00:00O presidente Lula, ele continua em Bruxelas, capital da Bélgica, onde participa daquela cúpula União Europeia-CELAC, que é o conjunto dos países da América Latina.
00:10A gente já falou algumas vezes sobre isso aqui, inclusive no programa da segunda-feira.
00:15E, enquanto isso, enquanto o presidente segue na Europa, a gente tem uma reforma ministerial em compasso de espera.
00:23Existe uma história de que, não, a reforma ministerial, novas trocas ficariam apenas para depois do recesso.
00:30Quando o Lula voltasse e quando os parlamentares voltassem ao Congresso.
00:34O que é que acontece? O que é que a gente tem como um plano de fundo dessa história?
00:38Aumentaram as demandas por trocas em pastas consideradas estratégicas, que são as pastas mais robustas, com maior volume de orçamento, principalmente de siglas como o PP e o União Brasil.
00:52Isso tem gerado um grande desgaste entre partidos que são considerados aliados.
00:58E eu cito aqui, por exemplo, o PSB. O PSB tem o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o próprio presidente da sigla, Carlos Siqueira, andou expressando algumas insatisfações com esse movimento do governo
01:13de tentar abrir espaço e, com isso, abrir espaço para partidos do Centrão e, com isso, diminuir espaço, que seria desses partidos aliados, incluindo o PSB.
01:24Além do PSB, a gente tem o próprio MDB, que é um partido também considerado um partido do Centrão, um partido robusto.
01:30E o PT, alas do PT, que são alas mais resistentes a essa abertura do governo, começaram uma chiadeira por uma pasta específica, que é a pasta do desenvolvimento social.
01:43Atualmente, essa pasta está sob o comando de Wellington Dias, que é do PT.
01:48E o PT não quer abrir mão. Alas mais, como é que a gente pode dizer, mais aguerridas do partido, dizem que o partido não pode abrir mão,
01:56porque é uma pasta que comanda nada menos do que o Bolsa Família, Bolsa Família Principal Vitrine.
02:02Um outro assunto também que está em banho-maria nesse período é o novo PAC.
02:06O PAC, o novo PAC, PAC-3, como queiram chamar, nem o próprio governo conseguiu um novo nome para o PAC, terminou ficando PAC mesmo.
02:16Ele é uma aposta do governo e é uma novela que segue desde o início do ano.
02:21Essa semana, o governo anunciou que a data de lançamento seria novamente adiada.
02:27A promessa agora, só para a gente ter uma ideia, foi adiada quatro vezes.
02:31A promessa agora é que esse lançamento ocorra também pós-recesso.
02:37O principal motivo para isso seria uma falta de caixa.
02:42Há uma estimativa de que cerca de 60 bilhões seriam necessários para fazer girar o PAC.
02:47E o PAC é uma aposta do governo para movimentar a economia.
02:51Bom, falta de recurso, falta de alinhamento com partidos da base.
02:56Ou seja, Lula está em Bruxelas, volta amanhã para o Brasil e vai encontrar um cenário novamente bem complicado para resolver.