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  • 24/04/2025
Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) encontrou indícios de que servidores estariam recebendo auxílio-saúde do governo federal para pagar despesas médicas de parentes mortos.

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Transcrição
00:00O Brasil realmente não tá pra brincadeira, sejamos sinceros.
00:03Eu vou trazer agora aqui, a partir de uma auditoria
00:06da própria CGU que a gente mencionou,
00:08que encontrou indícios de que servidores estariam recebendo
00:12auxílio-saúde do governo federal
00:14pra pagar despesas médicas de parentes mortos.
00:19É por aí, Mano Ferreira, não é possível, não acredito.
00:22Exatamente, Marinho, é mais...
00:24É o modelo tio Paulo, é isso?
00:27Exatamente.
00:27Qual que é a história aqui?
00:30Basicamente, servidores públicos, eventualmente,
00:33têm direito a auxílio-saúde para dependentes seus.
00:39Sejam cônjuges, ex-cônjuges que têm direito à pensão alimentícia,
00:44filhos de até 21 anos, ou filhos que tenham algum tipo de incapacidade, enfim.
00:50Há uma série de dependentes que podem levar o servidor
00:53a ter o direito a pagamento de auxílio-saúde.
00:57O que acontece?
00:58Alguns desses milhares, na verdade, de servidores tiveram alguns dos dependentes,
01:04morreram, mas o servidor continuou recebendo o auxílio-saúde do seu dependente a morto.
01:12Por quê?
01:13Porque não informou a morte e o governo, simplesmente, não cruzou os dados.
01:19Então, não pegou o registro de óbitos e cruzou com os dados a respeito de quem são os dependentes.
01:29Ou seja, um problema básico de gestão que a Controladoria Geral da União,
01:34que o Ministério Público, são capazes de fazer e que fizeram e perceberam,
01:39mas que, a princípio, deveria ser feito na gestão dos pagamentos.
01:44Isso é óbvio.
01:45A gente está falando sobre um escândalo que é mais um gargalo
01:50da ineficiência da gestão pública brasileira.
01:53Outro dia, a gente trouxe aqui no Morning também
01:55um caso de cruzamento de banco de dados
01:58que levou o governo de Pernambuco, liderado pela governadora Raquel Lira,
02:03a cortar benefícios indevidos para pessoas que tinham até carros de luxo
02:08e estavam recebendo Bolsa Família.
02:11Exemplo, não faltam, de como a falta básica de cruzamento de dados
02:17leva a pagamentos absurdos, ineficientes para servidores
02:24ou para beneficiários de programas que não se enquadram nos critérios
02:30que deveriam ser utilizados, segundo a lei, para o pagamento dos benefícios.
02:34Agora, David de Itaz, pelo amor de Deus, Santa Maria do Espírito Santo de todo mundo.
02:40Realmente, eu me sinto um otário, um ingênuo aqui,
02:44porque eu achava que era só pintor famoso que recebia depois de morto.
02:48Pelo visto, a situação é muito pior, porque nesse país,
02:51há muito, muito tempo, as pessoas ficam se fazendo de mortas
02:55enquanto estão aí subtraindo do Estado brasileiro,
02:57há muito, muito tempo.
02:58É só mais um indício dessa...
03:00Como mostra, né, que as entranhas do Estado brasileiro e da política nacional
03:04estão completamente apodrecidas e desmoralizadas, né?
03:07Não, 1.400 pessoas, ou seja, servidores que faziam isso em relação aos mortos.
03:13Mas tem uma conta ainda maior, de 12 mil que cadastravam dependentes
03:18de pessoas que não podiam ser dependentes.
03:21Também tem essa situação.
03:22Ou seja, eu posso colocar como dependente o meu filho, minha esposa.
03:27Mas aí, a pessoa ia lá, colocava o pai, que nem pode,
03:30mas estava lá no cadastro, ou colocava o irmão.
03:33Ou seja, a família toda e ele recebia esse benefício.
03:37Agora, o que acontece com esse servidor que promoveu esse desvio?
03:41Realmente vai ser exonerado?
03:42Vai acontecer algo?
03:43Vai ficar preso?
03:44Vai ter que ressarcir os cofres públicos?
03:47Muitas vezes no país não há punição alguma.
03:49Quantas vezes nesse último ano, Jess Peixoto, a gente não ficou não só lamentando,
03:52mas também condenando que o Brasil elevou ao estado de arte, né?
