- 17/05/2025
Tiradentes tem a vida ameaçada. Rubião entrega um saco de ouro a Antônia. Mão de Luva rouba o livro de Tiradentes. Rainha de Portugal manda matar rebeldes no Brasil. Capitão Tolentino apreende Rubião e Tiradentes. Antônia foge com Joaquina. Rubião é torturado e trai Tiradentes. Joaquina foge para se encontrar com Tiradentes. condenação de Tiradentes
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DiversãoTranscrição
00:00A CIDADE NO BRASIL
00:30A CIDADE NO BRASIL
01:00E o seu famoso livro, a Declaração da Independência da América.
01:23Sim, mas fale baixo.
01:25Quer que o cais do Porto inteiro saiba da conjuração?
01:27Anuncie essa palavra amanhã.
01:28Então fala meu nome.
01:29Chama de Vendec.
01:30Esse livro é a base da nossa revolução.
01:33A independência.
01:34Você acha que eu fui seguido?
01:37Tão certo como o sol nasce amanhã.
01:40Agora nos separamos.
01:41Garoto, vigia a tua sombra.
01:44É o livro?
01:52Sim.
01:53O Maia conseguiu.
01:55Manzaga, quem diria?
01:56Aquele pirralho que agora se faz chamar por Vendec.
02:00Não sei onde ele foi arrumar um nome tão ridículo.
02:02É melhor que Tiradentes.
02:03Agora que temos o livro, a independência há de vingar, poeta.
02:16Mas nós precisamos de bacamartes e espadas também.
02:19Não temos quem use armas.
02:21O povo morre de medo da rainha.
02:23Dizem que Portugal foi a banca rota.
02:25Todo o nosso ouro escoa para a Inglaterra.
02:27Já são 12 toneladas até agora.
02:29Se a família real vier para o Brasil, nunca vamos nos libertar do jogo português.
02:34Isso é impossível, homem.
02:35Uma corte inteira atravessa o mar.
02:37A gente precisa se preparar.
02:39O roqueio é o primeiro passo ao férias.
02:42O livro é importante.
02:43É um símbolo poderoso.
02:45Mas salvo duas ou três almas, a colônia não sabe ler.
02:48Ideias sem ação.
02:50Eu tô com uma alma apenada.
02:51Eu tô um espírito sem corpo.
02:53Sem ação.
02:54Esse livro que é tão importante para nós não tem valor nenhum.
02:57A revolução em França se fez com a militina e não com palavras.
03:01Vence quem bate mais forte, poeta.
03:03Essa é a lei.
03:22Já começou o derramamento de sangue.
03:26E o que vamos fazer agora?
03:29Esconder o livro.
03:30Um lugar seguro.
03:31Onde?
03:32No sertão de Minas.
03:34Ninguém vai pensar em procurar o roqueio naquele fim de mundo.
03:51Para minha amada filha, Joaquina.
04:22Pegar uma galinha é difícil, menina.
04:24Eu quero, eu posso.
04:29Onde é que tá teu pai, lingueruda?
04:31Não tenho pai.
04:34Posso ajudar?
04:35Podia.
04:36O homem veio saber do meu pai.
04:38Passa pra dentro, Joaquina.
04:43O que você tá fazendo aqui?
04:45Eu tô procurando o roqueio.
04:47Você tá procurando o roqueio?
04:49Sim.
04:55Quer falar com o Alferes?
04:57Tem outro homem em casa?
04:58Você é o cobrador?
05:01Vou arrancar um dente.
05:16Eu quero o dente.
05:17Vai brincar lá fora, Joaquina.
05:19Vou encher isso aqui.
05:26Esse maldito dente tava me matando.
05:29Onde é que a senhora aprendeu a manejar o boticão?
05:31Na vida.
05:33E a menina?
05:36É filha do Alferes?
05:38Dois mil réis.
05:40Dois mil réis, dona Antônia.
05:42Por um dente?
05:43Não.
05:44Pela sua dor.
