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Em mais uma bravata em tom nacionalista, Lula disse que patrocinou o maior ciclo de investimento da Petrobras em 2003, em seu primeiro governo, acrescentando que não foi fácil, porque lhe diziam que era mais barato “comprar fora” sondas e plataformas.

“Eu dizia: ‘mas comprar fora não vai gerar emprego, não vai gerar tecnologia, comprar fora não vai gerar salário e não vai gerar emprego'”, acrescentou o petista, durante a posse da nova presidente da Petrobras, Madga Chambriard, na quarta-feira, 19.

Felipe Moura Brasil e Duda Teixeira comentam:

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Transcrição
00:00Vamos botar aqui o vídeo do Lula falando a respeito, é o caso do Petrolão, ele estava ali durante a posse da nova presidente da Petrobras, da Magda Chambriar, a qual ele compareceu, o que não é comum, presidente da República comparecer à posse de presidente estatal,
00:22já mostra que o Lula está querendo controlar a empresa, o que não deveria acontecer, aliás no próprio discurso da Magda se fez ali o aceno para o alinhamento ao presidente da República, então a gente já vê todo esse patrimonialismo, no fundo é a mesma coisa da qual a gente está falando em diferentes proporções,
00:43e aí o Lula estava fazendo aquela inversão da realidade e a gente conseguiu ontem, em tempo real, mostrar pelo menos um pedacinho, ele atacando a Lava Jato, ele fingindo que a Lava Jato queria o desmonte da Petrobras e não os corruptos que estavam roubando a Petrobras.
01:00E aí ele fez uma menção, a postura, ele se gabou de desde 2013 ter recusado a tese de que era melhor comprar de fora as sondas e navios, etc, que era, ele estava se gabando de rebater essa tese de que o Brasil precisava das empresas estrangeiras, por quê?
01:24Porque ele estava defendendo o interesse dos empresários amigos, mas olha só como o Lula faz isso em nome da pátria, solta a produção.
01:33Quando assumimos o governo pela primeira vez em 2003, patrocinamos o maior ciclo de investimento da companhia em produção de óleo e gás natural, em refina e distribuição, na construção de sandas, plataformas e gasodutos.
01:50Não pense que foi fácil, companheiro Estrela se lembra, não pense que foi fácil quando a gente resolveu fazer navio, quando a gente resolveu fazer sonda, quando a gente resolveu fazer plataforma.
02:04Sempre aparecia aquele que dizia, é mais barato comprar fora, e eu diria, mas comprar fora não vai criar emprego, comprar fora não vai gerar tecnologia, comprar fora não vai gerar salário e não vai gerar imposto.
02:20Quer dizer, comprar fora não vai gerar emprego, não vai gerar salário, não vai gerar isso, não vai gerar aquilo, que na verdade comprar fora não teria gerado toda a propina, não teria gerado todo esse capitalismo de compadrio que aconteceu no âmbito da Petrobras.
02:42Os empresários brasileiros, amigos do Lula, se revezando na obtenção de contratos públicos por meio de uma fraude, a licitação, era o clube das seis empreiteiras que combinavam qual queria qual contrato,
02:57e aí eventualmente as outras apresentavam preços maiores e tal, para aquela que estava acertada a ganhar, enquanto pagavam propina para diretores da companhia, seja indicado por Lula ou no governo ou por partidos aliados, e operadores políticos.
03:16Aliás, um deles, operadores de partido político, está aí voltando a influir no local do crime, como a imprensa noticiou nos últimos dias.
03:25Então era isso que não teria acontecido, era o petrolão, era a propina.
03:28Mas veja que, se você tem interesse em dar boladas aí para os empresários amigos e eventualmente vê-los oferecendo algum tipo de contrapartida, qual é o discurso que se dá?
03:43O discurso que se dá é, não, temos que investir nas empresas brasileiras, porque isso é muito importante para o mercado, o salário, o emprego, etc.
03:50Tem gente que ainda é trouxa para acreditar do DTX.
03:54Felipe, a questão que você colocou muito bem da corrupção, é isso mesmo, o Lula, na época do petrolão, ele indicava ali os diretores da Petrobras, direcionavam as licitações, as compras para as empresas amigas,
