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"A Lei da Ficha Limpa foi uma lei de iniciativa popular, e ela nasce na esteira das condenações do mensalão", disse o senador, que defende anistia a Bolsonaro

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Transcrição
00:00Contrariando o discurso do governo Lula e do PT, o ministro da Defesa José Múcio Monteiro sugeriu na segunda-feira, dia 10, a soltura dos inocentes de quem teve menor envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023 para ajudar a pacificar o país.
00:17Para ele, na hora que você solta um inocente ou uma pessoa que não teve um envolvimento muito grande no 8 de janeiro, é uma forma de você pacificar o país.
00:26A fala foi dada no programa Roda Viva da TV Cultura. Vamos ouvi-la.
00:32Eu estou louco para saber quem foram esses organizadores, para isso aí tem a pena máxima. Eu preciso.
00:39E para falar mais sobre esse assunto, vamos à Brasília com Wilson Lima, que tem um convidado especial para o quadro Bastidores do Meio Dia.
00:56Boa tarde para você, Zé Inácio.
01:02Boa tarde para você que nos acompanha aqui no canal BMC News e também aqui em O Antagonista.
01:07Estou ao lado do ex-vice-presidente do senador Hamilton Mourão.
01:11Senador, eu quero começar justamente com essa questão do 8 de janeiro.
01:15O senhor concorda com a fala do ministro da Defesa?
01:19O senhor acredita que essa pauta pode avançar aqui no Congresso ao longo do ano de 2025?
01:23Boa tarde para o senhor. Seja bem-vindo ao Meio Dia em Brasília.
01:25Boa tarde, Wilson. Boa tarde a todos.
01:28Eu concordo plenamente com a posição expressa pelo ministro Múcio.
01:34O ministro Múcio, com a sua característica de ser um homem ponderado, conciliador,
01:39ele tem perfeita noção daquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro e não a gente ficar perdido nessa guerra de narrativa.
01:48Nós temos dois aspectos muito claros aí.
01:50Um aspecto é a tradição do nosso país de anistia por questões políticas,
01:56cuja mais recente é a anistia ocorrida em 1979.
02:01Mas ao longo da história, seja no período do Império, seja no período da República,
02:06outros processos de anistia ocorreram.
02:07E mais ainda, a gente quando compara os acontecimentos do dia 8 de janeiro,
02:14aquele quebra-quebra, que foi uma baderna péssima para a imagem do país,
02:21e para aquilo que nós queremos nos apresentar como um povo civilizado,
02:26mas outras badernas ocorreram, né?
02:29Em 2016, 2017, tivemos uma invasão aqui do Itamaraty, Itamaraty todo quebrado,
02:35ninguém foi preso, ninguém foi condenado a 17 anos.
02:39Então, penas absurdas, como a da senhora que escreveu
02:43Perdeu uma Nena na Estrada da Justiça e está condenada aí a 14 anos de cadeia.
02:47Então, para mim, só tem uma solução para reverter isso aí,
02:51a solução política, e a solução política é a anistia.
02:54O senhor acredita que essa pauta pode avançar aqui no Congresso?
02:57Porque o presidente da Câmara, Hugo Mota, ele já deu sinais,
03:01se quiser perder dele, avança.
03:04O Davi Alcolumbre, aqui no Senado, pelo menos nesse momento,
03:07não se manifestou sobre o tema, ele tem sido reticente a falar qualquer coisa.
03:12Pelo que o senhor já conversou com os colegas parlamentares,
03:15nessa nova gestão da V. Alcolumbre, o senhor acredita que essa pauta,
03:18ela tem alguma chance de avançar ao longo do ano de 25 ou para 26?
03:23É óbvio que será colocada uma discussão forte.
03:28Acredito que a Câmara seja mais fácil até a evolução do tema.
03:32Aqui no Senado, vejo um pouco mais de reticência sobre o tema da anistia,
03:37mas compete a nós, que acreditamos nela,
03:40convencermos os nossos colegas de que o melhor para o país,
03:45num momento como esse, é a gente baixar as armas
03:48e entendermos que nós não somos inimigos,
03:51somos apenas adversários políticos.
03:53E nada melhor para que isso aconteça é um processo de anistia.
03:57São Paulo, tem alguma pergunta, Rodolfo?
03:59Queria sim perguntar para o senador.
04:01Boa tarde, senador.
