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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, se pronunciou após as sanções aplicadas contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky. Segundo Rubio, o ministro teria cometido “graves violações de direitos humanos”. Acompanhe a análise de Bruno Pinheiro, Mano Ferreira, Henrique Krigner e Márcia Dantas em Tempo Real.

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Transcrição
00:00Agora eu volto com Eliseu Caetano pra conversar com ele, porque ele acabou de receber uma declaração de Marco Rubio, é isso?
00:08Exatamente, o secretário de Estado norte-americano acabou de enviar uma nota à nossa equipe de reportagem, teve acesso, vou mostrar aqui, porque na Jovem Pan fazemos jornalismo assim, em tempo real.
00:20Deixa eu aproximar aqui da câmera, vocês podem ver, tem o logo do State Department, que é o Departamento de Estado norte-americano, assinada por Marco Rubio, e eu vou ler, Marcia, nesse momento, a íntegra dessa nota, pra gente conseguir entender melhor aquilo que está sendo, nesse momento, sancionado pelo governo dos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes.
00:46Vamos lá, sancionando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por graves violações de direitos humanos, esse é o título do e-mail.
00:56No corpo, hoje, os Estados Unidos estão sancionando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, por graves violações de direitos humanos, incluindo detenções arbitrárias envolvendo violações graves de direitos humanos,
01:13flagrantes negações de direitos humanos, flagrantes negações de direitos humanos, flagrantes negações de garantias de julgamento justo e violação da liberdade de expressão.
01:21Moraes abusou de sua posição ao autorizar prisões preventivas injustas e minar a liberdade de expressão.
01:29Moraes abusou ainda mais de sua autoridade ao se envolver em um esforço direcionado e politicamente motivado,
01:38projetado para silenciar os críticos políticos por meio da emissão de ordens secretas que obrigam plataformas online,
01:49incluindo empresas de mídia social dos Estados Unidos, a banir as contas de indivíduos que postam discurso protegido.
01:57Moraes está sendo designado de acordo com a ordem executiva, e aí segue um número,
02:03que se baseia e implementa a lei global Magnitsky de responsabilidade pelos direitos humanos.
02:11E o e-mail de Marco Rubio, secretário de Estado, termina.
02:15Os Estados Unidos usarão todos os instrumentos diplomáticos, políticos, ilegais, apropriados e eficazes
02:25para proteger a liberdade de expressão dos americanos de atores estrangeiros malignos que buscam miná-la.
02:34Fecha aspas.
02:35Esse foi o e-mail que a equipe de jornalismo da Jovem Pan nos Estados Unidos conseguiu receber,
02:41ainda há pouco, do secretário de Estado Marco Rubio, repercutindo, então, de maneira oficial,
02:49todas as sanções que, a partir de agora, o ministro Alexandre de Moraes passa a sofrer.
02:55Márcia, é importante também a gente salientar uma coisa que vai acontecer,
03:00como aconteceu nos outros casos de pessoas sancionadas pela lei Magnitsky,
03:05um distanciamento, um isolamento político e também diplomático, viu?
03:10Ser listado sob essa lei Magnitsky mancha a reputação internacional.
03:16E é isso, como o Kringner disse há pouco, que os brasileiros vão começar a entender agora.
03:20Porque, a partir de agora, muito provavelmente, não só Alexandre de Moraes,
03:25mas todos os ministros da Suprema Corte Brasileira vão começar a sofrer um afastamento de convites
03:30para eventos globais.
03:32Eventos importantes, Márcia.
03:33Também devem ser impedidos de cooperação ou de participar de acordos com instituições acadêmicas ou jurídicas.
03:42Sabe esses ministros que dão aula aqui nos Estados Unidos em faculdades importantes,
03:45como Harvard, MIT, Colômbia?
03:49Esses convites vão desaparecer.
03:51E até mesmo comprometer negócios com empresas daqui, que eles possam, porventura, ter.
03:57É, Elizeu, obrigada.
03:59É só o começo, então, de mais esse capítulo da crise entre Brasil e Estados Unidos.
04:05Continua por aí, mas eu vou colocar novamente os nossos comentaristas na conversa,
04:09o Mano Ferreira e o Henrique Kringner.
04:12Porque o governo Lula já está aí colocando nas redes sociais os aliados do presidente
04:18que essa tentativa de Trump é mais uma pressão para escalar tensão e não negociar as tarifas.
04:26Inclusive, muito havia se comentado esta semana, Mano, que o presidente Lula faria uma tentativa de ligação
04:33para o presidente americano, Trump.
04:37Agora isso vai ser descartado, né?
04:39Provavelmente.
04:40Gente, Márcia, a situação fica mais complicada.
04:44A gente pode dizer que, em ambas as narrativas, há elementos verdadeiros e consistentes e outros inconsistentes.
