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  • 13/05/2025
Partidos da base governista divulgaram dois vídeos que responsabilizam a gestão de Jair Bolsonaro pelos desvios bilionários no INSS. O conteúdo afirma que o atual governo foi o responsável por identificar o esquema e conduzir o processo de devolução dos valores aos aposentados e pensionistas.

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00:00Programa Os Pingos nos Is, recebendo também as pessoas que nos acompanham pelas emissoras de rádio espalhadas por todo o Brasil, o esquema do INSS que desviou mais de 6 bilhões de reais dos benefícios de aposentados e pensionistas,
00:14em destaque principalmente informações que foram divulgadas nos últimos dias a respeito de posicionamentos de parlamentares que integram a base do governo que derrubaram, cancelaram regras e dispositivos que dificultavam fraudes nos benefícios dos aposentados e pensionistas.
00:35Agora, Beiraldo, quando a gente fala desse processo de ressarcimento, algumas ações sendo tomadas pelo governo, pelo INSS, inclusive tem informação para você que nos acompanha,
00:47que essas associações terão 15 dias, duas semanas para comprovar o vínculo com os beneficiários e vão ter que juntar informações e documentos, comprovação da associação, autorização do desconto e também documento de identidade,
01:04também assinatura daquele que teria contratado o determinado serviço. E a gente precisa olhar, né, Beiraldo, para um grande desafio que vai ser reunir o volume de dinheiro para pagar todo mundo.
01:20Você, em outros programas, chegou a destacar as estratégias que são adotadas em fraudes para esconder e muitas vezes até enviar os recursos para outros países, né, blindar esse tipo de patrimônio.
01:34De que maneira o governo pode conseguir alcançar esses recursos para não usar dinheiro público para pagar aqueles que foram lesados, hein, Beiraldo?
01:43Tem uma luz para compartilhar com a gente?
01:45Olha, tem aquela frase famosa, né, de siga o dinheiro. O governo, ele precisa oferecer todos os instrumentos necessários e possíveis que estejam ao alcance do poder público
02:01para que a polícia faça o seu trabalho da investigação. Polícia, com o Ministério Público. E eles vão conseguir mapear, sobretudo hoje, com tanta informação que se tem
02:13em relação à movimentação financeira e essa movimentação financeira, ao contrário de outros ambientes de corrupção do poder público, ela se dá a partir de transferências bancárias.
02:27Então vem o desconto, você consegue identificar o desconto nas aposentadorias, esse desconto vai para uma conta específica da associação que assinou um contrato, um convênio com o INSS
02:40e a partir dali se mapeia para onde esse dinheiro foi. Eu sou favorável de que empresas envolvidas, escritórios de advocacia e outras similares que estejam envolvidas
02:55na recepção de um volume brutal de dinheiro, transferências milionárias para determinados prestadores de serviço, que esses também tenham esses valores bloqueados. Por quê?
03:10Porque isso tudo era um esquema de faz de conta. Se eu estou roubando um dinheiro e com este dinheiro roubado eu vou comprar prestígio no judiciário a partir da contratação multimilionária
03:25de determinados escritórios de advocacia, essas pessoas, esses escritórios têm que olhar, têm que ter um sistema de compliance, de aprovação de cliente, olhar para o cliente e falar
03:37mas de onde está vindo esse dinheiro? Qual é a estrutura que esse camarada tem para de repente ter aqui 15 milhões de reais na conta
03:45para pagar os honorários que eu estou pedindo? Porque os valores são assim, ninguém se iluda não, achando que tem escritório
03:52em Brasília que aceita cliente para pagar 500 mil de honorário. Isso aí eles não querem nem atender o telefone.
03:57Na casa é de muitos milhões. Então tem que haver um bloqueio amplo até que se prove que houve efetivamente a prestação de serviço
04:08porque inclusive, Caniato, eu não acho nem só que é uma questão de entregar lá uma ficha assinada pelo aposentado
04:15porque a gente nem sabe as circunstâncias em que o aposentado foi abordado para assinar essas tais fichas de adesão.