04:02Eu queria saber a opinião do senhor sobre a ligação dessa anistia,
04:08especificamente aos condenados pelo 8 de janeiro,
04:11com a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
04:16O senhor acha que uma coisa está ligada à outra
04:17e a anistia à ex-pessoal do 8 de janeiro tem a ver com a possibilidade,
04:23que aí é uma outra questão mais,
04:25a possibilidade de o Jair Bolsonaro poder concorrer em 26?
04:28Isso faria parte desse movimento aí para distensionar as forças?
04:33Ou é cada coisa no seu lugar?
04:36É, eu vejo hoje que o presidente Jair Bolsonaro
04:40está injustamente tornado inelegível
04:43por uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral,
04:46por aquela reunião que ele realizou com os embaixadores
04:50e para comentar a respeito do posicionamento dele
04:53sobre o processo eleitoral no Brasil
04:55e, posteriormente, para aquela questão do 7 de setembro de 2022.
04:59É uma punição tanto quanto forte para os fatos que ocorreram.
05:06No entanto, ainda tem processos que o presidente está submetido
05:09e, óbvio, que esses processos estão todos ligados
05:12com essa questão do 8 de janeiro
05:13a partir do momento que se construiu uma narrativa aqui no país
05:16que existiu efetivamente uma tentativa
05:19de derrubada do Estado de Direito no nosso país.
05:23Portanto, eu considero que essa anistia
05:25vai abranger também uma possível condenação futura
05:29do presidente Bolsonaro.
05:31O senhor acredita que a questão da ficha limpa,
05:32que está lá na Câmara,
05:34ela tem alguma possibilidade de avançar aqui no Senado
05:36essa redução, essa possibilidade de redução
05:39do prazo de ineligibilidade ou acredito que não?
05:42Olha, eu vejo com uma certa dificuldade
05:46porque vamos lembrar o seguinte,
05:47há um projeto que estava sendo relatado
05:49pelo senador Everton ano passado
05:51que abrangia a questão do momento do início
05:56da contagem da ineligibilidade.
05:58Passou pela CCJ, veio para o plenário e ficou embargado.
06:00E no plenário não teve voto, foi retirado,
06:03então ele não mexia no tempo de ineligibilidade,
06:07mexia apenas na contagem do prazo
06:08e isso era muito importante para a eleição do ano passado
06:12para alguns candidatos a prefeito
06:14e terminou não sendo aprovado isso.
06:15Portanto, eu vejo que agora terá que haver uma mudança
06:19total de visão sobre essa questão,
06:23sempre lembrando que a lei da ficha limpa
06:25foi uma lei de iniciativa popular
06:27e ela nasce na esteira das condenações do mensalão
06:30no ano de 2010,
06:32até então a ineligibilidade era de três anos,
06:34se eu não me engano, passou para oito,
06:36portanto é um assunto que vai ser discutido.
06:39Agora, hoje no Senado eu vejo isso com uma certa dificuldade.
06:42Deixa eu mudar um pouco de assunto,
06:43falar um pouco de economia,
06:45meus caros colegas aí de São Paulo,
06:46porque é o seguinte,
06:48o Rodolfo Senna tem algum questionamento
06:50sobre a questão do ficha limpa
06:51ou eu posso avançar para a economia já?
06:52Pode avançar, o senador já deixou claro
06:54que essa é uma outra questão.
06:58Tá certo.
06:59Deixa eu entrar na economia, por quê?
07:00Porque aqui do ladinho,
07:02aqui do lado,
07:02eu só preciso ter uma ideia aqui da localização,
07:04eu estou aqui em frente ao plenário do Senado,
07:06no Salão Azul.
07:07Aqui do ladinho está a sala da presidência do Senado,
07:10onde daqui a pouco o presidente do Senado,
07:12o Davi Alcolumbre,
07:13vai conversar com o Fernando Haddad
07:15sobre a pauta econômica do governo Lula,
07:18principalmente sobre o projeto de isenção
07:19do imposto de renda de até 5 mil reais.
07:22Senador,
07:23eu conversando com parlamentares da Câmara
07:25na semana passada,
07:26eles me falavam que o seguinte,
07:27Wilson,
07:28todo parlamentar quer aprovar a isenção
07:30na faixa do imposto de renda.
07:32O problema não é o projeto,
07:34o problema é o que o governo vai entregar.
07:36Eu só acredito que o governo
07:37vai conseguir entregar algo,
07:40vai conseguir fazer um corte,
07:41vai conseguir cortar na própria carne
07:42para entregar esse benefício,
07:44ou você acha que isso ainda é um sonho
07:47de uma noite de verão do Instagram do PT?
