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Transcrição
00:00Rodrigo Oliveira, sem mais delongas, IPCA ontem ficou ali dentro da meta, o governo me parece que comemorou, mas a gente sempre coloca um mais aqui, um mais entretanto, porém, contou todavia, é uma boa notícia, mas que trouxe aí alguns alertas e algumas missões a serem cumpridas pelo próprio governo federal.
00:25É isso mesmo, Rodrigo Oliveira, seja bem-vindo, boa tarde e obrigado mais uma vez pela presença, meu querido.
00:31Muito obrigado, Wilson, muito obrigado aí ao pessoal do chat, seja boa tarde a todos, né? Seja eu que seja bem-vindo.
00:39O IPCA saiu ontem um pouquinho acima das expectativas de mercado, é verdade, mas dentro do limite da meta, que era 4,75, saiu 4,6.
00:51Boa notícia, né? Há dois anos que a gente não consegue colocar a inflação dentro dos limites da meta e agora voltamos a conversar com algo um pouco mais razoável.
01:05Lembrando que a meta é o quê? 3,25 para 2023. A meta de inflação é 3,25 mais 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, portanto, iria até 4,75, a gente ficou em 4,6.
01:21Uma ótima notícia, né? Sinal de que a gente está chegando nesse momento, né? A gente espera que estejamos chegando nesse momento de controlar um pouco mais a inflação, aí os juros podem cair um pouco mais e a vida pode seguir com um pouco mais de facilidade.
01:38E os juros, né? Que vinham de 8 altas consecutivas ali, os juros futuros, né? Principalmente que vão tentando acertar quanto vale o dinheiro daqui a um ano, 2, 3, isso é.
01:50Quanto que a inflação vai tomar do meu dinheiro, né? Coloca um premiozinho de risco ali, etc e tal.
01:55Viam subindo, esperando a inflação. A inflação veio acima do esperado, principalmente aí na leitura mensal.
02:00E aí, mesmo assim, não teve uma preocupação maior com isso. O juro até caiu um pouquinho aí na ponta curta, né?
02:12Que é o juro para um ano, 2. Teve até uma quedinha. Boa notícia mesmo. O que que preocupa?
02:20Preocupa que os núcleos de serviços vieram acima do esperado também, que é uma preocupação que tem a ver com dinamismo econômico,
02:30é uma boa preocupação, né? Mas que atrapalha um pouco a queda dos juros. Uma boa preocupação por quê?
02:36Porque se os preços nos serviços continuam pressionados, é sinal que as pessoas estão consumindo mais serviços.
02:42Isso gera emprego, acaba gerando renda, e isso é bom. Mas, para quem está combatendo a inflação,
02:48isso é um sinal de que ainda precisa ficar em campo restritivo, talvez por um tempo um pouco maior.
02:53Embora a gente esteja reduzindo paulatinamente os juros, os juros ainda estão em campo restritivo,
03:01que é aquela história do juro neutro, né? O juro neutro no Brasil é o IPCA mais 4,5, mais ou menos.
03:07Então, se tem 4,6, mais 4,5, 9,1, a gente ainda está aí com praticamente 200 pontos base,
03:13dois pontos percentual aí de juros, além daquilo que seria um juro que não atrapalha e nem acelera a economia, né?
03:24Que é o juro que todos nós gostaríamos. Muito bem.
03:27A meta de inflação para o ano que vem é 3%.
03:30Lembrando que lá no ano passado, o governo fez e aconteceu falando sobre mudar a metodologia da meta.
03:36mudou, mas não mudou.
03:40É aquela coisa que eu falo da morosidade do Ministério da Fazenda, da equipe econômica,
03:48em fazer com que as coisas funcionem.
03:52E aí depois está parecendo que está todo mundo correndo quanto tempo,
03:54e a gente tem decisões todas tomadas às prestas ou feitas nas coxas.
04:00Então, o que a gente teve lá, no comecinho do segundo semestre,
04:05se não me falhar a memória do ano passado,
04:07foi uma decisão do CMN, o Conselho Monetário Nacional,
04:13que tem como votantes o Roberto Campos Neto, do Banco Central,
04:21o Fernando Haddad, da Fazenda, e a Simone Tebet, do Planejamento.
