O ditador Nicolás Maduro pôs em dúvida o sistema eleitoral brasileiro, entre outros, para defender sua farsa eleitoral na Venezuela. No mesmo dia em que receitou chá de camomila para Lula, que se disse “assustado” com sua ameaça de “banho de sangue” em caso de derrota, o herdeiro de Hugo Chávez aderiu à narrativa bolsonarista sobre as urnas brasileiras. - Ser Antagonista é fiscalizar o poder. Apoie o jornalismo Vigilante:
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00:00Matheus, coloca na tela, por gentileza, esse post que foi publicado mais cedo sobre o Nicolás Maduro, que esse post é sensacional. Pode descer um pouco, Matheus, porque essa história é maravilhosa. Sobe um pouquinho.
00:13O ditador Nicolás Maduro pôs em dúvida o sistema eleitoral brasileiro. Olha que beleza. Isso para ele defender a farsa eleitoral lá na Venezuela. No mesmo dia que ele receitou chá de camomila para Lula, que se disse assustado com a sua ameaça de banho de sangue, o herdeiro de Hugo Chávez aderiu à narrativa.
00:34Diz que lá, na Venezuela, tudo pode ser auditado. No Brasil não pode, nos Estados Unidos não pode, na Colômbia não pode. Pode descer um pouquinho? Primeiro, precisamos deixar claro para a extrema direita que eles devem respeitar o processo eleitoral que nós vamos vencer novamente e por aí.
00:50Eu sei que você está acompanhando de forma um pouco mais marginal as eleições, mas você já me alertava nessa semana que tem eleição lá na Venezuela neste final de semana.
01:03Ou seja, o Nicolás já está preparando ali o terreno para eventualmente justificar uma eventual derrota. Na prática é isso, né? Acho que não tem outra história, né, meu querido?
01:13E é uma delícia o bolso chavismo aí com todas as cores, né? Que é uma expressão que a gente usava e era muito atacado. Não tem nada a ver. E tem tudo a ver, né?
01:25Quer dizer, pelo desprezo à democracia, pelo desprezo ao processo eleitoral, que no Brasil realmente é muito avançado.
01:32é aquelas coisas de, ah, cadê o voto impresso para poder votar, né, e depois sair e mostrar para o miliciano, para o coronel, para quem te bota uma arma na cabeça, para quem você votou, né?
01:49Quer dizer, para acabar com o voto secreto, para votar, para aquele voto de voltar 100 anos atrás, República Velha, voto de cabresto, enfim.
01:57Então, assim, o que muita gente não entende é que eles ficam tentando colar essas caixinhas automáticas de esquerda e direita e esquecem que quando você tem autoritários, você tem autoritários que se parecem, mesmo que o discurso seja diferente em termos de, ah, eu sou direita, sou esquerda, enfim.
02:20Mas as práticas, se você despreza, por exemplo, o processo eleitoral e democrático, e não tem como uma pessoa razoável ter dúvida sobre o processo eleitoral no Brasil, desculpa, não tem, entendeu?
02:35Você, evidentemente, vai se parecer.
02:38Então, é nesse sentido que é razoável, por exemplo, quem não gosta do chavismo, não goste dessa prática bolsonarista.
02:48E elas realmente se parecem.
02:50Então, assim, quando começou a usar essa expressão bolso-chavismo, muita gente ficou chateada, porque, claro, que prefere viver num mundo onde o Bolsonaro e o Hugo Chávez e o Nicolás Maduro são figuras totalmente diferentes e não são.