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Mais de 2 milhões de brasileiros irão prestar um único concurso neste domingo, 5 de maio, em 228 cidades. Eles concorrerão a 6.690 vagas na administração pública federal. A relação é de uma vaga para cada 319 pessoas, com cerca de 1% da população tentando se pendurar no cabide estatal.
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Transcrição
00:00Doutor Teixeira, a capa é sobre o cabidão da república, explica essa história pra gente, rapaz.
00:06Bom, eu ouvi aí você falando do Enem dos concursos, né, é esse super, é um concurso unificado no Brasil inteiro,
00:16os números são impressionantes, Wilson, são 2 milhões de brasileiros que vão concorrer pra 6 mil e poucas vagas.
00:26É, pra cada vaga a gente faz a conta, ainda 319 candidatos, né, e aí a gente aproveita isso que tá, que vai acontecer agora,
00:39o exame acontece nesse final de semana, pra analisar se o Brasil precisa mesmo preencher essas vagas todas.
00:48A gente sabe que o Brasil, o governo brasileiro, é um governo mal avaliado, que não presta bons serviços pra população,
00:59mas será que essa é a melhor forma de resolver o problema?
01:04E aí é uma matéria minha e do Carlos Graeb, a gente mostra que, por exemplo, pra você melhorar a eficiência de um serviço,
01:17não necessariamente você precisa contratar gente, tem vários lugares no Brasil em que há outros modelos de contratação e de gestão
01:28que estão sendo bem-sucedidos, enfim, a gente também faz algumas críticas aí à maneira como está sendo feito, né,
01:42porque esse concurso foi anunciado e só depois que o governo abre um edital pra fazer um dimensionamento da máquina pública, né,
01:51então meio que colocar o carro na frente dos bois, então é difícil dizer se essas 6 mil vagas teriam mesmo de ser preenchidas, né.
02:01A gente sabe também que tem uma propensão do PT pra sempre contratar e inchar a máquina pública,
02:08foi assim nos dois primeiros mandatos do Lula, no um mandato e pouquinho da Dilma,
02:15volta a ser assim no primeiro ano do governo Lula, e a gente também traz a questão de que, tipo, o que acontece com esses servidores todos, né,
02:27porque uma vez que o servidor hoje no Brasil é contratado, ele fica 60 anos dependente do governo, né,
02:36ele vai representar um gasto para o resto da população durante 60 anos.
02:42E esse sujeito, não existem hoje maneiras, boas maneiras de conferir a eficiência dessas pessoas, né,
02:53se elas estão cumprindo com as suas funções, né, de uma maneira adequada,
03:00hoje é impossível você demitir servidores públicos,
03:06e as maneiras de fazer isso também estão sendo constantemente adiadas,
03:11a reforma administrativa não acontece, né,
03:15o Congresso não quer, e o governo também não se sente ali muito compresto de pegar, de repente,
03:21algumas coisas isoladas e botar isso para votar.
03:24Então, a gente tem um funcionalismo problemático, em que os problemas não são resolvidos, né,
03:35e tem também aí no meio uma entrevista muito boa que o Carlos Grebe fez com o Carlos Ari Sudfeld,
03:44e ele mostra ali que, dentro do funcionalismo público, a gente tem uma hiper elite,
03:49que é uma quantidade pequeníssima de pessoas que estão, basicamente, no poder judiciário,
03:57que são os juízes, os promotores, os advogados públicos, que ganham muito,
04:04e a maior parte dos servidores públicos ganha mal, ou ganha pouco.
04:11Então, você tem um desequilíbrio, uma desigualdade muito grande,
04:15o que é muito ruim também, porque a maior parte dos funcionários fica olhando essa hiper elite
04:22e querendo os mesmos benefícios, né,
04:25então, é um problema que gera outros problemas e a solução não vem nunca.
04:32Deixa, assim, é só para a gente também, opa, quase o microfone sai aqui, já quer sair correndo,
04:37mas é bom a gente lembrar que existe uma diferença, né, existem servidores e servidores, né, Duda,
04:41quer dizer, não dá para também a gente falar que todo servidor não faz,
04:44tem muitos servidores que fazem um bom trabalho,
04:47e a questão é que, a grande questão aqui, quando você fala de funcionalismo público, é,
04:53qual é a melhor solução?
04:55É você criar uma situação em que você pode aumentar a produtividade desse servidor público,
05:00ou você criar mais vagas?
05:02Esse é o grande dilema,
05:03e nenhum governo quer meter o dedo na ferida de exigir um desempenho maior
05:10daqueles servidores públicos que não apresentam o resultado que lhe é esperado,
05:16que lhe é exigido no cotidiano, né, então esse é o grande ponto.