04:21O que me parece fundamental é avaliar se essas associações tinham de fato a estrutura necessária para prestar o serviço que eles prometiam
04:32se eles efetivamente, se essas associações efetivamente em algum momento prestaram algum tipo de assistência, de auxílio, de ajuda
04:40trouxeram algum benefício para o aposentado, porque se não trouxeram, são associações de fachada, de faz de conta
04:48estão ali simplesmente para sacar dinheiro que estava indo para o bolso dos aposentados.
04:55Elas não se justificam. Não é correto, não é justo, não é lícito você retirar dinheiro das aposentadorias nessas circunstâncias.
05:05Então tem que haver um rigor muito grande nessas apurações, Caniato, não apenas para identificar a origem,
05:12o papel de cada uma dessas associações, mas também para bloquear não só o dinheiro que está nas contas das associações,
05:20mas também essas grandes movimentações que foram feitas para prestadores de serviço que acabam não prestando serviço nenhum
05:27que não usaram o seu prestígio em alguns corredores de Brasília.
05:33Tem dúvida. Enquanto você fazia a sua análise, a Deise mandou a seguinte mensagem.
05:38Ah, então se as associações devolverem o dinheiro, poderão operar normalmente?
05:43Tem é que caçar a licença dessas entidades.
05:46De fato, não faz sentido, né?
05:48Beleza, eles vão, devolvem o dinheiro para aqueles que foram lesados e continuam operando como se não tivessem feito nada de errado.
05:55Não, tem que inviabilizar a possibilidade de elas continuarem atuando também.
06:00Você, Mota, são muitos desafios pela frente, né?
06:04E ainda que o dinheiro tenha sido carimbado, porque como de esperado, não tem mais dinheiro, né?
06:10Dinheiro era descontado na Folha, aí naturalmente era repassado para as entidades,
06:16a partir daí é que vai ter que seguir o dinheiro, porque eles podem ter sacado ou um sócio que depois deixou a empresa,
06:24levou uma boa parte e aí mudou do Brasil, não mora mais aqui.
06:30É um desafio tanto seguir e ir atrás de todo esse recurso tantos anos depois, né, Mota?
06:36Um desafio grande demais, Caniato, para o Estado brasileiro, principalmente considerando-se tudo o que aconteceu no país nos últimos anos.
06:48Eu não consigo fingir que eu não sei o que aconteceu.
06:53Então, eu mantenho as minhas expectativas baixíssimas em relação a isso.
06:58Eu acho que o máximo que nós podemos esperar é que essa prática de descontos acabe.
07:08Não há mais descontos.
07:09Eu vou mais longe do que sugere o Beraldo.
07:15Pode até ser que algumas dessas associações prestem um serviço relevante para o aposentado.
07:21Manda boleto, meu filho.
07:24Boleto.
07:26Faz como todo mundo.
07:27Imagina, você tem uma loja de sapatos, você vende um sapato para a pessoa, você vai fazer desconto em folha?
07:35Na pessoa? Lógico que não.
07:36Você vai dar uma nota fiscal, né, e a pessoa passa o cartão de crédito, passa o cartão de débito, ou te dá dinheiro.
07:43Façam como todo mundo faz.
07:46Essa história de associação e sindicatos fazendo desconto em folhas,
07:50nem que fosse o melhor serviço do mundo maravilhoso.
07:55Porque é evidente que o desconto em folha cria situações que são prejudiciais aos beneficiários.
08:05Não precisa ser muito brilhante para saber disso.
08:07Então, a minha expectativa é que isso acabe.
08:13Que nunca mais aconteça desconto em folhas.
08:16E a segunda coisa que eu gostaria de ver seria a CPMI no Congresso Nacional, pelo menos mostrando os nominhos.
08:24Quem sabe rola até uma lista de apelidos também do escândalo do INSS, né?
08:29Eu acho que é isso que eu espero.
08:31Eu não espero mais nada.
