- 11/07/2025
O presidente Donald Trump (Republicanos-EUA) reiterou sua defesa a Jair Bolsonaro (PL-RJ), alegando que o Brasil o trata "de maneira injusta". Em paralelo, Trump postergou uma reunião com Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) sobre o tarifaço contra produtos brasileiros.
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NotíciasTranscrição
00:00Claro, ainda as várias repercussões após a manifestação de Donald Trump e a tarifa anunciada
00:07que valerá a partir do dia 1º de agosto 50% de taxação sobre os produtos brasileiros.
00:15E Donald Trump, presidente norte-americano, sinalizou no dia de hoje a possibilidade de uma conversa com Lula.
00:22Em algum momento, o republicano também voltou a defender Jair Bolsonaro.
00:26Ele disse que o Brasil trata Bolsonaro de uma maneira injusta.
00:32As declarações do presidente americano aconteceram em uma entrevista que foi concedida a jornalistas antes de ele embarcar para o Texas.
00:42O Texas, vocês têm acompanhado no noticiário, foi severamente impactado pelas fortes chuvas,
00:48inclusive com dezenas de mortos em decorrência das inundações.
00:52Bem, deixa eu chamar os nossos comentaristas para a gente entender se dá para interpretar essa manifestação de Donald Trump de alguma maneira,
01:00qual é a sinalização que a gente precisa considerar.
01:03O Roberto Mota já está ao vivo com a gente no Rio de Janeiro, também acompanhando de perto cada notícia, cada publicação, cada manifestação.
01:11Mota, seja muito bem-vindo.
01:13Ótima noite a você.
01:14Donald Trump dizendo a jornalistas que possivelmente conversará com o presidente brasileiro.
01:21Em algum momento, disse, não agora, mas em algum momento isso poderá acontecer.
01:25Você acha que talvez essa conversa possa mudar alguma coisa ou a reversão que muitos apostam depende mais da diplomacia, Mota?
01:35Acho que tudo pode mudar a qualquer momento, Caniato.
01:42Boa noite para você, boa noite aos meus colegas de bancada, boa noite à nossa audiência.
01:47Mas eu vi um trecho dessa entrevista e me parece que o contexto foi um pouco diferente.
01:55Na verdade, ele não disse que poderia conversar.
01:58Perguntaram para ele, o senhor conversaria?
02:03E pelo que eu me lembro, ele disse, agora não, mas lá na frente, talvez, pode ser.
02:11A preocupação de boa parte do Brasil agora é tentar entender qual é a estratégia de Donald Trump.
02:18Independente do que Donald Trump quer ou não, eu acho que existem dois caminhos para o Estado brasileiro.
02:24O primeiro é o do bom senso, tentar consertar o estrago que foi feito para possibilitar uma negociação.
02:33Mas é sempre possível que o Estado brasileiro resolva dobrar a aposta.
02:41Há alguns sinais nesse sentido.
02:43Quanto a Donald Trump, as opiniões das pessoas com quem eu falei, e foram muitas, se dividem.
02:49Algumas dizem, esse aumento de tarifas é uma medida temporária, que será revertida ao menor sinal de boa vontade do Brasil.
03:00Enquanto outros dizem que não.
03:04Essa outra opinião diz que Trump teria esperado muito tempo, até se convencer que a postura do Estado brasileiro é irremediável.
03:14Há quem diga que ele tomou primeiro essa medida de aumento de tarifas, que é uma medida genérica, para depois partir para medidas mais pontuais.
03:25Que medidas pontuais seriam essas, ninguém sabe ao certo, mas há muitos palpites.
03:32Pois é, nossos comentaristas trazendo as percepções acerca dessa manifestação, uma nova manifestação de Donald Trump,
03:41acerca da imposição dessa tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, mas também nessas falas, muitos interpretaram que ele fez uma defesa a Jair Bolsonaro,
03:52dizendo que ele tem sido tratado de maneira injusta aqui no Brasil.
03:56O Luiz Felipe Dávila também está com a gente, vai trazer suas reflexões sobre esse momento, né Dávila?
04:02São várias leituras sobre o que está acontecendo, as manifestações de Donald Trump, o que acontece aqui dentro.
04:10Enfim, queria que você também trouxesse o seu ponto de vista para essas declarações de Donald Trump.