04:52Por exemplo, o governo Donald Trump, por um lado, de fato, há violações à liberdade de expressão
04:58e questões extremamente polêmicas, como, por exemplo, o banimento de contas em redes sociais no Brasil
05:05para muitos juristas, viola o princípio da nossa Constituição que impede a censura prévia.
05:12Porque uma coisa seria punir um discurso após ele ser realizado.
05:17Outra coisa seria o banimento da pessoa da rede social para que ela não possa voltar a se manifestar.
05:24Então, sempre houve, desde o início do momento em que houve essas decisões por parte do ministro Alexandre de Moraes
05:31e dos demais ministros da Suprema Corte brasileira, esse tipo de polêmica.
05:35Por outro lado, o governo americano, nos últimos meses, também tomou medidas que são tidas por especialistas
05:42como contrárias à liberdade de expressão, como, por exemplo, a análise de publicações em redes sociais
05:49para concessão de vistos de entrada no país.
05:53Há também um tensionamento da relação entre o governo e universidades, notadamente a Universidade de Harvard,
06:01o que levanta bastante discussão a respeito do compromisso real com a liberdade de expressão
06:07por parte do governo Donald Trump, que também teve, vale lembrar, problemas com a justiça americana
06:14e que, nesse contexto, acaba utilizando a situação brasileira para também construir uma narrativa de equivalência,
06:23para mostrar que haveria uma tendência à perseguição de líderes políticos da direita,
06:30como é o caso de Donald Trump, de um modo a tentar, digamos assim,
06:34ter uma vacina contra acusações que venham a ser feitas contra o presidente americano.
06:40Do outro lado, como bem disse o Kriegner, o governo brasileiro agora fala em ataque à soberania,
06:46mas teve recentemente na Argentina, com a plaquinha pedindo justiça para a sua aliada histórica,
06:55Cristina Kirchner, além de ter trazido a primeira-dama do Peru, condenada por corrupção, com dinheiro público, inclusive.
07:02Pois é, mas como você citou também, Trump está querendo interferir até no Federal Reserve.
07:07A gente deu essa informação aqui em tempo real.
07:11Kriegner, como que você vê, então, essa balança que está cada vez mais difícil da gente ver, né?
07:17De um lado, Donald Trump com essa mão ferrenha, eu já vinha dizendo aqui também em outras análises
07:23que o Brasil pode ser colocado como um bode expiatório.
07:27Olha, está vendo o que está acontecendo com o Brasil?
07:29Se vocês não negociarem as minhas tarifas, isso pode acontecer com o país de vocês também.
07:33Você acredita que pode ser algo nesse sentido?
07:37Com certeza, com certeza o exemplo brasileiro, infelizmente, não vai ser um exemplo positivo.
07:43Pelo menos não tem sido, né, Marcelo, um exemplo positivo justamente por conta da postura dos dois países.
07:49A gente sabe que não tem santo nessa história, mas nós temos que ter um pé no chão.
07:55Eu sempre falo isso, que a política externa brasileira, Marcelo, é reconhecida internacionalmente pelo pragmatismo.
08:01Ou seja, saber negociar e saber lidar com os diferentes atores do sistema internacional
08:06de acordo com qual é o interesse nacional.
08:08Então, o Brasil não pode manter essa postura, no português, claro, birrenta,
08:15de dizer, olha, eu vou negociar de igual para igual, porque nós não somos necessariamente
08:20de igual para igual com os Estados Unidos em determinados campos.
08:24Nós não somos de igual para igual no campo comercial,
08:26somos de igual para igual no campo da soberania, no campo do direito,
08:30no campo dos nossos limites, mas nós não somos de igual para igual no campo militar, por exemplo.
08:35Então, e tem que ter uma predisposição brasileira a entender que o jogo mudou.
08:40O presidente americano é outro, não é mais o Biden.
08:43O cenário internacional é outro, não é mais de hegemonia americana.
08:48Antigamente, quando você tinha hegemonia americana, você tinha um só Estado mandando em tudo.
08:52Hoje, os Estados Unidos estão preocupados também em identificar quem são os nossos aliados
08:57e quem são aqueles que estão aqui na nossa saia, mas que estão mais aliados à segunda potência mundial,
09:03por exemplo, como é a China. Esse discernimento é importante para qualquer um que está à frente,
09:08é importante para a China também. Nesse sentido, o Brasil precisa aprender a jogar o jogo,
09:13o jogo do interesse comercial, o jogo do interesse político e fazer de uma maneira que não é mais de bravatas.
09:19É isso que tem atrapalhado muito, Bruno, que é justamente a questão das bravatas do presidente Lula
09:24contra o presidente Trump. Muitos dizem que quer negociar, mas toda vez que ele pega o microfone,
09:29ele deixa claro a sua ojeriza ao presidente Trump e à política externa americana.

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