05:19O Arthur Lira tentou, fez alguma movimentação,
05:23a ministra de gestão, a gente, né, do E, que deu um,
05:25opa, vamos parar um pouquinho aqui, vamos segurar um pouco a proposta,
05:28a ideia do Lira era tentar dar seguimento para essa proposta ainda,
05:33como uma sinalização para o mercado em 2024,
05:36mas aí, reforma administrativa mesmo, esquece,
05:40isso vai ficar lá para 27, 28,
05:44dependendo do próximo presidente da República,
05:46porque nessa gestão esquece, vai ser a missão para outro presidente.
05:51O Lira aí foi uma decepção, né, Wilson,
05:53porque ele prometeu uma entrevista para a Cruzó,
05:56é para você, estamos indo com tudo aí,
05:59reforma administrativa, queria depois ficar conhecido por isso daí,
06:05e no fim engavetou totalmente a proposta.
06:08É.
06:08Agora, falando de matérias, querido,
06:10deixa eu só tentar acelerar um pouquinho, né,
06:13porque temos ainda José Inácio Pilar e Alexandre Borges,
06:17deixa eu ver aqui, vou pegar pela ordem aqui para não ser injusto,
06:21aqui na minha ordem tem aquela comunicação camarada,
06:23na reportagem aí do Wilson Lima,
06:26falando sobre aquela licitação cheia de tretas, né,
06:29da SECOM.
06:30Wilson Lima, nosso fantástico jornalista,
06:32que mesmo de férias pegou lá e fez um tweetzinho maravilhoso,
06:37uma fórmula ali, parece uma fórmula química, né,
06:40PP é igual a D, ninguém entendeu nada,
06:44mas é isso, revelou o resultado de uma licitação da SECOM,
06:47do Paulo Pimenta, e depois deu um baita de um rebuliço,
06:51essa matéria é o Wilson Lima aí,
06:53que meio que mostra também os resultados que teve
06:56esse ótimo furo de reportagem aí.
07:00É, inclusive hoje a gente até inclusive publicou
07:02que hoje a senadora Damares Alves também vai prestar
07:04um requerimento de convocação do Paulo Pimenta
07:06sobre esse caso, tá bom?
07:09Temos aqui também o Mensageiro da Justiça,
07:13a matéria do Gui Mendes,
07:15falando sobre um dado curioso lá em Santa Catarina,
07:18não é isso, Duda?
07:19É a maior operação contra a corrupção do Estado,
07:22operação Mensageiro,
07:24prendeu já 6% dos prefeitos do Estado.
07:29Wilson, tô bem orgulhoso aí das outras duas matérias
07:32que a gente traz nessa edição,
07:33além da do Gui, a gente tem uma do Caio Matos,
07:35que é o nosso correspondente de Buenos Aires.
07:37O Temer argentino, pero no mucho.
07:41É, o que que é?
07:42Todo mundo fala meio superficialmente ali
07:44das reformas do Milley e tal,
07:46mas o Caio pegou e focou na reforma trabalhista.
07:50Então, por isso que a gente chama de o Temer argentino, né?
07:53Porque a reforma trabalhista aqui no Brasil
07:55foi aprovada em 2017 no governo do Michel Temer.
08:00O Milley tentou fazer alguma coisa parecida,
08:03vamos dizer que conseguiu metade do que se conseguiu aqui no Brasil, né?
08:10Ele não conseguiu, por exemplo, acabar com o imposto sindical
08:12e nem tirar os sindicatos das negociações entre patrões e empregados.
08:18Mas conseguiu, por exemplo, reduzir um pouco do peso da justiça do trabalho
08:22lá na Argentina.
08:26É, rapaz.
08:28Deixa eu só continuar aqui.
08:29Você falou da entrevista do Carlos Graeb,
08:32já aproveitou logo nesse gancho.
08:34E aí temos na Ilha de Cultura
08:36o mundo assombrado pelos especialistas, né, querido?
08:41E também a ditadura da informalidade.
08:43Dá pra falar um pouquinho, Duda?
08:44Essa é do Josias Teófilo, ditadura da informalidade.
08:49Ele fala um pouco que a Semana de Arte Moderna de 22
08:53meio que traz essa ideia de que o legal é o informal, né?
08:57E ele defende, nos filmes, muitas vezes,
09:02tem aquele momento que o diretor fala assim,
09:04não, faz assim, faz como se você estivesse trabalhando, né,
09:06pra eu filmar você.
09:08É uma coisa meio encenada.
09:10Ele defende um pouco isso, né?
09:12É que, às vezes, também tem a sua qualidade aí.
09:17É, rapaz.
09:19Orlando Tozzetto, o Jerônimo Teixeira
09:22falando dos protestos pró-Palestina
09:24nas universidades americanas.
09:26A Anne Dias falando.