08:33Eu não imagino que um Estado que deixou que isso acontecesse durante tanto tempo,
08:37agora vai se tornar, vai se ressocializar, né?
08:40É a mesma coisa da ressocialização.
08:42Você espera que o bandido entre na cadeia e saia de lá um cidadão perfeito.
08:47Que mágica que vão fazer para que esse Estado,
08:51o mesmo Estado que permitiu que esse escândalo acontecesse desde sabe-se lá quando,
08:57agora, de repente, esse mesmo Estado vai se tornar super eficiente, justo,
09:03vai correr atrás, vai investigar, vai pegar todas as conclusões.
09:06Mas eu sempre digo, há pessoas competentes, eficientes, muito boas no serviço público brasileiro,
09:14e a gente está vendo um exemplo aí do novo presidente do INSS.
09:18Mas ainda, o que domina o Estado brasileiro é essa mentalidade.
09:23Vamos mudar a revalidação de um ano para três anos.
09:27Ninguém pensou no pobre aposentado.
09:30Pois é, inclusive, viu, Dávila?
09:32Ontem eu recebi uma mensagem do Tiago Cadeirante.
09:37Essa é a identificação dele na rede social.
09:40Ele, obviamente, é cadeirante.
09:43E disse,
09:44Caniato, eu sou vítima do consignado.
09:47Quero denunciar, inclusive, a entidade.
09:48Enfim, ele faz um texto apresentando a dificuldade dele.
09:52Ele recebe um benefício e teve descontos no caso do empréstimo consignado sem fazer a solicitação.
10:00É algo que a gente vai tratar muito.
10:01A gente fala dos descontos associativos, mas tem também os empréstimos consignados.
10:06Mas o Mota traz um ponto que é importante, né?
10:09Falar dos desafios do INSS a partir da denúncia dessas irregularidades terem sido descobertas, né, Dávila?
10:18A questão dos descontos me parece quase um consenso entre todas as pessoas que eu converso e debato em relação aos desafios para o Instituto, o INSS.
10:31É isso, né, Dávila?
10:33Acabar com a possibilidade dos descontos, mas é preciso avançar e tornar a administração, a gestão, muito mais eficiente e segura também, né?
10:45Com certeza, Caniato.
10:46Então, vamos começar pela regra número um.
10:49Acaba qualquer débito automático.
10:51Não tem mais débito automático.
10:53Por que isso foi vetado pelos partidos de esquerda?
10:56É óbvio que essa é a primeira mídia.
10:58Não tem mais débito automático.
10:59Você, se tiver que pagar alguma coisa, tem que receber, pode ser o boleto, como o Mota falou, pode ser alguma coisa, mas você tem que dar autorização e pagar.
11:07Tem que entrar com senha, código.
11:09Você não pode simplesmente ter desconto automático.
11:12Isso não existe.
11:14Ainda mais para uma coisa que é voluntária.
11:17Mas veja o Brasil hoje, como as regras não são respeitadas.
11:21A gente está falando do INSS.
11:23Mas, por exemplo, nós aprovamos uma reforma trabalhista que permite banco de horas.
11:27Então, por exemplo, se você trabalha como enfermeiro ou cuidador de uma pessoa mais velha, você pode ter ali um banco de horas.
11:35Aí, sabe o que acontece?
11:36Alguns juízes da Justiça do Trabalho agora, Caneto, dizem assim, não, não aceita o banco de horas.
11:42Mas como não aceita? Está na lei.
11:44É aprovada na lei.
11:45Não, não, não aceita o banco de horas porque não é bom para o trabalhador.
11:48Mas quem é o juiz para dizer o que é bom não é bom para o trabalhador?
11:52Se ele fez um acordo e ele topou fazer o banco de horas.
11:56Ou, por exemplo, que ele topou fazer um acordo em determinadas condições, que é o que permite a lei hoje.
12:04É o negociado sobre o legislado.
12:06Então, aí chega um juiz lá e fala assim, não, não acho que isso é bom para você.
12:10Então, mesmo que você aceitou o negociado sobre o legislado, não vale.