04:26Eles decidiram que, olha, a meta de inflação agora não será mais definida por ano-calendário,
04:31mas sim será uma meta meio móvel, né?
04:34Lá para frente ela vai ficar, não, vamos ficar, tipo nos Estados Unidos,
04:38é 2%.
04:39Quando?
04:39Quando der, para não ter que ter muito arrocho,
04:43para tentar trazer a inflação para a meta.
04:45É verdade que o Banco Central já vem, mais ou menos, trabalhando com isso, né?
04:482021 e 2022, até o Roberto Campos Neto chegou a falar um tempo antes,
04:55que causou um pouco mais de nervoso aí na nossa querida Glaise Hoffman
05:01e outras pessoas do PT,
05:04de que para trazer a inflação para a meta em 2022,
05:07ele precisava ter colocado o juro em 26%, 28%,
05:12o que, obviamente, ninguém quer.
05:13E ele estava falando justamente, ele falava isso justamente para mostrar
05:16que há uma moderação a um lugar onde o Banco Central tenta acertar
05:21o nível de juros para não impulsionar a economia.
05:24Eu vi algumas coisas na internet de comentários de pessoas,
05:27quando veem esses números, etc., falando assim,
05:28olha, poxa, como assim surpresa na inflação, né?
05:34A surpresa foi porque nos modelos econômicos
05:38se esperava uma inflação um pouquinho abaixo da que veio.
05:42Não é um problema,
05:43tanto que os juros não reagiram de forma muito forte.
05:50Sobre a inflação para 2024,
05:53continua a expectativa ali por volta de 3,7%,
05:56que ainda é 0,7% acima da meta de inflação,
05:59o que ainda exige algum rigor aí na política monetária, né?
06:05Um pouco mais de restrição na política monetária
06:07por mais algum tempo,
06:08o que significa que talvez a gente não tenha uma aceleração
06:11nos cortes da Selic,
06:13mas o que preocupa mais é porque a gente está começando
06:16a ver indícios de uma quebra de safra muito grande, né?
06:20Um dos itens que puxou a inflação para cima do esperado
06:24foi a alimentação em domicílio, né?
06:271,3% de alta no mês,
06:30e isso, obviamente, causa da preocupação.
06:33Outra coisa que as pessoas falam muito,
06:35que eu queria esclarecer aqui é que o IPCA não é a sua inflação,
06:39não é a minha inflação.
06:41O IPCA são alguns componentes que o IBGE escolhe para medir.
06:46Então, lá não fica mudando toda hora,
06:48toda vez que muda ele avisa.
06:50Isso não é um negócio que se faz toda hora,
06:52apesar da desconfiança que o pessoal tem aí do Márcio Costa.
06:55Você tem lá os itens para medição,
06:58então tem batata inglesa, não sei o quê, etc e tal,
07:01e ele vai medindo quanto que os preços estão oscilando
07:04de tempos em tempos.
07:06Mas imagina o seguinte,
07:07na casa de um vegano, por exemplo,
07:09que não consome proteína animal,
07:13não vai entrar um monte de coisa,
07:15a inflação dele vai ser diferente.
07:17Se você é uma pessoa que tem hábitos,
07:21consome produtos mais caros ou mais baratos,
07:24isso tudo vai fazer diferença.
07:25Então, o IPCA, gente, não é a sua inflação,
07:27não é a minha inflação,
07:28mas é a inflação que seria uma inflação média
07:31da população brasileira.
07:33E como eu estava falando com a minha filha
07:34outro dia, de 11 anos,
07:36média é o seguinte,
07:37estou eu, o Wilson,
07:39sentado num bar, só nós dois,
07:41entra o Jeff Bezos,
07:43de repente a média de patrimônio lá
07:46vai para a casa dos bilhões de dólares.
07:48Mas eu e o Wilson continuamos
07:50com os nossos parcos reais no bolso.
07:53Não é isso, meu querido Wilson?
07:56É exatamente, meu caro Rodrigo Oliveira.
07:58Tem uma pergunta que se faz,
07:59que fizeram ontem no chat,
08:02quando deu a notícia sobre o IPCA,
08:04que eu te passo
08:05para a gente explicar um pouquinho.
