Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews
Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews
#JovemPan
#SociedadeDigital
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews
Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews
#JovemPan
#SociedadeDigital
Categoria
🤖
TecnologiaTranscrição
00:00Sociedade Digital, no ar a ponte aérea mais tecnológica do rádio, da TV e da internet,
00:10chegando aqui na programação da Jovem Pan. Nós vamos juntos nesta próxima meia hora falar
00:17sobre como uma gigante equilibra inovação com sustentabilidade, com cuidado com o cliente,
00:27com segurança no tratamento dos dados e fazendo tudo isso assim, equilibrando vários pratinhos,
00:33tendo a tecnologia como uma premissa para se manter relevante no mercado. Esta gigante,
00:40no caso, é a Natura. E quem está aqui comigo é a Renata Marques, que é CIO da Natura. Renata,
00:47obrigado por estar aqui conosco no Sociedade Digital, é um prazer receber você. Obrigada
00:51pelo convite. Olha só, eu fico sempre muito intrigado quando eu converso com vocês CIOs
00:59de grandes empresas para entender o seguinte, o que é que passa pela cabeça deles quando
01:06vem assim, o mundo atropelando a gente com inovações, com tecnologias, né? No board todo
01:14chamado, mas já temos IA, como estamos com a IA generativa e agora que tem a LGPD e vão trazendo
01:23tecnologias, né? E aí eu digo assim, e vocês precisam organizar a bagunça. Pera aí, não é desse jeito,
01:30vamos com calma, temos que testar antes e aquela coisa toda. E aí minha pergunta para você é a seguinte,
01:35como é que a Natura equilibra todos esses pratinhos que eu mencionei na introdução aqui do programa
01:43para garantir que no final do dia a experiência do consumidor de vocês seja a melhor possível?
01:50Porque acho que é disso que se trata, né? Tem todo um back office, mas lá na frente a pessoa só quer
01:55chegar na loja, levar o produto dela e ter a melhor experiência em casa. É isso mesmo, você pegou um
02:01gancho fundamental para a gente poder pensar e priorizar o que a gente, quais são os pratinhos, né?
02:07Eu falo muito da bola de vidro e a bola de borracha, né? Então, a bola de vidro é aquela que a gente não
02:13vai deixar cair no chão, porque senão vai quebrar. A de borracha volta na mão e em algum momento a gente vai
02:17endereçar, né? Então, a gente trata como bola de vidro os nossos clientes, as nossas consultoras de
02:23beleza, porque afinal o modelo também de negócio da Natura envolve mais de 3 milhões de consultoras,
02:30onde elas usam a sua venda para complementar a renda, para sustentar suas famílias. Então, é super
02:36importante a gente também ter esse olhar para esse canal da venda direta e olhando o que traz
02:42experiência para o consumidor final com responsabilidade, como você falou, né? Então, a gente pensa muito
02:49como tratar com cuidado os dados do consumidor, né? Olhando não é só porque existe uma lei, né? Mas
02:55olhando toda essa questão do respeito para poder manter a confiança que a gente tanto preza com
03:03os nossos consumidores finais. Eu acho que para a maior parte das pessoas é difícil tangibilizar
03:09quando a gente pensa em indústria e para vocês, dentro do grupo como um todo, a cor indústria, ele é muito forte, né?
03:20Tem lá o ponto de venda, tem a revendedoria, etc. Mas no fim do dia vocês são uma indústria com uma presença muito forte.
03:29É difícil para quem está em casa, né? Nos acompanhando agora, tangibilizar a relação e o processo de digitalização
03:38de todas essas frentes. Porque talvez a indústria, de maneira mais madura, pensando em automação, pensando em processos,
03:47em uma série de questões, né? As plantas com redes já, imagino, 5G operando. Ou seja, vocês têm um universo em escala industrial.
03:58Do outro lado, escritórios, a parte administrativa. E aí, de novo, também. E há toda a parte de gestão de processos.
04:06Imagino que vocês robotizaram lá atrás e hoje agora tem agentes de ar rodando e tal.
04:12Só que talvez para as pessoas, na ponta, o que fica é o seguinte. Poxa, a Natura, para mim, era um caderninho.
04:20É, exato.
