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  • 02/06/2025
O governo federal anunciou um bloqueio inicial de R$ 31,3 bilhões no orçamento de 2025. Este número é considerado o maior dos últimos cinco anos. Cidades, Defesa e Saúde foram os setores mais afetados. Os ministérios mais impactados têm até sexta-feira (06) para definir de onde o recurso será cortado.

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Transcrição
00:00Luciana Verdolim, quais serão as principais áreas afetadas? Conta pra gente.
00:06Olha, alguma coisa a gente já sabia, né, Cine? Aquele desconto, né?
00:11Aquele bloqueio de 7 bilhões de reais em emendas parlamentares, 24 bilhões dos ministérios,
00:18o que dá um total de 31 bilhões e 300 milhões de reais.
00:22O detalhamento dos ministérios, o que o governo fez?
00:25Na proposta do Ministério da Fazenda, aparece só o valor que vai ser cortado.
00:30Cada ministério vai ter até o próximo dia 6 pra definir de onde vai sair,
00:36quem e que programa vai perder, de onde vai tirar o recurso pra cortar, né?
00:41Pra atingir a meta fixada pelo Ministério da Fazenda.
00:46Só pra gente ter uma ideia, o Ministério das Cidades foi o que teve o maior corte
00:51anunciado na semana passada, 4 bilhões e 288 milhões de reais.
00:57Depois, vem o Ministério da Defesa, que perdeu quase 2 bilhões e 600.
01:02Ministério da Saúde, 2 bilhões e 300.
01:05Ministério do Desenvolvimento Social, 2 bilhões e 100.
01:09O Ministério dos Transportes, 1 bilhão e 400 milhões de reais.
01:17Ministério da Fazenda, o autor, né, da canetada, também vai ter que ajustar suas contas.
01:23Vai ter que cortar 1 bilhão e 400 milhões de reais.
01:27E a Presidência da República vai ter que fazer um corte de algo em torno de 681 milhões de reais.
01:35Vale lembrar que o governo tá pedindo que sejam cortados os valores
01:39e cada ministério é que vai tomar a iniciativa de apontar aonde deverão ser feitos esses cortes.
01:45Ministério da Educação, pelo menos por enquanto, tá livre de qualquer tipo de corte
01:50e segundo o governo federal, 10 bilhões e 600 são bloqueios por conta do aumento das despesas obrigatórias
01:57e 20 bilhões e 700 milhões de reais contingenciamento por conta da frustração de receita.
02:05Pois é, muito obrigado, viu Luciana Verdolim.
02:07Zé Maria Trindade, eu acho que no caso do bloqueio, eles fazem, eles tomam a medida
02:12até perceberem que os ministérios ou as pastas mais atingidas estariam promovendo a economia que se espera.
02:21Agora, no caso do contingenciamento é porque não tem mais o que fazer mesmo, né,
02:24eles precisam segurar essa grana porque senão o negócio vai desandar.
02:28Como é que você avalia essas medidas que estão sendo tomadas pelo governo
02:31e o fato desse valor ser o maior dos últimos cinco anos, hein?
02:34Como é que isso tá repercutindo por aí?
02:38Pois é, eu fui atrás de alguns cortes e é interessante que um ex-diretor do Senado Federal
02:45me disse o seguinte, antes, né, vinha a ordem do governo,
02:49é preciso economizar 10% do orçamento, contingenciar e cortar.
02:55E aí se fazia um corte linear, o que é isso?
02:58Pegava todo o orçamento de todos os ministérios e cortava 10% ou 20%,
03:03cada ministro tinha que se adequar àquele corte de 10% a 20%.
03:08E muita gente achava isso muito bom, porque aí pelo menos não discriminava,
03:12tal ministério é mais importante do que outros, né?
03:16Mas é um corte linear que é considerado burro e ineficiente,
03:20porque em alguns casos, alguns ministérios podem cortar mais gorduras
03:24e podem cortar mais projetos, né?
03:27Então, hoje esse corte setor por setor, ele é mais inteligente.
03:33Mas sempre houve cortes, sempre houve cancelamento de projetos.
03:36Foi atrás também de sobre quais são esses projetos.
03:40Veja bem, eu vi, por exemplo, assim, no estado do Amapá,
03:45em que há uma grande quantidade de recursos disponíveis, né?
03:50São oito deputados federais, três senadores,
03:54o Amapá tem a presidência do Senado e a liderança do governo do Senado.
03:59Esses 750 mil habitantes prestando de emenda, prestando de dinheiro.
04:04Aí me mostraram lá o seguinte, que os prefeitos não conseguem fazer os projetos.
04:09E não conseguem viabilizar os gastos.
04:13Então, vem a navalha e corta.
04:16Puxa vida, fala Gânio.
04:17Sabe o que isso mostra?
04:19Mostra que o dinheiro está acabando no Brasil.
04:22Acabou, acabou.