12:13Então, o problema todo, Canhato, é essa insegurança das leis, das regras do jogo no Brasil.
12:21É uma coisa assustadora o que vem acontecendo.
12:25É o desrespeito à lei, o desrespeito à Constituição.
12:29Sai da cabeça de cada um qual é a real interpretação, mesmo que aquilo foi acordado entre pessoas.
12:38Então, assim, é um escândalo isso que está acontecendo no Brasil.
12:42Então, ou nós lutamos para restabelecer a credibilidade das instituições, da lei, das regras do jogo,
12:52ou o Brasil vai ladeira abaixo, vai virar o faroeste.
12:56É a regra do mais forte.
12:57É a regra de quem consegue impor.
13:00Então, não pode ter um país que hoje depende da interpretação pessoal de cada um
13:07para fazer valer os seus direitos, que estão garantidos na lei e na Constituição do país.
13:14Então, eu entendo o ceticismo do Mota, eu compartilho com esse ceticismo,
13:20mas nós temos de insistir, nós temos de fazer a investigação.
13:24Um exemplo clássico foi a Petrobras,
13:27que foi uma empresa assaltada no governo Dilma Rousseff.
13:33A empresa atingiu o seu menor valor de mercado de todos os tempos, desde a criação.
13:39Depois foi sanada.
13:41Depois teve uma gestão séria.
13:43E a Petrobras voltou a ter uma ação muito bem cotada no mercado.
13:49E agora, evidentemente, está sendo aparelhada novamente.
13:51Mas o que não pode acontecer é essa volatilidade, essa gangorra.
13:57Um vai, arruma a casa, o outro vai e destrói a casa.
14:02Por quê?
14:02Porque a governança está ruim.
14:04Então, nós precisamos aprovar a reforma administrativa,
14:08nós precisamos melhorar a governança pública
14:10para evitar que essas coisas continuem a acontecer de maneira recorrente,
14:17corroendo a credibilidade das instituições, da lei e do Estado.
14:24Se não tivermos leis, instituições e Estado
14:28que gozem da credibilidade e da confiança das pessoas,
14:31não existe democracia.
14:34Agora, Beraldo, INSS sob nova direção,
14:37já até trouxemos aqui em outros programas o perfil de Gilberto Waller.
14:43Há informações de que ele é muito bem intencionado,
14:47conhece o Instituto e ele concedeu uma entrevista muito interessante
14:52a um portal de notícias, dizendo que ele quer o INSS,
14:55ele, os servidores querem o INSS fora das páginas policiais.
15:01Para isso, na sua avaliação, é preciso fazer o quê?
15:06Tem alguns tópicos que você gostaria de destacar
15:09para transformar o INSS em uma autarquia mais eficiente, Beraldo.
15:16Renato, eu tenho certeza que o INSS é formado
15:20por uma maioria de servidores comprometidos, competentes, dedicados,
15:26que de fato não compactuam, não concordam com o uso dessa instituição
15:31como um instrumento de desvio, de corrupção,
15:37de pessoas que querem se aproveitar de aposentados,
15:41muitas vezes aposentados indefesos.
15:44Agora, resolver o problema do INSS
15:47exige uma revolução
15:51na forma de conceber o papel do INSS
15:57e o modelo de aposentadoria que temos.
16:01É um país que tem problemas estruturais
16:05muito grandes, muito grandiosos,
16:10e as pessoas precisam se preparar
16:13para uma aposentadoria
16:15dentro da realidade desse país ineficiente.
16:18Até porque, se nós não estimularmos, de alguma forma,
16:24a melhora da eficiência e da produtividade
16:27da mão de obra brasileira,
16:29me desculpe, mas nós não temos a menor chance
16:31de dar certo, de prosperar
16:34no mundo que temos hoje.
16:37Portanto, é preciso mudar
16:39esta concepção da administração
16:41das aposentadorias.