04:15Foi questionado por jornalistas norte-americanos e disse que em algum momento poderia conversar com o presidente brasileiro,
04:22mas ele reforça uma defesa a Jair Bolsonaro.
04:25Várias pessoas têm interpretado que a taxação tem um objetivo não de mudar a relação comercial entre o Brasil,
04:35mas tem um ingrediente político ali, né Dávila?
04:39É, Caniato, boa noite a você, ao Mota, ao Beraldo e à nossa querida audiência.
04:43O problema é que isso tem um enorme custo para o Brasil e para os Estados Unidos.
04:48Uma guerra tarifária é um desastre para determinados setores da economia, como mineração, como a questão do alumínio, do aço,
04:57como a questão da laranja, que já conversamos aqui, café, alguns produtos, carne bovina, vão sofrer demais.
05:04É uma conta muito alta para pagar porque começou uma disputa política numa guerra tarifária, o que não faz o menor sentido.
05:12Você tem que usar mecanismos da política para combater a política e não mecanismos comerciais e tarifários para punir o povo brasileiro por causa de uma questão política.
05:21É uma coisa que não faz o menor sentido.
05:24Então, a atitude de Trump, ao invés de ajudar o ex-presidente Bolsonaro, ajudou o presidente Lula,
05:31que agora arrumou lá o inimigo para lutar, começa a unir as pessoas em torno que precisamos defender os interesses do brasileiro.
05:39Agora ele aparece como defensor do interesse do brasileiro, quando todo mundo parece que vem esquecendo o desastre dessa diplomacia do governo petista,
05:48que contribuiu muito para este gesto intempestivo do governo Trump.
05:55Ou seja, quem é que vem chamando o presidente americano de fascista?
05:59Quem é que vem dizendo que nós precisamos ter uma moeda, uma outra moeda para substituir o dólar, para desafiar o dólar no comércio mundial?
06:06Quem vem fazendo esses desaforos vem sendo o governo brasileiro.
06:11Agora tudo isso é esquecido e agora começam a querer jogar no colo de um debate político
06:17a conta em Jair Bolsonaro e não na questão da diplomacia desastrosa do governo Lula.
06:24E isso é muito ruim, isso não ajuda a nada.
06:28Infelizmente, nós estamos num embate político totalmente irracional,
06:34uma reação intempestiva e errada do governo norte-americano,
06:39que usa uma tarifa comercial para travar uma discussão política.
06:44E isso quem paga é o povo brasileiro.
06:46Porque imagina só uma coisa, Caniá.
06:49Assim, veja o que custa o suco, aquilo que eu venho sempre falando aqui nos pinhos,
06:54o suco de laranja.
06:55Não tem quem vai comprar suco de laranja do Brasil.
06:58Não vai ter laranja do Brasil que vai embarcar até agosto.
07:00Como é que faz?
07:01Isso prejudica o consumidor americano e prejudica o exportador brasileiro.
07:05A mesma coisa com o aço, a mesma coisa com o nosso avião da Embraer.
07:08Coisas que não tem nada a ver.
07:09E se começar uma guerra, a Embraer não vai conseguir mais fabricar avião.
07:13Porque metade do avião que ela fabrica aqui são peças importadas.
07:17Se tiver que pagar 100% sobre essas peças, fica inviável o custo do avião.
07:22Então, olha o desastre que é para os negócios, para o Brasil, para os Estados Unidos
07:28e para o consumidor de ambos os países.
07:30Por quê?
07:30Porque se transformou uma guerra comercial, um embate político.
07:35Então, este erro pode custar muito caro.
07:38Por isso, como o Bota bem disse, é preciso a hora do bom senso agora,
07:41é sentar e conversar.
07:43E isso é o que não acontece.
07:45Porque o presidente Lula continua insuflando essa narrativa do circo populista
07:51e isso não ajuda em nada a trazer bom senso e as negociações fundamentais
07:58para evitar que no dia 1º de agosto o Brasil comece a ter que enfrentar
08:04essa taxação de 50% dos seus produtos exportados para os Estados Unidos.
08:09Pois é, o Dávila menciona o impacto para alguns setores.
08:12A gente vai trazer também essa informação ao ministro Carlos Fávaro, da Agricultura,
08:18dizendo e levantando a possibilidade de setores redirecionarem as exportações.
