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  • 30/05/2025
Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira (30), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nunca mencionou qualquer intenção de golpe. Além disso, a defesa de Torres desistiu de ouvir como testemunha o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, marcando nova etapa nas estratégias das defesas no processo.


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Transcrição
00:00E eu conto que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou num depoimento ao Supremo Tribunal Federal
00:04que nunca teve conhecimento de algum ato golpista do ex-presidente Jair Bolsonaro.
00:10Bruno Pinheiro, volta pra cá pra trazer essas informações pra gente.
00:13Conta um pouquinho sobre esse depoimento que era um dos mais esperados diante da relevância de Tarcísio,
00:18seja no governo anterior, seja agora como o líder aqui do Estado de São Paulo.
00:22Evandro, o que já era esperado, na verdade, no Supremo Tribunal Federal,
00:25essas audiências e com vários depoimentos, era de afastar qualquer situação que possa incriminar.
00:32Tanto o ex-presidente, quanto Anderson Torres e outros nomes que acabaram se tornando réus.
00:39E foi na mesma linha o governador aqui de São Paulo, dizendo hoje que jamais ele ouviu do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro qualquer situação.
00:48Eu acompanhei a semana inteira, Evandro, com exceção de hoje, que já estava aqui em São Paulo,
00:53mas até na quinta-feira, até ontem, de todos os nomes que foram ouvidos, disseram o seguinte,
00:59que reuniões aconteceram, sim, lá na residência oficial no Alvorada,
01:03mas que em momento algum foi discutido uma ruptura do Estado,
01:07ou seja, um plano de golpe de Estado, e que os auxiliares, os assessores do ex-presidente estavam ali.
01:14Inclusive, o ex-advogado-geral da União revelou ao ministro Alexandre de Moraes,
01:19ontem, na quinta-feira, que ele foi consultado pelo ex-presidente,
01:22se ele tinha visto, se ele tinha enxergado qualquer situação ilegal em relação às urnas.
01:28O advogado-geral da União disse que não, o ex-presidente ficou satisfeito com a resposta e não continuou com esse assunto.
01:35Mas, Evandro, o que a gente ouviu?
01:37Que várias consultas aconteceram, sejam elas jurídicas ou não.
01:42O ex-presidente tinha uma dúvida real sobre o resultado eleitoral de 2022.
01:48Ele se reuniu, então, com os militares, com os generais, assessores, advogado-geral da União,
01:53para tentar entender se havia algum espaço para evitar que Lula, então, o resultado não fosse configurado real sobre as urnas.
02:02Eu conversei agora há pouco, há uns cinco minutos, com o ex-presidente, que está em Fortaleza.
02:06Jair Bolsonaro está em Fortaleza.
02:08E eu fiz um questionamento a ele sobre essa história do ex-vice-presidente Hamilton Mourão, que foi ouvido.
02:14De acordo com a informação, ele ligou para Hamilton Mourão antes do seu depoimento.
02:19E eu perguntei para Jair Bolsonaro se ele queria se manifestar sobre esse caso, se ele iria explicar isso aí.
02:26Ele disse que tem muita confusão e que não vai falar sobre esse caso.
02:30Há uma expectativa de ele ser chamado para ser ouvido em um novo depoimento,
02:34se ele, de fato, ligou para Hamilton Mourão para orientá-lo nas respostas.
02:40Ou seja, para tentar fazer um jogo combinado de respostas ao Supremo Tribunal Federal,
02:45que isso seria uma tentativa de obstrução, de dificultar ali essa investigação.
02:50Então, a gente viu uma semana cheia de nomes que tinham situações relevantes dentro do governo, Evandro,
02:57como nome ali ligado direto ao GSI, ao general Augusto Heleno,
03:02a declaração de ex-secretários da Agência de Inteligência,
03:05dizendo que antes do 8 de janeiro informou o governo federal, informou o GSI, nada foi feito.
03:10Então, agora o Supremo é quem vai entender até que ponto isso é relevante ou não para essa investigação.
