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  • 22/05/2025
O governo federal bloqueou R$ 31 bilhões do orçamento de 2025 para controlar despesas. Entre as medidas discutidas, está a possibilidade de aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) como forma de conter gastos públicos e equilibrar as contas.

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Transcrição
00:00E eu quero contar pra vocês também que o governo federal anunciou um congelamento de 31,3 bilhões no orçamento de 2025.
00:08Eu vou conversar aqui com a Aline Beckett, que acompanhou a coletiva e vai trazer os detalhes pra gente agora.
00:13Participaram o ministro da Fazenda, a ministra do Planejamento e outros integrantes dessas secretarias e ministérios.
00:22Conta pra gente, Aline, por que o governo resolveu tomar essa decisão.
00:26Bem-vinda. Boa tarde pra você.
00:30Olá, boa tarde, Evandro. A você, boa tarde a todos.
00:33Exatamente, eu falo com você diretamente aqui do Ministério da Fazenda, onde foi anunciado agora há pouco pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
00:40e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, o congelamento de 31,3 bilhões no orçamento de 2025, como você muitíssimo bem citou.
00:49Esse congelamento, eu começo destacando a vocês, que ele ficou dividido em duas partes.
00:54Houve um contingenciamento de 20 bilhões.
00:57Esse contingenciamento, ele ocorre quando há uma frustração de arrecadação de receitas, ou seja, quando a arrecadação do governo, ela é menor do que aquela prevista para o orçamento.
01:10E um bloqueio de 10,6 bilhões, que esse bloqueio ocorre quando há um crescimento ali inesperado de despesas obrigatórias, como, por exemplo, aposentadorias.
01:20Existe um limite de crescimento de despesas no orçamento de 2,5% e esse limite, ele foi atingido.
01:27E por isso, então, um bloqueio de 10 bilhões e um contingenciamento de 20 bilhões, porque a arrecadação foi menor do que aquela prevista.
01:36Isso foi identificado pelo governo, pela equipe econômica do ministro Fernando Haddad, que acabou citando durante a coletiva que foi necessário fazer, sim,
01:44esse ajuste para o cumprimento da meta fiscal, da responsabilidade fiscal, que é o que está previsto no orçamento, ali nas diretrizes orçamentárias.
01:54E aí, o ministro disse que durante o ano, ao decorrer do ano, ele lida com o fiscal diariamente e que pode acontecer, pode haver novas medidas,
02:04novos ajustes ao decorrer do ano, à medida que a equipe da Fazenda vá analisando e vá fazendo essa avaliação de que precisa de novos ajustes aí em relação ao orçamento de 2025.
02:18Um outro ponto trazido pelo ministro, que também foi uma frustração, ou seja, a arrecadação foi menor, de 25 bi em relação à desoneração de impostos.
02:29E aí, como uma medida para poder compensar esse corte agora, esse congelamento no orçamento, o governo anuncia, então, agora há pouco vai ser anunciada,
02:40especificada em uma nova coletiva, às 17 horas, a partir das 17 horas, o aumento de IOF, ou seja, de operações financeiras.
02:49E aí, o ministro chegou a citar, durante essa coletiva, que o objetivo desse congelamento não é penalizar os mais pobres,
02:58e sim fazer o ajuste ali para poder, no dia 31 de dezembro, entregar ali e estar dentro da meta fiscal,
03:04daquilo que foi previsto inicialmente pelo governo no início do ano.
03:08Só para concluir, eu destaco a vocês que o ministro chegou a falar também sobre taxa de juros.
03:13Ele disse que a taxa de juros prevista hoje no orçamento, ela não reflete a realidade que a gente vive hoje em relação à economia,
03:22porque isso depende também de uma outra autarquia, que é independente, no caso, o Banco Central,
03:28e aí a Fazenda analisa aquilo que pode ser feito em relação à responsabilidade fiscal dentro do orçamento de 2025.
03:35A ministra Simone Tebet chegou a informar também a abertura de um crédito de 2,4 bilhões para as despesas obrigatórias.
03:44Ou seja, então, está acontecendo esse congelamento, mas medidas foram anunciadas pelo governo,
03:50uma delas é o aumento de IOF e também a liberação desse crédito de 2,4 bilhões para as despesas obrigatórias.
03:58A gente segue por aqui acompanhando toda a repercussão e também vamos participar dessa coletiva sobre o IOF
04:05para identificar ali, para, no caso, esclarecer o que o governo está querendo com esse aumento de IOF
04:12no sentido de compensar esse congelamento de 31,3 bi.
04:17Eu volto com você, Evandro.
04:18Aline, ótimo trabalho para você.
04:19Se tiver novidades, então, o espaço está aberto, já que tudo vai acontecer aqui no horário do 3 em 1.