04:22E essa jornada de digitalização talvez seja o grande pulo do gato para que as pessoas percebam o seguinte.
04:28Olha, aquele caderninho hoje é isso aqui com uma onipresença na minha vida enquanto consumidor.
04:37Eu queria te ouvir um pouquinho sobre essa jornada de digitalização. Porque eu imagino que são muitas frentes.
04:43O nível de complexidade é gigantesco.
04:45Exato. Não, você tem razão. Nossa cadeia de valor é muito... Ela começa na floresta, onde a gente tem as famílias
04:54que produzem, as comunidades que produzem a matéria-prima que são usadas nos nossos produtos.
04:59Toda a linha Ecos vem da floresta amazônica.
05:03E aí tem toda a parte de pesquisa e desenvolvimento de produto.
05:06Hoje a Natura tem o maior centro da América Latina de pesquisa e desenvolvimento.
05:11Toda a parte da Avon, que ficava em Nova Iorque, veio também para Cajamar, veio para o Brasil.
05:17Então, toda essa pesquisa de desenvolvimento que envolve...
05:20Tudo no centro, aqui no interior de São Paulo. Na Grande São Paulo.
05:23Fiquei em Cajamar, ali na Anhanguera.
05:25Então, esse centro de pesquisa envolve também muita tecnologia, muita inteligência artificial.
05:30A gente está falando de biotec.
05:32Biotec. A gente tem, por exemplo, a gente não faz teste em humano, nem em animal.
05:38Então, a gente tem impressoras que imprimem peles humanas para a gente poder fazer testes.
05:43Então, tem uma série de tecnologia que vai desde essa cadeia que começa na floresta.
05:49E depois a gente tem também esse traceability, todo o tracking de matéria-prima que vem da floresta.
05:56Porque a gente faz repartição de benefícios.
05:58Não é todo mundo que conhece esse lado também da Natura,
06:01mas quando a gente vende um produto que tem bioativo da floresta,
06:06a gente reparte o benefício com as comunidades para que eles reinvistam em seus negócios na floresta.
06:12E com isso, a gente protege também a floresta.
06:16Porque pessoas que estavam ali removendo, derrubando árvore,
06:20começam a entrar numa economia de regeneração, extraindo semente,
06:28muito menos destruindo ali e não destruindo a Amazônia.
06:31Então, vem toda essa cadeia, depois logística, toda automação, como você bem diz.
06:37E vai na digitalização.
06:38Na digitalização, eu gostaria de destacar o seguinte,
06:42que a digitalização parte também da digitalização da rede de consultoras.
06:46Que na verdade a Natura começou, é a maior rede social que começou há 56 anos,
06:52mas no físico.
06:54No boca a boca.
06:55No boca a boca, no físico, mas era uma rede como a gente tem hoje as redes sociais.
07:00E essas consultoras muitas vezes, muitas vezes tem consultora que não sabe ler, escrever.
07:05Então, a gente tem uma série de capacidades em nossos produtos digitais
07:11para poder também incluir essas consultoras.
07:14Então, envolve a inclusão digital, que inclusive é um dos itens que aumenta o IDH.
07:24Eu não sei se você sabe, a gente tem o Natura IDH,
07:27que é uma metodologia aprovada pela ONU,
07:32onde a gente olha o IDH da consultora depois que ela entra na rede da Natura.
07:37E hoje, os principais pilares que fizeram subir esse IDH das consultoras
07:43é a inclusão digital e letramento financeiro.
07:46Então, a gente também faz muito letramento financeiro através do Emanapay,
07:51que é o nosso negócio de banco,
07:52onde a gente bancarizou também diversas consultoras que nunca teve uma conta bancária,
07:57mas hoje elas conseguem, porque afinal os clientes também delas
08:01não tem mais dinheiro para pagar em dinheiro.
08:03O papel moeda já não se faz mais tão presente.
08:06Então, essa digitalização vai ponta a ponta, a cadeia é muito extensa.
08:10E até assistentes, agentes, como você falou.
08:13Então, tem agentes para as líderes.
08:15Hoje, a gente tem um modelo também, onde a gente tem uma líder das consultoras.
08:19Cada líder tem 300, 300 e tantas consultoras,
08:22onde a gente tem agentes também, como se fosse um copiloto daquela líder,
08:27para auxiliar e entender o que as consultoras estão precisando.
