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O presidente Lula criticou a taxação de 50% imposta por Donald Trump aos produtos brasileiros, em carta enviada a outros países. Lula sinaliza que o governo buscará negociação sobre as tarifas, mas, se não houver acordo, o Brasil pode aplicar a reciprocidade. Dora Kramer e Cristiano Vilela analisam a postura firme do governo e a escalada diplomática na guerra comercial com os Estados Unidos.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/JbOePcZhxgE

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Transcrição
00:00O presidente Lula indica que pode negociar com o Donald Trump.
00:03Caso não tenha acordo sobre o tarifácio, o Brasil vai sim responder na mesma moeda.
00:10Direto para Brasília, Janaína Cabelo chegando agora ao jornal Jovem Pan.
00:13Lula divulgou uma carta a jornais criticando a taxação. É isso? Bem-vinda, Janaína.
00:22Muito boa noite para você, Tiago. Boa noite a quem está nos assistindo.
00:26Exatamente. O presidente Lula, na verdade, ele escreveu um artigo que foi publicado em alguns jornais de vários países.
00:33E aí, entre esses países, a China, o Japão, alguns países da Europa, aqui na América do Sul, a Argentina.
00:40Ele não cita, Tiago, o nome de Donald Trump, não cita a tarifa de 50%,
00:44porque é um artigo que foi escrito, segundo o governo federal, antes do anúncio de Donald Trump,
00:50dos 50% em cima dos produtos brasileiros.
00:52Porque a ideia seria que esse artigo fosse publicado logo após o término da cúpula dos BRICS.
00:59Então, a gente tem, inclusive, alguns trechos para mostrar aí na tela do que o presidente Lula escreveu nesse artigo.
01:04Em um dos trechos, ele escreve o seguinte, que a lei do mais forte ameaça o sistema multilateral de comércio,
01:10que tarifas abrangentes interrompem cadeias de valor e empurram a economia global
01:15para uma espiral de preços altos e estagnação.
01:18Em outro trecho, o presidente Lula escreve o seguinte, que novas forças têm emergido e novos desafios têm surgido,
01:25que se as organizações internacionais parecem sem efetividade, é porque a estrutura delas não mais reflete a realidade atual
01:32e que as ações unilaterais e excludentes estão piorando pela ausência de uma liderança coletiva.
01:38E como você disse, o presidente Lula, na opinião dele, ele não vai usar a lei de reciprocidade até o momento,
01:46por enquanto, porque ele disse que as coisas estão muito a calor ainda do momento,
01:50inclusive em uma das entrevistas que ele concedeu ontem, ele disse que o Brasil, por enquanto, vai procurar a OMC,
01:56a Organização Mundial do Comércio, para que a entidade possa se posicionar sobre o que ele disse,
02:02quem está certo e o que está errado.
02:04A lei de reciprocidade econômica, Tiago, ela foi recentemente aprovada, então ela ainda precisa ser regulamentada.
02:10Então, a qualquer momento também, o presidente Lula vai editar um decreto que vai conter ali todas as diretrizes,
02:16regras de como essas contramedidas podem ser aplicadas contra os Estados Unidos.
02:22Tiago.
02:22É isso, é aguardar para saber efetivamente se essa tarifa entra em vigor, dia 1º de agosto.
02:28Janaína Camelo volta daqui a pouquinho, a gente continua em Brasília,
02:31porque hoje, no Espírito Santo, o presidente Lula transformou uma cerimônia em um ato pela soberania nacional.
02:38Já já a gente toca nesse assunto, mas antes eu vou girar os nossos comentaristas,
02:41chegando por aqui Dora Kramer e também o Cristiano Villela já já com a gente também.
02:46Tudo bem, Dora?
02:47Bem-vinda.
02:47Bom, mais um dia em que houve uma temperatura política elevada por causa do tarifaço,
02:55mas nós temos algumas sinalizações.
02:57Donald Trump falando que pode conversar com Lula se eventualmente houver espaço, mas não agora.
03:04E o presidente Lula falando que aceita conversar com Donald Trump, mas se não vai responder na mesma moeda.
03:10O tom baixou um pouco, continua tudo igual, Dora?
03:13Bem-vinda, bom trabalho.
03:15Boa noite, Tiago.
03:16Boa noite, Vilela.
03:17Boa noite a todos.
03:18Olha, eles dizem o que é necessário falar agora.
