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  • 07/07/2025
A nova lei eleitoral, prevista para ser votada esta semana no Senado, pode passar por mudanças. A principal alteração prevê mais cadeiras no parlamento para mulheres. Segundo o relator da proposta, Marcelo Castro (MDB-PI), a representação feminina no Brasil é uma das menores no mundo e que esse dado é vergonhoso.
Reportagem: Valéria Luizetti

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Transcrição
00:00A expectativa de votação nesta semana no Senado, a legislação eleitoral brasileira pode passar por mudanças.
00:07A principal alteração prevê mais cadeiras no parlamento para mulheres.
00:12A reportagem é de Valéria Luizete.
00:15O novo Código Eleitoral deve ser votado na quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
00:21A proposta é relatada pelo senador Marcelo Castro, do MDB,
00:25e pretende consolidar toda a legislação eleitoral brasileira em um único texto.
00:29Entre os pontos mais polêmicos estão o uso de inteligência artificial nas campanhas,
00:34a reserva de cadeiras para mulheres no legislativo e possíveis mudanças na aplicação da lei da ficha limpa.
00:41É a reserva de cadeiras para mulheres.
00:43Nós no Brasil temos uma representação feminina muito aquém do que deveríamos ter.
00:51Somos um dos países que tem uma das menores representações femininas na política do mundo.
00:57A última vez que eu pesquisei, nós éramos o centésimo, trigésimo, sétimo país,
01:02com a menor representação feminina no parlamento.
01:05Isso é constrangedor, isso é vergonhoso para nós.
01:08Para o especialista em direito eleitoral Ricardo Stella, o projeto apresenta mudanças estruturais importantes.
01:14Uma das mais debatidas é a que propõe a reserva de 20% das cadeiras no legislativo para mulheres eleitas.
01:21E na proposta do novo código você tem efetivamente a participação obrigatória de eleição,
01:26ali colocado uma das propostas desse código, é de eleição, ou seja, 20% reservado no mínimo para a participação feminina.
01:35Entendo isso como um avanço, sei que isso é criticado por vários,
01:39não acredito que isso vai ser votado de uma forma muito tranquila, vai ter uma discussão ampla em relação a isso,
01:43mas vejo isso como positivo, principalmente quando você vai pegar da Câmara Federal,
01:48passar para as assembleias legislativas e depois para as câmaras municipais.
01:51Hoje os partidos são obrigados a reservar no mínimo 30% das candidaturas proporcionais para um dos gêneros,
01:58regra que na prática se aplica às mulheres.
02:01Mas não há qualquer garantia que essas candidaturas resultem em mandatos.
02:06A proposta da reforma eleitoral quer mudar exatamente isso,
02:09prevê que ao menos 20% das cadeiras da Câmara dos Deputados,
02:13assembleias legislativas e câmaras municipais sejam de fato ocupadas por mulheres
02:18com aplicação gradual pelos próximos 20 anos.
02:21Outro ponto que preocupa os especialistas é o uso de inteligência artificial durante as campanhas.
02:27A proposta pretende proibir simulações com voz e imagem de pessoas vivas ou mortas,
02:33mesmo com consentimento,
02:35e pune o uso de robôs e perfis falsos para impulsionar conteúdos nas redes,
02:40como explica Ricardo Estela.
02:41Imagine você o impacto de você criar um vídeo às semanas, às dias da eleição,
02:47com a fala, com a cara do adversário falando absurdos, cometendo crimes.
02:52Isso vai ter um impacto violento numa eleição.
02:55Então sim, tem que se discutir, tem que se positivar,
02:58ou seja, tem que se colocar efetivamente numa legislação na lei eleitoral
03:02e não só em resoluções do tribunal.
03:04Outro tema sensível, segundo Ricardo Estela,
03:06é a proposta que altera a contagem do prazo de ineligibilidade.
03:11Para o especialista, isso pode enfraquecer a aplicação da lei da ficha limpa,
03:15uma das principais conquistas do sistema eleitoral desde 2010.
03:19Nós estamos discutindo também a questão da aplicação, não,
03:22como será contado o prazo de ineligibilidade.