08:23Isso é o que o Beraldo disse ontem.
08:24Não necessariamente o redirecionar esse processo de identificar compradores para essas commodities.
08:33Nem sempre isso é feito com a mesma moeda, com o mesmo valor.
08:37Você acaba tendo que escoar a produção por um valor mais baixo.
08:41Porque aquele que vai comprar acaba identificando justamente uma oportunidade.
08:45Então a gente vai tratar disso daqui a pouquinho, a partir dessas manifestações do ministro Carlos Fávaro.
08:51Mas deixa eu chamar o Cristiano Beraldo para trazer também a percepção diagnóstico dele
08:56para esse novo posicionamento de Donald Trump.
08:59Beraldo, seja bem-vindo.
09:00Ótima noite a você, presidente norte-americano.
09:02conversando com jornalistas aí do país.
09:06Inclusive, se não me engano, ele já está aí no estado onde você mora, no estado do Texas, né?
09:11Para visitar os locais que foram atingidos pelas fortes chuvas, enfim, muitas inundações.
09:18Mas ele reforça aquela tese, aquela teoria de que Jair Bolsonaro estaria sendo tratado
09:23de maneira muito injusta aqui no Brasil.
09:26Mas também deu a entender, sinalizou que em algum momento poderia conversar com o presidente brasileiro.
09:34Aí a dúvida é, será que essa conversa seria determinante para reverter esse cenário de taxação, Beraldo?
09:42Boa noite, Caniato.
09:43Boa noite, Mota.
09:44Dávila.
09:45Boa noite à nossa audiência que prestigia diariamente os pingos nos is.
09:48Caniato, o presidente Donald Trump realmente passou o dia hoje no estado do Texas visitando
09:54as áreas atingidas pela enchente, uma tragédia que aconteceu ali.
09:59E ele tem muita coisa no seu prato, para usar a expressão comum.
10:06E muita coisa acontecendo no mundo.
10:08Tem o problema de Israel, do Irã, da Rússia com a Ucrânia.
10:12Ele forçando aqui para que a Ucrânia se fortaleça contra a Rússia,
10:21que não dá sinais de que vai arrefecer os seus ataques.
10:24Tem as questões comerciais com a China, que hoje é um problema grave para os Estados Unidos,
10:31porque a balança comercial favorece muito aos chineses,
10:35no sentido de que os chineses têm hoje uma condição militar,
10:39uma condição tecnológica bastante mais avançada.
10:43Então, é de fato um problema real para os Estados Unidos.
10:46Diante desse mundo tão complexo, o Brasil, a situação de Jair Bolsonaro,
10:53é um tema secundário, talvez terciário para o presidente dos Estados Unidos.
11:00Então, a gente se ilude, porque a gente fala sobre o Brasil o dia inteiro,
11:03obviamente, vivemos no Brasil, temos essas conexões com o Brasil,
11:07mas no contexto mundial a gente precisa ter consciência
11:12de que toda essa euforia que existe no Brasil não existe nos Estados Unidos.
11:17Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump simplesmente está dizendo
11:21que ele pode fazer o que ele já fez com outros chefes de Estado.
11:25Ele, lembremos aqui, falamos disso ontem ou anteontem,
11:29o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky,
11:32esteve na Casa Branca com Donald Trump e J.D. Vance,
11:35um encontro televisionado que foi altamente constrangedor para Vladimir Zelensky.
11:41Vladimir Zelensky saiu de lá irado, porque foi, de uma certa forma, exposto.
11:47E o que aconteceu?
11:49Uma semana, dez dias depois,
11:51Vladimir Zelensky voltou à Casa Branca, mas sim,
11:54para poder conversar nos termos que os Estados Unidos,
11:57que é quem tem o cheque, quem tem o dinheiro,
12:00que hoje, nesse caso, está ajudando a Ucrânia a se manter viva
12:04nessa guerra contra a Rússia,
12:06e foi ali para buscar o entendimento.
12:08Portanto, o Donald Trump não tem nenhuma questão pessoal
12:13com o presidente Lula ou com quem quer que seja.
