- ontem
A bancada do 3 em 1 discute a ausência de Hugo Motta (Republicanos- PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) na audiência do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a transparência das emendas parlamentares.
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NotíciasTranscrição
00:00Eu quero começar contando que o Supremo Tribunal Federal faz uma audiência pública para debater a transparência no pagamento de emendas parlamentares.
00:08E aí, meu povo, os presidentes da Câmara e do Senado também participariam, Davi Alcolumbre e Hugo Mota.
00:15Só que de última hora, falaram nós não vamos, enviaram os representantes do setor jurídico, os representantes da Câmara e do Senado para esse debate.
00:23Tudo isso em meio a essa crise gigantesca que está instalada envolvendo o Judiciário Legislativo Executivo por conta da derrubada do IOF,
00:33que pode ter a ver com atraso ou com o calendário de pagamento de emendas parlamentares,
00:40uma identificação também do Congresso Nacional de que Flávio Dino estaria atuando para dificultar isso a pedido do governo.
00:46Enfim, uma celeuma que está gerando toda essa situação.
00:50Gustavo Segret.
00:51E todas essas são válidas, me parece.
00:54Estimo que essa falta por parte de Mota e de Alcolumbre à reunião junto com o ministro Flávio Dino tem a ver com uma estratégia.
01:04Eu lembro muito bem, aprendi em reuniões dos Estados Unidos.
01:08Você vai se encontrar, e Alan poderá ratificar ou não isso aqui,
01:12você vai se encontrar com alguém e você é diretor de uma empresa.
01:15Quem te recebe é o CEO da empresa.
01:17Ele pega teu cartão e fala, um minuto, por favor, quem vem é o diretor.
01:21Você não conversa, nunca vai conversar com alguém que não está na tua altura de hierarquia,
01:28que possa tomar a mesma determinação que você.
01:31Então, quando você manda um advogado, ele vai ter uma estratégia perfeita.
01:35Perfeita, é dizer, eu tenho que consultar.
01:38E quando está falando com, eventualmente, o ministro Flávio Dino, o ministro não tem que consultar.
01:44Então, é uma disparidade de hierarquia que permite que aquele que está presente com a hierarquia menor
01:49tenha sempre a saída de, eu vou ter que perguntar.
01:52Por isso, muitas vezes, o presidente não participa em determinadas reuniões,
01:56porque é um fusível intermédio que diz, eu tenho que perguntar.
02:00Provavelmente, se trate disso, porque se estivesse ao Colombo e Mota,
02:03não deveriam perguntar para ninguém, eles resolvem.
02:05Exatamente, eles estariam ali para responder.
02:08O que que essa, que simbologia que essa ausência carrega em Alangani?
02:12Olha só, eu lembro que, alguns meses atrás, o Evandro, eu disse o seguinte,
02:17a figura mais poderosa do país, sem sombra de dúvida, são os ministros do Supremo Tribunal Federal,
02:23que tem mais poder sozinho.
02:25Agora, eu fiz um seguinte questionamento à época,
02:28será que um ministro do Supremo Tribunal Federal tem mais poder
02:34que o poder de corpo que a Câmara dos Deputados?
02:37E me parece que não.
02:39Então, nesse embate, esse poder de corpo, que é materializado na figura,
02:45tanto de Davi Ocolumbre, quanto de Hugo Motto, presidente das duas casas do Senado
02:51e da Câmara dos Deputados, é maior do que o poder de um único ministro do Supremo.
02:57Tanto é que a gente está vendo todo esse embate,
03:00as emendas continuam com falta de transparência e num volume absurdo.
03:04Bom, eu quero conversar aqui com a Janaína Camelo,
03:06que vai trazer mais informações para a gente,
03:07porque o ministro Flávio Dino, né, Jana, diz que esse debate,
03:10ele não é importante a apenas um partido,
03:13não é um debate individual.
03:15Conta essa história pra gente, bem-vinda.
03:21Pois é, né, Evandro, é um assunto que realmente interessa bastante a todos os partidos aí,
03:26a todos os governos anteriores,
03:28a vários governos anteriores a esse.
03:30Então, o ministro Flávio Dino, lembrando que ele marcou essa audiência pública ali,
03:35no âmbito daquelas ações das quais ele é relator,
03:38que questionam a legalidade das emendas impositivas,
03:41que são aquelas emendas que o governo federal é obrigado a pagar, né.
