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Patamar da taxa de juros atinge o teto desde o governo Dilma Rousseff.
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Transcrição
00:00O Comitê de Política Monetária, COPOM, do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira elevar a taxa básica de juros da economia de 13,25% para 14,25%.
00:14A decisão foi unânime.
00:17Esse é o maior patamar desde a crise do governo Dilma em 2015 e 2016, quando a taxa também alcançou 14,25%.
00:26A ex-presidente sofreu impeachment em agosto de 2016.
00:31Em nota, após a reunião do COPOM, o Banco Central indicou que poderá aumentar novamente a taxa Selic na próxima reunião marcada para 6 e 7 de maio.
00:42Vamos ler o comunicado do COPOM.
00:45Abre aspas.
00:46Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso,
00:59o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião.
01:09Hoje mais cedo, o ministro da Fazenda comentou a decisão do COPOM.
01:13Vamos ouvir.
01:14O antigo presidente do Banco Central foi nomeado pelo Bolsonaro e ficou dois anos além do mandato do Bolsonaro na presidência do Banco Central.
01:26Você contratou, como dizem, três aumentos bastante pesados na Selic, na última reunião do ano passado.
01:39Você não pode, na presidência do Banco Central, dar um cavalo de pau depois que se assumiu.
01:44Isso é uma coisa muito delicada.
01:45O novo presidente, com os novos diretores, eles têm aí uma herança a administrar, mais ou menos como eu tive uma herança a administrar em relação ao Paulo Guedes.
01:58Não foi fácil você manter o país funcionando depois de 2022.
02:04Em 2022 foi feito um estrago nas contas públicas brasileiras para garantir o resultado eleitoral que você não pode imaginar.
02:15E o mercado, por enquanto, reagiu bem.
02:18O dólar subindo pouco num dia de pressões internacionais.
02:21E para falar um pouco mais sobre as repercussões de mais essa alta, eu convido o Wilson Lima, que está em Brasília.
02:29Boa tarde, Wilson.
02:30Como repercutiu por aí essa alta já esperada de 1% na taxa Selic?
02:35É, é uma alta, mas que reflete muito o momento pelo qual nós estamos passando.
02:43Boa tarde para você, Inácio.
02:44Boa tarde para você que nos acompanha aqui no canal BMC News e também é um antagonista.
02:49É sempre um privilégio ter a sua audiência e a sua participação diária aqui no nosso programa.
02:57Meu cara, a questão é a seguinte.
02:58Eu só sei que nós temos um outro forte concorrente ao nosso prêmio óleo de peroba da semana.
03:05Porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fazer uma referência à lei jocosa ao governo Jair Bolsonaro,
03:14dizendo que não, que nós estamos responsabilizados pela irresponsabilidade do passado,
03:21é uma baita de maquiagem de pau.
03:22O governo Lula não fez o dever de casa.
03:25E não fez o dever de casa, não estou te falando, ontem.
03:27Não fez o dever de casa ontem, não fez o dever de casa anteontem,
03:31não fez o dever de casa no mês passado, nem fez o dever de casa no mês passado.
03:37A alta na taxa básica de juros, ela é simbólica, ela é representativa,
03:44ela é um sintoma grave de que a economia brasileira vai mal
03:48e que o governo Lula não tem a menor pretensão, não tem a menor iniciativa
03:54e não está tendo, nesse momento, a menor consciência de que precisa, de fato, tomar as rédeas.
04:00Sabe por quê?
04:00Porque para tomar as rédeas, o PT vai ter que deixar de ser PT.
04:04E isso, não espere que não vá acontecer nunca.
04:07Rodolfo Borges, boa tarde.
04:09Qual a sua leitura sobre mais essa alta da taxa Selic?
04:14Boa tarde a todos.
04:15É, por enquanto, o Gabriel Galípolo, que é o presidente do Banco Central,
04:19indicado pelo Lula, está seguindo o roteiro que tinha sido planejado já desde o ano passado,
04:25não apenas pelo Roberto Campos Neto, mas também por ele próprio, o Gabriel Galípolo.
04:30Porque nós já destacamos várias vezes aqui que naquela coletiva de imprensa
04:35em que o Galípolo, em que o Roberto Campos Neto passou o bastão para o Galípolo ali em dezembro,
04:39eles, além de trocar várias amabilidades e dizer que, demonstrar que estavam em uma mesma vibração,
04:48o Campos Neto disse e o Galípolo confirmou que essa decisão de projetar dois aumentos na taxa Selic
04:56de um ponto percentual na primeira e na segunda reunião de 2025,
05:02essa decisão, ela tinha sido tomada numa reunião do Compom que teve como protagonista o Gabriel Galípolo.
