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A eleição presidencial americana ocorre nesta terça, 5 de novembro. Para tentar prever o que irá ocorrer, é possível olhar os modelos que fazem previsões sobre o Colégio Eleitoral, o número total de votos de cada candidato, como cada um deles se sai no principal tema e a aprovação do atual presidente.
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Transcrição
00:00A eleição dos EUA chega num momento decisivo e não dá para apostar quem vai vencer,
00:14mas me parece que os números indicam nesse momento que o Trump tem uma pequenina vantagem.
00:18Explica isso para a gente, por gentileza.
00:21Bom, boa tarde, Alexandre.
00:23O que eu dei uma olhada, Wilson, foi aqueles números que realmente podem dizer alguma coisa,
00:30porque no passado eles ajudaram a prever quem seria o presidente.
00:37Então, por exemplo, quando você pega o assunto principal da eleição,
00:44a gente sabe que em 85% das vezes o candidato que se sai melhor naquele que é o principal assunto da eleição
00:53vence a eleição.
00:55O principal assunto da eleição é a economia e os americanos acham que o Trump se sai melhor
01:02no assunto da economia do que a Kamala Harris.
01:06Então, esse é o número.
01:07Outras coisas que eu peguei, eu peguei todos os levantamentos que foram feitos
01:11com previsões para o colégio eleitoral.
01:14O colégio eleitoral é um processo, não é um órgão, não é um lugar físico,
01:23mas os americanos, na verdade, quando eles votam na UNA, eles estão votando em quem são
01:28aquelas pessoas que vão eleger o próximo presidente.
01:32Esse colégio eleitoral tem 538 membros, precisa ter 270, o candidato tem que ter 270 no mínimo
01:41para ser eleito o novo presidente.
01:44E aí eu peguei, a Economist está dando quase que um empate, um pouquinho à frente a Kamala Harris,
01:51mas o 538 e o Real Clear Politics, outros dois sites que fazem esse levantamento,
01:57dão o Trump melhor.
02:00E também olhei a questão do total de votos.
02:05Os americanos chamam de voto popular.
02:09Essa tradução aqui não funciona muito, mas olhando o número de votos totais,
02:15o que a gente lembra?
02:17A Hillary Clinton, em 2016, ela teve uma vantagem de dois pontos.
02:23As pesquisas diziam que ela ia ter uma vantagem de três pontos, ela teve dois pontos,
02:28e no colégio eleitoral ela perdeu para o Trump.
02:30Então, a Kamala Harris não basta vencer nos votos totais,
02:37ela precisa ter uma vantagem acima de dois pontos.
02:41E todos os levantamentos também mostram que ela não chega aí,
02:45ela tem uma vantagem de 0,1 ponto, de 1 ponto, de 1,8 ponto.
02:50Então, nunca chega a ter a vantagem que a Hillary tinha em 2016,
02:56sendo que a Hillary perdeu.
02:57E a outra coisa que também conta é a aprovação do presidente.
03:01Se a aprovação do presidente é menor do que 40%,
03:05é muito difícil ele se reeleger ou fazer um sucessor.
03:09E o Biden está um pouquinho abaixo desses 40%.
03:12Então, nesses quatro tópicos que eu consultei aqui,
03:17a gente pode concluir que o Trump tem uma pequenininha vantagem
03:21em relação à Kamala Harris.
03:23Deixa eu trazer e falar com o nosso Alexandre Borges,
03:26porque uma pergunta que eu te fiz, acho que umas três vezes
03:29ao longo desse processo sucessório lá nos Estados Unidos.
03:34Não dá para apostar em A ou em B, né, Ale?
03:37Quer dizer, se a gente fosse fazer um antagonista bet nesse momento
03:40e colocar lá quem vai ganhar as eleições nos Estados Unidos, né?
03:45Donald Trump ou Kamala Harris,
03:48quer dizer, não dava, daria 50-50,
03:50quer dizer, daria uma situação muito, muito instável.
03:53Mas me parece, Ale, que nesse finalzinho,
03:56me parece que o Trump, pelo que eu falo, o Duda,
04:00e pelo que você tem acompanhado,
04:02me parece que o Trump deu aquela corridinha ali de final de maratona,
04:06aquele gaizinho que parece que ele começa esse processo
04:10com uma ligeira, ligeira, ligeira vantagem.
04:13Wilson, boa tarde a você, boa tarde, Duda, boa tarde a todos.
04:19A leitura do Duda está perfeita.
04:21Realmente, a expressão que eu tenho usado toda vez que você me pergunta,
04:24várias vezes a gente teve esse assunto,
04:27eu sempre usei a expressão leve favoritismo.
04:30Não quer dizer nada, né?
04:31Na verdade, é quase empate.
04:34Mas por que existe um leve favoritismo?
04:37Por que o Trump?
04:39Ele estava bem na corrida quando o adversário era o Biden.
04:44Se o adversário dele até o final fosse o Biden,
04:47é muito provável que o Trump ganhasse com uma vantagem bem folgada.
04:53Mas a Kamala Harris entrou depois daquele debate horroroso do Biden,
05:01onde a mentira que esse establishment midiático democrata
05:07botou goela abaixo da população americana e mundial
05:11durante tanto tempo de que o Biden estava ótimo, maravilhoso,
05:16que qualquer um que questionasse a sanidade mental do Biden
05:20era da extrema-direita, blá, blá, blá,
05:23terrorista, fascista, misógino, racista, sei lá que diabo,
05:28qual é o xinhamento da vez.