08:31Eu vou visitar essas consultoras, elas estão com um tema de crédito,
08:34eu posso estar ajudando.
08:36Ou tem algum kit de produtos que elas compram mais, que eu vou oferecer.
08:42Então, tem todo um CRM, vamos dizer assim,
08:45dessa líder através de agentes de inteligência artificial.
08:49Você sabe que você, falando sobre as consultoras,
08:53eu me lembrei há uns anos atrás, entrevistando o executivo de uma startup dessas
08:59do mercado imobiliário.
09:01Ele disse assim, eu fiz uma pergunta e eu disse que a plataforma dele,
09:05de alguma maneira, ela usurpava bastante do trabalho do corretor de imóveis.
09:13E eu disse assim, olha, tudo que vocês colocam aqui como recurso,
09:19dá uma autonomia a quem está buscando um imóvel,
09:23de tal forma que, de ponta a ponta, ele é capaz de fazer a aquisição,
09:28ou o aluguel, ou o processo que ele esteja querendo ali,
09:30sem necessariamente ter que interagir com o corretor.
09:33E eu fui prontamente corrigido quando ele disse assim, pra mim, não, Arus.
09:36Parte da nossa estratégia é que a plataforma seja amigável
09:42pra quem busca um imóvel, mas, acima de tudo, extremamente amigável
09:46pra simplificar o processo pro corretor, de modo que ele possa atender mais gente,
09:51portanto, fechar mais negócios.
09:53Então, quando você fala da consultora, mesmo vendo a quantidade de lojas físicas
09:57que a Natura passou a ter, também, de algum tempo pra cá,
10:01fica claro que o cuidado com essa figura,
10:05que compõe a história da empresa há tantos anos, é gigantesco.
10:09Elas são parte da estratégia, talvez sejam essas consultoras o primeiro cliente de vocês?
10:16É.
10:17É isso?
10:17Não, é, exato.
10:19A consultora é o primeiro, e eu costumo dizer que a AI é a inteligência ampliada.
10:26Como é que a gente amplia essa inteligência da consultora
10:29e conecta e amplia também a relação que ela tem com o cliente?
10:34Então, quando a consultora, equipada de uma AI,
10:40ela consegue entender melhor o seu cliente, ela aumenta a relação de confiança.
10:44Quando a gente também usa a AI pra dar mais crédito pras consultoras,
10:48a gente também inclui melhor essas consultoras, né?
10:52Então, esse algoritmo passa a se chamar confiança,
10:55porque eu estou criando uma confiança maior pra essas consultoras.
11:00Então, é sempre usando a AI e potencializando as relações humanas também.
11:05E não simplesmente a ganhar produtividade.
11:10É lógico que ganha produtividade, mas produtividade pra quê?
11:14A gente costuma dizer na natura que só é inovação se gerar impacto positivo.
11:18E o impacto positivo é muito mais amplo.
11:21Não sei se você acompanha, mas a gente não fala de P&L, de Profitability and Losses.
11:27A gente fala de IP&L, Integrated P&L.
11:31Então, a gente mede não só o resultado econômico,
11:35mas o impacto social e ambiental.
11:37E pra cada um real de receita, a gente teve aí o nosso book de resultados do ano passado.
11:45A cada um real de receita, a gente devolve 2,5 pra sociedade.
11:49Então, isso é inovação.
11:51A gente reforçar que dá pra fazer negócio com um propósito por trás,
11:57gerando impacto e não simplesmente trazendo ganhos financeiros.
12:02Que no fim é o diferencial de uma marca que nasce com um propósito
12:07e não uma marca que adquire um propósito ao longo do caminho.
12:10Exatamente.
12:11Essa é a grande diferença da natura historicamente.
12:13Os recursos todos estão a serviço de um propósito que existia, talvez, antes do surgimento da empresa.
12:19E isso muda essa lógica.
12:20Muda, muda. Então, faz parte da essência da natura.
12:24Ela sempre fez dessa maneira.
12:26E óbvio, a gente tem N outros canais, porque a gente também tem que colocar o nosso cliente no centro.
12:30E porque o mercado mudou.
12:32Mudou. E o cliente, ele quer o quê?