04:23Um abraço para você, minha amiga.
04:25Ô, Alangani, um dos motivos por trás desse congelamento é o aumento nos gastos com benefícios previdenciários,
04:32que ficaram bem acima do que foi planejado ali no orçamento, se não me engano, 16 bilhões a mais.
04:40Como é que você avalia agora as medidas que são tomadas pelo governo,
04:44ou que precisam ser tomadas diante de um custo que está ficando maior do que se tem de dinheiro?
04:51Exatamente, Evandro. São medidas paliativas previstas no arcabouço fiscal.
04:57Então, você tem, por exemplo, o contingenciamento, que tem a ver com não cumprimento da arrecadação.
05:03Uma arrecadação menos do que o esperado.
05:06E o bloqueio tem a ver com o corte de gastos, pelo menos momentaneamente.
05:12Então, os gastos subiram acima do esperado.
05:15Então, você bloqueia essa despesa, somando os dois, 31 bilhões de reais.
05:19Mas, agora, não é que é um corte permanente, Evandro.
05:22Simplesmente é um corte temporário de 31 bilhões de reais para ficar dentro da meta.
05:28E aí você toca num ponto que é crucial.
05:31Quando a gente fala do aumento da despesa previdenciária, isto é um aumento estrutural.
05:40Portanto, a gente precisa falar aqui, Evandro, de cortes estruturais ou de reformas estruturais.
05:48Mas, caso contrário, o aumento do gasto previdenciário, e não só do gasto previdenciário, mas outros gastos da máquina pública, vão se tornar exponenciais.
06:00E se tornam exponenciais, como é que a gente vai fechar essa conta?
06:04Emitindo mais dívida.
06:05Ao emitir mais dívida, aumenta o tamanho do endividamento do Estado brasileiro, o que pressiona a taxa de juros.
06:12E quem é penalizado é a população mais pobre.
06:15Ou seja, Piperno, seria um ciclo que prejudica a todos nós, inclusive ao próprio governo?
06:21Não, veja. Primeiro que um corte de um congelamento de 31 bilhões de reais não é pouca coisa.
06:28Até porque a gente já sabe que hoje o governo, por exemplo, não tem lá muita margem para mexer no orçamento.
06:37Ele é bastante gessado e o que teria para mexer, ele é engolido em grande parte pela gula dos nossos parlamentares, via emendas parlamentares.
06:49Então, sobra pouca coisa.
06:53Agora, disso que sobra, de fato, e assim, não é segredo para ninguém.
06:59A grande questão é como é que os governos, o governo brasileiro especificamente, vai fazer para conseguir realmente uma solução para a questão do aumento dos gastos previdenciários.
07:13Esses gastos, de fato, eles aumentam bastante de ano para ano, a população vai envelhecendo, enfim, a gente já falou muito sobre isso.
07:21E cada vez menos as pessoas contribuem com a Previdência.
07:26Vai chegar um momento em que o Brasil, por exemplo, vai ter mais aposentados do que pessoas contribuindo.
07:33Agora...
07:34Mas você acha que esse governo é mais um governo medroso para tratar desse tema?
07:37Bom, Evandro, eu acho que esse governo, ele optou, por exemplo, por mexer no salário mínimo no começo, uma medida que eu acho correta.
07:46Agora, hoje, por exemplo, tem um ótimo artigo do economista Felipe Salto, que eu cito sempre aqui, falando em 550 bilhões ano de subsídios.
07:57Então, a coragem tem que estar para cortar lá.
08:01É lá onde tem bastante gordura.
08:03O que foi, Gani?
08:03Não, olha só, essa questão da reforma previdenciária é algo bastante espinhoso.
08:09Nenhum governo quer fazer reforma previdenciária porque o ônus político é altíssimo.
08:14Então, assim, estadista faz reforma previdenciária.
08:18Populista, deixa para depois.
08:20Mas ela é crucial, independentemente dos subsídios, tá, Evandro?
08:24E eu concordo com o Piperno que os subsídios são muito exagerados.
08:27Agora, essa corrupção no INSS, ela é muito prejudicial para a discussão de uma reforma previdenciária.
08:34Por quê?
08:34Porque a população, aos olhos da população, ela vai falar o seguinte, peraí, vocês estão falando em reforma previdenciária, em aumentar o tempo agora para eu conseguir a minha aposentadoria e o meu dinheiro roubado lá no INSS?
08:47Pois é.
08:47Então, você ainda tem este efeito de segunda ordem que é muito ruim, prejudica uma reforma que é crucial para o Estado brasileiro.
08:55Fala, Segredo.
08:57A aposentadoria é um estelionato econômico, do ponto de vista por onde você olha.
09:01Lá por 1778, o... era... Bismarck, Otto von Bismarck.