05:31O que são estratégias autoritárias para impedir o debate?
05:36Então, tudo que não interessa a uma certa narrativa
05:39é teoria da conspiração, enfim.
05:43Então, o Biden, evidentemente, ele estava com problemas,
05:47ele tem problemas de senilidade.
05:50O quanto é discutível, mas esses problemas existem.
05:54E eles ficaram muito, mas muito claros naquele debate do Trump com ele,
06:01onde ali não tinha como disfarçar um do lado do outro ao vivo.
06:05E ali todas as mentiras caíram por terra e ficou muito claro.
06:10E aí o tal do sistema, muito rapidamente,
06:14sem fazer maiores estardalhaços,
06:16trocou o candidato, tirou o Biden.
06:19O Biden não queria desistir.
06:21A Jill Biden, a esposa dele, então, menos ainda.
06:25Mas ficou muito claro, teve encontros.
06:29O Barack Obama entrou, inclusive, em campo
06:32e conversou com o Biden, conversou com todos.
06:36Essas grandes lideranças democratas começaram a plantar
06:41e vazar para a imprensa que, se o Biden fosse até o fim,
06:45ele ia sozinho, que ninguém ia estar com ele.
06:48Ele entendeu e aí abriu mão da candidatura.
06:52E a Kamala Harris, dias antes da convenção democrata,
06:55é que quando oficialmente se escolhe o candidato,
06:59a Kamala Harris, então, teve esse dedaço,
07:03ela foi escolhida sem disputa.
07:06Também você teve dois ou três governadores ali
07:09que estavam até querendo, de alguma forma,
07:13que houvesse um processo democrático de escolha,
07:16já que as primárias foram disputadas pelo Joe Biden,
07:19não pela Kamala Harris.
07:20O Joe Biden é um cara muito mais popular
07:22entre os democratas do que a Kamala Harris.
07:24Então, ele, como presidente, em busca da reeleição,
07:30ele teve a indicação e tirou todos os adversários
07:35no processo das primárias que levam à convenção.
07:39Só que na convenção ele foi absolutamente escanteado
07:43e colocado no lugar dele a Kamala Harris.
07:46Então, mesmo esse processo parecendo
07:49que ia levar a uma derrota democrata,
07:51não foi o que aconteceu.
07:52Por quê? Porque a Kamala Harris, com toda a impopularidade dela,
07:56com todos os eventuais problemas que se pode discutir,
07:59ela era uma figura que não estava na linha de frente
08:02da política americana e entrou nessa disputa
08:05aos 40 do segundo tempo, sequinha,
08:10vinda direto do vestiário e cheia de gás,
08:14enquanto o Trump está nessa guerra,
08:16desde 2015, pelo menos, 2014, 2015.
08:19Ele está ou disputando a primeira presidência,
08:23sendo presidente durante quatro anos
08:25e apanhando todo dia,
08:29depois, quatro anos fora da presidência,
08:31apanhando, e agora,
08:34e como pré-candidato,
08:35depois como candidato escolhido.
08:37E a Kamala chegou de paraquedas,
08:40caiu ali no finalzinho, na reta final,
08:44com muito menos desgaste,
08:46ali para receber os louros da reta final.
08:50E isso deu uma vantagem para ela,
08:52que era muito difícil de prever.
08:54Mas aconteceu,
08:55esse complexo midiático veio com tudo.
09:00Ela foi a estrela, por exemplo,
09:02no sábado, do Saturday Night Live,
09:04que é o programa humorístico mais popular do país,
09:08é quase uma instituição americana,
09:12o Saturday Night Live,
09:13e ela foi o host.
09:14Quer dizer, tudo o que se pode fazer
09:16para pegar uma candidata impopular,
09:19que nunca foi votada para nada,
09:21em cargos majoritários.
09:23O único cargo que ela teve
09:24foi um cargo de senadora pela Califórnia.
09:27E fazer esse dedaço,
09:28e colocar quase uma candidata de proveta
09:30na presidência da República,
09:32isso está acontecendo.
09:33Então, vamos ver.
09:36Sinceramente, não há como, nesse momento,
09:38fazer nenhum tipo de previsão.
09:41Mas o Trump, apesar de tudo isso,
09:44ele conseguiu se manter competitivo.
09:49Ela passou por algumas entrevistas
09:52que não foram boas,
09:53alguns comícios que não foram bem,
09:56apesar de muito pouco questionada,
09:58como é de se imaginar.
09:59Mas o jogo está aberto.
10:03Como o Duda falou muito bem,
10:05a questão da economia é uma questão
10:06muito delicada,
10:08principalmente nos estados pêndulo,
10:10na Pensilvânia, no Michigan.
10:12São estados onde a economia ali
10:14pega bem pesado,
10:17e ali o Trump pode levar alguma vantagem
10:20e decidir ali no finalzinho,
10:22na reta final.
10:23É, no...
10:24É, na visão milimétrica.
10:25É...
10:25É...
10:26O dia...
10:26É...
10:27É...
10:27É...
10:29Tchau, tchau.

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