07:50Olha, Wilson,
07:51lamentavelmente,
07:52o governo do presidente Lula,
07:54ele nasceu com uma ideia errada,
07:55o presidente Lula,
07:56ele entra nesse governo
07:57com os olhos postos há 20 anos atrás,
08:00e o país mudou muito,
08:02e o nosso orçamento federal,
08:03ele foi totalmente engessado
08:05ao longo desse período.
08:07Ele recebeu um abono
08:08de 160 bilhões de reais,
08:10que foi aquela PEC da transição,
08:12e a partir daí largou
08:13num gasto
08:15que resulta
08:17na situação que nós estamos vivendo.
08:18O governo não tem mais fôlego.
08:20Então, eu vejo com muita dificuldade
08:22essa questão dele
08:23conseguir essa isenção
08:24do imposto de renda
08:25para quem ganha até 5 mil,
08:27beleza,
08:28o pessoal vai gostar disso,
08:30mas ele tem que compensar.
08:31Como vai compensar
08:33com aquela tributação
08:34dos mais ricos,
08:35vai taxar dividendo,
08:37que é uma discussão
08:37que tem há não sei
08:38quanto tempo aqui no país,
08:40e não avança.
08:41Então, eu vejo
08:42muita dificuldade
08:43para o governo
08:44conseguir fazer avançar
08:45essa pauta dele.
08:46E também tem a questão
08:47dos militares,
08:47que é sempre um ponto,
08:48né, Vral,
08:49acho que toda vez
08:49que se toca nesse assunto,
08:51há uma discussão ampla
08:53sobre esse tema, não é?
08:54Olha, a questão dos militares,
08:55foi um assunto
08:56muito mal colocado,
08:58esse pacote,
08:59um mini pacote
09:01de, vamos dizer assim,
09:02fiscal do governo,
09:03que no final das contas,
09:05pelo que eu tenho visto,
09:06não vai resultar em nada,
09:07porque os gastos extras
09:09que estão entrando,
09:10principalmente ainda temos
09:11essa questão do pé de meia
09:12para resolver,
09:14vai anular
09:14todo aqueles
09:1628 bilhões
09:17que se pretendia
09:18economizar
09:18com esses recursos,
09:20com essas medidas
09:21que foram aprovadas
09:22no final do ano passado.
09:23E a questão
09:24do sistema
09:25de proteção social
09:27dos militares,
09:28o que eu vejo
09:28a economia ali colocada
09:30é pífia,
09:31é muito barulho
09:32para pouca coisa.
09:33Você é coisa de 3,
09:344 bilhões,
09:34se não me engano,
09:35não é, senador?
09:36Quando muito,
09:37quando muito,
09:37porque o cálculo
09:38não está apresentado
09:39em nenhum momento.
09:39Eu, conhecendo
09:40o sistema
09:41como funciona,
09:42fui secretário
09:43de Economia e Finanças
09:45do Exército,
09:46eu sei que
09:47aquilo que o governo
09:48está querendo colocar
09:49é mais fumaça
09:50do que fogo.
09:52Me parece, senador,
09:53que eu acho que
09:53antes de apresentar
09:54um pacote,
09:54eu já tentava avançar
09:55numa pauta econômica,
09:56me parece que o governo
09:57também precisaria,
09:58de fato,
09:59dar um entendimento
10:01para a sociedade
10:01de que, de fato,
10:03ele quer cortar gastos.
10:04Eu estou falando
10:04especificamente de gastos
10:05como, por exemplo,
10:06com a Primeira Dama
10:07e por aí vai.
10:08Você acredita que
10:09esse sinal,
10:09se o governo desse esse sinal,
10:11uma pauta econômica
10:12até mais restritiva,
10:13seria mais fácil
10:14de avançar aqui
10:15no Senado
10:15e na Câmara?
10:16A gente sabe
10:18que aqui no Parlamento,
10:19benesses,
10:21todo mundo quer fazer,
10:22isso é uma realidade.
10:24E o governo
10:25tem que compreender
10:26e o conjunto
10:27da sociedade brasileira
10:28tem que compreender
10:29que se atingiu
10:30o limite
10:31da capacidade
10:32de extração
10:33de recursos
10:34da sociedade
10:34para que
10:36o governo
10:37em todas as instâncias
10:39consiga funcionar.
10:41Não tem mais
10:41como extrair
10:42recursos da sociedade.