03:17Agora, Bruno, havia a expectativa da defesa do ex-ministro Anderson Torres
03:21ouvir o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
03:23Isso não aconteceu? Eles desistiram?
03:25Eles julgam que é importante naquele momento ou não, né?
03:30Então, alguns se comprometem, ah, a gente vai estar lá.
03:33Mas chega na hora, o ministro fala, ó, eu estou olhando aqui, o nome que você indicou não veio.
03:39Então, ele se compromete com o advogado, mas não comparece lá, né?
03:42De última hora, acha que não é importante ele se expor.
03:45Até porque, Evandro, teve uma situação de um nome da Polícia Federal
03:49que ele foi ser ouvido como uma fonte e ficou sabendo na hora
03:53que também é investigado no inquérito.
03:55Eita.
03:56Então, assim, existe um receio.
03:57Até que ponto que vale se expor com o Supremo Tribunal Federal
04:00para fazer uma defesa de alguém que tem um conhecimento, que era amigo
04:04ou que ocupou um tipo de cargo no governo de Jair Messias Bolsonaro.
04:09Isso encerra na segunda-feira, no dia 2 de junho,
04:12mas tem vários nomes que ainda são aguardados para serem ouvidos, neste caso, no Supremo Tribunal Federal.
04:18Bruno Pinheiro, obrigado por enquanto, viu, meu amigo?
04:21Bom fim de semana na apresentação.
04:23Espero você na audiência e na audiência.
04:24Estarei na audiência e presencialmente também.
04:26Um abraço.
04:27Nosso plantão é o mesmo.
04:28Bom, eu quero falar agora com a Janaína Camelo, que acompanha os depoimentos da tarde.
04:32Jana, conta pra gente os destaques.
04:34Bem-vinda.
04:34Boa tarde, Evandro.
04:40Pois é, nessa parte da tarde, a defesa de Jair Bolsonaro desistiu de mais duas testemunhas.
04:46No caso, é o Wagner de Oliveira, coronel do Exército.
04:49Ele fez parte do Ministério da Defesa na gestão de Jair Bolsonaro
04:51e fez parte também daquela comissão técnica que fez a auditoria nas urnas eletrônicas.
04:56E também a defesa desistiu de Giuseppe Dutra Janino.
05:00Ele foi secretário de Tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral.
05:04Lembrando que a defesa de Bolsonaro já tinha desistido de quatro testemunhas.
05:08Entre elas, o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, o deputado federal Eduardo Pazuello,
05:14que foi ministro da Saúde de Bolsonaro.
05:18E no fim das contas, eram nove testemunhas para serem ouvidas hoje.
05:22Foram ouvidas três testemunhas.
05:24De manhã foi Tarcísio de Freitas, como o Bruno Arie acabou de citar.
05:28E hoje à tarde, quem falou foi o Renato de Lima, França.
05:31Ele foi subchefe de assuntos jurídicos da presidência da República.
05:36E ele disse o seguinte, que no final de 2022, depois de derrotado, já ali o Bolsonaro derrotado,
05:41durante a transição de governo, ele despachava muito com o Bolsonaro porque ele fazia parte ali da transição do governo.
05:47Mas ele disse que ele negou que Bolsonaro tivesse em algum momento nessas reuniões com ele,
05:53tratado de uma tentativa de golpe de Estado,
05:55ou que tenha apresentado alguma minuta ali, golpista,
05:59ou que tenha demandado a ele algum estudo ali nesse TO.
06:02Ele disse que o único assunto, durante toda a gestão de Bolsonaro,
06:06que ele tratou com o ex-presidente com relação a investigações no STF,
06:10foi com relação ao inquérito das fake news.
06:12Ele disse que a AGU estava preparando entrar aí com uma DPF
06:16para pedir a inconstitucionalidade de questões que são tratadas ali no inquérito das fake news.
06:21E apenas isso.
06:22O outro que foi ouvido hoje de tarde foi o Jonatas Assunção Salvador.