16:44Enquanto isso, é preciso investir
16:46em tecnologia, em fiscalização,
16:49em inteligência que possa
16:52trocar, compartilhar, cruzar dados
16:55e, a partir deste cruzamento de dados
16:58e análise de dados,
17:00identificar aonde tem problema
17:02para que esses problemas sejam
17:04solucionados antes de virarem
17:06fraude de 6 bilhões de reais.
17:09Só que aí entra um ponto fundamental,
17:11Caniato.
17:12Pode-se fazer isso tudo.
17:13O novo presidente do INSS pode ser
17:15super bem-intencionado,
17:18mas ali o que prevalece
17:20é o interesse político.
17:21Sempre foi assim.
17:23É sempre com a benção política
17:25que as pessoas erradas
17:27chegam nos lugares certos.
17:29E, a partir do momento
17:31em que ocupam esses lugares,
17:34começam a tomar decisões
17:36contrariando o interesse público
17:39e favorecendo o interesse
17:40de uma meia dúzia de safados
17:42sem vergonhas
17:44que usam o poder que possuem
17:46para se beneficiar pessoalmente dele.
17:49Então, é um trabalho extenso.
17:52Acredito que hoje
17:52o presidente do INSS
17:54tem instrumentos
17:56muito pouco limitados,
17:59o que é fundamental
18:00uma mudança completa
18:03de mentalidade e de concepção
18:05do que deve ser o Estado brasileiro.
18:07Pois é, Mota,
18:09a nossa audiência
18:10sempre relembrando episódios,
18:12episódios de 10, 20, 30,
18:1540 anos atrás,
18:17o Brasil e os casos de corrupção
18:19nas empresas públicas,
18:22nas autarquias,
18:23esquemas que envolveram
18:24parlamentares, deputados, senadores,
18:27aquela influência de ministros,
18:29secretários,
18:30os processos licitatórios,
18:32as obras faraônicas
18:33que são iniciadas
18:35e depois não se avançam
18:38naquilo.
18:39Muitas administrações
18:40não conseguiram concluir
18:41algumas obras,
18:42aqueles esqueletos
18:43espalhados por todo o Brasil.
18:45Problema antigo, né, Mota?
18:47A reforma administrativa
18:49pode corrigir
18:51essa distorção
18:52do serviço público,
18:54da administração pública, Mota?
18:56Não.
18:58Eu não acredito nisso.
18:59Quem vai fazer
18:59essa reforma administrativa?
19:01São anjos
19:02que vão vir
19:03do paraíso?
19:05São marcianos
19:06que vão descer
19:07aqui no Brasil?
19:08Não.
19:09Quem vai fazer
19:10a reforma administrativa
19:11são os políticos,
19:13os mesmos políticos
19:15que estão envolvidos
19:16nisso tudo.
19:17Qual é a chance
19:18dessa reforma administrativa
19:20ser uma coisa
19:22que realmente
19:23mude o Estado brasileiro?
19:25Eu acho que a chance
19:26é quase zero.
19:28A corrupção,
19:30ela está,
19:32ela penetra
19:34na política
19:34em todos os países
19:36do mundo.
19:37Não existe país
19:38que não tenha corrupção.
19:39Se você for na Alemanha,
19:41se você for no Japão,
19:42nos Estados Unidos,
19:43na França,
19:43no Reino Unido,
19:44em todo lugar
19:45tem corrupção
19:45porque o poder
19:47oferece tentações
19:49que para muitos homens
19:51são irresistíveis.
19:53O sujeito está ali
19:54fazendo uma compra
19:55de um bilhão de reais,
19:57aí o fornecedor
19:58chega no ouvido dele
19:59e fala, olha,
20:00coloca mais um zero aí,
20:02ninguém vai ver, rapaz.
20:04E aí você resolve
20:05a sua vida,
20:06em vez de você ficar
20:07dependendo desse salário aí,
20:09você está com sua vida
20:10toda resolvida.
20:12Então sempre vão existir
20:14homens que vão ceder
20:15a essa tentação.
20:16O problema aqui no Brasil
20:18não é que exista
20:20corrupção no Estado.