09:29Uma questão polêmica dela aí, né?
09:31Ela que é liberal, fala,
09:33puxa, mas é o caso de censurar o TikTok,
09:35de banir o TikTok nos Estados Unidos?
09:38Só porque os políticos lá falam
09:40que os dados das pessoas que usam o TikTok
09:42vão parar nos computadores lá do Partido Comunista da China, né?
09:46Será que são coisas proporcionais, né?
09:50Será que não é melhor deixar essas pessoas se comunicarem,
09:53liberdade de expressão no TikTok,
09:56mesmo sabendo que esse outro problema pode acontecer?
09:59Então, bacana também esse olhar dele,
10:02dela bem provocativo.
10:05E o Leonardo Barreto traz uma reflexão um pouco
10:08sobre a análise,
10:09o que é o ofício do analista político
10:12e o perigo dele muitas vezes olhar a realidade objetiva,
10:17mas interpretar segundo os próprios valores.
10:22E aí, quando ele anuncia alguma coisa,
10:25faz uma previsão ou faz uma análise,
10:27acaba sendo mais um reflexo dele próprio
10:30do que dessa realidade que ele deveria estar observando
10:33de uma maneira mais independente aí.
10:37Certo.
10:38Ô, Duda, deixa eu só aproveitar,
10:40deixa eu aproveitar um pouquinho
10:41antes da gente entrar com a parte de cultura.
10:44Deixa eu só dar uma retona aqui
10:47para um espectador aqui,
10:50que até me xingou aqui no chat,
10:52mas eu acho que é legal.
10:52Eu já estou acostumado com xingamento,
10:56então, mas eu sempre respondo
10:57da forma mais cortês possível,
10:59com dados, com fatos, com estatísticas.
11:01Xinga de volta, pode xingar de volta também.
11:04Não, não, não, não, não.
11:05Eu gosto de conversar com as pessoas.
11:08Porque é o seguinte,
11:09eu, como parte das minhas férias,
11:12eu fui para uma cidade chamada Santo Amaro,
11:14no Maranhão,
11:16ali perto de Barreirinhas,
11:17ali para ver os...
11:18Eu sempre faço isso nas minhas férias,
11:19eu sempre tiro pelo menos dois dias
11:21para ir aos lençóis maranhenses,
11:23que eu acho que dá uma forma de energiza.
11:26Essa cidade de Santo Amaro,
11:27ela não estava ainda no roteiro tradicional,
11:30porque a estrada que liga a estrada federal
11:32a essa cidade de Santo Amaro
11:33era uma estrada muito precária.
11:36O governo estadual fez essa estradinha
11:39e melhorou muito o acesso lá.
11:43E aí, como toda cidade pequena, Duda,
11:45a Santo Amaro era uma cidade
11:47que dependia basicamente de quê?
11:49De servidor público.
11:50Era uma cidade que defendia basicamente
11:53do funcionário da prefeitura
11:54para que ela se desenvolvesse.
11:57Ou seja, era o camaradinha
11:59que estava no cabide de emprego do Estado.
12:02Então, era uma cidade que
12:03o tiozinho da mercearia
12:06vendia para o cara
12:08que ele era concursado
12:09ou para o camaradinha
12:10que tinha um cargo comissionado
12:11na Câmara de Vereadores
12:12ou na prefeitura.
12:14Essa era a economia de Santo Amaro.
12:16O que aconteceu?
12:17Com essa estrada,
12:18as pessoas descobriram
12:20iram Santo Amaro.
12:21Descobriram essa cidade
12:22como uma cidade de entrada
12:23dos lençóis maranhenses.
12:25É uma cidade que, inclusive,
12:26para você chegar aos lençóis,
12:27é uma cidade muito mais fácil
12:28do que em Barreirinhas.
12:29Porque Barreirinhas,
12:30você precisa pegar um carro
12:31quatro por quatro,
12:32você passa uma hora
12:34para você chegar nos lençóis.
12:35Lá em Santo Amaro, não.
12:36Você chega nos lençóis
12:37em questão de dez minutos,
12:38porque os lençóis
12:39ficam literalmente dentro da cidade.
12:42Então, para quem não gosta
12:43de muito saculejo,
12:45Santo Amaro acaba sendo
12:46uma opção melhor.
12:48Menos exuberante
12:49do que Barreirinhas,
12:50mas acaba sendo
12:50uma opção melhor.
12:52Pois bem,
12:54eu conversei com várias pessoas
12:55e essas pessoas
12:55estão felizes,
12:57porque elas enxergaram
12:59nessa abertura do turismo
13:00uma nova fonte de renda.
13:02É o cidadão mais humilde
13:03que ele tem feito um curso
13:05para ser guia de turista,
13:08guia turístico,
13:09e ele está trabalhando,
13:10está empolgado
13:10no atendimento ao público.