12:34Ele quer conveniência.
12:35Então, ora, o cliente quer comprar com uma consultora.
12:38Ora, ele quer comprar no e-commerce.
12:39No e-commerce, a gente também oferece uma assessoria de uma consultora
12:43que pode fazer parte desse modelo.
12:45Ora, ele quer comprar na loja.
12:47E aí, através também da nossa estratégia de omnicanalidade,
12:51a gente sempre coloca os canais de uma maneira estrelar.
12:56É uma estrela.
12:57Então, colocar o cliente no centro para oferecer a conveniência,
13:02mas sem perder o propósito.
13:03E isso é tão verdadeiro que aqui mesmo, nós estamos na Avenida Paulista,
13:08o nosso estúdio fica aqui na Avenida Paulista,
13:12nós temos no prédio onde nós estamos, uma loja da natura.
13:17O que não impede de maneira nenhuma que a dona Lúcia,
13:20que trabalha aqui na Copa,
13:22passe frequentemente na redação e nos outros departamentos
13:26com o caderninho dela para anotar os pedidos dos produtos da natura.
13:32Então, uma coisa não anula a outra.
13:35Isso só faz com que vocês estejam presentes, de fato,
13:37em todas as interfaces que o cliente precisa ter para chegar até vocês.
13:42Exato. A semana passada, a gente anunciou o TikTok Commerce.
13:46E o TikTok Commerce...
13:50Não, desculpa. TikTok Shop.
13:53Shop, isso.
13:53É o Shop. A gente lançou.
13:55Foi a primeira empresa de beleza a lançar o TikTok Shop.
13:59Fazer essa incursão.
14:00E é mais um canal que a própria consultora,
14:04que seja creator, que gosta de criação de material,
14:08que aliás são várias, que são super criativas,
14:11a entrar também nesse canal.
14:13Então, é super inclusivo.
14:15Deixa eu trazer aqui para essa nossa conversa
14:18o meu parceiro André Miceli.
14:19Renata, que não esteve aqui conosco ao vivo e a cores,
14:24porque a agenda não permitiu,
14:26mas deixou uma pergunta para você gravada.
14:30Deixa eu saber de você, André Miceli.
14:33Olá, Carlos Aros, meu amigo.
14:35Olá, Renata Marques.
14:36Prazer falar com você mais uma vez.
14:39E claro, um grande abraço para todo mundo
14:43que acompanha o Sociedade Digital.
14:46Renata, quero falar de sustentabilidade
14:48e do papel da área de tecnologia nesse processo.
14:52A Natura tem um compromisso declarado
14:55muito forte com essa questão.
14:58E a gente tem acompanhado tudo que tem acontecido
15:02sobre demanda por energia, por exemplo,
15:04em função de uso de inteligência artificial,
15:07de uso de data centers.
15:09A gente tem visto as teses de data centers no espaço,
15:11porque a temperatura é mais baixa
15:14e a gente não precisa gastar tantos recursos com resfriamento.
15:19Os custos de transmissão são menores também.
15:22A gente não depende dos cabos submarinos.
15:24Enfim, uma série de teses vão surgindo
15:26a respeito do uso de data centers,
15:29o uso mais inteligente.
15:31Quero te ouvir sobre Green IT.
15:33De que forma vocês veem esse tema
15:36e pedir para você complementar a sua resposta
15:41falando sobre o papel da área de tecnologia
15:44na sustentabilidade em geral das empresas?
15:49Oi, André, é um prazer estar aqui com você.
15:51Obrigada pelo convite mais uma vez.
15:54Bom, enquanto marca a Natura,
15:57referência em sustentabilidade e regeneração,
16:01a área de tecnologia não podia estar de fora.
16:04Então, a gente tem, sim,
16:05os nossos indicadores de Green IT
16:07que a gente acompanha todos os meses.
16:10Então, a gente está ali preocupado
16:12com cada recurso que a gente consome
16:14para entender,
16:15ah, eu estou trazendo mais produtividade para a consultora,
16:18mas o quanto que eu estou consumindo,
16:20quantos tokens, o que isso significa.
16:23E mais do que isso,
16:24a gente está muito preocupado também
16:26com quem a gente está fazendo negócio.