03:46Então, o ministro vai com base nessas ações, por exemplo,
03:48que ele tem dado as decisões dele com relação à transparência,
03:52a rastreadibilidade das emendas parlamentares.
03:54Então, são ações que tratam, por exemplo, sobre as emendas PIX,
03:58sobre a constitucionalidade das emendas PIX.
04:01Então, essa audiência começou ainda de manhã,
04:05com vários debatedores, vários especialistas,
04:08em diversas áreas, pra falar sobre esse tema.
04:11E o ministro, ele deu essa palavrinha com relação aí a partidos políticos,
04:17a governos anteriores, e a gente vai ver agora o que ele disse.
04:19O tema das emendas impositivas, em particular,
04:23perpassa o governo da presidenta Dilma Rousseff,
04:26o governo do presidente Temer, o governo do presidente Bolsonaro,
04:30e o governo do presidente Lula,
04:32e perpassará também o próximo presidente da República,
04:35seja ele quem for.
04:37E, portanto, o esclarecimento primeiro que faço
04:41é que nós não estamos tratando de um tema de interesse de um governo.
04:46Naturalmente, há interesses dos governos.
04:49Os pretéritos e os futuros que virão regidos por esta Constituição.
04:54Evandro, o Flávio Dino, ele diz o seguinte,
05:00que a audiência pública vai permitir o STF avançar na discussão do mérito
05:04dessas ações que estão em trâmite aqui no Supremo Tribunal Federal,
05:09e também envolve a interpretação sobre a separação dos poderes.
05:14Porque quando ele marcou essa audiência,
05:15ele, inclusive, ele citou uma alegação de um dos autores dessas ações,
05:20que disse o seguinte,
05:21que a obrigatoriedade na execução de emendas parlamentares
05:24subverte a lógica da independência dos poderes,
05:28com transferência das decisões em orçamentárias para os parlamentares,
05:33numa espécie de, abre aspas,
05:34captura do orçamento, fecha aspas.
05:38Só para lembrar que, no orçamento só deste ano, né, de 2025,
05:42estão ali separados 50 bilhões de reais para as emendas parlamentares.
05:48Então, uma audiência pública que está durando durante todo o dia,
05:52já estava marcada aí já há semanas atrás,
05:56e com transmissão ali também da TV Justiça.
06:00Agora, Jana, fala um pouquinho sobre essa ausência
06:03dos presidentes da Câmara e do Senado,
06:05que, segundo os bastidores, foi ali de última hora.
06:08Teria sido de última hora,
06:14porque, de verdade, assim,
06:16a assessoria, tanto de Davi Alcolumbre,
06:19presidente do Senado, como de Hugo Motta,
06:21presidente da Câmara,
06:23tinham, sim, confirmado a presença deles.
06:25Até ontem estava ali pré-agendada, né,
06:28uma prévia da agenda deles, oficial,
06:31para hoje, estava ali marcada que eles realmente viriam.
06:35Mas, Evandro, durante toda essa discussão
06:37sobre emendas parlamentares aqui no Supremo,
06:39são sempre os advogados do Congresso ali,
06:41advogados representando o Senado,
06:43advogados representando a Câmara dos Deputados,
06:46quem tem participado desses debates, né?
06:49Então, assim, acaba que o assunto fica mais técnico
06:51com relação tendo a presença dos advogados em si
06:54e não dos políticos, né,
06:57do presidente da Câmara e do presidente do Senado.
07:01Então, acabou que hoje, só hoje, né,
07:03se ficou sabendo que eles não participariam,
07:06que eles, então, iriam enviar para o debate,
07:10na ausência deles, assim, na substituição,
07:12todos aqueles advogados que já estavam participando ali
07:15de toda essa discussão aqui no STF,
07:17na intenção de deixar ali a discussão
07:21mais técnica possível com relação às emendas parlamentares.
07:25Obrigado pelas informações, Janaína.
07:27Um bom trabalho para você.
07:29Ah, a gente tem mais uma fala do Dino sobre isso.
07:30Vamos acompanhar.
07:33O tema das emendas impositivas, em particular,
07:36perpassa o governo da presidenta Dilma Rousseff,
07:39o governo do presidente Temer,
07:41o governo do presidente Bolsonaro
07:43e o governo do presidente Lula
07:45e perpassará também o próximo presidente da República,
07:49seja ele quem for.