06:26Ele foi secretário executivo da Casa Civil.
06:28O depoimento dele foi muito breve.
06:30Também não houve nenhum questionamento por parte dos advogados das partes,
06:34ou do PGR, ou do ministro Moraes.
06:36Diz que apenas participou da transição de governo,
06:39que a ordem era que ela fosse feita da melhor forma possível.
06:45Agora, um destaque de hoje à tarde foi do depoimento do general Gustavo Dutra Menezes.
06:52Ele testemunhou a favor de Anderson Torres, não de Bolsonaro.
06:57Esse depoimento dele estava previsto para segunda-feira e acabou sendo antecipado para hoje.
07:02Ele foi, o general Dutra, ele foi o comandante militar do Planalto no dia 8 de janeiro.
07:10E ele disse o seguinte, que no dia 6 de janeiro, dois dias antes,
07:15ele participou de um café, apenas tomou um café com Anderson Torres,
07:20para que esse café, segundo ele, os dois pudessem se conhecer,
07:24porque Anderson Torres tinha acabado de assumir ali a Secretaria de Segurança do Distrito Federal.
07:28Ele disse que nessa reunião mostrou para Anderson Torres o seguinte,
07:31que o acampamento na frente do QG do Exército estava muito esvaziado,
07:36que a maior parte das pessoas que estavam ali eram pessoas em situação de rua,
07:40e que então pediu ali o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Social aqui do DF
07:44para cuidar dessas pessoas de rua.
07:47Disse que a reunião demorou de 15 a 20 minutos e mostrou também até fotografias para o ministro,
07:53mostrando ali a quantidade de pessoas, que tinham mais ou menos, segundo ele, umas 200 pessoas,
07:58e que no final da reunião Anderson Torres disse que iria viajar naquela noite para os Estados Unidos.
08:03Apenas isso, ele não foi questionado, foi um depoimento muito breve,
08:07não foi questionado pelo ministro Alexandre de Moraes, nem pelo Procurador-Geral da República, Paulo Gonê,
08:12e nem mesmo pela defesa.
08:14Só que esse depoimento acabou entrando em contradição com o depoimento que aconteceu pela manhã,
08:20e talvez essa contradição tenha sido desfavorável para Anderson Torres,
08:27porque quem falou uma das testemunhas de Anderson Torres que falaram pela manhã hoje
08:31foi a secretária de Desenvolvimento Social aqui do DF, que é a Ana Paula Marra,
08:36e ela falou exatamente dessa reunião que o general Dutra disse que aconteceu no dia 6 de janeiro.
08:41Só que ela disse que foi uma reunião que ela participou e que foi convocada de emergência
08:48por Anderson Torres para tratar dos que estavam ali nos acampamentos,
08:53no acampamento em frente ao QG do Exército.
08:56E ela disse que realmente, assim como o general disse,
08:58nessa reunião foi pedido ali o apoio a ela com relação às pessoas em situação de rua,
09:04mas ela disse que ouviu também do general Dutra e de Anderson Torres
09:08a ideia ali de expedir mandados de prisão contra líderes desses acampamentos.
09:15Bom, acabou que esse depoimento do general não foi questionado ali,
09:20nem pela PGR, nem pela defesa de Anderson Torres.
09:24Agora, na próxima segunda-feira, Evandro, acontece o depoimento na parte da defesa de Bolsonaro,
09:30do senador Rogério Marinho, que é líder da oposição ali no Senado,
09:34e aí finaliza todas as testemunhas, as audiências de testemunha de defesa
09:39da ação penal contra o chamado Núcleo Crucial.
09:43Foi o primeiro núcleo aí que tem oito réus, né,
09:46que virou alvo de uma ação penal aqui no STF,
09:50incluindo aí Jair Bolsonaro, Walter Braga Neto, Augusto Heleno,
09:54Anderson Torres, Alexandre Ramagem, Mauro Cid e também Paulo Sérgio,
09:59ex-ministro da defesa.
