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"Não tem como provar que Moro cometeu abuso do poder econômico", diz Rubens Beçak
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00:00
Por unanimidade, a Corte Eleitoral considerou improcedentes os pedidos, os recursos apresentados pela Federação Brasil da Esperança,
00:10
que é formada por PT, PCdoB e IPV e pelo PL.
00:14
Vamos entender o que aconteceu, porque é um processo que ele tem as suas minúcias,
00:18
então eu estou aqui para descomplicar e não para complicar, como diria o outro lá.
00:23
As duas coligações apresentaram, a Federação e o PL apresentaram uma ação de investigação judicial eleitoral,
00:34
uma AIG, no Tribunal Regional Eleitoral, lá do Paraná.
00:39
Eles disseram que o Moro cometeu crime eleitoral por ter executado gastos de pré-campanha acima do piso de 10% estabelecido por lei.
00:47
Moro respondia às acusações de abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação.
00:55
Ponto.
00:56
Na visão dos partidos, Moro teria obtido uma vantagem competitiva por ter lançado uma pré-candidatura à presidência da República,
01:04
mas de olho na disputa pelo Senado lá no Paraná.
01:09
Então, para a gente ter uma ideia do que isso representa, o relator do caso, o ministro Floriano Desenvedo Marx,
01:13
afirmou que o total de repasses, o total de despesas comprovadas que beneficiaram a pré-campanha
01:19
foi equivalente a 17% do limite de gastos de campanha, montante considerado,
01:25
mas que por si só, na visão do ministro, não era abusivo ou algo que desequilibrasse a disputa.
01:34
Eu lembro que o ministro ainda acrescentou que os três primeiros colocados na disputa do Paraná tiveram gastos semelhantes.
01:39
Então, o TRE do Paraná, em abril, já havia absorvido o Moro.
01:45
Só que os partidos não ficaram satisfeitos, isso por 5 a 2.
01:48
Então, os partidos não ficaram satisfeitos e recorreram ao TSE.
01:51
E havia a expectativa de que lá no TSE pudesse ocorrer uma virada de mesa.
01:58
Só que, no final das contas, prevaleceu o bom senso.
02:01
E os ministros entenderam que não havia jurisprudência, que não havia como você caçar o Moro,
02:08
principalmente pela falta de provas.
02:10
E os ministros, inclusive, durante o julgamento de ontem, eles ressaltaram que
02:13
uma caçação do Moro poderia complicar, poderia criar, poderia complicar, poderia criar uma situação de...
02:23
D, poderia criar uma dificuldade para o Moro e até de uma dificuldade de...
02:31
Poderia criar um cenário ruim para o juiz Sérgio Moro.
02:34
Não só para o juiz, como para a própria jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral.
02:39
Matheus, já estamos com o nosso convidado na linha?
02:43
Para a gente entender melhor essa decisão, eu estou aqui com o doutor Rubens Pessac,
02:47
que é professor de graduação e pós-graduação da USP, mestre e doutor em Direito Constitucional
02:52
e livre docente em Teoria Geral do Estado pela USP.
02:56
Doutor, seja muito bem-vindo ao Meio Dia em Brasília.
03:00
Prazer estar com você aí no nosso programa aí, prazer em estar com os ouvintes.
03:06
Doutor, só me perdoe aqui, porque eu tive que administrar várias coisas aqui ao mesmo tempo,
03:10
mas tudo bem.
03:11
Vamos falar um pouco sobre legislação, um pouco sobre a decisão de ontem.
03:15
Doutor, em Inha Gerais, o que que...
03:19
Só para a gente deixar muito claro, aí eu vou parafrasear aquela frase daquele filme Filadélfia.
03:25
Explique como se nós tivéssemos cinco anos de idade.
03:28
O que que o TSE definitivamente definiu ontem?
03:32
Qual foi aí o elemento do TSE?
03:35
Perfeitamente.
03:36
Perfeitamente.
03:37
Vamos resumir a decisão de ontem que beneficiou o Sérgio Moro.
03:40
Prazer.
03:40
Você pediu uma explicação, então.
03:42
O Tribunal Superior Eleitoral é a instância máxima de recurso, então quando ele dá essa
03:47
decisão, é uma decisão irrecorrível.
03:50
Em tese pode ter até embargos de declaração, se a redação não estiver bem feita, alguma
03:55
coisa assim, mas é uma decisão final, não é?
03:58
E ali ficou claro que todos os indícios que vinham sendo colocados nesses recursos feitos
04:04
pelos partidos que foram derrotados na decisão dada pelo TRE do Paraná, eram indícios, não
04:11
eram provas suficientes a demonstrar que o então candidato Sérgio Moro, hoje senador
04:17
Sérgio Moro, teria eventualmente usado aquela anterior candidatura dele, ou pré-candidatura,
04:23
melhor dizendo, da presidente, pra alavancar a sua candidatura posterior a senador.
04:28
Até eu digo que a decisão dada, relatada pelo ministro Floriano, foi muito clara, eu
04:38
até achei ela muito bem dada, no sentido de mostrar que até o percurso do hoje senador
04:44
Sérgio Moro, nas suas pré-candidaturas e candidaturas, foi muito errático, né?
