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  • 07/07/2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou que taxará países que se alinharem ao Brics, podendo aplicar uma tarifa adicional de 10%. A medida, que visa reconfigurar alianças, provocou a resposta de Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP).

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/M0wL3t2LBkw

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Transcrição
00:00Agora uma outra notícia que também estampa a capa dos principais portais.
00:06Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, afirmou que vai impor uma tarifa extra,
00:11uma tarifa adicional de 10% para países que se alinharem às políticas anti-americanas no BRICS.
00:18Ele anunciou essa medida na rede social dele, a True Social,
00:21e acrescentou que não terá exceções a essa política,
00:24mas não esclareceu o que considera a política anti-americana.
00:30Autoridades do governo dos Estados Unidos dizem que não há um decreto sendo redigido
00:35e tudo depende dos próximos passos no bloco.
00:39Após essa manifestação, o presidente Lula afirmou que cada país é dono do seu nariz,
00:45que não é correto um presidente da República ameaçar os outros pela internet,
00:49que os países são soberanos e têm o direito de taxar de volta.
00:54Ainda sobre a política de taxas americanas, a secretária de imprensa da Casa Branca,
00:58Caroline Levitt, afirmou que Donald Trump enviará cartas a parceiros comerciais
01:04oficializando o início das tarifas recíprocas impostas por ele.
01:08Assim que assumiu o segundo mandato, essas tarifas variam de 25% a 40%
01:12e as primeiras nações que receberam o documento foram o Japão e a Coreia do Sul.
01:17Começa essa com o Luiz Felipe Dávila, o posicionamento de Donald Trump anunciando a possibilidade de aplicar
01:24uma taxa adicional de 10% a quem se alinhar com os BRICS, os países que compõem o bloco dos BRICS.
01:31Dávila?
01:31É isso que vai acontecer.
01:34Ou seja, esta atitude anti-Estados Unidos, anti-economia, da economia mais poderosa do mundo, vai ser retaliada.
01:45E Trump vem anunciando isso desde o primeiro dia de mandato.
01:48Não é que é uma novidade que ele está reagindo em relação à reunião do BRIC no Rio de Janeiro.
01:54Não, ele já vem reagindo isso há tempo.
01:56Aliás, 10% é a tarifa dessas políticas que ele chama anti-americana,
02:02mas seria 100% a tarifa se adotasse uma moeda que não fosse o dólar para as transações comerciais.
02:10Essa ideia que havia sido cogitada lá atrás já morreu rapidinho,
02:15porque nenhum país aguentaria uma taxação de 100% sobre seus produtos
02:20se adotassem uma moeda que não fosse o dólar.
02:24Ou seja, mais uma vez, os Estados Unidos retalhiam países com uma política contrária aos interesses de Washington.
02:34E nesse caso, nós estamos fazendo de carona contra uma briga gigantesca entre China e os Estados Unidos.
02:43E nós somos o piquinês dessa briga de pitbull.
02:47E não adianta fazer nada.
02:48Nós só vamos ficar com o pior dos dois mundos.
02:51Aumento de tarifa, redução do nosso comércio com os Estados Unidos,
02:56que no fundo são o nosso segundo parceiro comercial,
03:00e aumento da dependência do Brasil da China.
03:03Ou seja, é um péssimo negócio para o Brasil se aliar a ditaduras e a democracias débeis.
03:11Pois é, é bom sempre lembrar a nossa audiência, né, Beraldo, que houve uma ampliação do BRICS, né?
03:17Nós vimos aqueles países que fundaram o grupo, a África do Sul entrou logo depois,
03:25e mais recentemente, em 24, a inclusão de outros países, né?
03:29Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos,
03:34e tem também os países que acabam integrando esse grupo de maneira provisória, né?
03:40Ou a cada edição tem alguns convidados que participam e podem fechar algum tipo de negócio.
03:46Mas queria que você trouxesse a sua avaliação sobre esse posicionamento de Donald Trump,
03:51e qual é a sua leitura sobre o que ele chama de política anti-americana.
03:56Neto, o mundo passa por um momento em que você tem duas forças muito bem identificadas disputando o protagonismo.