10:01Evandro.
10:01Muito obrigado, Janaína Camelo, ótimo trabalho para você.
10:04Vamos falar sobre o depoimento principal, que é de Tarcísio de Freitas.
10:08Zé Maria Trindade, qual era o posicionamento esperado de Tarcísio de Freitas
10:12da parte que o convoca, ou seja, da defesa de seus aliados,
10:16o principal deles, Jair Bolsonaro,
10:18e se a gente olhar pelo ponto de vista também do Supremo Tribunal Federal,
10:23porque Tarcísio fica numa dividida, né?
10:26Pois é, em primeiro lugar, a estratégia de defesa ao chamar o governador de São Paulo
10:33para esse depoimento era de levar uma pessoa crível, né, uma pessoa equilibrada,
10:38que não é taxada, não está sendo investigada e não é taxada como nenhum radical
10:42ou alguém que defenda qualquer situação que não seja uma situação legal.
10:47É uma estratégia boa, porque é uma excelente testemunha, né,
10:52que não tem nenhuma firula com o Supremo Tribunal Federal
10:55e está fazendo um grande trabalho no governo de São Paulo.
10:58Em primeiro lugar, essa é a estratégia.
11:00Em segundo lugar, o depoimento dele era uma interrogação
11:03para os futuros e os atuais adversários dele,
11:08que todos queriam que ele se posicionasse
11:10quanto ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro
11:13e sobre essa situação.
11:16Ninguém sabia, ninguém sabe ainda, porque ele não deixou muito claro, né,
11:20se essa relação com o então presidente da República
11:25o teria levado a ter conhecimento daquele inquérito do decreto do golpe,
11:33de minúcias do governo, de debates sobre urnas,
11:37e ele ficou pleno e disse o que ele sabia
11:40e demonstrou que a convivência dele era uma convivência de gestão.
11:44Ele ficou conhecido aqui em Brasília como gestor
11:47e não foi como político e não foi também como nenhum debatador radical e nada disso.
11:53Não é um fruto desta geração de eleição pela internet
11:59ou eleição por formador de opinião.
12:02Ele foi eleito por sua fama de gestor
12:05e ele manteve essa posição.
12:08Eu acompanhei o depoimento dele, foram respostas rápidas, objetivas,
12:13como devem ser no inquérito assim,
12:16não entrou em atrito com o ministro Alexandre de Moraes,
12:22aliás, o ministro Alexandre nem evitou fazer as perguntas para ele.
12:26Enfim, ele saiu muito bem,
12:29porque ele não alimentou os atuais e os futuros adversários.
12:33Volto a dizer, esse assunto, esse julgamento,
12:37será um debate forte em 2026
12:40e o governador sabe muito bem disso.
12:42Fala, Piperno.
12:43Olha, eu realmente não tinha uma expectativa diferente daquilo que a gente viu.
12:47Primeiro, porque o Tarcísio, naquele momento em que se falou,
12:51em que se tratou mais abertamente da possibilidade,
12:55eu não vou chamar de golpe, né,
12:56eufemisticamente de alternativa dentro das quatro linhas
13:00para não reconhecer o resultado das urnas,
13:03ele já não era mais ministro.
13:05Ele era governador eleito de São Paulo.
13:06Ele não estava mais lá.
13:08Estava fazendo transição aqui já.
13:09Exato.
13:10E segundo, o governador Tarcísio,
13:13ele é um aliado do presidente Bolsonaro.
13:15Então, em hipótese alguma, ele chegaria lá e falar,
13:17é verdade, ele é um golpista,
13:19me ofereceu e a possibilidade...
13:20Não ia.
13:21Óbvio que quem imaginou qualquer coisa diferente disso
13:26realmente gosta muito, enfim, de fantasia.
13:29A realidade indica outras coisas.
13:31Ele é um aliado fiel do presidente Bolsonaro
13:36e reafirma isso toda hora.