07:50E, portanto, o esclarecimento primeiro que faço
07:54é que nós não estamos tratando
07:56de um tema de interesse de um governo.
07:59Naturalmente, há interesses dos governos,
08:02os pretéritos e os futuros que virão
08:04regidos por esta Constituição.
08:08Bom, foi para a gente reforçar aí.
08:09Fala, seu Fábio Piperno,
08:11sobre essa ausência dos presidentes da Câmara e do Senado
08:14e tudo que está envolvendo o debate
08:16que foi proposto pelo ministro Flávio Dino
08:18e que tem, assim, descido de maneira bem amarga
08:21a goela abaixo do Congresso.
08:22É uma sinalização importante, sim,
08:24do mundo político,
08:26em desacordo com as ações do STF,
08:30mais especificamente do ministro Dino.
08:32Agora, se nos últimos tempos
08:34o Congresso tem vencido todas as quedas de braço
08:37com o governo,
08:38com o Poder Executivo,
08:41esse confronto com o Judiciário
08:43talvez não tenha a mesma equivalência.
08:47Eu, veja,
08:49hoje, por exemplo,
08:50foi noticiado que
08:52uma ação da Polícia Federal acabou
08:54fazendo com que
08:57dois prefeitos lá do Nordeste
08:59fossem afastados.
09:00Aliás, um do PSB e um do PT da Bahia
09:02e um deputado do PDT
09:04sob investigação.
09:06Outro dia foram três deputados,
09:08três parlamentares
09:08ligados ao PL do Maranhão.
09:10O que também desmente,
09:13enterra a tese
09:13de que
09:14essas investigações,
09:16essa pressão da justiça
09:18tenha aí
09:19um componente ideológico
09:21de tentar
09:22imprimir
09:23em um determinado lado político
09:25a pecha de
09:26malversador de emendas.
09:30Não se trata exatamente disso.
09:32Só para encerrar esse tópico,
09:33hoje também tem
09:34uma reportagem
09:35no jornal Estado de São Paulo
09:37falando,
09:38mostrando,
09:39enfim,
09:40informando
09:40sobre
09:41emendas,
09:43emendas
09:44destinadas por um deputado
09:46federal aqui de São Paulo,
09:47o deputado Fábio Teruel,
09:49para o
09:51asfaltamento,
09:52enfim,
09:53recapeamento
09:54de uma área
09:55no condomínio
09:57lá de Tamboré,
09:58conhecido como a
09:58Beverly Hills Paulista,
10:00né?
10:00E uma história
10:02que invasou
10:03por conta
10:04de uma briga
10:05com a cantora
10:06Simone,
10:07lá da dupla Simone,
10:08Zé Maria,
10:09estava por causa
10:09de um cachorrinho.
10:11E isso levantou
10:12o alerta
10:13e foram mexer
10:14nesse negócio,
10:15investigar,
10:15descobriu-se então
10:16que o deputado
10:16destinou
10:17dois milhões
10:18em emendas
10:18lá para a prefeitura
10:19e diz ele o seguinte,
10:21eu mandei as emendas
10:21para a prefeitura,
10:22a prefeitura fez
10:23o que ela quis
10:24com isso aí,
10:25coincidentemente
10:25ele mora no...
10:26Senta lá, né?
10:28Não é Simone,
10:29Zé Maria,
10:29o Piperno,
10:30é Simone e Simária.
10:32Ah, não é
10:32Simaria?
10:34Zé Maria?
10:35Zé Maria.
10:35Simone e Zé Maria?
10:38Não,
10:38Zé Maria,
10:38por enquanto,
10:39não está fazendo dupla
10:40com ninguém,
10:41é cantor solo,
10:42mano.
10:42Está em todas,
10:43Zé.
10:44Não,
10:44nós temos uma dupla.
10:45Só canta em coral
10:46da igreja,
10:47Zé.
10:48Fala aí,
10:48seu Zé,
10:49como é que você avalia
10:49esse movimento,
10:50hein?
10:50Bem-vindo,
10:51meu amigo.
10:52Pois,
10:53eu adorei a frase
10:54do Dino,
10:54é bem o que eu falo aqui,
10:56né?
