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A Transparência Internacional - Brasil criticou nesta quarta-feira a decisão do STF que permitiu que juízes participem de julgamentos de casos em que atuaram escritórios que têm entre os membros parentes de até terceiro grau dos magistrados.

A TI-Brasil escreveu no X:

“O STF causou dano profundo e duradouro à integridade da advocacia e da Justiça no Brasil quando decidiu, em 2023, pela inconstitucionalidade da norma, aprovada pelo Congresso, que previa o impedimento de juízes em processos em que a parte fosse cliente de escritório de parente até 3º grau do magistrado.

Com isso, inaugurou uma nova era do lobby judicial em larga escala e expôs todo o sistema de Justiça a riscos inéditos de corrupção.”

A mensagem foi publicada em reação a uma reportagem da Folha de São Paulo sobre um processo que envolve o Grupo Petrópolis, que contou com a participação de ao menos 10 familiares de membros da cúpula do Judiciário brasileiro.

Felipe Moura Brasil, Dennys Xavier e Duda Teixeira comentam:

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Transcrição
00:00A Transparência Internacional Brasil criticou nessa quarta-feira a decisão do STF que permitiu que juízes participem de julgamentos de casos
00:06em que atuaram escritórios que têm, entre os membros, parentes de até terceiro grau dos magistrados.
00:13Ou seja, aquela decisão do STF que permitiu, vamos resumir de uma maneira mais simples,
00:19que os juízes julguem processos envolvendo os clientes de suas esposas, de seus filhos, enfim, familiares ou cônjuges.
00:27A Transparência Internacional Brasil escreveu no X, abro aspas,
00:57A mensagem foi publicada em reação a uma reportagem da Folha sobre um processo que envolve o grupo Petrópolis,
01:04que contou com a participação de ao menos 10 familiares de membros da cúpula do Judiciário Brasileiro.
01:10Não é brincadeira, não.
01:1210 familiares de membros da cúpula do Judiciário Brasileiro envolvidos no processo do grupo Petrópolis.
01:19A reportagem diz o seguinte, aspas,
01:21Isso não é novidade, tá?
01:38Isso, inclusive, é um dos elementos que aparecem na minha matéria analítica.
01:44Cai o tráfico, fica a influência.
01:46Uma das matérias mais importantes que eu já escrevi é sobre o funcionamento do Poder Judiciário Brasileiro.
01:52Está disponível na Cruzoé, já tem, acho que, mais de ano essa matéria.
01:55Cai o tráfico, fica a influência.
01:58E os parentes desses ministros atuam ou atuaram como advogados em disputa travada
02:02entre gestores financeiros e Walter Faria, dono do grupo Petrópolis,
02:06das cervejas Itaipava e Petra,
02:09na Justiça do Paraná, na Justiça Federal em Brasília e no STJ.
02:12Então, é o seguinte, mesmo que você, vamos dizer assim,
02:18não tenha uma intenção inicial ou uma prova de conluio de determinado juiz,
02:25com essa regra aprovada pelo STF em vigor,
02:28se você é um empresário que está encalacrado com a Justiça,
02:32que está com problemas,
02:34você, sabendo como as coisas costumam funcionar na República do Escambo Brasileiro,
02:39você contrata aquelas pessoas que têm mais influência sobre os juízes,
02:45principalmente quando você é um empresário que não tem pudor algum,
02:49que geralmente são os casos daqueles que são alvos de processos
02:54que vão ser julgados no STF.
02:56pelo menos, muitas vezes, fora casos excepcionais, de inocência, etc.
03:02Então, as pessoas que têm muito dinheiro,
03:04elas, em vez de contratar o profissional mais qualificado do mercado,
03:07contratam o profissional mais influente,
03:10porque sabem que o marido ou o pai, etc.,
03:13tem poder político dentro do Poder Judiciário,
03:16e mesmo que não julgue diretamente a causa,
03:19eles atuaram na escolha de juízes para o tribunal que vai julgar,
03:24ou são colegas deles,
03:26e que mesmo que eles não atuem nos bastidores para pedir o voto,
03:29para pedir a decisão,
03:31os outros podem votar até cientes de que aquele processo vai agradar,
03:36aquele voto vai agradar, aquela decisão vai agradar.
03:38Era aquilo que denunciava a Eliana Calmon,
03:40ex-ministra do STJ,
03:42na entrevista histórica aqui ao Papo Antagonista,
03:44chamando de acasalamento perfeito.
03:46A mulher fica com poder financeiro no escritório de advocacia,
03:48e o marido com poder político dentro do Poder Judiciário.
03:51Então é isso que causou a decisão do STF.
03:53Duda?
03:54É a realidade de Brasília hoje,
03:57agora a gente tem uma expressão boa,
04:00lobby judicial em larga escala,
04:04ganha as causas quem consegue contratar os escritórios de parênteses,
04:09de juízes do STF e do Superior Tribunal de Justiça.
04:12Já é uma realidade conhecida.
04:15Eu lembro que quando o próprio STF permitiu que isso acontecesse,
04:20foi uma decisão em 2023,
04:22a alegação do Gilmar Mendes era,
04:23olha, a gente não pode deixar que as pessoas, os réus,
04:27decidam quem são os juízes que vão julgar as causas.
04:30Essa era a justificativa,
04:32mas obviamente essa chance nunca chegou perto de acontecer.
04:37O que acontece é isso,
04:38você consegue determinar,
04:42influenciar as decisões do juiz,
04:44dependendo do escritório de advocacia que as empresas contratem.
04:47E aí, os escritórios,
04:48por terem parentes ou cônjuges dos ministros,
04:52dos tribunais superiores principalmente,
04:54eles já têm um chamariz,
04:56já têm um chamariz,
04:58para serem contratados pelos empresários,
05:02enfim, demais indivíduos que tenham problemas judiciais.
05:04Não vai dar tempo do Denis comentar,
05:06a gente já estourou o tempo,
05:07vamos mostrar o resultado da enquete.
05:11Você defende o fim da reeleição?
05:13Sim, 91%,
05:15não, apenas 9%.
05:18A imensa maioria do nosso público não quer reeleição.
05:34Não, a imensa maioria do nosso público não quer reeleição.

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