05:45Seu dente não vai liar nada, não.
05:46Pode ficar com ele por sempre.
05:50A senhora faz boa figura, né?
05:54Agora eu entendo por que o Alferes se pela pela sua pessoa.
06:05Entrega isso aqui ao Alferes.
06:08Dinheiro?
06:09Melhor.
06:11Ouro.
06:13Provisão para a causa.
06:14Vamos nos livrar de uma vez por todas do júlio de Portugal.
06:17Conjura essa causa de vocês!
06:19Vocês vão acabar numa forca!
06:21Passa daqui!
06:30O que é isso, mãe?
06:32Nada.
06:33Como brilha.
06:34É do pai?
06:36Vem cá, Joaquina.
06:39Passa pra cá.
06:42Isso aqui é pra você aprender que toda vez que você fala o nome do seu pai,
06:45você vai sofrer.
06:47Ouviu?
06:49Sim, senhora.
06:55Agora somos só nós duas.
06:57Só eu e você.
07:00Seu pai ainda vai acabar na ponta de uma corda.
07:16O que é isso?
07:17O que é isso?
07:45O que é isso?
07:47Estou falando que está bem ferrado.
07:49O senhor é ferreiro, por acaso?
07:51Está faltando um cravo ali.
07:53E esse senhor da frente está solto.
07:56Perguntei alguma coisa?
07:58Vamos, animal.
07:59Vamos, imundice.
08:01O senhor está indo para a Vila Rica?
08:06O senhor é um salteador.
08:08Faz o seguinte.
08:10O senhor me dá toda a moeda que tem e eu livro sua pessoa desse problema.
08:18Ladrão de estrada.
08:20Eu sou um súdito de sua majestade, a rainha.
08:24São umas três léguas até a Vila Rica.
08:27Se o senhor tiver sorte, o senhor chega lá antes do pôr do sol.
08:30Enquanto isso,
08:32eu fico com a sua montaria, se as pertence.
08:36Vai ter que me matar primeiro.
08:38Não seja por isso.
08:39O que esse alférez tem de tão importante para defender com a própria vida?
08:43Deixa eu ver, Simão.
08:49Um livro.
08:52Um livro.
08:56Deve ser importante.
08:58Um livro.
09:00Um livro.
09:02Um livro.
09:04Um livro.
09:06Um livro.
09:08Deve ser importante.
09:10Deve valer alguma coisa.
09:24Eles levaram o livro, o roqueiro.
09:26Como você deixou isso acontecer, Ofer?
09:28Eles levaram o livro, Alvarenga.
09:30Levaram as minhas roupas, levaram tudo.
09:32Malditos bandoleiros.
09:34Eles não têm ideia do que tem nas mãos.
09:35Ou tem?
09:37Talvez.
09:39Há espiões da coroa por toda parte.
09:41Tentaram me matar a mim e ao Gonzaga no Rio de Janeiro.
09:43Essa ação foi orquestrada.
09:45Só pode ser.
09:47Não acredito. Não teriam me deixado vivo.
09:49Isso deve ser coisa do bando do mão de luva.
09:51O senhor teve foi muita sorte de ter escapado com vida.
09:54O ouro que escoa do Brasil para Lisboa atrai todo tipo de bandido.
09:58Enquanto a gente for dependente da coroa, nada vai dar certo aqui nessa terra.
10:02Nós temos que lutar pela liberdade.
10:03Diz isso para mim.
10:05Depois que o Brasil se libertar de Portugal, primeiro passo é libertar o seu povo, Santina.
10:09A república não haverá escravos.
10:11Prepara a minha flada.
10:17Minha rainha!
10:19Minha rainha!
10:24Não é o senhor que disse que no mundo não deveria ter rainha?
10:27É, mas você pode tudo, minha princesa.
10:30Se mamãe te pega aqui, eu te corro com a vassoura.
10:33Sua mãe me ama.
10:35Do jeitinho que eu amo você.
10:37Eu não te dei o meu nome.
10:39Mamãe falou que o senhor roubou a Santina da gente.