09:09Tinha, na época Alemanha, déficit fiscal.
09:12Não tinha como colocar as contas...
09:15Foi ele que disse que a política é arte do possível, né?
09:17É. E aí, falou alguém, trouxe um assessor, falou, olha, podemos fazer o seguinte, vamos inventar o que hoje se chama aposentadoria.
09:26Então, nós vamos pegar do salário das pessoas um pouquinho, com a promessa de que quando ele chega numa idade determinada, o governo vai dar dinheiro para ele.
09:36Mas nós estamos tirando dinheiro para ele.
09:38Eu convido você, audiência, a fazer uma conta.
09:41Pega qualquer, qualquer faixa da aposentadoria.
09:45Pode ser desde o salário baixo, mínimo, até o máximo, que hoje é R$ 1.657,00 de aporte.
09:52Pega esse valor, todo mês, juro composto, vai guardando, vai guardando.
09:57Depois de 30, 35 anos, você vai ter uns R$ 2.800.000,00, que colocado num CDB da vida, vai te dar, no mínimo, R$ 20.000,00 por mês.
10:09E aí, você pega a contrapartida, que é todo mês, o governo pega dinheiro para resguardar a tua poupança futura, e ele te dá, no final dos 35 anos, hoje, R$ 7.000,00 e poucos reais por mês.
10:24Olha a diferença. Você colocando esse dinheiro, você guardando esse dinheiro, vai te dar um patrimônio de quase R$ 3.000,00 e uma renda de R$ 20.000,00 por mês.
10:34O governo, guardando esse dinheiro, vai te dar uma renda de R$ 7.000,00, mas você não tem patrimônio nenhum.
10:40É um estelionato econômico, que vem de longe.
10:43Agora, você tem hoje um problema fiscal, por isso o governo está fazendo esse contingenciamento.
10:48Quando você faz esse contingenciamento, a situação é muito simples.
10:52Você tem que guardar dinheiro, porque a conta não fecha.
10:55O socialismo tem três formas de equilibrar as contas.
10:59Emitindo dinheiro, ainda bem que o Brasil não faz isso.
11:02Segundo, emitindo títulos da dívida pública, aumentado a carga tributária.
11:05Quando na nossa tarde já disse o IOF aumentar para conter gasto, não, não, não.
11:10O IOF vai aumentar para aumentar o gasto, para justificar o gasto.
11:15E qual é a outra questão, que seria uma solução capitalista?
11:19Diminui o gasto público.
11:20O governo não sabe, não quer ou não pode fazer isso.
11:23Então, vem qualquer uma das opções socialistas.
11:26Zé, tenho dois minutos para você. Arremate.
11:31Em primeiro lugar, é uma reação do governo que caiu bem.
11:35Bolsas em alta, o dólar caindo.
11:38O IOF significa aumento de impostos para empréstimos.
11:41Empréstimos, por exemplo, empréstimos pessoais, compra de moedas estrangeiras.
11:46Tudo isso vai ficar mais caro, vai render para o governo esse aumento do IOF.
11:52Agora, não se trata exatamente de um corte, mas sim de uma retenção.
11:56É um bloqueio de 31 bilhões de reais.
12:00Não é pouco.
12:01Dá uma demonstração que a equipe econômica ainda respira.
12:05Ainda tem força.
12:06E, inclusive, colocando a ministra Simone Tebet, que fica um pouco mais, vamos dizer,
12:13de lado nessas decisões importantes da economia.
12:16Eu entendo que o ex-presidente Jair Bolsonaro acertou quando unificou os dois ministérios.
12:23Não se pode, por exemplo, imagine dois ministros fortes, independentes, planejamento e economia.
12:30Fica muito complicado.
12:32Ministério da Fazenda e Economia.
12:33Então, acerta os dois, planejamento.
12:35Então, de qualquer maneira, é um sinal de que a equipe econômica ainda respira, que ainda tem essa possibilidade.
12:43Mas, lembro, não é corte.
12:45É apenas uma reserva.
12:47Me disseram que o orçamento tem espaço para isso, de várias dotações orçamentares que não serão executadas.
12:55Por exemplo, emendas parlamentares ou recursos enviados a estados que não têm projetos, que não apresentam projetos.
13:02Me disseram, porém, me disseram que o Amapá, veja bem, o Amapá tem oito deputados federais, três senadores e tem o presidente do Senado e o líder do governo do Senado, Randolfo Rodrigues.
13:18Então, é muito poder para o estado de... é o menor estado do país em número de habitantes, né?
13:23700 mil habitantes.
13:25Sim.
13:25As prefeituras lá são 16 só, o estado inteiro.
13:29Não tem como fazer os projetos, o dinheiro fica parado.
13:32Então, faz parte desse bloqueio.

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