12:16O que ele está fazendo é deixando a porta aberta
12:19para dizer que, se o Brasil se manifestar
12:23no sentido de encontrar ali algum caminho
12:28que possa representar uma vitória para ele e para os Estados Unidos,
12:33seja na questão comercial,
12:34seja na questão da liberdade de expressão
12:37que atinge empresas em investimentos das organizações Trump,
12:41que ele topa falar com o presidente brasileiro
12:46e encontrar um caminho para seguirem adiante
12:48sem a necessidade de aplicar essas tarifas de 50%.
12:51O problema é que o chefe brasileiro,
12:55o chefe de Estado brasileiro,
12:56o presidente do Brasil,
12:58viu na manifestação de Trump
13:00não uma ameaça,
13:01mas sim uma oportunidade política eleitoral.
13:06Então, o Trump está lidando, nesse caso,
13:08com um animal diferente.
13:10Alguém que dá de ombros para o seu país,
13:13alguém que dá de ombros para o interesse do seu país,
13:16alguém que dá de ombros
13:17para as reais necessidades da população brasileira
13:20e daqueles que ousam investir no Brasil
13:22para simplesmente capitalizar em cima
13:25de uma fala do presidente americano
13:28porque acha que isso pode render votos no ano que vem.
13:33Como é que a gente sai desse embrólio?
13:35Eu, sinceramente, não tenho nenhuma expectativa
13:37de que isso seja resolvido
13:38a partir de uma interlocução do governo federal brasileiro.
13:42Me parece que a solução
13:43para o problema grave que está colocado
13:47será em negociações bilaterais diretas com as empresas
13:51ou, eventualmente, com os governos estaduais.
13:53A ver.
13:54Inclusive, a gente vai trazer a informação
13:57de que o governador de São Paulo
13:59fez justamente isso hoje.
14:01Se reuniu e manteve contato
14:03com autoridades norte-americanas.
14:05E esse é o tema da nossa enquete do dia.
14:07Quero já convocar você, convidar você
14:10que nos prestigia a participar dessa enquete.
14:12A pergunta que nós colocamos no portal
14:14jovempan.com.br é a seguinte.
14:17Você acha que os governadores devem negociar
14:20essa reversão das tarifas
14:22ou esperar que o governo federal tome as medidas necessárias?
14:25Então, duas opções.
14:27Entre no portal jovempan.com.br
14:29e vote naquilo que você acha que é o caminho mais adequado
14:33para os governadores.
14:34Negociar diretamente com os Estados Unidos
14:36ou esperar que o governo federal tome as medidas.
14:40A gente vai trazer daqui a pouco as primeiras parciais.
14:43Deixa eu passar para o Mota,
14:44porque tem um ingrediente que envolve a fala de Donald Trump.
14:48Mota, nessa entrevista que você, inclusive,
14:51acompanhou também,
14:52Donald Trump disse o seguinte,
14:54sobre Jair Bolsonaro.
14:56Eles estão tratando o presidente Bolsonaro
14:58de maneira muito injusta.
14:59Eu o conheço bem.
15:01Negociei com ele.
15:02Um negociador duro.
15:03E um homem honesto.
15:05Não lhe parece que as sinalizações de Donald Trump
15:09indicam que as questões políticas
15:11tiveram um peso muito maior
15:13na decisão dele para a taxação?
15:18E aí, talvez, a reflexão que a gente deva fazer.
15:21A reversão desse caso
15:22deve passar necessariamente por isso?
15:25Pelas questões políticas?
15:27Bom, eu acho que está claro.
15:28Eu não sei como Donald Trump poderia ser mais claro.
15:31Talvez se ele fizesse um desenho
15:33me, Trump, he, Bolsonaro.
15:37O desenho dos dois abraçados.
15:39Olha, eu não sei como é possível,
15:43no mundo atual,
15:44separar a política da economia.
15:47Eu não conheço nenhum governo no mundo
15:50que faça isso.
15:51Não, essa questão é econômica.
15:53Vamos esquecer a política,
15:55vamos pensar estritamente
15:56do ponto de vista técnico.
15:58Por exemplo,
16:00no caso do aumento das tarifas,
16:03existem vários casos
16:05do uso de medidas econômicas
16:08para se atingir fins políticos.
16:10Por exemplo, hoje mesmo,
16:12contra a Rússia,
16:13e sanções contra a Rússia
16:14por causa da guerra da Ucrânia.
16:16Não são sanções econômicas,
16:19estritamente falando,
16:21são políticas.
