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  • 08/07/2025
No Direto ao Ponto, Leonardo Sica, presidente da OAB-SP, analisa o delicado processo de nomeação de ministros para o STF. Ele debate os critérios e o impacto da escolha dos novos membros na composição da Corte e na percepção de uma Justiça menos politizada. Sica discute a importância de indicar nomes técnicos e independentes para garantir a credibilidade e a imparcialidade do Supremo Tribunal Federal.

Assista na íntegra: https://youtube.com/live/nxoU41oCFb0

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Transcrição
00:00Próxima pergunta do advogado e professor Túlio Nassa.
00:03Boa noite, Nelson Kobayashi. Boa noite, presidente.
00:05Boa noite aos meus colegas aqui de bancada.
00:08Presidente, vamos falar um pouco sobre separação dos poderes.
00:12Nós sabemos na academia, na prática também, na experiência,
00:15que a democracia depende fundamentalmente de poderes independentes e harmônicos entre si.
00:21Quando um poder se sobrepõe ao outro, alguma coisa está errada nesse processo democrático.
00:25Nós verificamos ao longo da evolução dessa matéria no mundo
00:30o que a gente chama de checks and balances, ou freios e contrapesos.
00:34São medidas que são tomadas institucionalmente
00:37para que os poderes não se agigantem uns em relação aos outros.
00:40E uma dessas medidas que a gente enxerga principalmente no direito europeu
00:44é o mandato temporário de ministros do Supremo Tribunal Federal
00:48e nomeações paritárias, que não sejam nomeações vindas apenas do presidente da República.
00:54Uma parte pode vir do Congresso Nacional, outra parte pode vir até da OAB,
00:58outra parte poderia vir aí sim do presidente da República, enfim.
01:01Esses dois modelos de mandato temporário e nomeação paritária
01:05leva à concordância da OAB, desse grupo de estudos da OAB?
01:11O tema da nomeação de ministros para o Supremo é uma pauta pública hoje em dia muito interessante.
01:16Eu acho que as ideias que você colocou estão todas sendo discutidas.
01:19o mandato, talvez se não fizesse, se antes ele não fosse necessário,
01:23hoje me parece que um Supremo com mais poder,
01:27uma maneira de limitar poder individuais das pessoas é ter no mandato,
01:31forçar a renovação no tempo.
01:34Então acho que o mandato está em discussão.
01:36Veja, é uma coisa absolutamente republicana.
01:38Você tem um cargo público por um tempo.
01:40e isso é muito bom, faz bem as instituições.
01:44E também a forma de indicação, o professor Oscar Vilhena,
01:48que está na comissão, ele é um grande estudioso disso,
01:50ele faz sistemas comparados no mundo inteiro.
01:53E é importante dizer para o telespectador,
01:55a maioria dos países do mundo, civilizados, ocidentais, democracias,
01:59nomeiam ministros como o nosso.
02:00Então não é assim um problema que o Brasil criou,
02:04alguma coisa assim, uma distorção do sistema brasileiro,
02:06o presidente da República nomeia nos Estados Unidos,
02:08em outros países é assim, mas a democracia como um todo,
02:12ela vem sendo muito questionada, talvez por coisas como essa,
02:16que precisam ser rediscutidas.
02:17Então a gente sabe que hoje o presidente indica e o Senado ratifica.
02:24É assim, o Senado não faz mais nada além do que ratificar.
02:28E eu acho que a gente puder pensar em listas, como você falou,
02:31listas pela sociedade civil, o AB indica, o Ministério Público indica,
02:34chegam listas ao Congresso Nacional, isso é mais democrático,
02:37me parece, é bastante bom pensar nisso.
02:40O Oscar Vilhena é citado, membro da comissão,
02:43renomado constitucionalista da Fundação Getúlio Vargas, não é isso?
02:46Isso.
02:47Presidente, uma outra questão que chama a atenção em relação a esse debate
02:51de diminuição de poderes individuais para o aumento do poder das instituições,
02:55é o valor e a possibilidade de decisões monocráticas.
02:59Isso vem sendo discutido muito, inclusive pelo Congresso,
03:03com propostas que visam limitar esse poder das decisões monocráticas,
03:06em alguns casos específicos, uma necessidade de um referendo em determinado prazo pelo plenário.
03:13Como é que você e a comissão enxergam essa questão também?
03:16Então, o direito brasileiro concebeu as decisões monocráticas em tribunais,
03:21professores me ajudem, para tutelas de urgência.
03:24É isso.
03:25Então, uma questão de urgência, urgência,
03:27e todo mundo consegue saber o que é urgente,
03:29e o monocrático, um ministro, um desembargador,
03:32pode dar uma liminar para antecipar um resultado,
03:34para especialmente evitar um dano.
03:37Então, a gente tem que recuperar essa ideia.
03:40As decisões monocráticas nos tribunais,
03:42elas começaram a ser usadas como um remédio à sobrecarga de trabalho.
03:44Então, tem muito trabalho, não conseguem julgar.
03:47Vamos dar mais decisões monocráticas.
03:50E aí, eu vou voltar lá para o nosso primeiro assunto, capi.
03:51Se tem muito trabalho, se tem muito processo,
03:53vamos diminuir a competência do Supremo,
03:54já que eles mesmo reclamam que eles não conseguem julgar tudo o que está lá,
03:58e é humanamente impossível realmente julgar tudo o que está lá.
04:01Tem que ter menos coisa lá.
04:02Me parece isso...
04:04Todos os telespectadores, mesmo os leigos em direito,
04:06vão entender o que eu estou falando.
04:07O Supremo não consegue dar conta, confessadamente,
04:10do número de processos que são excessivos.
04:11O Superior Tribunal de Justiça também.
04:13A gente tem que reduzir competências.
04:16Só que tribunal é órgão colegiado.
04:20Tribunal é uma justiça de vários.
04:22Então, a gente tem a revisão do juiz de primeiro grau por um grupo,
04:26porque é mais seguro.
04:27Quando a gente passa a ter a revisão do juiz de primeiro grau
04:28feita por um juiz também,
04:30a gente tem uma quebra aí de sistema.
04:32É um, venda um, venda um.
04:34A gente não tem estabilidade.
04:36Então, a gente precisa recuperar a colegialidade,
04:38usar tecnologia para isso.
04:39Tem várias coisas.
04:39Obrigado.
04:41Obrigado.
04:41Obrigado.

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