos,
23:12estavam no auge
23:12da Guerra Fria.
23:13Dá para comparar
23:14uma coisa com outra?
23:15Incomparável,
23:15Capes,
23:15eu acho que tem
23:16um elemento
23:16mais sensível
23:17de todos
23:17entre esses fatos
23:18de 64
23:19e o 8 de janeiro
23:20é que em 64
23:21existia apoio institucional.
23:23O PP
23:23deixa de mencionar
23:24esse fator
23:24que é super relevante
23:25ou não menciona
23:27propositalmente
23:27esse fato
23:28para tentar
23:28fazer essa comparação.
23:30Ele falou aqui
23:31em passação de pano,
23:31mas eu não vi
23:32passação de pano maior
23:34do que essa
23:34que ele fez aqui.
23:35Não há como você
23:36dar um golpe de Estado
23:37sem apoio institucional.
23:39E quando ele diz,
23:39por exemplo,
23:40não subestime
23:41uma manifestação
23:44no Brasil,
23:45ele mesmo
23:46reconhece
23:46intrinsecamente
23:47que essa manifestação
23:48é uma manifestação
23:49que não tinha
23:50a possibilidade
23:51em situação normal,
23:53em condições normais
23:54de tempo e clima
23:55de proporcionar
23:57no país
23:57um golpe de Estado.
23:58Se eram situações diferentes,
23:59por que você comparou?
24:02É impossível,
24:03eu tenho que desenhar.
24:04Eu vou até te dar uma parte,
24:06mas eu ainda tenho
24:06completar aqui.
24:07O que eu falei
24:08foi o seguinte,
24:09Diego,
24:09existiu na história
24:10recente do Brasil,
24:11até porque a gestão
24:12militar não aconteceu
24:13há 200 anos atrás,
24:15aconteceu recentemente,
24:16um fato de mobilização
24:17social levou ao golpe de Estado.
24:19Um fato de mobilização
24:20social
24:20que tinha
24:21amparo das instituições.
24:22Desculpa,
24:23a posto institucional.
24:24Então,
24:25poderia vir a posto
24:26institucional.
24:26Como?
24:27O governo gera outro.
24:28Poderia vir.
24:29O presidente Lula
24:29já tinha tomado posse.
24:31Poderia vir.
24:32O Lula apoiaria
24:33um golpe de Estado?
24:33Não.
24:34Como que vai ter
24:35apoio institucional?
24:36Como vai ter apoio institucional?
24:38Que era o presidente
24:39do Brasil em 1964?
24:41Quem era o presidente
24:41do Brasil em 1964?
24:42Fala pra mim.
24:43PP,
24:43isso é irrelevante.
24:44Como é irrelevante?
24:44Isso é irrelevante.
24:45O presidente era outro, Diego.
24:46O apoio...
24:47Você acabou de falar
24:48uma besteira muito grande agora.
24:49O apoio dessas manifestações
24:50populares de 1964...
24:51O presidente em 1964
24:52não apoiava o golpe de Estado
24:53em 1964...
24:54Eu vou esperar você terminar.
24:56Porque se você
24:56fica me interrompendo...
24:57O teu argumento lógico
24:59é o seguinte,
24:59o Lula,
25:00presidente da República,
25:01não apoiava o golpe de Estado.
25:02Logo,
25:02não tinha como ter apoio institucional.
25:04Em 1964,
25:04o presidente também não apoiava o golpe de Estado.
25:06Agora...
25:07Agora o quê?
25:08PP,
25:08eu acho...
25:09PP,
25:10nós tínhamos um outro presidente.
25:10Agora você ouve.
25:11Agora você ouve, PP.
25:12PP,
25:128 de janeiro,
25:14o presidente já era
25:15Luiz Inácio Lula da Silva.
25:16Luiz Inácio Lula da Silva
25:17que teve antes,
25:18nos meses anteriores,
25:19um governo de transição.
25:20Que tomou conta
25:21dos espaços
25:22dentro da máquina pública
25:23que já estava
25:24tomando conta
25:25de pontos cruciais
25:27como as Forças Armadas.
25:28Que já estava
25:29sob controle
25:29do gabinete de segurança institucional,
25:31por exemplo.
25:31Então,
25:32não haveria...
25:33Não tem como se comparar
25:34são situações...
25:35São tão diferentes
25:36as situações
25:36que fica até difícil
25:38para eu contestar
25:38esse absurdo
25:39que você disse.
25:40E aí, PP...
25:41Eu reconheço...
25:43Eu reconheço, PP,
25:46a sua indignação
25:47a respeito de...
25:48Eu também...
25:49Eu acho um absurdo
25:51que autoridades
25:52do alto escalão
25:53da República
25:54cogitem,
25:54sequer cogitem,
25:56um golpe de Estado.
25:56mas a moral
25:57não entra no processo.
25:58E aí,
25:59eu não posso deixar
26:00de chamar
26:00essa tua indignação,
26:01infelizmente,
26:02de uma indignação,
26:03uma indignação pontual.
26:05Porque muitos outros fatos
26:07nos quais
26:07a moral é rasgada
26:09em detrimento
26:09do cumprimento da lei,
26:11você não apresenta
26:12esse mesmo comportamento aqui.
26:14Eu apresento sim, cara.
26:15Ou seja,
26:15o que você está fazendo aqui,
26:16você está puramente militando.
26:18Você está puramente fazendo
26:19militância aqui
26:20para o seu campo ideológico.
26:21Se tem uma pessoa
26:22do campo ideológico
26:23de esquerda
26:24que coloca reticência
26:26em relação ao discurso
26:27do golpe de Estado,
26:28sou eu.
26:28Eu não vejo
26:29essa tua mesma indignação
26:30em outras pautas,
26:32como nas pautas
26:32de segurança pública.
26:33Deixa o Felipe falar, Diego.
26:34Pode concluir, Felipe.
26:35Você está falando
26:35de segurança pública agora?
26:36Vamos falar sobre o tema
26:37que está em pauta.
26:37Eu estou falando
26:38da sua indignação agora.
26:40O Felipe estava dizendo
26:41que ele,
26:42por ser da esquerda,
26:43ele faz críticas
26:45à narrativa do golpe.
26:46O que eu coloco,
26:47que é importante
26:48colocar o seguinte,
26:49é esse discurso.
26:50Vamos voltar aqui
26:50porque a narrativa
26:51que diz
26:52que a mobilização
26:53que teve no 8 de janeiro
26:54não tinha condição
26:55de dar o golpe
26:56não sobrevive
26:57quando se analisa
26:58a nossa história do Brasil.
26:59Toda a mobilização
27:00que teve antes
27:01do golpe de Estado de 64,
27:03inclusive com o presidente
27:04teoricamente de esquerda,
27:05o João Goulart,
27:06não tinha apoio institucional,
27:07o Diego,
27:08mas as Forças Armadas
27:09foram lá,
27:10aproveitaram aquele ambiente
27:10de incerteza,
27:11de conflito
27:12e deram o golpe de Estado
27:13naquela ocasião.
27:14Ou seja,
27:14a mobilização social
27:15em determinado sentido
27:16pode sim levar
27:18a movimentação
27:19das Forças Armadas
27:20para dar o golpe de Estado.
27:22É mais no Brasil.
27:22É mais no Brasil.
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