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  • 01/07/2025
No Direto ao Ponto, Igor Calvet, presidente da Anfavea, detalha o cenário das exportações de veículos brasileiros. Ele analisa a histórica dependência da Argentina na compra do mercado nacional e os desafios impostos pela crise do país vizinho. Calvet aborda as estratégias da indústria automotiva nacional para diversificar esses mercados e manter a competitividade global.

Assista na íntegra: https://www.youtube.com/live/Nehm72B2mdE

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Transcrição
00:00A gente separou mais uma pergunta do Alex Rufo.
00:04Igor, a gente sabe que as exportações de veículos são fundamentais para o equilíbrio
00:08e também para o fortalecimento da indústria automotiva brasileira.
00:12E agora, alinhando com o nosso glossário, a exportação é um verdadeiro motor
00:17de geração de divisas e estabilidade produtiva que acaba diluindo custos fixos de produção
00:22e gera economias de escala.
00:24Com suas fortes credenciais como um grande craque em relações internacionais,
00:29quais os mercados lá de fora você enxerga como prioritários
00:33para ampliar as exportações de veículos brasileiros?
00:38Muito boa pergunta e me ajuda até a falar algo que nós temos notado no mercado brasileiro
00:45no último mês, aliás, no último ano.
00:48Se eu fizer em relação ao primeiro cinco meses do ano passado,
00:54os nossos embarques e, portanto, as nossas importações,
00:57elas cresceram mais do que 50%.
00:59Só no último mês, no mês de maio em relação ao mês de abril,
01:04as nossas exportações cresceram 11%.
01:06Isso é um dado que nos alegra como setor porque, de certa forma,
01:11mostra também a nossa competitividade e o potencial do nosso produto.
01:18Um fato que eu chamo bastante atenção é de que a gente tem também embarcado,
01:22exportado bastante para a Argentina.
01:24A Argentina é um mercado com quem o Brasil tem uma relação bastante profícua,
01:30bastante intensa, bastante profunda há décadas no setor automotivo.
01:35Existe um acordo específico no setor automotivo e é super importante
01:39porque nós defendemos, inclusive, a continuidade desse acordo
01:42porque ele é benéfico para o Brasil e para a Argentina.
01:47É o que nós chamamos do Acordo de Complementação Econômica número 14.
01:50Nós queremos que esse acordo se mantenha tal como está,
01:54obviamente sendo modernizado, quando tiver que ser modernizado,
01:56e ele é para além do Mercosul.
01:58E esse acordo nos permite essa vantagem mútua no mercado
02:02e as trocas no setor automotivo entre Brasil e Argentina continuam bastante.
02:06Então, 11% de aumento das exportações.
02:09A Argentina é um dos nossos principais mercados.
02:12Mas eu ia falar não só sobre a Argentina, mas o mercado latino-americano.
02:17A Colômbia é um mercado super importante.
02:20O México é um mercado super importante.
02:23O Equador é um mercado que nós já fomos mais importantes para o Equador.
02:27É um mercado menor, mas super importante.
02:29E por que eu faço referência a esses mercados?
02:32Porque são mercados, eu falei em alguns momentos aqui da nossa conversa,
02:36sobre a semelhança do nosso mercado com o mercado de renda média para baixo.
02:42São mercados cujos consumidores são muito parecidos com os nossos consumidores.
02:47E, portanto, o produto que nós produzimos no país,
02:51eles tendem a ter entrada maior nesses mercados.
02:55Mas não só os mercados da América Latina,
02:57que tradicionalmente são os com que nós nos relacionamos.
03:00Nós podemos ter o mercado do Oriente Médio e da África também.
03:04Mas, para isso, nós precisamos de uma ação de política de comércio exterior
03:08afinada entre o setor público e o setor privado,
03:12para continuar nesse ingresso.
03:14Mas eu diria que o mercado mexicano, o mercado colombiano,
03:17o mercado chileno, o mercado equatoriano, o mercado argentino,
03:20além do Uruguaio e do Paraguai,
03:22são os grandes mercados no Brasil por essa questão
03:25que nós temos consumidores com padrões de consumo muito semelhantes.
03:29E, para isso, nós precisamos fortalecer esses acordos.
03:33Uma questão importante nesse mercado,
03:35que faz toda a diferença para as nossas exportações,
03:39é nós termos acordos regulatórios também,
03:43de harmonização regulatória.
03:45Veja por que isso é importante.
03:47Porque as regulações que nós seguimos no Brasil,
03:50sejam de eficiência energética, sejam de emissões,
03:53sejam elas de segurança,
03:54elas precisam ser minimamente harmonizadas
03:57com que os outros países, os receptores,
03:59os importadores dos veículos também tenham.
04:02Óbvio. Por quê?
04:03Porque isso você ganha eficiência,
04:05você ganha escala na produção.
04:07O produto que é consumido no Brasil,
04:09ele tende a ser semelhante, com poucas alterações,
04:12ao que vai ser consumido na Colômbia,
04:14no México, na Argentina.
04:16E, se assim for, nós temos escala.
04:18Porque veja como é difícil, do ponto de vista produtivo,
04:20manter a eficiência do processo produtivo,
04:23se você tiver que fazer, num lotes menores,
04:25produtos diferentes, com regulamentações diferentes,
04:28com índices diferentes, para acessar aqueles mercados.
04:30Então, eu diria, os acordos são importantes,
04:33manter mercados que são semelhantes aos nossos
04:36é super importante,
04:37e manter uma estratégia de harmonização regulatória.
04:40E isso faz toda a diferença para a nossa competitividade.
04:44E, sem dúvida nenhuma,
04:45manter aqui na região,
04:47especialmente no Brasil,
04:48que é o último fator que eu dou,
04:49é uma rede de autopartistas.
04:54A nossa indústria de autopeças,
04:56não só no Brasil, como na América Latina,
04:58precisa ser fortalecida,
05:00reduzindo a nossa dependência de mercados,
05:03reduzindo a nossa dependência das questões cambiais,
05:06das questões de financiamento.
05:08Então, é um tabuleiro, por assim dizer,
05:11que é de difícil jogo,
05:13porque nós estamos jogando em múltiplos tabuleiros,
05:15simultaneamente,
05:16mas ele é perfeitamente possível.
05:18com uma estratégia, eu acho,
05:19que é acertada de país e de setor.
05:22Mas elas precisam caminhar conjuntamente.
05:24Então, uma ótima pergunta.
05:25Muito obrigado.

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