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O serviço secreto americano foi alvo de várias críticas em razão do atentado a Donald Trump.

Thomas Matthew Crooks, o atirador, usou um rifle comprado pelo pai e atirou contra o candidato republicano de um prédio próximo ao comício do comício em Butler, na Pensilvânia.

Bill Pickle, ex-diretor assistente do serviço secreto, afirmou que “não há desculpa para não cobrir um telhado tão perto do local.”

O ocorrido colocou em xeque o trabalho da diretora do serviço secreto, Kimberly Cheatle.

Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:

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Transcrição
00:00Eu queria trazer aqui, só para a gente concluir esse assunto, a questão da atuação do serviço secreto, Duda.
00:07Eu, quando citei o Scott Adams, foi aquele que alertou contra essa retórica inflamada de associação principalmente a Hitler,
00:19que pode levar candidatos à morte, ele escreveu, esse é o tipo de rotulação perigosa que pode levar à morte de um candidato.
00:25Afinal, se você tivesse a chance de matar Hitler e salvar milhões de vidas, você não teria a obrigação moral de fazê-lo?
00:32As acusações de Hitler, esse rótulo, evoluíram da hipérbole para o medo legítimo.
00:37As pessoas estavam literalmente com medo de Trump virar completamente Hitler no dia da posse.
00:42Isso lá atrás, em 2016.
00:44Foi um momento perigoso para ser Trump, com isso pairando sobre ele.
00:48Mas Trump tinha proteção do serviço secreto e, aparentemente, eles fazem um ótimo trabalho.
00:52E eu, ao citar isso no artigo, escrevi logo em seguida.
00:56Em seguida, nem sempre.
00:58O serviço secreto faz um ótimo trabalho, como se constatou nesse sábado, 13 de julho de 2024,
01:03quando o Thomas Crookes atirou no Trump.
01:07E eu quero trazer aqui a questão sobre a atuação da diretora Kimberly Tito.
01:13Ela enfrenta uma avalanche de críticas, incluindo um abaixo-assinado,
01:17que me parece que já até existia e foi reforçado,
01:20ou havia uma iniciativa que foi transformada em um abaixo-assinado bastante robusto,
01:25cobrando a demissão dela por negligência em avaliações de risco,
01:29favorecimento de políticas identitárias radicais em detrimento do mérito,
01:34mérito das pessoas, dos agentes do serviço secreto,
01:38e criação de padrões distintos entre homens e mulheres.
01:42Isso lá também, no serviço secreto.
01:44Então, as suas políticas, de acordo com os críticos,
01:46vêm prejudicando o desempenho do serviço secreto em fornecer segurança
01:49e resultaram nessa omissão no atentado a Trump.
01:53E um dos exemplos ilustrativos do histórico dessa diretora,
01:57vou repetir o nome dela, Kimberly Tito,
02:00é o caso de uma agente mulher que fracassou no curso de julgamento situacional,
02:06demonstrando incapacidade de distinguir bandidos e civis inocentes.
02:10Eles têm aquele curso, têm aquele teste com os agentes,
02:13e ela fracassou, ela falhou, ela foi reprovada.
02:16E a Tito, então, agente especial encarregada do centro de treinamento Raleigh,
02:21autorizou a formatura da agência mulher, mesmo assim, para cumprir a cota feminina.
02:27Então, por várias razões nesse sentido, ela vem sendo criticada,
02:31por deixar o serviço secreto nessa situação de um desempenho pior do que antigamente.
02:37Então, Duda, o que a gente viu ali foi a imagem de dois snipers
02:45que estavam num telhado também, próximo ali do palanque do Trump,
02:50e aí você vê que um deles reage depois do disparo feito pelo Thomas Crook.
02:57O Thomas Crook estava em cima de um telhado a 130 metros,
03:01se você fizer uma distância muito pequena em termos de avaliação de risco,
03:06você cobre até mil metros, pelo menos,
03:10no sentido de fazer um monitoramento para não deixar ninguém se aproximar daquele local.
03:16E a 130 tinha um cara que subiu no telhado com uma R15,
03:20deitou lá, teve o tempo de mirar e atingiu a orelha do presidente.
03:24Só não atingiu o rosto porque ele virou na hora.
03:26E a gente viu também imagens de pessoas vendo o atirador subir no telhado,
03:35gritando ali, alertando.
03:37Tinha imagem de policial local próximo.
03:40Eles não sabiam, de acordo com o que foi divulgado depois,
03:43que essa pessoa que estava subindo no telhado, que é o Thomas Crook,
03:46estava armado, tinha uma arma.
03:49Mas se havia um policial que percebeu uma pessoa subindo no telhado naquele momento,
03:55deveria haver, no mínimo, uma comunicação melhor com o serviço secreto americano.
04:00Então, vários críticos, inclusive pessoas especializadas,
04:03que já foram agentes, etc., estão apontando no debate público americano
04:06que faltou uma comunicação melhor entre a polícia local e o serviço secreto,
04:12fora todo esse monitoramento da área em torno.
04:15Então, essa questão está sendo considerada muito grave, Duda.
04:18Felipe, o serviço secreto errou feio.
04:23Esses eventos ao ar livre já se conta que tem essa chance de aparecer algum franco-atirador
04:31e mirar no político.
04:34Tanto que tinham quatro equipes cujo objetivo era impedir a presença de qualquer franco-atirador
04:42nas redondezas.
04:44Duas eram do serviço secreto e duas eram do serviço estadual,
04:48porque o serviço secreto, muitas vezes, trabalha junto com as forças de segurança locais.
04:56Então, havia um perímetro menor onde estava o serviço secreto,
04:59que era o serviço secreto responsável,
05:01e o perímetro maior, onde sobe o Matthew Crooks,
05:06é esse o nome dele, né?
05:07Thomas Matthew Crooks.
05:09Ali era para estar essas forças estaduais.
05:13Agora, isso tem que estar bem coordenado.
05:17E aí foi uma falha de todo mundo.
05:21E aí a diretora do serviço secreto, de fato, está em maus lençóis hoje,
05:26porque essas unidades são de uma responsabilidade gigantesca.
05:32Você tem que ter as pessoas muito bem preparadas.
05:38E aí você começa a criar ali regras para contratar as pessoas ou para promover
05:44que nada tem a ver com capacidade, com meritocracia, com profissionalismo.
05:49Aí, em alguma hora, vai dar um problema.
05:52Exatamente.
05:54E há muitas pessoas refletindo sobre a atuação dos contratiradores,
05:58que, como o nome diz, eles atiram depois, muitas vezes,
06:03de que o atirador já fez o disparo.
06:06Existe também um receio muito grande de você atirar para matar alguém
06:09que, eventualmente, não ia atirar, não ia matar ninguém, etc.
06:14Obviamente, alguém armado que não seja autoridade local
06:17se torna um suspeito, se torna um potencial alvo.
06:20Mas que aquela pessoa tenha subido no telhado,
06:23tenha deitado, tenha mirado,
06:25sem ser devidamente perturbada
06:28e só depois dos tiros tenha sido morta.
06:31E, nesse sentido, houve uma precisão do sniper.
06:33Quer dizer, o sniper não tem culpa.
06:35A princípio, o sniper conseguiu alvejar o atirador
06:39depois dos primeiros disparos.
06:41Mas mostra uma omissão geral do serviço secreto
06:45e a responsabilidade maior é da sua diretora.

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