16:29Então, o nosso critério também
16:32para selecionar provedores de cloud
16:34é super rigoroso,
16:35para que sejam provedores
16:37que atuem dos mesmos valores que a Natura,
16:42que estão também preocupados
16:43com essa questão da sustentabilidade,
16:46do impacto ambiental,
16:47para que a gente possa seguir essa jornada juntos.
16:50Acho que não dá para hoje a gente falar
16:53para toda inovação
16:55e a gente acompanha também essas tendências
16:57que você mencionou de data centers no espaço.
17:01A gente sabe que ainda está muito distante
17:04da nossa realidade.
17:05Muito distante também é muito relativo.
17:07Hoje o tempo, a gente não tem mais noção do tempo,
17:11o que é muito distante,
17:13mas a gente acompanha sim
17:16e a gente tem esses indicadores
17:18onde o time está preocupado
17:20em como a gente desenvolve os códigos,
17:22se esses códigos,
17:24o quanto que esse código consome de energia.
17:27Então, a gente tem boas práticas
17:28de desenvolvimento de software
17:30para consumo de energia
17:32e também oferecendo soluções
17:35para essa cadeia que eu mencionei
17:37aqui para o Arus.
17:38Então, soluções também de sustentabilidade
17:41desde as nossas comunidades,
17:43onde a gente captura toda a matéria-prima,
17:46repartição de benefícios,
17:48como também algumas tecnologias como o drone,
17:52que a gente tem agora drones com inteligência artificial,
17:55também fazendo mapeamento da floresta ali do Pará
17:59para ajudar também em todo ciclo de regeneração dessa floresta.
18:03Então, tem muita tecnologia envolvida,
18:06seja para prover solução para negócios,
18:09como também na nossa cozinha ali de tecnologia,
18:12como que a gente consome a tecnologia
18:15sem desperdiçar recursos
18:18que possam impactar aí a natureza.
18:20E eu queria pegar carona nessa pergunta do André
18:22para falar sobre a personalização,
18:26porque hoje tudo é possível de medir.
18:29A gente consegue aferir as informações.
18:33E vocês nessa jornada de digitalização,
18:36que vale dizer não é nova,
18:37é uma jornada longuíssima,
18:40vocês também estão inseridos em um contexto
18:43em que cada vez mais a realidade
18:46dessa consumidora que você acabou de mencionar
18:48está lá no TikTok fazendo os vídeos e etc.
18:51É por uma experiência única.
18:54A busca por ser aquele cliente,
18:57e não mais um cliente.
18:59Assim como talvez a revendedora,
19:01aquela revendedora e não só mais uma revendedora.
19:04Como é que vocês lidam com essa questão do uso de dados
19:08para construir experiências cada vez mais customizadas?
19:11Porque eu imagino que dentro de um portfólio
19:15tão grande quanto o de vocês,
19:19e são várias camadas de submarcas e etc.
19:22Esse seja um grande desafio.
19:24A experiência, a personalização.
19:26Eu queria te ouvir um pouco sobre isso.
19:28Não, lógico que a gente tem muitos desafios.
19:32A Natura é uma empresa de 56 anos,
19:35que adquiriu a Avon, que tem mais de 100 anos.
19:37Então, a gente tem a carga do legado.
19:40Não é como uma startup que, by design,
19:42já pensa em toda essa questão de omnicarnalidade de dados.
19:48Mas a gente tem uma estratégia de dados
19:49onde a gente trabalha quatro pilares,
19:52desde o Data Expansion, que é toda a parte de fundação,
19:55entender todo o dado que a gente tem.
19:57É a governança de dados, pensando na privacidade,
20:01pensando em como a gente governa, arquiteta.
20:03O Data for All, que é a democratização do dado também dentro da companhia.
20:10E aí, vale dizer, a gente tem um modelo muito de hub-spoke.
20:15Então, enquanto a área de tecnologia não pode ser centralizadora total,
20:20que senão a gente não consegue multiplicar essa capacidade interna.
20:24Então, a gente tem esse modelo onde a gente faz um letramento
20:27de todos os colaboradores,
20:29a gente tem equipes de dados espalhados ali em cada função de negócio.
20:34A gente tem programas de podcast também,
20:37para poder falar do papo Nature AI, falando sobre AI.