13:38Até mesmo a direita, de vez em quando,
13:39tem lá uma dificuldade ou outra de entender isso
13:44por conta de um outro posicionamento dele,
13:46mas em momento algum ele insinuou qualquer tipo de descolamento
13:52do mundo bolsonarista.
13:54Agora, para mim, Evandro,
13:57o depoimento, que poderia ter sido,
14:00eu não conheço o teor,
14:01mais importante do dia
14:03é o do militar que fez parte da Comissão das Forças Armadas,
14:08da Comissão Eleitoral das Forças Armadas,
14:10porque essa comissão foi obrigada pelo presidente Bolsonaro
14:17a, num determinado dia lá, receber o hacker.
14:21O hacker foi visitar o Bolsonaro
14:23e depois o Bolsonaro mandou o hacker
14:25conversar com essa comissão.
14:27Então, o que eu custo entender,
14:29e já perguntei isso para o deputado Eduardo Bolsonaro aqui,
14:32é o seguinte, o que esse raio desse hacker criminoso,
14:36aliás, eu confesso, inclusive,
14:38foi fazer no Palácio do Planalto
14:41e o que é que ele foi levar para essa comissão.
14:44Você se intriga com isso também, Gani?
14:46Olha só, eu acho que foi um grande erro
14:48do governo, à época, Evandro,
14:51ter trazido o hacker para conversar.
14:54Por quê? Porque o hacker é um criminoso, evidentemente, né?
14:56E se você tem algum tipo de suspeição
14:59sobre o processo eleitoral, sobre a urna,
15:03você deve apurar com especialistas, né?
15:07Conversando ali com o TSE,
15:09chamando um engenheiro especialista no assunto,
15:13alguém de TI, dentro da, ali, vamos chamar das quatro linhas.
15:17Se você chama um hacker,
15:19você está chamando uma pessoa criminosa, né?
15:23E aí, evidentemente, que isto é um problema.
15:26Por mais que a intenção seja desvendar, né?
15:29Opa, o hacker lá está falando que o sistema é frágil.
15:32Ah, então vamos desvendar aqui, vamos tentar desvendar
15:36qual que é a falha do sistema.
15:38Mas você não chama o hacker.
15:39Se o hacker levantou essa suspeita,
15:41você deveria chamar um engenheiro,
15:43porque trata-se de uma pessoa muito perigosa
15:46e agora vê que traz problemas para o governo
15:49e trouxe um grande problema para a Carla Zambelli.
15:52Arremate, Kriegner.
15:53Eu acho que a gente está diante de um cenário, Evandro,
15:56que a gente está percebendo aí uma movimentação, né?
16:00As pessoas mais próximas ao núcleo interno,
16:04aí, o círculo interno do presidente Bolsonaro,
16:06todas afirmam que não houve uma tentativa
16:09ou uma manifestação de vontade da parte do presidente Bolsonaro
16:12de fazer um golpe de Estado,
16:15que é muito diferente daquilo que se falam
16:18sobre a conversa sobre Estado de SIT ou coisa do tipo,
16:21que é previsto, inclusive, na Constituição.
16:23Mas não falam de um golpe de Estado
16:25ou uma revolta armada para substituição,
16:28impedimento de que o presidente eleito
16:29fosse impedido de assumir o poder
16:32ou tentar frear algum tipo de poder constitucional.
16:35Isso nenhum deles afirma.
16:37O que mais se aproxima disso
16:39é quando um desses integrantes,
16:41que não era necessariamente aí
16:42do núcleo mais interno estratégico, né?
16:45Talvez operacional, mas não estratégico,
16:47é pressionado por um ministro
16:49que não poderia estar ouvindo
16:51uma delação premiada,
16:52de acordo com a própria lei
16:53que normatiza aí a delação premiada,
16:56e mediante bastante coação.
16:59Aí, nesse sentido,
17:01ali há um indício disso.
17:04Então, a gente tem mais fontes dizendo não
17:06do que sim,
17:07mas ainda a narrativa do sim
17:09permanece.