05:08Então, ainda que não tivesse sido ele que tivesse tomado essa decisão,
05:12digamos que saiu da cabeça do Campos Neto, ele convenceu os outros diretores a fazer isso,
05:17o Galípolo foi apresentado e se apresentou também como responsável por essa decisão.
05:22E ele está seguindo a risca esse roteiro, inclusive na perspectiva do Copom,
05:27que a gente destacou nessa aspa que o Inácio leu mais cedo,
05:30de que deve haver mais algum aumento na próxima reunião,
05:36porque a perspectiva, vamos lembrar, é de 15%,
05:38a perspectiva, as projeções de que a Selic deve chegar a 15% neste ano.
05:45Então, falta aí mais 0,75 ponto percentual,
05:49que aí pode vir agora, na próxima 0,5%, pode vir 0,25,
05:54mas o horizonte é de que seja 15% para controlar a inflação,
06:00cuja projeção para esse ano é de 5,66%.
06:04O último Boletim Focus deu essa perspectiva,
06:06e aí só para todo mundo entender onde nós estamos é,
06:10a meta de inflação do governo, governo Lula, é 3%.
06:14O teto da meta é 4,5%.
06:17A expectativa para esse ano é 5,66%.
06:22Isso com o cenário que está posto, de juros já elevados.
06:27Então, o que deveria ocorrer agora,
06:30se é que o governo Lula está de fato preocupado com a inflação,
06:33como o Lula, o Haddad e outros ministros vêm dizendo?
06:38Controlar as contas públicas.
06:39É a única coisa que eles podem fazer.
06:40E não derrubar a taxa de produto importado, de café.
06:46Isso aí é jogar para a torcida.
06:48Eles não estão fazendo aquilo que eles poderiam e deveriam estar fazendo.
06:52Inclusive, e aí a gente vai falar mais tarde aqui no programa,
06:54sobre essa perspectiva de aprovação de um orçamento
06:56que já vem cheio de jeitinho.
07:00Quer dizer, o governo Lula, de fato, como o Wilson falou,
07:02não está fazendo o que deveria estar fazendo.
07:04E aí cabe agora ao Banco Central,
07:07como já cabia antes, quando ele estava na mão,
07:10sob o comando do Roberto Campos Neto,
07:12fazer aquilo que ele existe para fazer,
07:15controlar a inflação sem a ajuda do governo,
07:18que é pior, dificulta o trabalho do Banco Central,
07:22o governo Lula, ao não controlar os próprios gastos,
07:24de olho em tentar recuperar a popularidade
07:27que o Lula perdeu ao longo dos últimos meses.
07:29E tem um problema, Rodolfo.
07:32Diga, diga.
07:33E tem uma questão, só para complementar o comentário do Rodolfo,
07:36desculpa te cortar na tua pergunta,
07:39e tem um problema.
07:40O governo Lula, ele tem margem para aumentar a taxa de juros,
07:45mas não tem margem para cortes públicos.
07:48Esse é o dilema.
07:49E é esse jogo que vai dominar as conversas aqui no Congresso Nacional.
07:54Complete, Inácio, por gentileza.
07:55Wilson, é uma pergunta para você.
07:57Tem uma personagem que sempre que havia uma nova elevação de taxas de juros,
08:02sempre se manifestava nas redes sociais,
08:05descendo a lenha, a borduna,
08:07no antigo presidente do Banco Central.
08:08Inclusive, quando ele já não era mais presidente do Banco Central,
08:11que é a Glaze Hoffman, hoje ministra.
08:14Todo mundo ficou esperando uma manifestação dela
08:17ontem, após a alta da taxa de juros,
08:20e mesmo hoje pela manhã.
08:22O fato dela ser hoje ministra,
08:24e, portanto, quando vai falar em nome de governo,
08:27fez com que ela se lenciasse de uma vez para outra,
08:30ou ainda esperam que ela tenha algum tipo de manifestação?
08:35Ela não vai se manifestar nem pelo fato de ela ser ministra.
08:39Ela não vai se manifestar.
08:42Deve fazer alguma fala mais branda,
08:44porque agora a culpa está toda no colo do Galípolo.
08:49Não tem mais alternativa.
08:51Não há mais quem você culpar.
08:53Não há mais a figura do Roberto Campos Neto.