03:23Por exemplo, o Trump, quando perguntado se falaria com o presidente Lula, ele não poderia responder.
03:29Ah, não vou falar.
03:30Ou não, não vou falar.
03:31Ele deu a resposta possível.
03:33Por enquanto, eles ainda trocam essas declarações.
03:37Hoje, num tom um pouco menos hostil, mas eu acho que ainda é desnecessário, é insuficiente, melhor dizendo,
03:46para que a gente chegue à conclusão que, olha, já estão prontos para uma negociação.
03:52Não, a coisa ainda não chegou nesse campo dos presidentes.
03:57Eu fico só observando, e daqui a pouco a gente vai ver o que disse o presidente lá no Espírito Santo,
04:04é que a oposição sofreu vários baques, né, por causa do tarifaço do Trump.
04:12E nessa semana, vários baques, a agenda da anistia sai da pauta do Congresso,
04:19o governador Tassi de Freitas numa saia justa, uma área de atrito criada com o agronegócio,
04:26enfim, a situação do Eduardo Bolsonaro fica prejudicada, dificultada no Supremo Tribunal Federal.
04:36Agora, tudo isso, esse conjunto todo, faz uma situação favorável ao governo, tá certo?
04:41Agora, é uma situação favorável, é uma vantagem que precisa ser administrada.
04:45Porque se ela for deixada ao Léo sem estratégia e inteligência, ela pode se perder.
04:52Porque o presidente, e como é que ela se perde?
04:54Se o presidente Lula exagerar na dose da reação, e aí já já a gente vai ver por que eu tô falando isso, né,
05:02quando a gente observar, puder assistir o que ele disse lá no Espírito Santo,
05:07e também se ele menosprezar a capacidade, a força e a capacidade de reação do adversário.
05:14Aí, essa vantagem que ele tem agora pode ser perdida.
05:17Por isso que eu digo que, nesse momento, daqui em diante, melhor dizendo, o presidente já deu a resposta política cabível,
05:26e daqui em diante, ele precisa administrar essa vantagem, se não quiser perdê-la.
05:31Pois é, daqui a pouco a fala do presidente Lula no Espírito Santo, mas antes, vou receber aqui o Cristiano Villela.
05:36Tudo bem, Villela?
05:37Bem-vindo, e aquele ponto que a gente já falou muito nessa semana, ontem principalmente,
05:42qual seria a possibilidade, qual seria a saída, já que não é uma questão econômica,
05:48é uma retaliação econômica, por causa de questões políticas, né, Villela?
05:52Bem-vindo.
05:54Tiago, uma ótima noite a você, a Dora, todos que acompanham o Jornal Jovem Pan.
05:58Olha, nós já tivemos uma série de situações semelhantes a essa do Brasil,
06:03é evidente que cada país tem a sua peculiaridade,
06:06mas nós tivemos já anúncios de tarifácio do governo americano
06:09em relação a uma série de países do globo.
06:12E, de uma forma geral, o que esses países buscaram foi fazer um tipo de negociação.
06:17Aliás, tivemos casos, inclusive, mais difíceis até,
06:20com rusgas históricas mais significativas do que o caso brasileiro.
06:24E, de uma forma geral, se buscou uma composição.
06:27Os estados afetados com esse tarifácio acabaram se movimentando,
06:31buscando um diálogo técnico no campo da economia,
06:35no campo das relações institucionais, das relações internacionais,
06:40e acabaram conseguindo chegar num consenso.
06:42No caso brasileiro, o que me chama a atenção é que,
06:45desde que aconteceu o anúncio desse tarifácio,
06:48a gente só vê cascata política.
06:5199,9% das manifestações vindas do governo,
06:56vindas da oposição, vindas de todo mundo,
06:58ela se fundamenta no aspecto político,
07:01fazendo uma celebração, no caso do governo,
07:04fazendo uma celebração de que a oposição teria levado o Brasil a essa situação,
07:08no caso da oposição, mostrando que a inércia do governo
07:12levou o país nessa situação.
07:14Agora, o fato é que nós temos um problema enorme,
07:17um problema gravíssimo,
07:18e que tem que ser discutido com racionalidade.
07:21Enquanto não se sair do palanque,
07:23especialmente o governo,
07:25que é quem tem um dever institucional,
07:27enquanto não se sair do palanque,
07:30infelizmente, a gente vê distante uma negociação,
07:34e a gente vê distante um acordo,
07:36que seria fundamental para os interesses do Brasil.
07:38E...

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