16:22As questões,
16:23as sanções contra o Irã,
16:25pela insistência no desenvolvimento
16:27de armas nucleares,
16:29o embargo americano
16:30contra o regime cubano,
16:32é uma sanção econômica
16:34com objetivos políticos.
16:36Eu acho que não dá,
16:38especialmente no mundo de hoje,
16:40para separar uma coisa da outra.
16:42E aí eu trago o maior exemplo,
16:44o próprio governo brasileiro.
16:47Tudo que o governo faz,
16:49ou desfaz,
16:50ou deixa de fazer,
16:52na economia,
16:54está estritamente subordinado à política.
16:56Vejam, por exemplo,
16:58as últimas declarações
17:00do próprio ministro da Fazenda.
17:03Zé, você, Dávila,
17:05é um bom exercício esse
17:06que o Mota nos propõe
17:08quando a gente olha
17:09para as sanções que foram impostas
17:10a países com guerra, enfim.
17:13Há quem entenda que trata-se
17:15de uma medida legítima
17:17de Donald Trump,
17:19independentemente das consequências
17:20terríveis para o Brasil,
17:22por exemplo.
17:23E aí há alguns caminhos possíveis
17:25para o nosso país tentar reverter,
17:28negociar, devolver na mesma moeda,
17:30enfim.
17:31A diplomacia tem que entrar em campo.
17:33Quais lhe parecem
17:34as opções mais adequadas
17:35nesse cardápio?
17:37É muito diferente
17:38o caso,
17:40esses que o Mota citou,
17:41do caso do Brasil.
17:42Esse que o Mota,
17:43todos os casos que o Mota citou,
17:45foi uma atitude do poder executivo,
17:47total.
17:48É o poder,
17:49o Putin tem o poder
17:50de mobilizar o seu exército,
17:51o governo,
17:53o presidente,
17:54o ditador
17:54de Cuba
17:56tem o poder
17:57de desfazer aquilo.
17:59No nosso caso,
17:59não.
18:00O que ele quer dizer aqui
18:01é que tem que mudar
18:02o julgamento de Bolsonaro,
18:03uma coisa do judiciário,
18:04que o governo
18:05não tem nenhuma interferência.
18:06Agora,
18:06se achar que isso tem gerência,
18:08não tem nenhuma.
18:09Agora,
18:09o que pode fazer,
18:11sim,
18:11fazer uma
18:12atitude política
18:14contra,
18:15por exemplo,
18:15medidas de censura,
18:17como é o caso no Brasil,
18:18principalmente que afeta
18:19empresas americanas,
18:20isso sim é um posicionamento político
18:22e pode usar algum tipo
18:23de outra ferramenta
18:24muito mais inteligente
18:25do que essa
18:26que ele usou
18:27das tarifas.
18:28Então,
18:28assim,
18:29uma coisa é você ter tarifas
18:30contra um país,
18:31usar a parte econômica,
18:33comercial,
18:34para tentar dissuadir
18:36um governo
18:36de atuar de uma certa forma.
18:38Outra coisa é interferir
18:39no julgamento
18:39da Suprema Corte brasileira.
18:41Isso é uma outra história.
18:42O governo nem tem,
18:43nenhum governo
18:43teria esse poder,
18:44nem que se fosse
18:45o presidente Tarciso,
18:46não pode mudar
18:47o que vai fazer
18:48o poder judiciário.
18:49Então,
18:50ela é totalmente
18:51inocua e ineficaz,
18:52porque é isso que ele quer fazer.
18:53Ah,
18:54como é que você vai mudar
18:55a atitude do poder judiciário
18:57que se quer um órgão eleito?
18:58Ele vai fazer o que ele quiser,
18:59bem entendendo o tempo dele.
19:00Então,
19:01assim,
19:01não tem correlação
19:03entre uma coisa e outra.
19:05Uma coisa é
19:05você usar isso
19:06para dissuadir
19:07o governo,
19:08que tem o poder
19:09de mudar aquela política pública.
19:11Outra coisa é tentar
19:12interferir
19:12num julgamento aqui.
19:13Agora,
19:13na questão
19:14da liberdade de expressão,
19:16principalmente aquilo
19:17que afetou empresas
19:19norte-americanas,
19:20aí o governo pode se posicionar
19:21de uma forma
19:22parecida
19:23com essa estratégia
19:24adotada
19:25pelos exemplos
19:26que o Mota citou.