20:41E tem o quarto pilar, que é Nature AI, que é toda essa parte de AI.
20:46Então, internamente, a gente tem uma estratégia
20:50e a gente trata, a gente tem dentro dessa estratégia,
20:54toda a hiperpersonalização do cliente final.
20:57Porque hoje, qualquer cliente quer ser tratado como único.
21:01É horrível quando você chega num lugar e a informação está desatualizada
21:06ou te mandam, você compra alguma coisa para beber,
21:11aí você vem até no papel higiênico ali, propaganda de fralda.
21:16Então, assim, é complexo.
21:19Então, a gente tem ali uma área superestruturada de marketing,
21:24CRM, olhando toda essa hiperpersonalização.
21:27E na camada de dados, trabalhando essa deduplicação,
21:32esse enriquecimento de dados,
21:34para a gente, cada vez mais, poder conhecer mais os nossos clientes.
21:37Eu acho que isso é um tema que envolve, é como um iceberg.
21:41Tem uma camada muito abaixo do iceberg,
21:44que a gente fala tanto de AI, AI, AI,
21:46mas se a gente não trata essa fundação, a gente vai fazer besteira.
21:51O AI que não vai trazer valor.
21:55Então, a gente trata todas essas camadas.
21:58Desde a fundação, enriquecendo dados, deduplicando dados,
22:03olhando para todos esses canais que a gente tem em negócio,
22:06de uma maneira omni, para depois falar da inteligência artificial per si.
22:12É aquela lógica de que a tecnologia,
22:16ela tem que estar a serviço de resolver problemas que existem
22:19e não criar soluções para problemas que depois serão inventados.
22:24É isso, não dá para ficar caçando problemas.
22:26A gente já tem tantos problemas, tem um monte de problemas.
22:29Então, é isso, acho que esse é um outro ponto super importante.
22:33A gente discute muito isso no time.
22:35Gente, que problema a gente quer resolver?
22:37A gente não pode ser apaixonado pela tecnologia,
22:40a gente tem que ser apaixonado pelo problema.
22:42E aí, certamente, do jeito que a gente tem oferta,
22:47a tecnologia hoje é barata, tem disponibilidade,
22:51então, é simplesmente uma questão de match.
22:53Como é que eu faço a tecnologia resolver problemas reais
22:58que vão além de negócios da sociedade e do planeta
23:01para a gente poder caminhar para o sucesso?
23:04O André deixou mais uma pergunta para você.
23:08Vamos lá, André.
23:09Renata, não sei se você sabe, mas aí ao seu lado está um paranoico
23:13com a cibersegurança.
23:15Carlos Aros sempre traz esse tema,
23:18e aí eu vou falar do seu porta-voz,
23:22da preocupação de Aros a respeito de cibersegurança.
23:27Como vocês lidam com essa questão?
23:30O quanto vocês estão atacados?
23:32Me conta um pouco sobre ciber, no geral,
23:35aumentou com o uso de inteligência artificial
23:38ou você usa a inteligência artificial
23:41para combater as questões de tentativa de invasão,
23:45de phishing, de quais são as técnicas
23:48com as quais vocês acabam tendo que lidar de forma mais frequente
23:54e como vocês têm usado as tecnologias
23:58para defender a natura dos cibercriminosos.
24:03Bom, eu não sou paranoico de maneira injustificada,
24:07que fique claro.
24:08Você pode dizer sobre a quantidade de ciber-ataques
24:12que acontecem aí o dia todo, né?
24:14O tempo todo, não.
24:15E assim, nós também.
24:16Então, estamos na mesma comunidade de obcecados pela segurança, né?
24:21Porque é tanto trabalho que a gente tem para construir,
24:27para trazer soluções, gerar impacto positivo
24:30e para destruir a dois segundos, né?
24:33Então, assim, primeiro, tudo que a gente faz,
24:36a gente está ali dev-sec-ops, né?
24:41Então, é pensando na segurança by design.
24:44Então, a gente tem uma área de cyber-security na companhia
24:49que faz pen-tests em todos os nossos...
24:53A gente tem os hackers do bem dentro da companhia
24:56que está o tempo todo ali desafiando os nossos ativos digitais
25:01e garantindo que a gente esteja seguro.