08:09Tem gente questionando os dados do IBGE,
08:12porque houve uma mudança na direção do IBGE,
08:14então imagina-se aí que pode ter ocorrido,
08:19que esses dados tenham sido melhores
08:20do que se imaginava,
08:22porque houve uma influência
08:23da atual direção do IBGE.
08:25Você acredita nessa teoria, Rodrigo,
08:27ou a gente tem que separar as coisas?
08:29Olha só,
08:30eu acho que a gente deve dar,
08:35não que ele mereça,
08:37mas a gente deve dar o benefício da dúvida
08:39ao Márcio Póstomo lá no IBGE,
08:42não só por ele,
08:43mas também pelos técnicos.
08:45Os dados são abertos,
08:46são visíveis,
08:48e o mercado financeiro
08:50e os economistas em geral
08:52devem,
08:54provavelmente,
08:55veriam se houvesse
08:56uma manipulação dos dados.
08:58É claro que tem formas de fazer isso
09:00que faz com que a gente demore
09:02para entender
09:03uma possível manipulação,
09:06mas não dá para a gente partir
09:07da premissa
09:08de que estamos sendo enganados,
09:11porque aí fica tudo
09:12muito complicado.
09:14A gente pode ficar
09:17com o pézinho atrás,
09:18mas não parece
09:19que há maquiagem de dados,
09:21pelo menos nesse momento.
09:25Trouxe para cá.
09:26É isso,
09:27pelo menos nesse momento.
09:28Lógico que vamos estar aqui,
09:30vamos ser vigilantes,
09:32a gente não vai deixar essa...
09:34A gente vai ficar...
09:35Qualquer virgulazinha,
09:36você que nos acompanha
09:37nesse momento,
09:38pode ficar consciente,
09:39ciente,
09:40e não espere menos
09:42do que a nossa capacidade
09:43de fiscalização aqui
09:44do poder.
09:45Afinal de contas,
09:46o antagonista,
09:46ele fiscaliza o poder,
09:47fica lá enchendo o saco
09:48de todo mundo
09:49para que as coisas funcionem.
09:52Rodrigo,
09:52você também postou algo...
09:54Oi,
09:54diga lá, querido.
09:55Só complementar uma coisa,
09:56Wilson.
09:57O pessoal que acompanha a gente
09:58lá no site do antagonista
09:59também,
10:00até aqui no meio-dia,
10:01me viu,
10:02provavelmente,
10:03criticar muito
10:04a escolha do Postman,
10:05porque eu fui muito crítico,
10:07sou muito crítico
10:08à escolha do Postman
10:08para o IBGE,
10:10justamente por causa disso.
10:13Credibilidade tem preço.
10:15Então,
10:15é um perigo
10:16você colocar
10:17uma pessoa
10:18como o Postman
10:19à frente do IBGE
10:20depois
10:21do que ele já fez
10:22em outros órgãos
10:23ou
10:25suspeitas
10:26que a gente tinha
10:27em outros órgãos
10:29governamentais
10:30quando o Postman
10:30esteve por aí.
10:31Não estou acusando ele
10:32de absolutamente nada,
10:33para deixar bem claro isso,
10:35mas o que eu estou dizendo
10:36é que é aquela coisa
10:38meio shakespeariana,
10:39a mulher do rei
10:40não basta parecer honesta,
10:43ela tem que ser honesta.
10:45E essas coisas,
10:46a credibilidade,
10:48a visão,
10:51como é que a gente fala,
10:53a crença que a gente tem
10:54nas pessoas
10:56tem um preço
10:58no mercado financeiro
10:59e isso vai acabar
11:00alterando aí
11:02ou vai acabar
11:03mudando muito
11:05expectativas, etc.,
11:06e acaba mexendo
11:07com o bolso
11:07de todo mundo,
11:08embora a gente
11:09em algum momento
11:09ache que isso
11:11não faz sentido.
11:13Está aí o Eduardo Pinto Conceição
11:14dizendo que é no
11:14Macbeth,
11:16do nosso querido
11:17William Shakespeare.
11:35E aí o Eduardo Pinto Conceição

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