10:41Não roubei ninguém.
10:45Eu só peguei emprestado.
10:48Ninguém é dono de ninguém, Joaquina.
10:50Essa é a primeira lição que você precisa aprender, minha filha.
10:53Nós somos todos livres.
11:04Diz Antônia Maria do Espírito Santo,
11:08órfã do falecido seu pai, Antônio da Silva Paz,
11:12que estando na companhia da viúva sua mãe, Maria Josefa,
11:16vivendo com toda a honestidade recato,
11:21aprincipou a aliciar o alférez Joaquim José da Silva Xavier,
11:26o qual, debaixo de palavras de honra e promessas esponsalícias,
11:31lhe ofendeu a pudicícia...
11:34Pudicícia?
11:36Cale-se!
11:38A propriedade da Rua da Ponte Seca
11:40também passa para o nome da legítima proprietária,
11:43Joaquina Maria do Espírito Santo.
11:46E fica o senhor condenado
11:48a reconhecer a menina na forma da lei
11:51e a dar o nome de sua família a ela.
11:55É justo? É justo.
11:57Mas isso não é isso, é a casa.
11:58Sr. Juiz, eu fui roubado.
12:00Bandidos, eu não tenho nada de meu.
12:02A única coisa que possuo é a casa onde vivo.
12:04Mentira! Ele tem outra morada que é para fugir dos credores.
12:07Tomica, seja razoável.
12:09Consta que dos altos que o senhor tem uma outra propriedade
12:13em seu nome, na Rua de São José,
12:16há bancos por lá.
12:18Quem acha que a situação desse governador está melhorzinha,
12:22levanta o braço.
12:25Eu sou o esconde-de-barba Sena.
12:29Pouca barba, muita cena.
12:36E eu sou bandeira, intendente de vila.
12:40E eu sou o esconde-de-barba Sena.
12:43Pouca barba, muita cena.
12:45E eu sou bandeira, intendente de vila rica,
12:48que logo, logo vai se chamar Vila Pobre.
12:54Vocês são homens da autoridade, mendigo.
12:56Vou marcar-te para nunca.
12:58O que o homem faz se só está tentando ganhar a vida?
13:00A praça é do povo.
13:02Sim, senhor. O senhor oferece.
13:04Para, deixa o homem, deixa o homem.
13:09A praça é do povo, senhores.
13:12A praça é do povo.
13:14Só o povo tem o direito essencial de governar-se.
13:18O governo é ou deveria ser instituído para o bem comum,
13:25para a segurança do povo.
13:29Cada cidadão comum tem o direito de ser protegido pelo governo.
13:36Gozando de pleno direito de liberdade, senhores.
13:39A praça é do povo.
13:41A praça é do povo.
13:50São quantos os conspiradores?
13:53Não se sabe, majestade.
13:55Esses quadreiros livres, eles estão em todo lugar.
13:58Esses maçons.
14:00Que diabos carregue?
14:02Majestade, se me permite.
14:04Fala.
14:06Não se refira ao anjo caído pelo nome.
14:07E quanto aos maçons, eles podem querer vingar-se.
14:13Mando executar a todos.
14:16A começar pelo senhor, que é um favor que faço a Deus.
14:25O que devemos fazer, majestade?
14:28É a mim que perguntas, homem.
14:31É assunto de homens.
14:34Eu sou a rainha.
14:35Eu sou a rainha.
14:37Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrude Rita Joana de Bragança.
14:44Sou Maria Primeira.
14:46Sim, majestade.
14:49Mando matar a todos.
14:52Os descendentes também.
14:55Um traidor não pode ficar pra chamante.
15:05Não seja tão rude com o Sr. Abreu Vieira, Capitão Tolenquino.
15:12Os senhores que já se conhecem estão envolvidos em contrabando de diamantes.
15:18Só por isso já mereceriam a forca.
15:21Imagine se somamos a isso o crime de conspiração.
15:24Eu não sei de conspiração nenhuma.
