A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal ouviu nesta quinta (22) as testemunhas indicadas por Mauro Cid no processo que apura a tentativa de golpe de Estado. Os oito militares depuseram na Corte a favor do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A defesa pretende desvincular o tenente-coronel da trama golpista.
Assista ao programa completo: https://www.youtube.com/watch?v=0lR6rkNkEX8
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal: https://www.youtube.com/c/jovempannews
Siga o canal Jovem Pan News no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
00:00A primeira turma do Supremo Tribunal Federal ouviu as testemunhas indicadas pelo Tenente Coronel Mauro Cid no processo que apura uma tentativa de golpe de Estado em 2022.
00:11O repórter é Bruno Pinheiro.
00:13No depoimento desta quinta-feira, as testemunhas revelaram um pouco da conduta de Mauro Cid antes dos atos do 8 de janeiro.
00:23Para militares que foram indicados pela defesa e responderam aos questionamentos do Supremo Tribunal Federal, Mauro Cid sempre foi muito habilidoso, respeitoso e seguiu as normas dentro da área militar.
00:39Revelaram, inclusive, que conviveram com Mauro Cid em outros batalhões, como em Goiânia, no Rio de Janeiro e também aqui na capital federal.
00:48Auxiliares da ajudança de ordens também de Mauro Cid dentro do governo de Bolsonaro revelaram que Mauro Cid nunca comentou nem mesmo sobre os apoiadores de Jair Bolsonaro e nem mesmo sobre uma minuta de golpe de Estado.
01:04Um dos militares também revelou ser muito ligado à família de Mauro Cid e que tem um conhecimento jurídico.
01:11Ele estudou dentro das Forças Armadas e conseguiu esse alto nível de conhecimento jurídico.
01:18E que se Mauro Cid tivesse que levar este documento para discutir com alguém, ele automaticamente seria o nome indicado para discutir essa minuta.
01:28Mas que nunca ouviu Mauro Cid falar sobre.
01:31Já o general Arruda foi questionado pelo ministro Alexandre de Moraes sobre a noite dos atos do 8 de janeiro.
01:39Quando veio uma decisão aqui do Supremo Tribunal Federal para realizar a detenção de todos que estavam acampados ali na frente do quartel general aqui na capital federal.
01:49Mas quando os homens da polícia militar chegaram na região do acampamento, Arruda disse para o comandante da polícia militar que a sua turma do exército era muito maior do que a turma dos militares que estavam lá para realizar, para cumprir esta decisão do ministro Alexandre de Moraes.
02:09Logo foi necessário que o ministro Flávio Dino, então ministro da Justiça, também o ministro da Defesa José Múcio Monteiro, ministro Rui Costa e outros nomes se reunissem lá no quartel general.
02:23Cinco ministros para tomarem uma decisão de como essa ação seria realizada para cumprir uma decisão do ministro Alexandre de Moraes.
02:34Ao ser questionado pelo ministro relator, o general disse não se lembrar exatamente da forma que ele se posicionou para os homens da polícia militar naquela noite, mas também se limitou a dar mais detalhes.
02:48Os militares ouvidos nesta quinta-feira revelaram que nunca conversaram com Mauro Cid nem antes nem após sobre este plano de assassinar também autoridades, mas revelaram que após as ações chegaram a conversar com o ex-ajudante de ordens, o tenente coronel Mauro Cid,
03:10que estava muito chateado, se sentindo abandonado pelo núcleo que antes convivia quase que diretamente.
03:18E assim, acabaram surgindo aqueles áudios que foram divulgados nas redes sociais.
03:23Um desabafo de Cid, que acabou levando ele a ser ouvido novamente em uma audiência aqui no Supremo Tribunal Federal.
03:31Ao entendimento de que essa era a oportunidade de quando o Cid recebia visitas de pessoas mais íntimas, de revelar o que estava se passando de fato.
03:42Mas que Cid e outros militares do exército, eles em todos os momentos, eles condenaram as ações dos atos do 8 de janeiro.
03:53Nesta sexta-feira, o Supremo Tribunal Federal deverá ouvir também as testemunhas de Alexandre Ramagem às 8 horas da manhã e às 2 da tarde do general Augusto Heleno.