04:23Não tem mais o que fazer.
04:24E aí, o Brasil, ele tem uma característica que é bastante interessante.
04:29A gente acaba fazendo as reformas necessárias,
04:32só que a gente não faz com planejamento no tempo necessário.
04:36O que acontece?
04:37A gente espera aos 50 do segundo tempo para resolver fazer essas reformas.
04:43Começam a virar remendos.
04:44Exatamente.
04:45É remendo, é puxadinho dali.
04:47É quando o país está à beira de um precipício, aí a gente faz.
04:51Foi assim com o Plano Real.
04:53Foi assim com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
04:55Foi assim com a Reforma da Previdência.
04:58E vai ser assim também com a próxima reforma, que vai ser uma reforma fiscal.
05:03Que eu repito, a reforma estruturante fiscal, o Plano Real fiscal, vai ficar para 2027.
05:11Ninguém, Evandro, vai querer assumir este ônus em véspera de uma eleição.
05:17Nem o Executivo e nem o Parlamento.
05:20Mas vai ficar para 2027.
05:21Por quê?
05:21Porque o dinheiro acabou.
05:22Não vai ter dinheiro para emenda, não vai ter dinheiro para subsídio.
05:26Acabou, o dinheiro acabou.
05:27Então a gente precisa fazer um pacto, uma espécie de Plano Real fiscal.
05:33E aí o que eu defendo?
05:34Chame os maiores especialistas em contas públicas nesse país.
05:37Quem são?
05:38Você tem o Marcos Mendes do Insper, você tem o Mansueto, que hoje está no Banco de Investimento.
05:43Você tem o Felipe Salto, que o Piperno tanto gosta.
05:47Chame esse pessoal e vamos ver o que dá para fazer.
05:50Vamos ver onde que tem atrito com a Constituição e dá para cortar gasto.
05:54Chame a jurista para ver o que é mais rápido.
05:57E o que precisa de negociação política.
05:59E um pacto com a sociedade.
06:01Caso contrário, o dinheiro acabou e é calote da dívida pública daqui a alguns anos.
06:05Interessante.
06:06Piperno, você acredita que o governo esteja à beira do precipício?
06:09Eu acho que o governo está se adiantando em relação a algumas coisas, porque ele também
06:13está de olho em 2026.
06:15Então é melhor cortar agora do que ter que cortar muito, cortar na carne o ano que vem.
06:19Então você acha que ele não precisaria ficar preocupado?
06:23Não está à beira do precipício?
06:25Ah, eu acho que...
06:26Porque você fala que ele está se adiantando.
06:27É como se ele tivesse, ah, não, vou tomar essa medidinha aqui para eu me preparar.
06:31Não estou precisando, mas vou tomar.
06:32Não, eu estou perguntando para você.
06:34Está precisando?
06:35Sempre precisa, porque o Brasil vem de sucessivos déficits.
06:40Agora, daria para empurrar com a barriga mais um ano.
06:43Talvez e aí teria uma situação de mais, enfim, de muito mais limitação de recursos
06:54em 2026, que é um ano eleitoral.
06:56E que ninguém duvide que a tradição brasileira aponta para gastos maiores em ano eleitoral.
07:03Sempre foi assim e, infelizmente, não tenho a menor ilusão de que não vá ser assim de novo.
07:08Até porque há vários projetos aí, enfim, em gestação por todo o país.
07:16Por exemplo, exploração de petróleo na Foz do Amazonas é algo que pode acontecer a partir do ano que vem
07:23e é preciso de dinheiro para isso, é óbvio.
07:25Agora, ontem, o Jornal Globo publicou um editorial com o seguinte título
07:33Revisão completa de renúncias fiscais se tornou mais urgente.
07:39É o que eu falo todo dia.
07:41E eu não tenho, por exemplo, a menor dúvida de que daqui a pouco, em algumas semanas,
07:47algumas semanas o governo vai anunciar, por exemplo, o novo Plano Safra.
07:53Certamente, o governo vai se gabar de novo o recorde.
07:59O ano passado já foram 460, 70 bilhões de reais.
08:04Esse ano, certamente, vai passar da casa do meio trilhão.
08:08A pergunta que eu faço, está em condição de fazer esse tipo de investimento agora?
08:14Porque a gente sabe que esse é um setor bastante produtivo, é verdade.
08:18E o primeiro trimestre nos mostra isso, mas também é um setor bastante beneficiado
08:24por isenções fiscais.
08:26O governo está em condição de oferecer isso?
08:29Então, esse tipo de coisa tem que ser avaliado.
08:31Você acredita nisso, Segret, que essa seja uma prioridade?
08:34Ah, devemos lembrar que o Plano Safra só tem 80 bilhões,
08:37se chega a 80 bilhões, que é o governo colocando dinheiro.
08:40O resto não tem nada a ver com o apoio do governo.