17:10Essa é a minha pergunta, sim.
17:11Você concorda, Piperno?
17:12Não, porque vejam só.
17:15Rapidinho, Kriegner,
17:16e aí eu devolvo para você a palavra novamente.
17:17O brigadeiro Batista Júnior, por exemplo,
17:19não foi coagido.
17:20Ele afirmou lá atrás
17:21e com toda tranquilidade.
17:23Agora, ele reafirmou
17:24que, inclusive, foi consultado
17:26pelo presidente da República
17:27e a Constituição brasileira
17:29prevê-se estado de sítio,
17:30estado de defesa,
17:31mas jamais, em momento algum,
17:33como alternativa para se reverter
17:35resultado das ônibus.
17:37Continue, Kriegner.
17:38O estado de sítio,
17:39ele é previsto na Constituição
17:41em casos de guerra,
17:43em caso de grande comoção
17:45ou qualquer ameaça
17:47à ordem constitucional.
17:49Nesse sentido,
17:50o presidente deve acionar
17:51ao Congresso,
17:52que vai ficar debaixo
17:53da vigilância do Poder Judiciário.
17:55Então, não é,
17:56não pode ser equiparado
17:57como uma tentativa de golpe
17:58em hipótese alguma,
18:00porque é um instrumento constitucional.
18:02E em todas as manifestações
18:03do presidente Bolsonaro,
18:05mesmo desacreditando
18:07do funcionamento das urnas,
18:09da infabilidade das urnas
18:11e desafiando muitas dessas
18:13certezas absolutas
18:14em relação ao processo das urnas,
18:16o presidente Bolsonaro
18:16sempre falava
18:17eu me comprometo
18:18a respeitar
18:19o que ele chamava
18:20das quatro linhas
18:21da Constituição.
18:22Então, a gente tem mais indícios
18:24cada vez mais
18:25se mostrando favoráveis
18:26a dizer que não,
18:27não houve uma tentativa de golpe,
18:29não houve uma construção
18:30de um golpe
18:31e essa narrativa,
18:32ela é falaciosa.
18:33O que você tem, sim,
18:34você tem alguns
18:35que foram pegos
18:37com áudios,
18:38com evidências concretas,
18:39planejando morte de ministro,
18:41morte do presidente eleito
18:43e isso é seríssimo,
18:44isso precisa ser punido
18:45com certeza,
18:46isso não é nem
18:46questão de discussão.
18:47Agora,
18:48equiparar isso,
18:49a movimentação que aconteceu
18:50dentro do Planalto,
18:51a movimentação que aconteceu
18:52no 8 de janeiro,
18:53esse é o maior perigo.
18:54Aí lá na frente,
18:55por exemplo,
18:56Piperno,
18:56quando a gente fala
18:57de estado de sítio,
18:58lá na frente acontece
18:59algum caso
18:59de grande comoção nacional
19:01que a Constituição
19:02prevê a necessidade
19:03de um estado de sítio.
19:04Quando o presidente
19:05acionar isso,
19:06vai ser golpe?
19:07Se for perto
19:08de um período eleitoral,
19:09vai ser golpe?
19:10Se for após
19:10um período eleitoral,
19:12vai ser golpe também?
19:13E aí,
19:14a minha preocupação é
19:15qual é o precedente
19:16que nós criamos
19:17para fazer uma vingança
19:18política partidária
19:20contra uma pessoa
19:21em específico?
19:22Esse é o perigo aqui.
19:23Arremate rapidinho,
19:24Piperno,
19:24que eu tenho mais aqui.
19:25Por exemplo,
19:25um grande caso
19:26de comoção hoje,
19:27o presidente tem o dever
19:29de procurar
19:30esse tipo de recurso.
19:32Agora,
19:32em hipótese alguma
19:34ir atrás disso
19:35para tentar,
19:36por exemplo,
19:36não fazer a passagem
19:38de poder para alguém
19:38que o derrote nas urnas.

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