04:49
Começou como presidente, com domicílio em São Paulo, mudou para o domicílio no Paraná,
04:54
senador, então realmente havia algo assim de confuso, pra se entender a trajetória
05:00
dele, mas que não haveria, e a senhora já é uma decisão final, acompanhada unanimemente
05:04
pelos ministros do TSE, Wilson, no sentido de dizer que não se coletou provas de que esta
05:11
pré-candidatura tenha ajudado de qualquer forma que fosse a sua candidatura final, depois
05:18
vitoriosa, senador. É uma decisão importante e ela não inova a jurisprudência do TSE.
05:26
O TSE é um tribunal que decide muito com base em provas fáticas, bem coletadas, e não
05:33
somente com base em indícios. Então, acho que nessa análise técnica da decisão, acerta
05:39
o TSE, na minha maneira de ver, e tanto é que, de um ponto de vista muito empírico
05:47
de se verificar, ela foi seguida unanimemente pelos membros daquele tribunal.
05:51
Agora, doutor, algo que me chamou a atenção durante o julgamento de ontem, é que os ministros
05:57
deixaram claro que é melhor você optar por uma postura mais conservadora, digamos assim,
06:06
de você não inovar numa legislação, e principalmente quando se fala de pré-campanha,
06:09
porque eu senti ontem no julgamento que os ministros ficaram muito preocupados, primeiro
06:14
com o estabelecimento de um teto para pré-campanha, acho que até a própria ministra Carmen Lúcia
06:18
ressaltou isso, ela falou, olha, acho que a gente precisa regulamentar melhor essa questão
06:22
da pré-campanha para que a gente não se debruce em casos como esse.
06:25
Olha, teto de gastos pré-campanha é isso, e não só ficar você, você tem um processo
06:31
ali de uma apresentação de candidato sem necessariamente pedir de voto, que é outra questão,
06:37
enfim, delicado dentro do TSE, mas me parece que também ficou muito claro também no julgamento
06:44
de ontem, doutor, é que o TSE, como eu falei, não quis inovar, porque se caçasse o mandato
06:51
do Moro, aí você teria uma inovação em todos os aspectos, porque você teria que estabelecer
06:57
um teto de pré-campanha, teria que estabelecer o que seria abuso de poder econômico e caixa
07:03
dos nomes na pré-campanha, a mim parece que também o TSE, nesse aspecto, manteve uma
07:07
jurisprudência, manteve uma visão conservadora e eles fizeram questão de deixar isso muito
07:13
claro, olha, não dá para comparar esse caso aqui com o caso da Selma Arruda ou até mesmo
07:17
com o caso do Jair Bolsonaro, é um caso diferente, então aqui a gente não tem como inovar.
07:22
É isso mesmo, doutor?
07:23
É isso mesmo, acho que você resumiu bem, desculpa, acho que eu acabei cortando você
07:28
sem querer, mas assim, exatamente isso, o tribunal neste caso específico, ele não
07:34
inovou, até ter o comentário que você lembrou bem da ministra Carmen Lúcia, de que já
07:39
ficou uma lembrança, como que um recado que o tribunal deve se debruçar em momentos
07:44
futuros, a curto e médio prazo, talvez a médio prazo, porque as eleições já são daqui
07:49
alguns meses, sobre a questão das pré-campanhas, que realmente não tem uma jurisprudência.
07:53
Agora, ele deixou muito claro que esse caso não se confunde com aqueles em que fica provado
08:01
cabalmente que o candidato dispendeu verbas fora do momento apropriado para isso.
08:07
Nesse caso, não existem, existem indícios e até serviu muito a dizer que ele se lançou,
08:13
tem até o comentário dado pelo ministro Alexandre, no sentido de que ele se alçou a um voo maior
08:22
que não se realizou, mas que isso não gerou uma consequência de antecipação de gastos,
08:29
portanto, não existe a configuração do abuso do poder econômico.
08:33
Agora, se você me permite prosseguir, talvez gere uma desconfiança, entre aspas, me falta
08:39
uma expressão melhor com o jeito como o Tribunal Superior Eleitoral trabalha, que merece todo
08:44
o nosso respeito, é um tribunal excelente, que presta um serviço enorme à democracia
08:50
brasileira, não só as eleições, a democracia como um todo, porque muitas vezes ele inova,
08:55
não é?
08:55
Mas ele inova em momentos, eu diria, Wilson, que isso é estritamente necessário.
09:00
Queria dizer, em 2008, ele inovou no caso Franciscini lá, que era um deputado também do Paraná,
09:06
veja que as coisas muito bem-vindo lá do Paraná, no sentido de trabalhar a questão
09:12
de fake news, e isso foi criando uma jurisprudência toda que tem feito com que o Tribunal Superior
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Eleitoral inove na forma como ele trabalha essa questão nas eleições e como um todo.
09:26
No caso específico da pré-campanha e no caso específico do julgamento em tela, hoje
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o senador Sérgio Moro, ele preferiu uma visão conservadora. Talvez por isso é que vem
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um comentário, né, que eu aí não me caberia, mas eu só vou referir, de que talvez isso
09:44
tenha atendido a um clamor mais político de alinhar com o Senado, que tem eventualmente
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um ruído com o Parlamento, especificamente o Senado com o Supremo, mas eu não vejo assim
09:57
não. Eu acho que foi uma decisão dada de um ponto de vista com elementos técnicos
10:01
em que o TSS e uma jurisprudência dele, no sentido de entender que é pré-campanha,
10:08
não existe elementos fáticos a provar o abuso do poder econômico e qualquer decisão
10:15
que caçasse o hoje mandato já, né, do senador Sérgio Moro, traria um prejuízo muito maior
10:23
a democracia e a voz da representação.
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