10:56Deve ter emendas
10:57parlamentares no céu,
10:58senão não seria céu,
10:59né?
11:00Você imagina um céu
11:01sem emenda parlamentar,
11:04deve ser um tédio só.
11:06É uma coisa muito boa.
11:07Olha só,
11:08o Congresso Nacional
11:10emparedou o governo,
11:13sequestrou o orçamento
11:14da União,
11:15os deputados e senadores
11:16são poderosos economicamente,
11:18os únicos aqui
11:19que têm dinheiro
11:19para liberar.
11:20A prova disso é que
11:21no encontro de prefeitos
11:23aqui ninguém foi atrás
11:23de ministros,
11:24nem nada,
11:25encheram o Congresso Nacional,
11:27né?
11:27Então os deputados
11:28emparedaram o governo,
11:30sequestraram o orçamento
11:32geral da União
11:32e partiram para cima
11:34do Supremo Tribunal Federal.
11:36Veja bem,
11:36houve ali um entendimento
11:38de que seria,
11:39daria a impressão
11:40de que seria
11:41uma pressão explícita
11:43do ministro Flávio Dino,
11:45os dois presidentes
11:46agora unidos,
11:46né?
11:47Junto de assessores
11:49chegassem lá
11:50nessa audiência pública.
11:51Mas aí disseram,
11:52não,
11:52não parece não,
11:53é sim uma pressão
11:54e isso pode ter
11:56um revertério.
11:57E aí eles decidiram,
11:58então,
11:58não ir a esta audiência
12:00pública e mandar
12:01advogados,
12:02assessores,
12:03assim por diante.
12:04Mas foi uma promessa
12:05dos presidentes da Câmara
12:06e principalmente
12:07Hugo Mota,
12:08da Câmara do Senado,
12:09principalmente da Câmara,
12:10de que iriam defender
12:11com todas as armas
12:12as emendas parlamentares.
12:14É a fruta da estação
12:16a tal emenda parlamentar.
12:18E isso já está provocando
12:19e vai provocar
12:20cadeias
12:21e cassação de mandato.
12:23Já tem dois deputados,
12:25as réus
12:25do Supremo Tribunal Federal,
12:27aliás,
12:27três por conta
12:29de roubo
12:29através das emendas
12:30parlamentares.
12:32E hoje a Polícia Federal
12:33iniciou a operação,
12:35prendeu dois prefeitos
12:37e investigou
12:38Félix Mendonça,
12:40um deputado
12:42do PDT da Bahia,
12:45exatamente por conta
12:46das emendas parlamentares.
12:48Esse outro lá,
12:49que o Pipern citou,
12:51mandou asfaltar
12:52o próprio condomínio.
12:53Essas emendas parlamentares
12:55estão espalhadas
12:56para tanta coisa
12:57que Deus me livre.
12:58E por que não apareceram?
13:00Porque são secretas,
13:01porque são piques,
13:02porque não atendem
13:04a esse pressuposto básico
13:06do público
13:07que tem que ser transparente.
13:09Flávio Dino
13:10está sendo elogiado
13:12até por adversários,
13:14até por adversários
13:15por essa cruzada dele
13:16contra abusos,
13:18não é contra as emendas,
13:19mas é contra a transparência.
13:20Agora, eu quero falar
13:22um pouquinho também
13:22do movimento político
13:23ruim que isso tem gerado,
13:25porque, e digo ruim
13:27para as decisões
13:28do atual governo,
13:29que não consegue articular
13:30nada por conta
13:31das emendas parlamentares,
13:33inclusive.
13:33Talvez porque faltem
13:34propostas também
13:35que sejam avaliáveis,
13:37mas quando se tem
13:38uma proposta,
13:39há necessidade
13:39de uma negociação
13:40mais intensa
13:41que envolva dinheiro
13:41e não mais cargos
13:42em ministérios.
13:44Se der cargo ou não,
13:45tanto faz
13:46para esses partidos.
13:47Como é que se avalia
13:48esse movimento
13:49que vive, então,
13:50a política,
13:51o Gustavo Segret,
13:52em que a emenda parlamentar
13:54ela é motivo
13:56para se ter concordância
13:58e principalmente
13:59para a discórdia atual?
14:00De novo,
14:01risco e retorno.