19:27Então,
19:27são duas coisas
19:28muito distintas.
19:30O fato é que
19:31a atitude
19:31de Donald Trump,
19:33ao invés de estar
19:34ajudando Jair Bolsonaro,
19:35está prejudicando
19:37cada vez mais.
19:38Certamente,
19:39há mais,
19:40hoje,
19:40animosidade.
19:41isso provavelmente
19:42pode afetar
19:43inclusive o julgamento
19:44do presidente
19:44Bolsonaro
19:46e está jogando
19:47agora com as costas
19:48uma narrativa
19:49que eu acho
19:51descabida,
19:52mas está hoje
19:53na imprensa,
19:54a conta
19:54no colo
19:55de Jair Bolsonaro,
19:57de Eduardo Bolsonaro
19:57e da família Bolsonaro.
19:59O que não é verdade,
20:00como a gente já falou aqui,
20:00todas essas atitudes
20:01da diplomacia americana.
20:03Mas isso
20:04ressuscitou
20:05politicamente Lula.
20:06Lula
20:07estava nas cordas
20:08tendo que responder
20:09esse escândalo
20:10do INSS,
20:12tendo que responder
20:13a questões
20:13gravíssimas
20:14de uma irresponsabilidade
20:16fiscal
20:17que está matando
20:18o povo brasileiro
20:18com inflação alta,
20:20maior inadimplência
20:21e maior taxa de juros.
20:22E agora,
20:23tudo isso
20:23sai de cena,
20:25Caniato.
20:25E a gente fica
20:26focando aqui
20:27no Lula
20:27com o chapeuzinho dele
20:28lá defendendo os brasileiros,
20:30como se ele fosse agora
20:31o cara que vai defender
20:32o povo brasileiro
20:33contra as barbaridades
20:35cometidas
20:35no seu próprio governo.
20:36Então,
20:37veja só,
20:38Bolsonaro
20:38foi,
20:39na verdade,
20:40o melhor
20:41marqueteiro político
20:42para Lula.
20:44Agora,
20:44o Dávila
20:45menciona
20:47com toda razão,
20:48Beraldo,
20:49que o poder executivo
20:50não tem
20:51autonomia,
20:53não há previsão
20:54constitucional
20:55para que o executivo
20:56altere o curso
20:57normal
20:58desse processo
20:59no judiciário.
21:01De fato,
21:02mas poderia
21:02haver uma articulação.
21:03Da mesma maneira
21:04que houve
21:05um acordo
21:07para que um texto
21:08fosse produzido
21:09a seis mãos,
21:10executivo,
21:11judiciário
21:12e congresso nacional,
21:14não haveria condições,
21:16se houvesse interesse
21:16naturalmente,
21:17do executivo
21:18tentar negociar
21:20uma saída
21:21a seis mãos
21:22com o congresso
21:23e o judiciário,
21:25pensando,
21:25talvez,
21:25até em um texto
21:26que atendesse
21:28de maneira customizada
21:30a alguns pleitos.
21:32Enfim,
21:33é um exercício
21:34ainda que pessoas
21:35não concordem
21:36com essa possibilidade,
21:37Beraldo.
21:39Benito,
21:40possibilidade legal
21:42não há.
21:43O texto
21:44constitucional
21:45é muito claro
21:47em dizer
21:47que os poderes
21:48são independentes,
21:49autônomos.
21:50Um não pode
21:51interferir no outro
21:52e o arranjo
21:54político,
21:55o arranjo
21:56legal
21:57se dá justamente
21:57no sentido
21:58de preservar
22:00os poderes
22:02um do outro.
22:03Então,
22:04não há possibilidade legal.
22:05Mas,
22:06como o Brasil
22:06virou uma grande
22:07esculhambação,
22:08obviamente,
22:10diante de tudo
22:11que nós estamos vendo,
22:13tudo é possível.
22:15É claro
22:15que
22:15a possibilidade
22:17hoje
22:18de sentar
22:19e fazer um acordo,
22:20não,
22:21vamos por aqui,
22:21vamos fazer isso,
22:23vamos fazer aquilo,
22:24vamos fazer uma estratégia
22:25conjunta,
22:26é uma vergonha
22:27para o Brasil.