20:22O problema é que parece
20:23para a gente,
20:24os meros mortais,
20:25que a corrupção
20:27é a razão
20:28de existir do Estado.
20:30Em outros países
20:31o sujeito faz
20:32uma obra que é necessária
20:33e ele leva
20:34uma propina.
20:35Aqui você cria
20:36uma obra
20:37que não era necessária.
20:40O objetivo
20:40é a propina.
20:42Então,
20:42eu não me lembro
20:43quem falou isso,
20:44mas alguém já disse isso.
20:46Olha,
20:46fica mais barato
20:47não fazer a obra.
20:49Embolsa essa propina,
20:51rapaz,
20:51mas não faz a obra.
20:52Pelo menos você economiza
20:55uma grande parte
20:56do dinheiro do Brasil.
20:57Essa é que é a nossa questão.
20:58Então,
20:58eu não acredito
20:59que o Estado brasileiro
21:02vá reformar
21:03a si mesmo.
21:05Tanto é
21:05que a gente já teve,
21:07e o Dávila
21:08sempre menciona aqui
21:09e com muita justiça,
21:11iniciativas
21:12brilhantes,
21:14boas,
21:14nobres,
21:15no passado do Brasil.
21:16E olha onde a gente
21:18está agora.
21:19Parece que a gente
21:20voltou a estar casero.
21:21então as pessoas
21:22se sacrificam,
21:23trabalham,
21:25fazem um esforço
21:26danado,
21:27e aí a gente
21:28volta para o mesmo
21:30lugar onde a gente
21:31estava antes.
21:33Dávila,
21:33quer trazer
21:34o complemento
21:35em relação
21:36a uma defesa
21:38que você
21:38faz de forma
21:39reiterada,
21:40a reforma administrativa,
21:42deixar o Estado
21:44em um tamanho
21:45mais adequado
21:46para as nossas
21:46necessidades,
21:48empregar o dinheiro
21:49em áreas
21:49que são realmente
21:50importantes,
21:51mas esse ponto
21:53que o Mota
21:53destaca também
21:55é necessário
21:56que a gente
21:56faça uma reflexão,
21:58quem serão
21:58aqueles que vão
21:59tocar a reforma
22:01administrativa?
22:02Será que são
22:03aqueles que pedem
22:04as diretorias
22:05do Banco de Porteira
22:06fechada?
22:08Caniato,
22:09não existe
22:10bala de prata,
22:11uma reforma só
22:12não vai resolver
22:13a questão da corrupção
22:14no Brasil,
22:15são várias reformas,
22:16é uma mudança
22:17de atitude,
22:18de gente.
22:18Agora,
22:19a reforma administrativa
22:21é importante
22:21para uma coisa,
22:23aqui mesmo
22:23nossos comentários,
22:25tanto o Beraldo
22:26quanto o Mota,
22:27fazem questão
22:28de ressaltar
22:29os bons funcionários
22:30públicos que existem
22:32na administração
22:33pública,
22:33seja no INSS,
22:35na polícia,
22:36na educação,
22:37sempre tem gente
22:38boa,
22:39e o que a reforma
22:40administrativa
22:41vai fazer
22:42é dar
22:43holofote
22:45para esses
22:45bons funcionários
22:47poderem ascender
22:48na carreira
22:49sem negociação
22:50política,
22:52sem ter que
22:53agradar um deputado,
22:54um senador
22:54para ser nomeado,
22:56não,
22:56é pelo mérito,
22:57é o mérito,
22:58é o desempenho
22:59dele que vai fazer
23:00ele subir na carreira,
23:01então,
23:02é uma mudança
23:03de critério
23:04que você vai conseguir
23:05começar a separar
23:06o joio do trigo
23:07e justamente
23:08dar mais poder
23:10e voz
23:11para os bons
23:12servidores,
23:13eles merecem
23:14ser reconhecidos,
23:15eles merecem
23:16ter uma remuneração
23:17melhor
23:18e eles não merecem
23:20o critério atual
23:21que a ascensão