14:02As leis da economia
14:03servem para absolutamente tudo.
14:06Se você for um deputado,
14:07você vai ter,
14:08hoje,
14:0830,
14:0940 milhões de reais
14:10ao ano
14:11para emendas parlamentares.
14:13Senadores,
14:1360,
14:14se eu não estou enganado.
14:16Se você for ministro,
14:17você tem um maior controle
14:19sobre o recurso da pasta
14:20e você tem um monte
14:21de responsabilidades,
14:22inclusive até
14:23responsabilidades políticas.
14:24Pois é.
14:25E aí,
14:25sendo diputado,
14:26senador,
14:27mandando um monte
14:27de emendas
14:28para a base eleitoral,
14:29você pode conseguir
14:30uma reeleição
14:30muito mais fácil.
14:31Se você for ministro
14:32do governo atual
14:33que começa a perder
14:35popularidade
14:36e não é fácil
14:37você sair,
14:38ah, estou indo
14:38porque está perdendo
14:39popularidade.
14:40Isso explica por que
14:41muitos dos partidos
14:42em teoria apoiam,
14:44mas na prática
14:45não apoiam.
14:46e aí vem a outra
14:47situação que
14:48o trabalho
14:49do ministro Flávio Dino
14:50do ponto de vista
14:51da transparência
14:52é perfeito,
14:53tem que ter transparência
14:54e aí não interessa
14:55ideologia.
14:56Se a pessoa,
14:57diputado,
14:57senador,
14:58cometeu alguma irregularidade,
14:59tem que ir preso.
15:00Isso não tem discussão.
15:02Eu estou conseguindo
15:02ver um pouquinho mais lá.
15:04Talvez esteja errado,
15:05mas eu enxergo
15:06que essa pressão
15:07perante o Congresso
15:08e a quantidade
15:09de pessoas
15:09que vão ser processadas,
15:11que vão ter sentença
15:12muito brevemente,
15:13que tenha mandato
15:14cassado,
15:14pode ser útil
15:15para negociar
15:17alguma situação
15:17entre o Legislativo
15:19Executivo
15:19e Judiciário
15:20dizendo,
15:21ok,
15:21vamos fazer o seguinte,
15:23eu consigo atenuar
15:24as penas,
15:25consigo resolver
15:26as questões
15:27daqui para trás,
15:28mas daqui para frente
15:30isso conseguiria
15:31ser resolvido
15:32se diminuímos
15:32o número de emendas
15:33no valor.
15:35Não me chamaria
15:35a atenção,
15:36Evandro,
15:36que isso venha
15:37por esse lado.
15:37E aí,
15:39corroborando um pouco
15:40o que mencionava
15:40Fábio Perno,
15:42se bem é verdade
15:43que o Congresso
15:45está dando
15:46soco atrás
15:47de soco
15:48no Poder Executivo,
15:50nós devemos lembrar
15:51que o STF
15:52já deu uma ajuda
15:53gigantesca
15:54ao Poder Executivo
15:55quando foi
15:56a reoneração
15:57da folha de pagamento.
15:59É.
15:59Que aí
16:00teve a lei,
16:01veto,
16:02derrubado o veto
16:03e pá, pá, pá, pá,
16:04STF, por favor,
16:05me ajuda.
16:06O que pode acontecer
16:06agora com o IOF também.
16:08É, já já a gente
16:08vai debater isso.
16:09Nossa equipe de reportagem
16:10vai chegar com mais informações
16:11sobre a possibilidade
16:12de judicialização
16:13da história do IOF.
16:15Agora,
16:15Zé Maria Trindade,
16:16o governo não percebeu
16:18ao retornar
16:19ao poder
16:20que tentar fazer
16:22tomar lá,
16:22dar cá com cargo
16:23não iria funcionar?
16:27Pois é,
16:27percebeu,
16:28mas é que o governo
16:29não tem o que fazer.
16:30Se brigar
16:31com esses poucos
16:32desses partidos políticos
16:34que estão apoiando o governo,
16:35fica pior.
16:36Então,
16:36a situação do governo
16:37até tentou fazer
16:38uma reforma
16:39ali,
16:40a reforma ministerial,
16:42mas não dava
16:43porque os que chegariam
16:45não agregariam novos,
16:47não mudaria ninguém.