15:26Consta que o senhor é padrinho da filha ilegítima do Alferez Silva Xavier.
15:31Que jogava cartas em sua casa com o nosso Silvério dos Reis aqui presente.
15:39A rainha, que é uma soberana justa, necessita do vosso depoimento, senhores.
15:44E saberá ser generosa.
15:47Eu só preciso saber onde se reúnem os conspiradores, o nome de todos.
15:52Onde vivem, o que comem.
15:55Coisa pouca.
15:56Coisa pouca.
16:00Ai!
16:02Que foi, moleque?
16:03Piolho.
16:04Tata?
16:05Deve ter pegado de algum tropeiro.
16:07É suja!
16:08Suja?
16:09Era a senhora sua mãe que te colocou no mundo.
16:11Imundícia!
16:12Repete!
16:13Imundícia!
16:14Vaca!
16:15Cachorra!
16:22Chega, vocês duas!
16:23Vamos parar de briga.
16:24Madrinha, meu cabelo!
16:25Essa tina de água com piolho!
16:26Eles vão morrer tudo envenenados!
16:28Chega, já falei!
16:30Não quero ver ninguém marcado que hoje à noite promete.
16:32Agora vamos, vamos, vamos!
16:33Vamos, vamos!
16:34Vamos botar uma roupa!
16:35Vamos ir com a cara!
16:36Vamos arrumar!
16:37Você não, Saberia.
16:38Você fica.
16:41Daqui a pouco eu vou receber uma encomenda.
16:43E eu preciso que você mantenha as meninas longe daqui.
16:46No quarto.
16:48Se precisar, passa o ferrolho.
16:50Sim, senhora.
16:51Agora sai.
16:54Você perdeu o tal do livro!
17:08Virgínia, eu não perdi o livro.
17:10Eu fui roubado por os tal Tiadores.
17:12De certo foi encomendado.
17:13Eles deviam saber que você tinha o livro.
17:15Duvida.
17:16Essa terra de miseráveis, até os ladrões são miseráveis.
17:18Eles vão usar o livro para acender o fogo, isso sim.
17:20Ainda por cima perdeu a casa em que vive.
17:23Olha aí, olha aí, mais uma injustiça.
17:25A menina é tua filha, homem.
17:27O que é que você queria?
17:29Que ela fosse pra roda dos expostos?
17:31Junto das outras enjeitadinhas?
17:36O roubo do livro é um mau sinal.
17:39Você tá com a polícia, você tá em maus lençóis.
17:42É a prova que eles precisavam contra a tua pessoa.
17:44Eu não vejo quando Portugal precisa de provas pra enforcar alguém.
17:48Eles fazem o que querem, esses portugueses.
17:50E a colônia fica aí, nessa miséria.
17:52Na rica não tem nada de miserável.
17:54Se o ouro sair daqui, amancheia-se.
17:56Aquele livro era importante, mas sozinho não adiantava de nada.
17:59A colônia precisa de armas, Virginia, armas.
18:02Na América eles tinham roqueiro, mas passaram fogo naquela inglesada toda.
18:05E não me consta que carregaram os canhões com palavras.
18:08Você fala demais, Alferes.
18:10É um pouco erroto.
18:12Um dia vai acabar sufocado por essa tua língua comprida.
18:18Mãe.
18:20O pai é mau?
18:22Pior.
18:24É sonhador.
18:25Quando eu crescer, quero ser que nem meu pai.
18:27Tiradentes?
18:28Alferes.
18:29Você é mulher. Mulher não pode ser soldado.
18:31Meu pai me falou dos amazonas, que eram mulheres guerreiras.
18:34Mentira. Sandice, sonho.
18:36Tudo coisa da cabeça dele.
18:38Eu quero viver num sonho.
18:39Cala a boca e come, Joaquina. E depois cama.
18:43Tenho que entregar essa costura na dona Luzia na primeira hora da manhã.
18:48Droga!
18:50Como ia eu saber das tuas confusões, homem?