23:23em qualquer carreira
23:24hoje no setor público
23:25é por tempo e serviço,
23:26que faz com que
23:27o bom funcionário,
23:29aquele que trabalha,
23:30é honesto,
23:32chegue ao topo
23:32da carreira
23:33da mesma forma
23:34que o pilantra
23:35indicado que não trabalha
23:37que pendura o paletó
23:37e vai embora
23:38para casa,
23:39porque é uma questão
23:40de tempo e serviço,
23:41então,
23:42é uma mudança
23:43de critério
23:44para valorizar
23:45o bom servidor,
23:47é isso
23:47que faz com que
23:48todo o serviço público
23:50onde há carreira
23:51estruturada,
23:53pode ser na França,
23:54no Reino Unido,
23:55em Singapura,
23:56existe funcionário público
23:58que segue uma carreira
24:00baseada em desempenho
24:01e nós precisamos disso
24:02justamente
24:03para acabar
24:04com essas indicações
24:05políticas
24:06e diminuir
24:07justamente
24:09esse aparelhamento
24:11do Estado,
24:12veja só
24:13o que aconteceu,
24:13e aí o Mota
24:14tem razão,
24:15o Brasil dá
24:16dois passos
24:17para frente
24:18e três
24:18para trás,
24:20no governo Temer
24:21nós criamos
24:22a lei das estatais,
24:23a lei das estatais
24:24era para impedir
24:26nomeação
24:27política
24:28para estatais,
24:29para conselhos
24:30de empresas públicas,
24:32justamente
24:32para moralizar,
24:34para escolher
24:34gente que tem
24:35currículo,
24:36que tem conhecimento
24:37e parar de lotear
24:39empresas
24:39de acordo
24:41com o partido
24:41político.
24:43Aí o que acontece?
24:44Vem esse governo
24:45e acaba
24:45com a lei das estatais,
24:47com o apoio
24:48do Supremo,
24:49aí deixa
24:49aparelhar
24:50e depois tem
24:51uma revisão
24:52da lei,
24:52Caniato,
24:52não, não,
24:53agora volta,
24:54mas tá bom,
24:54e agora
24:55e aquelas pessoas
24:56que foram indicadas?
24:57Não, não, não,
24:57aí deixa,
24:58deixa ficar,
24:59deixa ficar.
25:00Como é que pode
25:00uma coisa dessa,
25:01como é que você pode
25:02aprovar uma lei
25:03moralizadora,
25:04aí existe uma brecha
25:06para imoralidade,
25:07aí a lei volta a valer
25:09e mesmo assim,
25:10Caniato,
25:11olha as nomeações
25:11políticas que continuam
25:13a ter,
25:14todos os tribunais
25:14de contas
25:15dos estados,
25:17tudo nomeação
25:18de parente político,
25:19mas não é,
25:20mas sem vergonha,
25:21isso que não acaba mais.
25:23Então a gente tem
25:23que moralizar
25:24e a reforma administrativa
25:26não é bala de prata,
25:28ela é apenas
25:30uma maneira
25:31pela qual
25:32nós vamos começar
25:33a valorizar
25:35o bom servidor
25:36e permitir
25:36que ele
25:37cresça na carreira
25:38sem empurrãozinho,
25:41sem favor
25:41e sem propina.
25:43Bem lembrado,
25:44viu Dávila,
25:45esse episódio,
25:46na calada da noite,
25:47a Câmara dos Deputados
25:49aprovou essa mudança,
25:50né,
25:50na lei das estatais,
25:51o governo de transição
25:53já tinha muita influência
25:55sobre o Congresso
25:56e aquela quarentena
25:57de 36 meses,
26:00de 3 anos,
26:01não era isso,
26:02foi reduzida
26:02para 30 dias,
26:04apenas um mês
26:05de quarentena,
26:06bem lembrado,
26:06esse episódio
26:07destacado pelo Dávila.
26:09A gente segue
26:09monitorando
26:10essas movimentações.

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