16:49Então,
16:49ele preferiu,
16:50o presidente Lula,
16:51ele preferiu ficar
16:51com os que estão.
16:53É conta,
16:53é conta a matemática.
16:55Eu perguntei isso
16:56a um importante líder
16:57do PT
16:57e ele me disse o seguinte,
16:59olha aqui,
17:00vamos admitir,
17:01é um governo de esquerda
17:02com um parlamento
17:03de direita.
17:04Então,
17:04essa é a situação
17:05e a gente tem que administrar
17:07e perder menos
17:08porque é uma situação difícil
17:10para o governo.
17:13E não há armas,
17:15o Congresso ficou muito poderoso.
17:16hoje me diz o deputado Hildon Rocha
17:19que existem deputados
17:21administradores
17:22de emendas parlamentares
17:24e que não está nem aí
17:25para o debate,
17:26para a votação.
17:27Ele quer administrar
17:28200 milhões
17:30de reais
17:31no mandato.
17:33Isso é muito.
17:34200 milhões de reais
17:35um parlamentar administra.
17:37Então,
17:39essa situação
17:39fez os deputados
17:41de milionários.
17:43E como é que é?
17:43Vamos ser francos,
17:44todo mundo lá sabe.
17:45Como é que é?
17:47Existe uma fatia
17:48dos deputados
17:48pequena
17:49que são altruístas.
17:51Eles mandam as emendas
17:52pelo que eles acreditam.
17:53Então,
17:53alguns de arte,
17:55alguns filantrópicos
17:56que mandam emendas,
17:58por exemplo,
17:58para o Hospital de Câncer,
17:59não sei o quê,
18:00os que mandam emendas
18:01para associações
18:03de dança,
18:04de não sei o quê,
18:05sem ganhar nada.
18:05E existem os racionais
18:07ali,
18:08que é a média alta,
18:10a grande parte,
18:11que manda emenda
18:12para o prefeito
18:13e quer voto.
18:14Quer voto?
18:15Manda as emendas
18:16e distribui ali
18:18matematicamente
18:19e quer tantos votos
18:20o prefeito
18:21está bom
18:22porque o prefeito ganha,
18:23porque calça rua,
18:24não sei o quê,
18:24asfalto e tal,
18:25e tal,
18:26e o prefeito ganha voto
18:27e o deputado ganha.
18:28E existe uma fatia
18:29que quer roubar mesmo.
18:31E todo mundo lá
18:32sabe quem é
18:34desses três
18:35todo mundo sabe,
18:37é muito explícito,
18:38é só olhar.
18:39Então, assim,
18:40o que o Flávio Dino
18:41está querendo
18:41é colocar na vitrine,
18:43vamos lá,
18:44saber quem é um,
18:45quem é outro
18:46e quem é outro.
18:47Então,
18:48esta é a dinâmica
18:49do Congresso Nacional.
18:51E aí,
18:51o governo
18:51fica sem armas.
18:53Antes,
18:54o governo
18:54mandava um projeto
18:56para o Congresso
18:57e tinha que aprovar
18:58de qualquer maneira.
19:00Era taxativo.
19:02Só que agora,
19:02não.
19:02eu conversei hoje
19:04com o deputado,
19:05o deputado Cristóvão,
19:06que foi o relator.
19:08E aí,
19:08ele diz o seguinte,
19:09que o governo
19:10está arrogante
19:10num cenário
19:11em que ele não manda.
19:13Então,
19:13numa situação assim,
19:15antes de mandar
19:16qualquer projeto,
19:18ação,
19:19tem que consultar
19:20e tem que negociar.
19:21Essa é a realidade
19:22agora, né?
19:23Porque o governo
19:24não tem armas
19:25e não tem poder
19:25para aprovar absolutamente
19:27nada no Congresso.
19:28A reforma tributária
19:29saiu
19:30porque foi um projeto
19:31do Congresso.
19:32Interessante.
19:33O governo
19:33está arrogante
19:34num cenário
19:34em que ele não
19:35manda,
19:35Langani.
19:36É,
19:36exatamente.
19:36Eu acho que o Zé
19:37fez uma leitura
19:38bastante realista,
19:40bastante precisa
19:41da realidade.
19:42Agora,
19:43o Evandro,
19:44eu vejo
19:44que a única forma
19:45do governo
19:46conseguir reverter
19:48essa situação
19:49seria se ele
19:50tivesse apoio popular.