08:43Fizeram uma outra conta.
08:44Só fazendo um dado novo, Segret, o governo trabalhava com 80 e tantos bilhões de subsídios.
08:54Aí, foi refeita a conta e esse número já chegou a 153,
09:00com base, inclusive, em declarações de empresas de proprietários rurais,
09:06anunciando o tamanho do volume de recursos que eles alcançaram.
09:10E tomo até os 153 que você menciona, e eu acredito na tua palavra,
09:14mas está longe de 480 e pouco que o governo fala.
09:17O Plano Safra tem como se fosse que ele colocou dinheiro,
09:20não é o governo que coloca dinheiro.
09:21Mas, de qualquer maneira, eu apontaria a seguinte questão.
09:24Em geral, se você quiser cortar gastos,
09:28e agora tem contingenciamento, que seria um corte de gastos,
09:31se a máquina pública consegue sobreviver com a despesa cortada,
09:35é que o orçamento real é esse, não é o outro.
09:39Se eu tenho que diminuir a minha despesa mensal,
09:42e eu consigo diminuir a minha despesa mensal e continuar vivendo,
09:46o outro orçamento anterior, que tinha uma gastança maior, não era necessária.
09:51Deixou de servir.
09:52Se eu consigo ter uma máquina com 31 bilhões a menos,
09:57eu poderia ter poupado 31 bilhões antes.
09:59Por que eu estava gastando?
10:00Aí você vê a outra questão.
10:02Quer diminuir?
10:04E vou tomar o exemplo.
10:05E não é que estou defendendo essa situação e não é para cutucar o piperno.
10:11O governo de Milley cortou, no primeiro mês, 5 pontos do PIB.
10:17Não estamos falando de 31 bilhões num universo gigantesco, não.
10:22Cortou 5 pontos do PIB.
10:24Só para fazer um cálculo,
10:26o déficit previsto para esse ano,
10:29que é uma permissão de sei lá quem,
10:32porque esqueceram de colocar no arcabouço fiscal
10:34a responsabilidade fiscal de não cumprir,
10:38é 0,25.
10:390,25 do PIB é a discussão do Brasil.
10:43O presidente Milley cortou 5 pontos do PIB.
10:46Isso provocou, no primeiro ano,
10:48provocou uma queda drástica da riqueza.
10:51Obviamente, tem muita gente que dependia desse valor.
10:55A pobreza foi para 52,9% em agosto de 2024.
11:00Sete, oito meses depois,
11:02hoje a pobreza está em 38%.
11:04O desemprego está caindo,
11:05a atividade econômica está recuperando.
11:07Por que isso?
11:08Porque o governo conseguiu superávit fiscal e superávit nominal.
11:12Hoje o governo aqui está com um déficit fiscal,
11:15agora teve o resultado no mês de maio,
11:17foi menor do que esperado.
11:19Não, de abril, desculpa, de abril.
11:22Saiu o resultado, 14 bilhões de superávit.
11:25Era menos do que era esperado pelo mercado.
11:29Mesmo assim, a dívida continua aumentando.
11:31Lembrando que em dezembro do ano passado
11:33venderam reservas internacionais por 30 bilhões de dólares
11:36e esse valor foi afetado para a diminuição da dívida pública.
11:40Taxa de juros subindo.
11:41Um ponto da taxa de juros que sobe a Selic
11:44são 50 bilhões que o governo tem que alavancar.
11:47Quando você tem, segundo o FMI,
11:50uma dívida perto de 90%,
11:52as alarmes amarelas começam a piscar em todo lado.
11:55E o governo não está preocupado com isso.
11:57Aí armou uma bomba fiscal que vai detonar em 2027.
12:01Provavelmente o governo não seja mais do presidente Lula.
12:04Aí explode a bomba em 2027 e a esquerda fala,
12:07está vendo?
12:08O governo da direita, está vendo o que provocou?
12:10Pobreza, provocou problema.
12:12Mas era uma bomba que estava já articulada antes, agora,
12:16e explode no próximo governo.
12:18Por isso, quando a gente fala,
12:20pô, eu desejo que o governo próximo não seja da esquerda.
12:23Mas se for da esquerda, eles vão ter que alavancar
12:26a bomba que eles mesmos criaram.
12:28Isso aí.
12:28Então, é uma dicotomia confusa,
12:32porque, por um lado, você fala,
12:33não, não quero que continue esse governo.
12:35É uma simpatia pessoal, subjetiva.
12:38Mas, por outro lado,
12:39se continuar o governo da esquerda,
12:40ele vai ter que armar a bomba que ele está criando.
12:43E só porque o Legislativo esqueceu
12:46de colocar na reforma do arcabouço fiscal
12:49a responsabilidade fiscal.
12:51Teríamos que estar nesse ano com um superávit 0.5.
12:54Não será cumprido.
12:55E o que acontece com o governo?
12:56Nada.

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