13:12Conversei com um guia desse,
13:12ele falou,
13:13não, eu comprei aqui
13:14um carro 4x4
13:16para levar as pessoas
13:16para os lençóis,
13:17eu comprei a prestação,
13:19mas eu quero comprar outro
13:20porque eu estou vendo
13:21que tem pessoas
13:21que estão aparecendo.
13:23É isso que a gente fala
13:25quando a gente fala
13:26que o Estado
13:26precisa deixar
13:27de sufocar o cidadão.
13:29O cidadão,
13:29às vezes,
13:30ele quer gerar renda,
13:32só que você precisa
13:33criar condições
13:34para esse cidadão
13:34gerar renda
13:35que não seja necessariamente
13:36você ficar simplesmente
13:37mamando na tenta do Estado.
13:40Essa é a diferença,
13:41esse é o ciclo
13:42de desenvolvimento
13:43que beneficia
13:44o próprio Estado
13:45porque o tiozinho
13:46que compra lá
13:46a picapezinha dele
13:47para levar o turista
13:48nos lençóis,
13:50esse tiozinho,
13:52ele paga ISS,
13:55ele paga imposto
13:56pelo carro
13:57que ele conduz,
14:00ele paga IPVA
14:01e o próprio Estado
14:02se beneficia disso.
14:04É isso que a gente fala,
14:06né, Duda?
14:06É esse modelo
14:07de desenvolvimento
14:08que quando a gente
14:09pensa a partir
14:11de um olhar
14:11um pouco mais universal
14:13e de um olhar
14:14multilateral,
14:17você consegue enxergar
14:18para além da tua caixinha
14:19que seja de esquerda,
14:20direita, de centro
14:21ou de qualquer tipo de
14:22qualquer tipo de caixinha
14:25que você, de fato,
14:26possa fazer parte dela,
14:27né, Duda?
14:28Gostei muito
14:29do teu exemplo
14:30que mostra, né,
14:33o Estado,
14:34hoje é um Estado
14:34que não tem dinheiro
14:36de sobra, né,
14:37não tem margem fiscal,
14:38o pessoal fala.
14:41Então,
14:41o Estado,
14:42ele pode ajudar,
14:43sim,
14:43mas é principalmente
14:44construindo a infraestrutura,
14:47como você falou,
14:48né,
14:48a estrada.
14:49Mas a cidade em si,
14:51de Santo Amaro,
14:52quem vai desenvolver
14:53é o setor privado,
14:54que é quem tem investimento
14:55e pode fazer isso
14:57e as pessoas
14:58enriquecem
14:59sozinhas, né,
15:00com as próprias empresas
15:01e não penduradas
15:02no Estado.
15:03e aproveito, Wilson,
15:06eu conheci Santo Amaro
15:07e adorei a cidade,
15:12foi lá que eu assisti
15:14cinema na praça,
15:16isso era uma coisa
15:17que a prefeitura fazia,
15:18não sei se faz ainda,
15:19mas projetava um filme
15:20numa parede,
15:23parece aqueles filmes
15:25de antigamente,
15:26e fiquei ali um tempo
15:28num riozinho
15:29de águas transparentes
15:31e pude ver um cara
15:32dando banho
15:35no cavalo,
15:37no meio do rio.
15:39E eu falei assim,
15:39nossa,
15:39olha só,
15:40onde eu tô aqui
15:41no Brasil, né?
15:43Não,
15:43gente,
15:43gente,
15:44olha,
15:44conhecer o Brasil profundo,
15:45eu adoro conhecer o Brasil profundo
15:47por isso,
15:47porque você acha
15:48cada história,
15:49sabe?
15:50Achei cada história
15:52um negócio maravilhoso,
15:53sabe?
15:54Então,
15:54todo mundo convidado
15:55a ir lá
15:56pra Santo Amaro
15:57e curtir a cidade
15:59e ajudar a desenvolver
16:00o povo de lá.
16:01É,
16:02e se vacilar,
16:03eu ainda vou tentar
16:03juntar mais economias
16:04e montar um bistrozinho lá,
16:05porque merece.
16:07Né,
16:07Duda?
16:07Aí,
16:08lógico,
16:08né?
16:08Um bistrozinho,
16:09mas não,
16:10já tô pensando aqui,
16:11um bistrozinho
16:11com dicas de cultura
16:12de Duda Teixeira,
16:13pronto.
16:14E música ao vivo
16:15de Wilson Lima,
16:16né?
16:18Ah,
16:18eu vou deixar pros locais.
16:19Música
16:20Música
16:21Música
16:21Música
16:22Música
16:23Música
16:24Música
16:31Música
16:33Música
16:34Música
16:35Música
16:36Música
16:37Música

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