25:02Garantir é uma palavra muito perigosa, né?
25:04Porque ninguém garante nada.
25:07A gente está...
25:09A evolução é muito grande da tecnologia.
25:11E como o André colocou, né?
25:13Tem muita gente do mal também usando a AI para poder fazer os ataques.
25:18Exato.
25:18Então, a gente tenta ser mais rápido usando a AI também para se defender.
25:22Então, sim, a gente usa, assim, tecnologias com inteligência artificial
25:27para poder estar mais atentos a todos esses ataques.
25:31Ataques acontecem o tempo todo.
25:34Os indicadores de ataques, assim, são inacreditáveis.
25:37Mas a gente está sempre pronto e preparado.
25:40E o mais importante, acho que é o mindset dos colaboradores nesse sentido, né?
25:46Porque acho que foi-se o tempo onde tinha muita gente que queria tratar,
25:51sei lá, lançar um software a qualquer custo.
25:54E hoje não.
25:55A gente tem ali o nosso...
25:57Tem um crivo ali muito forte de cyber-segurança
26:01onde a gente só lança alguma coisa na hora que estiver bem seguro.
26:04E hackers do bem testando o tempo todo
26:07para a gente poder se proteger aí desses homens do mal, né?
26:12É trazer, de alguma maneira, a ideia de segurança.
26:16Assim como você colocou que leva a tecnologia para todas as camadas da empresa,
26:23é levar também a segurança para esse mesmo contexto.
26:26Para a cultura da organização, né?
26:27Para a cultura.
26:28Porque só dessa maneira você consegue mover a engrenagem nessa direção, né?
26:33E a gente tem muitas campanhas.
26:35Vou contar uma engraçada.
26:36Outro dia, estava um carrinho de picolé na Natura.
26:38E tinha picolé de limão e de morango.
26:42E aí eu falei, ah, eu quero um de morango.
26:46Aí me deram um de morango.
26:47Tinha um moranguinho na embalagem.
26:51Eu abri o picolé, fui ver, era verde.
26:54Eu falei, gente...
26:55Aí mordi, eu falei, será que é morango verde?
26:57Eu mordi, era de limão.
26:58Aí eu falei para o moço, moço, tem que tomar cuidado,
27:00porque a embalagem está trocada.
27:02Esse picolé é de limão, não é de morango.
27:04Eu pedi de morango e está a embalagem de morango.
27:06Ele falou assim, você leu antes de abrir?
27:10Então, assim, era uma campanha de cyber falando,
27:14você tem que ler antes de abrir, né?
27:16É isso aí, muito bom, maravilhoso.
27:18Então, o tempo todo instigando ali para a gente estar sempre refletindo.
27:22E para a gente caminhar aqui, por fim, na nossa conversa,
27:26eu queria falar um pouquinho justamente sobre cultura.
27:29A Natura é uma empresa que está presente em diversas regiões,
27:34que trabalha, como eu disse, sob um propósito muito forte,
27:39que muitas vezes ele chega antes até do que a marca, do que o produto,
27:44você faz essa associação imediata com o que a Natura quer defender ali,
27:50numa primeira instância.
27:53Como é que faz para preservar a cultura
27:58genuinamente em um universo tão disperso regionalmente,
28:07com valores diferentes, nas regiões com culturas,
28:10são povos diferentes e etc.,
28:12mas preservando isso como uma cultura da organização
28:16e garantindo que esse espírito que você demonstrou aqui
28:20nessa última meia hora para mim,
28:21da inovação, do fazer diferente,
28:24do buscar soluções para problemas que estão aí e que têm solução sim,
28:29basta olhar com cuidado para o problema.
28:31Como é que faz para manter tudo isso funcionando
28:34numa empresa do tamanho da Natura?
28:37Eu acho que assim, cultura é muito...
28:40A cultura é formada por símbolos também,
28:44símbolos, artefatos.
28:46Então, como é que a gente mantém esses símbolos vivos na cultura?
28:53Tem o símbolo da nossa Rosa Branca,
28:55do senhor Luiz Seabra, que foi o fundador,
28:58que na época que ele lançou a Natura,
29:01ele ficava na calçada da loja do Oscar Freire
29:05oferecendo uma rosa branca com uma mensagem para as mulheres,
29:08empoderando as mulheres e tal.