03:57Esse tripé de ser o país do coitadismo institucional,
04:01da impunidade e dos direitos sem obrigações.
04:04Direitos sem obrigações.
04:05Deveria ser muito óbvio, uma coisinha aqui muito simples.
04:07Eu queria a tua opinião.
04:08Se a gente ficar criando auxílio, benefício, atorta, direito, sem critério,
04:12pra todo mundo, não é nos furtarmos aqui de estender a mão
04:16pra quem mais precisa no nosso entorno.
04:18mais realmente de esculhambar o negócio,
04:20é claro que realmente a gente vai ver situações como essa se multiplicando.
04:25A simplicidade é a maior inimiga desse tipo de exploração.
04:28Concorda?
04:29Não, André.
04:29Minha única discordância é que o Brasil é um país do direito sem obrigação.
04:33Eu acho que a gente tem muita obrigação e pouco direito.
04:36Principalmente quem quer fazer coisas da maneira correta.
04:39Porque a realidade é que a gente paga muitos impostos,
04:42a gente é cobrado o tempo inteiro,
04:44a gente sustenta um estado em que as pessoas abusam dos benefícios,
04:48em detrimento de trabalharem pelo Brasil.
04:50Então, nós temos uma casta, muitas vezes, grande de poderosos no Brasil,
04:55que em vez de servirem ao Brasil, se servem do Brasil,
04:57usam do patrimônio público em favor de divisões privadas.
05:01Então, assim, a realidade é que quando eu olho pra esse tipo de caso,
05:05é impossível pra mim não pensar que no final do dia tudo é sobre impunidade.
05:11Porque essas pessoas, elas provavelmente fazem isso há um tempo.
05:14E alguém avisa pra alguém, fala, ó, eu fiz, deu certo.
05:16Deu certo, vou fazer também.
05:18E por assim vai.
05:19E nesse ciclo eterno de deu certo ou errado,
05:22os dados não são cruzados,
05:23a gestão não se torna eficiente,
05:25fica parecendo que o Estado brasileiro é um idiota.
05:28E por que eu coloco um idiota?
05:29Porque só um idiota?
05:31Pra ter todo um aparato estatal,
05:33tecnológico, de dados,
05:35e não utilizar.
05:36Coisa simples, cruzamento de certidão de óbito.
05:39Óbito.
05:41Todo cartório produz.
05:42Você sai, você sai com a certidão de óbito.
05:44Como que isso não tá sistematizado?
05:46Num mundo de inteligência artificial,
05:49num mundo em que a gente tá tendo descobertas tão grandes na tecnologia.
05:52Ah, pelo amor de Deus,
05:53o Estado brasileiro não dá conta de cruzar a certidão de óbito
05:56com pessoa que tá recebendo,
05:58é um absurdo total, é uma palhaçada.
06:00E quem paga a conta?
06:01Nós, quem trabalha.
06:02E num contexto que as contas nem fecham.
06:05Então tá faltando dinheiro,
06:06você tem que ter um esforço do governo
06:09pra cortar gasto.
06:11Então o básico não tá sendo feito
06:13que é parar de dar dinheiro pra morto.
06:16É o básico.
06:17E nem isso o Estado faz
06:19e depois quer aumentar imposto.
06:21Quer cobrar mais pra dizer
06:22a conta não fecha.
06:23Precisamos cada vez mais.
06:25É uma vaca leiteira
06:26que tá completamente desnutrida
06:29e o Estado continua querendo extrair leite.
06:32É absurdo.
06:33Fazer o básico bem feito,
06:35como o Mano muito bem colocou aqui.
06:36Ou seja, simplicidade de processos
06:39e de eficiência mínima de entrega
06:40é a maior inimiga pra malandragem.
06:43O meu ponto que foi, Jéssica,
06:44realmente criando a torta direito
06:45sem critério pra todo mundo,
06:47sem realmente ter um crivo minimamente rigoroso
06:50de bolsa pra lá, auxílio pra cá
06:52e sem realmente...
06:53de forma despudorada,
06:55cria margem pra todo tipo de malandragem
06:58se instalar nesse país.
06:59E claro, de novo,
07:00a simplicidade, o básico,
07:01é a maior inimiga da malandragem.
07:03E talvez a gente entenda isso
07:05de uma vez por todas.
07:06Sonhar é de graça.

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