04:08Estados Unidos teve o seu papel de líder mundial ameaçado pela China,
04:14que cresceu demais, sobretudo na fraqueza do governo Biden.
04:18E olhando para o futuro, o que o governo americano entende é que se não houver uma reorganização
04:27para que os Estados Unidos recuperem o seu protagonismo,
04:31para que os Estados Unidos consigam cobrar dos seus parceiros um preço adequado àquilo que ele entrega,
04:39os Estados Unidos vai se enfraquecer ao longo do tempo e a China vai ser a grande força mundial.
04:49A gente precisa lembrar que a China é um país imenso, com uma população imensa, bem maior do que os Estados Unidos.
04:58A China tem um exército mais numeroso do que os Estados Unidos.
05:02A China está investindo imensamente em tecnologia.
05:07A China manda seus jovens estudarem nas grandes universidades mundiais
05:13para absorver conhecimento e trazer de volta para a China há décadas.
05:19Diferente do que faz o Brasil.
05:21O Brasil manda ou financia alguns programas de estudo fora,
05:27mas os estudantes conscientes da realidade, sobretudo na área científica no Brasil,
05:33assim que tem oportunidade, se mandam, nem voltam.
05:37Porque o Brasil não recompensa aqueles que possuem um conhecimento além da média.
05:44Essa é a realidade que nós temos que lidar.
05:47Então o mundo passa por esse momento em que há inúmeros desafios.
05:51O Japão, com a sua população se reduzindo, o exército se reduzindo,
05:58cada vez mais dependente dos Estados Unidos.
06:00A Europa, com uma crise migratória brutal, também com uma taxa de natalidade pequena.
06:09A França já tem 10% da sua população de imigrantes muçulmanos.
06:15Portugal já tem 8% da sua população de brasileiros.
06:20Então nós estamos vendo a Europa bastante desorganizada, com problemas de déficit,
06:26e com problemas comerciais.
06:28Essa é a realidade do mundo.
06:30Então os grandes atores, os protagonistas do mundo,
06:34estão lutando pelo seu espaço e para manter a sua força.
06:39E o que o Brasil está fazendo?
06:41O Brasil está assistindo a isso tudo, o governo brasileiro,
06:45sem a preocupação de entender e se posicionar.
06:48Até porque os BRICS, eles não passam de uma reunião, uma organização,
06:55mas não é um tratado de livre comércio.
06:58Não é porque nós somos o B do BRICS, que a gente tem privilégios e benefícios.
07:06Não, é ali uma reunião de um grupo de majoritariamente ditadores,
07:13sanguinários, que simplesmente se encontram para tratar dos interesses deles,
07:19sobretudo Rússia e China.
07:21Rússia hoje em uma posição enfraquecida em razão da guerra que trava com a Ucrânia.
07:26Mas o Brasil não tem absolutamente nada a ganhar em dar de ombros aos Estados Unidos e Europa.
07:33E ficar abraçado com esses ditadores e com a China não faz nenhum sentido prático.
07:39O Brasil se entrega, se vende barato, porque não tem dimensão da sua grandeza,
07:46porque o que importa é a eleição do ano que vem, o que importa é agradar a companheirada.
07:51Então, Caniato, realmente a gente vê a nossa mediocridade estampada para o mundo.
07:58Você nota a manifestação de Donald Trump, claro, as reflexões ao grupo dos BRICS,
08:04como bem destacou o Cristiano Beraldo, mas eu li várias análises no Brasil e no exterior
08:10tratando dessa questão.
08:12Um grupo majoritariamente composto por ditaduras,
08:18mas mesmo assim um bloco muito relevante na avaliação da atual administração do país.
08:25O BRICS faria toda a diferença se conseguisse aumentar o número de países,
08:31o volume de negócios e por aí vai.
08:34Mas queria que você discorresse sobre essa manifestação de Donald Trump.
08:39Na manchete está ameaça, mas muitos leram de outra maneira.
08:43Há muitas pessoas que criticam as medidas de Donald Trump.
08:51É fácil criticar porque ninguém gosta de tarifa, ninguém gosta de imposto.