08:56Por mais que essa taxa de juros tenha sido pré-contratada,
09:02pré-contrato, quando se fala de política de juros,
09:05ele pode ser rasgado se a política econômica permitir.
09:09E foi isso que não aconteceu.
09:12Quando você tem esse pré-contrato,
09:13essa possibilidade de aumento de taxa de juros,
09:15de uma reunião para outra, é uma possibilidade,
09:18é uma perspectiva, é uma projeção.
09:21Só que a política, e como o dinamismo da vida,
09:24você pode ter esse tipo de alteração,
09:27esse tipo de mudança,
09:28hoje você tem um cenário X a mão,
09:30você pode ter um cenário Y.
09:32Qual é a missão do Banco Central?
09:33É você preservar o cenário econômico
09:36e você mostra para o gestor,
09:38olha, estamos aqui aumentando a taxa de juros,
09:40então faça o ajuste por aí.
09:42Dependendo do que você fizer,
09:44nós fazemos um reajuste por aqui.
09:45Só que isso não foi feito,
09:47e não é de hoje,
09:48e não tem sido feito há pelo menos dois anos.
09:51O governo Lula não tenta trabalhar na base
09:53para, de fato, ajudar o Banco Central
09:55a taxa de juros.
09:56O banco, a Gleis Hoffmann,
09:58tentou, ao longo de dois anos,
10:00reduzir a taxa de juros na marca.
10:03Agora ela não tem mais esse recurso,
10:05nem como presidente do PT,
10:07quer dizer, nem como ex-presidente do PT,
10:09nem como ministra de Estado.
10:12A gente destacou no site do Antagonista,
10:14quem quiser ver os detalhes,
10:15está lá no portal,
10:16o antagonista.com.br,
10:18uma nota chamada
10:20faltou a ata de Gleis.
10:22A ata de Gleis é como a gente vem chamando
10:25os comentários
10:26que ela fazia
10:28após todo o anúncio do Copom.
10:32Ela não fez esse,
10:33as pessoas sentiram falta,
10:34estão lá nas redes sociais dela
10:35cobrando,
10:36Gleis, não vai comentar nada,
10:38subiu juros de novo.
10:39Agora,
10:40quem comentou,
10:41e aí parece que ela passou o bastão,
10:43foi o líder do PT na Câmara,
10:45Lindbergh Faria,
10:46reclamou.
10:47Assim como o presidente interino do PT,
10:50o senador Humberto Costa,
10:51também reclamou,
10:52não nas próprias redes sociais,
10:53ele reclamou
10:54por meio das redes sociais do PT,
10:56o que é uma diferença
10:56do que a Gleis fazia,
10:57porque ela reclamava
10:58no perfil próprio dela.
11:00Eles não só reclamaram do aumento,
11:02como,
11:02assim como fez o Haddad,
11:04puseram sim,
11:05Wilson,
11:05na conta de Campos Neto.
11:08E vão continuar colocando,
11:09por quê?
11:10O Lula já tinha usado essa expressão,
11:12o Haddad repetiu agora,
11:14o Haddad já desistiu,
11:16essa é uma outra nota
11:16que a gente publicou no Antagonista,
11:18quem tiver curiosidade vai lá ver,
11:20o Haddad parece ter desistido
11:21completamente do discurso
11:22de responsabilidade fiscal,
11:23e eu falo discurso
11:24de responsabilidade fiscal,
11:25porque ele era isso,
11:27era um discurso,
11:28não era exatamente
11:29uma conduta do governo,
11:31então o Haddad fazia o discurso,
11:33apesar de o governo
11:34não ter a conduta,
11:35e agora parece ter abandonado
11:36até o discurso.
11:38O Lula criou,
11:39voltando,
11:40a expressão
11:40cavalo de pau.
11:42O Galípolo não pode
11:43dar um cavalo de pau agora,
11:45e, olha,
11:46provavelmente o Galípolo
11:47não vai dar esse cavalo de pau
11:48que eles estão esperando,
11:50por muito tempo,
11:51porque não existe condição
11:52para fazer isso.
11:54A política não vai ser mudada,
11:56ou deixar de ser mudada,
11:57porque o Galípolo quer ou não,
11:59ou porque o Lula quer ou não.
12:00Agora,
12:00na primeira vez que o Galípolo
12:02der alguma demonstração
12:04de que ele tem vontade
12:06de dar esse cavalo de pau
12:08que o governo está esperando,
12:09aí a coisa vai ficar
12:10ainda mais feia.
12:11E aí
12:12E aí
12:22E aí
12:31E aí
12:35E aí
12:35E aí

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