22:28mas que é possível
22:29e a gente tem visto
22:30isso em outras oportunidades,
22:32é possível.
22:33Agora,
22:34vamos imaginar
22:35o que passa
22:36na cabeça
22:36de vossas excelências
22:38que estão
22:39no Supremo Tribunal
22:40Federal
22:40hoje.
22:42Será que eles
22:42têm esse sentimento?
22:44Será que
22:45eles estão sendo
22:46importunados
22:48com estes assuntos
22:49dos efeitos
22:50da tarifa
22:51ou eles simplesmente
22:51estão sendo
22:52inflados,
22:53alimentados
22:54para dizer,
22:54olha,
22:55está vendo?
22:55as nossas
22:57decisões
22:58estão corretas,
22:59estamos protegendo
23:00o Brasil,
23:01o Brasil está
23:01sob ataque,
23:03a extrema-direita
23:04norte-americana
23:05está dando
23:06gasolina
23:07no tanque
23:08da extrema-direita
23:10brasileira
23:11e nós temos,
23:12então,
23:12que ficar muito
23:13mais vigilantes
23:14e sermos mais
23:16duros ainda
23:17nas nossas decisões
23:18para proteger
23:20o Brasil
23:21desses extremistas.
23:22sinceramente,
23:23Caniato,
23:24para mim,
23:25a visão é essa,
23:27porque o dano
23:28feito para eles
23:30está colocado,
23:31eu acho
23:31muito improvável
23:33que haja
23:34uma reversão
23:36nessa postura
23:37que voltem
23:38atrás
23:39para dizer,
23:39olha,
23:39veja bem,
23:40não era bem assim,
23:42a gente se equivocou,
23:44aquela multa
23:45que era
23:46para a rede
23:47social X
23:48e que a gente
23:49cobrou
23:49da outra empresa,
23:52da Starlink,
23:53foi um equívoco,
23:54foi o estagiário
23:55que errou
23:56na hora
23:56de anotar,
23:58eu acho
23:58muito improvável
23:59que isso aconteça,
24:00mas o que fica?
24:02Fica
24:03o Brasil
24:04escancarado
24:06para o mundo
24:07que a gente
24:07de fato
24:08é o que a gente
24:09sempre foi,
24:10que a gente
24:11teve esperanças
24:12pontuais
24:12em algum momento
24:13que seria revertido,
24:16mas o Brasil
24:17sempre foi isso,
24:17a república
24:18das bananas,
24:19em que a sua
24:20população
24:21tudo aceita
24:23porque nós
24:24fomos
24:25forjados
24:26para sermos
24:27uma população
24:28pacífica,
24:29a gente
24:29não ama
24:31o nosso país,
24:32a gente ama
24:33aquilo que a gente
24:34tem,
24:34a gente se preocupa
24:36em se defender
24:37de tudo
24:38e de todos,
24:40a gente
24:40sai na rua
24:42com medo
24:43de se defender
24:44para não ser assaltado,
24:45para não roubarem
24:45alianças,
24:46aqueles que podem
24:47saem na rua
24:47com o carro blindado,
24:49mas você paga imposto
24:50para ter segurança?
24:51Ah, não tem,
24:52mas eu me giro,
24:53não, mas a sua rua
24:54tinha que ser segura,
24:55ela não é,
24:56não tem problema não,
24:57eu construo um muro
24:58no meu condomínio
24:59e coloco segurança,
25:00mas você vai ter que pagar
25:01mais,
25:01por isso não tem problema,
25:02a gente paga,
25:04ah, mas o saúde,
25:05seguro saúde,
25:06não, a gente também
25:06dá um jeito,
25:07o brasileiro é assim,
25:08canhata,
25:09a gente se conforma
25:09com absolutamente
25:10todos os absurdos
25:12que são impostos
25:13a nós,
25:15então,
25:15não há receio
25:17dessas pessoas
25:18poderosas
25:19com a reação,
25:21eles simplesmente
25:22vivem fechados
25:23no universo
25:24que lhes cabe,
25:25achando que
25:26a referência
25:27de mundo
25:27que eles têm
25:28é a referência
25:29do mundo real,
25:30não é,
25:31canhato,
25:31o mundo real
25:32é esse Brasil
25:33humilhado
25:33que a gente está vendo.
25:34que a gente está
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