10:43e o governo
10:44tem que se adaptar
10:46para buscar
10:46fazer o que ele
10:48precisa fazer
10:49com aquele recurso
10:50que está colocado
10:50na mão dele.
10:51E, lamentavelmente,
10:53o governo do presidente Lula
10:54ele fez uma coisa
10:55inversa.
10:56Ele, em vez de guardar
10:57nos dois primeiros anos
10:59para gastar nos dois últimos,
11:00ele fez ao contrário.
11:01E agora
11:02ele está num beco
11:02sem saída.
11:03E só para fechar,
11:04senador,
11:04já te agradeço muito
11:05pela entrevista
11:06e pela sua disponibilidade.
11:09Impeachment.
11:10Há chances
11:11de que um processo
11:13de impeachment
11:13seja desencadeado
11:14na Câmara
11:15e aqui no Senado?
11:16Olha, eu sempre digo
11:17que impeachment
11:18é uma decisão
11:19muito grave.
11:20Eu não vejo
11:21hoje
11:22um clamor
11:23das ruas
11:24para que isso acontecesse.
11:25Teria que haver
11:25clamor da rua,
11:26não há clamor da rua.
11:28Já passamos
11:29mais da metade
11:30do governo
11:31do presidente Lula
11:32e ele agora
11:33tem que ir abraçado
11:35nos erros
11:36que ele cometeu
11:37até 2026.
11:39Espero que
11:40consiga,
11:41óbvio
11:42que o parlamento
11:43apoiaria
11:44tomar as decisões
11:46e as medidas
11:47necessárias
11:48para tentar
11:48colocar um pouco
11:49esse trem
11:51de volta
11:52no trilho
11:53para que a gente
11:54consiga chegar
11:54em 2026
11:55com a inflação
11:56sob controle
11:57e com a dívida pública
11:58também sob controle.
12:00Rodolfo,
12:01alguma última pergunta,
12:02querido?
12:03Já que você perguntou
12:05isso sobre
12:05a situação do Lula,
12:07eu queria perguntar
12:08só para o senador
12:08para terminar
12:09a situação da oposição.
12:10como é que a oposição
12:12chega em 2026?
12:13Como é que esse caminho
12:14está sendo percorrido,
12:15senador?
12:17Olha, Rodolfo,
12:18o que eu vejo hoje
12:19é a oposição
12:20está dividida.
12:21A oposição
12:22espera o seu
12:24grande líder
12:24que é o presidente
12:25Bolsonaro
12:25e ninguém pode
12:27fugir
12:27dessa visão
12:28de que o presidente
12:29Bolsonaro
12:30é o grande líder
12:31de oposição
12:33e da direita
12:34que existe
12:35no nosso país.
12:36e nós temos
12:37quatro, cinco
12:38candidatos
12:39passíveis
12:40de concorrer
12:41em excelente
12:41situação
12:42em 2026,
12:43mas eu afirmo,
12:44temos que estar
12:45unidos,
12:46teremos que nos unir
12:47em torno
12:47do nome
12:48que se o presidente
12:50Bolsonaro
12:51não puder concorrer,
12:52o nome que nós
12:53temos que unir,
12:54seja Caiado,
12:55seja Ratinho,
12:57seja Tarcísio,
12:58seja Zema,
12:59tem que haver
12:59uma composição
13:00porque a gente
13:01colocando
13:01um nome
13:03desses
13:04de peso
13:04e o nosso apoio
13:05eu tenho certeza
13:06que nós
13:07venceremos a eleição.
13:08Tarcísio é plano B?
13:10O Tarcísio,
13:12ele é o nome
13:13falado no momento,
13:14é um gestor
13:15consagrado,
13:16é um político
13:17hábil também,
13:18apesar de não ter
13:19toda essa trajetória
13:21dentro da política,
13:22mas tem revelado
13:23a sua habilidade
13:24e é um grande nome.
13:26Senador Hamilton Mourão,
13:28muito obrigado
13:28pela participação
13:29aqui no Mês de Brasília,
13:30te agradeço
13:31mais uma vez
13:31pela oportunidade
13:32de sua conversa,
13:32espero contar
13:33com a sua
13:33presença
13:34aqui no nosso
13:34programa
13:35e outras oportunidades.
13:36Agradeço aí
13:37o Wilson,
13:38Rodolfo,
13:39bom trabalho
13:39aí a todos
13:40e um grande abraço.
13:42e um grande abraço.
13:47E aí
13:47Obrigado.

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