03:25Muitos dizem que enfraquece a ficha limpa, que é a lei 135,
03:30lei complementar 135, que veio aí, foi uma grande novidade lá atrás, em 2010.
03:35E também a gente tem a questão da possibilidade aí de verificar uma gravidade ou não,
03:41sopesar ali, fazer um balanço sobre a gravidade ou não dos fatos,
03:45numa eventual compra de voto, algo do tipo,
03:47se aquilo teve ou não, proporcionalmente, teve um impacto grande
03:52para gerar um desequilíbrio na eleição.
03:54O relatório final será lido até esta terça-feira,
03:57com votação marcada na CCJ para quarta-feira.
04:01Se o projeto for aprovado e sancionado até 3 de outubro,
04:04as novas regras poderão valer já nas eleições municipais e gerais de 2026.
04:10Caso o cronograma não seja cumprido, o impacto fica para as próximas eleições.
04:15Vamos ouvir mais uma vez a análise de Roberto Mota, aqui no Jornal da Manhã.
04:20Bom, Mota, como que você vê e enxerga essa nova regra eleitoral
04:24ampliando a reserva de cadeiras para o público feminino, né,
04:29de mulheres no legislativo?
04:31E como garantir também que mais mulheres, que mulheres eleitas,
04:35signifiquem, então, uma ampliação no debate político?
04:39Essa é uma excelente pergunta, Soraya.
04:42Essa última pergunta é a melhor de todas.
04:44O que significa obrigar a criação de mais cadeiras para mulheres no Congresso?
04:50Bom, depende muito de quem vai ser eleito,
04:54que mulheres vão ocupar essas cadeiras.
04:57Eu acho que, primeiro de tudo, o eleitor não quer um número maior de deputados.
05:02A gente está vendo movimentos nesse sentido.
05:05Depois, nada impede, hoje, dos eleitores votarem em mulheres
05:10e colocarem essas mulheres no Congresso.
05:13Já existe até reserva de candidaturas.
05:1630% das candidaturas têm que ser femininas.
05:20Mas é óbvio, reserva não garante a eleição.
05:25A gente está dizendo isso agora, mas na época em que criaram a reserva de candidaturas,
05:30defenderam isso como uma maravilha.
05:32Agora vão criar reserva de mandatos, ou seja,
05:36um percentual, dois eleitos têm que ser mulher.
05:39Aí eu pergunto, e a vontade do eleitor, como é que fica?
05:44Não importa mais?
05:46Mota, agora, de qualquer modo, me parece que a lei eleitoral precisa ser aperfeiçoada
05:52à medida em que a gente vive novos tempos.
05:55Essa questão de manipulação das redes, da chamada deepfake,
05:59isso tudo também precisa ser acompanhado pela nova lei eleitoral,
06:02porque é algo absolutamente novo no mundo como um todo, na sociedade, não?
06:08Donato, eu tenho dúvidas em relação a isso.
06:11Na lei não precisa versar sobre tudo o que acontece na nossa vida e na sociedade.
06:17Pelo que a gente está vendo, pelo que foi anunciado,
06:21o foco desse novo código eleitoral seria evitar o uso de inteligência artificial
06:28na propaganda eleitoral e o uso de coisas como robôs e perfis falsos
06:33para impulsionar conteúdo, né?
06:36Segundo os autores parlamentares, a intenção seria punir o uso abusivo
06:42de ferramentas de inteligência artificial nas campanhas.
06:46Agora, é muito difícil definir o que é uso abusivo.
06:51A subjetividade vai ser muito grande.
06:54Além disso, esse ambiente de tecnologia é extremamente complexo
07:00e fica mais complexo a cada dia.
07:03É muito difícil controlar isso.
07:05A maioria dos deputados que está elaborando essa lei
07:08não entende desse assunto.
07:11Qual vai ser o resultado?
07:12Uma lei, mais ou menos, tentando regular
07:16um ambiente complicadíssimo
07:18vai ficar na mão do julgador decidir
07:21se uma coisa é abusiva ou não.
07:24Eu acho que isso vai dar margem para interpretações
07:28muito equivocadas.

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