04:10que depois pegavam e retribuíam esse favor, passando dinheiro de forma ilegal para o partido dos trabalhadores, ou para o PP também na época.
04:22Era uma porcentagem do contrato, variava de 1% a 3%, por exemplo, os contratos muito altos, 1% a 3% eram milhões de reais.
04:30Agora, tem um outro ponto que o Lula fala assim, puxa, mas olha só, a gente investiu, né?
04:35Agora, assim, investir, desse jeito que o Lula fez, o PT fez, não só trouxe corrupção, como não trouxe eficiência, não trouxe aumento de produtividade, né?
04:48Quer dizer, a empresa que fazia as sondas lá, a Sete Brasil, não virou uma grande produtora de sondas, né?
04:57Investiram em estaleiro no Brasil, mas o Brasil não virou um grande produtor de navios, né?
05:03A gente não conseguiu ter uma empresa competitiva internacionalmente, né?
05:09Isso não aconteceu.
05:11Então, o Lula, ele olha as coisas só do ponto de vista do gasto e da corrupção, mas nunca do ponto de vista da produtividade ou da eficiência.
05:20Não, exatamente. É o gasto que saiu pelo ralo, né?
05:22Porque a Sete Brasil, por exemplo, era um propinoduto.
05:25Foi para isso que ela serviu e isso as investigações mostraram.
05:28Agora, ele fica com essa síntese enganosa de que foi tudo uma mentira, de um projeto político, etc.
05:33Porque ele sabe que a maioria das pessoas não entende muito a complexidade desses esquemas,
05:39não sabe exatamente como é que funciona a Petrobras, as obras tocadas por empreiteiras,
05:44como era a negociação de navio-sonda, etc.
05:47Então, todos os detalhes que estavam lá saborosos nos processos da Lava Jato,
05:53com toneladas de papéis, etc., eles podem ser ocultados num discurso enganoso
06:01feito por um manipulador da história recente do Brasil.
06:04E o Lula tenta reescrever a história, a sua imagem, na verdade, a imagem que ele gostaria de ter para a sociedade.
06:14Mas boa parte da população não esqueceu aquilo que de fato aconteceu
06:18e a gente sempre mostra que decisão judicial não apaga a história.
06:21E é bom lembrar, já que o Lula está falando, se gabando dessa decisão lá de 2003,
06:28primeiro ano do mandato presidencial dele,
06:31o que o ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, na CPI da Petrobras,
06:37disse a respeito da propina, de quando ela começou a ser institucionalizada.
06:46Vamos soltar a produção, vamos lembrar aqui do fundo do baú.
06:49Eu iniciei a receber a propina em 97, 98.
06:56Foi uma iniciativa pessoal minha.
07:00De uma forma mais institucionalizada, foi a partir de 2004.
07:04Quer dizer, o Barusco disse, olha, eu cheguei a ter um esquema pessoal,
07:07eu recebi uma propina lá, num contrato em 97 e tal.
07:11Agora, o que aconteceu?
07:12De uma maneira institucionalizada, quer dizer, virou um esquema mesmo,
07:17feito por um monte de gente, com todo aquele desvio bilionário,
07:21e a Lava Jato depois recuperou, mostrou que foram 6 bilhões em propina,
07:25recuperou 15 bilhões de reais,
07:28teve um prejuízo bilionário também.
07:32Tudo isso aconteceu a partir do momento em que o Lula chegou ao poder.
07:35Os petistas ficaram loucos com essa declaração na CPI,
07:39tentaram combater, etc.
07:40Mas depois as investigações foram mostrando que era isso mesmo.
07:43Quer dizer, o esquema foi consolidado nas gestões do PT.
07:47E ocorreu, tanto no governo Lula, quanto no governo Dilma.
07:51E o Lula agora tem muita dificuldade de governar,
07:54sem o petrolão, sem o mensalão.
07:56E aí ele está mostrando cada vez mais o seu atordoamento mental,
07:59porque não consegue muito avançar com a sua agenda.
08:04Duda, quer completar?
08:05É isso aí, mas como disse o Lula,
08:07esse processo tudo aí não foi fácil.
08:09Porque imagina você consolidar isso tudo,
08:12estruturar, fazer planilha, botar apelido para todo mundo.
08:15Não foi fácil.
08:18Não, não é fácil.
08:20Realmente montar um departamento de propina,
08:23como o da Odebrecht, não foi fácil.
08:25Foi todo um esforço.
08:29Odebrecht

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