18:53E eu deixei o ouro com a sua mulher?
18:55Ela não... A Tunica não é a minha mulher.
18:57Ela usa saias. Mora na sua casa.
18:59É mãe da sua filha. O que podia eu pensar?
19:01O mal já está feito.
19:03A Tunica não vai me devolver aquele ouro.
19:06Veio, secou.
19:08Onde saiu aquele ouro, não sai mais.
19:11A coroa portuguesa está sangrando a gente cada vez mais.
19:13Aliás, eu acho melhor você partir para o Rio de Janeiro de novo.
19:18E ir-se embora.
19:20Talvez São Paulo.
19:21São Paulo? São Paulo é o fim do mundo.
19:24Melhor que ser preso.
19:25Que preso, copião?
19:26Eu recebi uma mensagem, Alferes.
19:29Ponto Correio.
19:30A rainha mandou acabar com a conspiração, a todo custo.
19:35Estamos correndo risco de vida.
19:37Senhor Alferes.
19:38O mesmo, mulher.
19:41Ai, a gente tem sede.
19:43Sede?
19:45Para sede, vinho.
19:48Mais revistas.
19:49Outras.
19:51O que é isso?
19:52Mas eu pago a taxa, eu nunca...
20:01A filha do rei.
20:02Em nome da rainha, o senhor foi preso por crime de conspiração
20:05e alta traição.
20:18Alí, Alá, Alá
20:22Alé, Alá
20:26Alí, Alá, Alá
20:30Alé, Alá
20:34Alí, Alá, Alá
20:38Alé, Alé
20:41Alé, Alé, Alé
20:46Alí, Alá
20:50Alí, Alá, Alá
20:54Alé, Alé
20:57Alí, Alá, Alá
21:01Alé, Alé
21:04Alé, Alá, Alá
21:08Alé, Alé, Alé
21:16MÚSICA
21:24Anda.
21:25Vai.
21:26Vai.
21:28Vai.
21:33Espera.
21:37O que foi isso?
21:39Espera.
21:40Joaquina!
21:42Menina!
21:43Joaquina!
21:44Sua pé de mula, mãe.
21:46Levanta-se da estrada.
21:47É o destacamento.
21:49Esconde no mato.
21:50A sudadesca não pode ir mulher, não perdoa nem criança.
21:53Esconde.
22:14É o pai!
22:32Ana Linha, passa logo, vai.
22:35Para onde levar o pai?
22:37Para o Rio de Janeiro.
22:44MÚSICA
23:00Me solta!
23:01O que é isso, menina?
23:04Eu não fiz nada.
23:05Foi a Joaquina que amassou a estrada.
23:07Mentirosa.
23:08Cala a boca, filha de mãe solteira.
23:10Você é tão ruim que devia ser aquele de sua cadeira.
23:14Joaquina!
23:15Vai já para a sala ficar com a sua mãe.
23:19Branca.
23:21O Alferes?
23:22E é preso?
23:25Agrilhoado.
23:28Ele é mais rumbião.
23:30Não vale o que come.
23:32Eu avisei.
23:34Eu falei para ele deixar de ser boqui roto.
23:38Falastrão.
23:39Vivia pelas tavernas, bradando contra coroa.
23:42Uma hora ia dar nisso, não é?
23:45Diogo Fato acha que ele vai ser condenado.
23:49A pena para insurgência e traição
23:52é o degredo ou a forca.
24:01Só precisamos de um nome.
24:03Com quem está o livro?
24:06Seu velho.
24:08Fala de uma vez ao homem.
24:10Em troca, a tua pena será contada.
24:36Ou falas agora?
24:37Ou não falas nunca mais?
24:38Solta a folga!
24:39Solta!
24:44O Alferes.
24:48Tiradentes.
24:54O livro está com ele.
24:58Acorda, minha.
24:59Só para te dizer uma coisa.
25:00O livro está com o Alferes.
25:01O livro está com o Alferes.
25:02Acorda, minha.
25:03Sua preguiçosa.