08:56Quase todo mundo é a favor do livre mercado.
09:01Agora, eu vejo que a maioria dos críticos talvez esteja olhando apenas o aspecto econômico.
09:07Eu acho que eles estão esquecendo o aspecto político.
09:11Trump foi eleito com uma plataforma clara de reviver o vigor dos Estados Unidos.
09:20As tarifas são apenas um aspecto dessa história.
09:25Todos os líderes mundiais, todos os países têm uma escolha.
09:30Você vai ficar com os Estados Unidos ou você vai ficar contra os Estados Unidos.
09:36Quando você fica contra os Estados Unidos, você automaticamente se alinha com uma companhia
09:44que você não gostaria de receber na sua casa para jantar.
09:48São países, são nações, são governos que ignoram essas coisas que as nossas autoridades elogiam todos os dias nos seus discursos.
09:59Estado de direito, democracia, liberdade.
10:05As tarifas de Donald Trump são apenas um aspecto desse realinhamento geopolítico.
10:12E nessa história toda, agora, tudo indica que o Brasil vai pagar uma tarifa muito especial.
10:20O imposto cobrado de quem fala demais.
10:23É isso.
10:25Bom, a gente vai seguir acompanhando essas movimentações, mas Davila, só para a gente fechar essas discussões a respeito do BRICS,
10:32teve uma pergunta aqui da nossa audiência que tratava justamente do resultado,
10:37ou os resultados mais importantes da formação do BRICS.
10:41O Brasil ganha o quê com esse grupo?
10:44Há uma defesa quase que apaixonada pelo BRICS quando a gente olha para a atual administração.
10:52Já alguns outros integrantes do passado torciam o nariz.
10:57A gente teve o posicionamento mais recentemente da Argentina.
11:01Não é uma unanimidade, sobretudo depois da inclusão de alguns países não muito democráticos.
11:08É, Caniato, quando o BRICS foi criado, no fundo aquele grupo pequeno, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul,
11:18tinha um objetivo claro que o Brasil entrou nessa.
11:23A China criou o famoso Banco dos BRICS e aquilo era uma fonte de financiamento para a obra de infraestrutura gigantesca
11:31que o Brasil tinha acesso e praticamente um acesso sem muita restrição.
11:37Então, na verdade, aquilo foi vindo como mais uma oportunidade momentânea
11:42ingressar numa aliança de baixo custo para ingressar
11:46e alto custo em termos de retorno a acesso financeiro a financiamento de obras de infraestrutura.
11:52Essa foi a ideia inicial.
11:55Só que com o passar dos tempos,
11:58essa tensão cresceu entre China e Estados Unidos,
12:03e China e Europa também,
12:04e aí a China resolveu transformar o BRIC num grande bloco pró-China.
12:11E aí entrou um monte de países,
12:14tudo ditadura, tudo governo autoritário,
12:17ou tudo democracia meia boca,
12:19o que é um desastre total.
12:20Ou seja, é gente que tem mercado pequeno,
12:24altíssimo custo político,
12:27instabilidade das regras do jogo,
12:29porque depende do ditador do dia,
12:31e cria enorme constrangimento político,
12:35como foi a tentativa desse malabarismo
12:39para conseguir uma declaração final no encontro do Rio de Janeiro,
12:42porque é desconforto para todos os lados.
12:45Então, ou seja,
12:46é, na verdade,
12:48um bloco,
12:49o BRIC se transformou num bloco chinês
12:52para tentar ganhar algum tipo de musculatura
12:55para se contrapor à ordem internacional
12:59criada depois da Segunda Guerra Mundial
13:01e muito dominada pelos Estados Unidos.
13:03Então, no fundo,
13:05é um bloco de perdedores
13:07ou ressentidos,
13:09ou gente que depende da China.
13:11Só tem três tipos de países que pertencem aos BRICS.
13:14Então, isso passou a ser um péssimo negócio
13:16para o Brasil.
13:17Por isso,
13:19quando tivermos uma mudança de governo,
13:22é preciso seriamente pensar
13:24na alternativa de tirar o Brasil dos BRICS.

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