29:10E essa cultura tem rituais,
29:13é formada por símbolos, por rituais,
29:16e é isso que a gente faz o tempo todo
29:18e a gente respira isso de uma maneira
29:24ampla na companhia como um todo.
29:26E aí, quando a gente fala de questões regionais,
29:32a alma não muda, a alma vai ser sempre a mesma.
29:36Agora, o que a gente tem que adaptar,
29:38falando de tecnologia, é que nem o tal do template.
29:42A gente sempre tem um template de soluções
29:45para resolver problemas mais gerais de negócio,
29:49mas a gente também tem times nas regiões
29:52que estão ali perto dos clientes,
29:54perto das consultoras, perto das pessoas,
29:56perto da cultura daquela região,
29:58porque não basta a cultura da empresa,
30:01tem a cultura daquela região.
30:02Exato, aquele povo, aquela comunidade.
30:05Então, tem a cultura do Peru,
30:07tem a cultura do Equador,
30:09a gente acabou de fazer uma implementação grande no Equador,
30:13essa semana no México,
30:15então no Equador, nossa, a gente tem...
30:17Então, os rituais, a gente adapta para essa cultura,
30:20mas usando o nosso time que está ali
30:23e que conta para a gente também.
30:25O coração é o mesmo, o DNA é o mesmo.
30:27O DNA é o mesmo,
30:29mas como é que a gente replica esse DNA,
30:33adapta para essa cultura,
30:35para que, no final das contas, toque as pessoas,
30:38toque as pessoas de uma maneira genuína.
30:42Então, é muito usando esse modelo,
30:44a topologia de times,
30:46onde tem, sim, uma matriz,
30:48mas a gente tem um modelo federado
30:51com os times regionais que estão ali respirando
30:54a cultura de cada região
30:56e trazendo isso para o DNA.
30:58Porque, no fim do dia,
30:59se não for por esse caminho,
31:01por meio das pessoas e não através delas,
31:05mas por meio das pessoas,
31:07a gente não consegue trazer inovação também
31:11para o coração da empresa.
31:13Porque a inovação está no indivíduo,
31:15na capacidade de usar as diferenças
31:19em prol do potencial que a empresa tem para explorar.
31:23E quando a gente ignora isso,
31:25muitas vezes, a gente afugenta,
31:28a gente coloca o colaborador à parte do processo.
31:32E aí, aqui, a engrenagem não vai andar.
31:34Não funciona, porque os colaboradores
31:37são a máquina que faz tudo mover.
31:39Então, é onde tem a potência.
31:41Então, a gente coloca, sim,
31:44os colaboradores são super empoderados
31:47para trazer tudo isso de uma maneira
31:50genuína ali e adaptada para cada cultura,
31:54mantendo a alma Natura.
31:55Muito, muito bacana.
31:57Adorei o papo com a Renata Marques,
31:59ela que é CIO da Natura.
32:01Esteve comigo aqui,
32:03nesta edição do Sociedade Digital,
32:05contando um pouquinho de como é
32:07a jornada tecnológica desse gigante
32:10que a gente conhece através dos produtos
32:12que estão esparramados pelo mercado.
32:16Alguns deles que fazem parte de gerações,
32:18três, quatro gerações acompanhando e tal.
32:21E é uma memória afetiva,
32:23mas que é carregada de tecnologia
32:26para fazer com que tudo isso possa chegar até você.
32:29Renata, muito obrigado pelo papo.
32:31Obrigada a você, foi um prazer.
32:33E obrigado a você
32:36Você que esteve conosco aqui neste
32:38Sociedade Digital, eu digo sempre,
32:40mas não custa repetir,
32:42a gente se encontra aqui na semana que vem
32:45em algum momento da programação,
32:47seja do rádio,
32:49seja na televisão
32:51ou nas nossas plataformas digitais.
32:53Na semana que vem tem mais
32:55Sociedade Digital.
32:57Então, um grande abraço.
33:03Sociedade Digital
33:06A opinião dos nossos comentaristas
33:08não reflete necessariamente
33:10a opinião do Grupo Jovem Pan
33:12de comunicação.
33:17Realização Jovem Pan News