19:52Povo na rua,
19:53né?
19:53Mas não é um governo
19:55popular.
19:56E se tivesse
19:56um grande projeto
19:58de país,
19:59e evidentemente
20:00que esse projeto
20:01de país
20:01com apoio popular,
20:03nenhum parlamento
20:04no mundo
20:05vai se voltar
20:06contra o poder executivo
20:07se esse poder executivo
20:09está com o povo,
20:10está com o povo
20:11nas ruas.
20:12Mas evidentemente
20:13que isso não acontece.
20:15Muito pelo contrário,
20:16a popularidade
20:17é baixa
20:18por diversas razões,
20:19por razões econômicas,
20:21por segurança pública,
20:23por escândalo
20:23de corrupção,
20:24etc.,
20:24que acaba sendo
20:26creditado
20:26ao governo federal.
20:28e é claro
20:28que o parlamento
20:30sente
20:31esse cheiro
20:32de sangue,
20:32tubarão
20:33sente o cheiro
20:34de sangue
20:34e coloca
20:35evidentemente
20:36o governo
20:37nas cordas.
20:38Fala, Piperno.
20:40Pega lá.
20:41Ah, rapidamente,
20:42Piperno,
20:42agora 4h23,
20:43pessoal da rádio,
20:44aquele rápido intervalo
20:45para vocês,
20:45já já espero vocês
20:46de volta
20:46nas outras plataformas.
20:48Seguimos.
20:49Fala, seu Piperno.
20:49Os Amaria
20:50e o Segret
20:51tocaram em dois pontos
20:52que ajudam muito
20:53a explicar
20:53essa correlação
20:55de forças políticas
20:56que a gente tem hoje.
20:57Então, vamos lá.
20:59Se um deputado
21:00administra
21:01essa dinheirama
21:02toda em quatro anos,
21:04pegando algo
21:04que o Segred disse,
21:05ele vai ter, vai,
21:07uns 150 milhões
21:08de reais
21:08acumulados
21:09nesse período todo.
21:10Então,
21:12e aí,
21:13vamos imaginar
21:14que o Evandro Cine
21:15resolva ser candidato
21:16a deputado
21:16na próxima,
21:17disputando aí
21:18uma certa zona
21:19eleitoral
21:20contra um deputado
21:21que teve
21:22esses 150 milhões
21:23de vantagem.
21:24Então,
21:25quem é que larga
21:26na frente?
21:27É óbvio
21:27que aquele cara
21:28que, de certa forma,
21:30manipulou
21:30essa dinheirama toda.
21:32Então,
21:32o sujeito
21:32que vai mandar
21:33asfaltar
21:34o bairro
21:35lá no condomínio,
21:36ele larga
21:37na frente.
21:37Não adianta o Evandro
21:38chegar lá
21:39fazendo campanha
21:39com o Santinho,
21:40com a rede social
21:41e tal,
21:41e falar,
21:42eu sou candidato,
21:42eu tenho boas ideias.
21:44Bom,
21:44você tem boas ideias,
21:45mas foi o fulano
21:46que mandou
21:46recapiar o asfalto.
21:48Ele tinha dinheiro
21:48para fazer isso
21:49e não era o dinheiro dele.
21:50Exatamente.
21:51E
21:51essa
21:54falta de sintonia
21:57entre
21:58o voto
21:59para o presidente
21:59e o voto
22:00para o parlamento,
22:01que gera
22:02muitas dessas crises
22:03que a gente tem hoje,
22:06ela pode ser vista
22:07assim,
22:09exemplarmente
22:10em relação
22:10ao que aconteceu,
22:11por exemplo,
22:11com o voto
22:12em Minas Gerais.
22:13Em Minas Gerais,
22:15ganhou o presidente Lula.
22:16Só que em Minas Gerais,
22:20o contingente
22:22de parlamentares
22:23eleitos
22:24pela direita
22:25foi muito maior.
22:27Então,
22:28o mesmo eleitor
22:29que votou
22:30no presidente Lula
22:31para presidente,
22:33muitas vezes
22:33ele votou no Nicolas
22:34para deputado federal.
22:36Como é que vai
22:37resolver isso depois?
22:38Só com essas crises aí.