25:04Eu tive que ordenhar a casa sozinha.
25:05Vai, vai, vai.
25:10Joaquina?
25:14Meu Deus.
25:21Chapa de menina.
25:32Chapa de menina.
26:02Confessa, traidor.
26:03Tu eres o líder dessa maldita conspiração.
26:05Sabes de tudo.
26:06Ou fala,
26:07ou acabo com o raio da tua vida aqui mesmo.
26:10Tu podes fazer o que quiser comigo, seu pão-nadado.
26:13Mas não podes me matar.
26:15Esse privilégio é da rainha.
26:25Eu sou o senhor.
26:26Eu sou o senhor.
26:29Eu sou o senhor.
26:30Insolente.
26:33E a minha morte...
26:36é só o começo.
27:00E a minha morte...
27:02é só o começo.
27:3014 anos depois
27:41Pai! Pai!
27:44Joaquina!
27:48Que que você tá fazendo aqui, minha filha?
27:52Eu vou levar o senhor embora.
27:55Você precisa voltar.
27:57Você precisa ir embora, Joaquina! Você precisa ir!
28:00com o senhor. Não, mas seguro. Como foi que você chegou até aqui? De carroça. Você
28:07vai pra casa. Agora.
28:12Joaquim, não me escuta. Você precisa cuidar da sua mãe. A Antônia ficou sozinha lá. Ela deve
28:19estar preocupada com você.
28:22Não chora.
28:26Você é o meu tesouro, minha filha. Você é a minha esperança. Promete pra mim que
28:40vai pra casa. Prometo.
28:50Eu te amo. Eu também te amo, pai.
28:56Tendo sido lido o perdão rejo de sua majestade, a rainha Maria Primeira, e de sua gentil
29:17carta de clemência, todas as sentenças de morte são comutadas em banimento para as
29:27colônias de África, salvo a pena do alférez Joaquim José da Silva Xavier, por Alcunha
29:37do Tiradentes. Esse é condenado a que, com barraço e pregão, seja conduzido pelas ruas
29:46públicas ao local da Forca e nela morra morte natural para sempre. E que depois de morto
29:56e seja cortada a cabeça e levada à Vila Rica, onde, em lugar mais público dela, será pregada
30:05em um poste alto até que o tempo a consuma. E o seu corpo será dividido em quatro quartos
30:15e pregados em postes pelo caminho de Minas, onde o réu teve as suas infames práticas
30:22para que sirva de exemplo aos traidores. Declaram o réu infame e infames seus filhos e netos
30:34e os seus bens aplicam para o fisco e câmara real. E a casa em que vivia em Vila Rica será
30:43arrasada e salgada para que nunca mais no chão se edifique e nada mais nasça naquele terreno.
30:55E no mesmo chão se levantará um padrão pelo qual se conserve em memória a infâmia
31:03deste abominável réu. Tenho dito. A Nossa Augusta, Pia e Fidelíssima Rainha, mortam o traidor!
31:15Mortam o traidor! Mortam o traidor!
31:23O réu pode proferir suas últimas palavras.
31:27Pois seja feita a vontade de Deus. Mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria pela libertação da minha pátria.
31:53Mortem o traidor! Mortem o traidor!
32:09Viva a Rainha!
32:23Viva a Rainha!
32:53Viva a Rainha!
32:55Viva a Rainha!
32:57Viva a Rainha!
32:59Viva a Rainha!
33:01Viva a Rainha!
33:03Viva a Rainha!
33:05Viva a Rainha!
33:07Viva a Rainha!
33:09Viva a Rainha!
33:11Viva a Rainha!
33:13Viva a Rainha!
33:15Viva a Rainha!
33:17Viva a Rainha!
33:19Viva a Rainha!
33:21Viva a Rainha!
33:23Viva a Rainha!
33:25Viva a Rainha!
33:27Viva a Rainha!
33:29Viva a Rainha!
33:31Viva a Rainha!
33:33Viva a Rainha!
33:35Viva a Rainha!
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