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O presidente Lula (PT) afirmou que o BNDES voltará a ser um banco de desenvolvimento com capacidade de empréstimo para governos e municípios. O petista está reunido com os 27 governadores brasileiros, nesta sexta-feira (27), no Palácio do Planalto.

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Transcrição
00:00Eu queria agradecer a cada governador, a cada governadora, se me permitem, eu quero chamá-lo
00:07de companheiro, de amigos, porque essa reunião que está acontecendo hoje é uma reunião
00:13que eu previa que acontecesse nos primeiros dez dias depois da minha posse.
00:20E essa reunião é uma reunião para a gente estabelecer uma nova relação entre os entes
00:26federados desse país.
00:27Ou seja, tentar fazer com que o Brasil volte à normalidade, em que conversar não é
00:34proibido, reivindicar não é proibido, se queixar não é proibido, mas que não tem
00:40nenhum sentido que um presidente da república visite um estado e ele deixe de visitar o
00:46governador, deixe de visitar o prefeito da capital, da idade que ele visita, porque pertence
00:52a partidos diferentes, porque tiveram divergência numa campanha eleitoral.
00:55Durante o processo de campanha valem as críticas, valem os abusos, valem um monte de coisa,
01:02mas depois que você governa, depois que você ganha as eleições, você deixa de ser
01:07candidato e vira governante.
01:08E ao virar governante, você tem que ter o comportamento minimamente civilizado em relação aos entes
01:16federados que compartilham da governança para que esse país possa dar certo.
01:23Essa reunião de hoje é uma reunião em que a gente vai fazer apresentações de alguma coisa
01:28para vocês com os ministros que vão falar.
01:30São quatro ministros.
01:32Eu quero que o Alckmin apresente para vocês o estado da arte de como nós encontramos o
01:39Brasil, porque certamente quem ganhou as eleições para governador, sabe, e é o primeiro mandato,
01:45também deve ter encontrado na transição coisas que não esperava encontrar.
01:51Depois que o Alckmin fizer a transição, nós vamos então fazer a fala dos ministros,
01:55mas, sobretudo, a gente precisa ouvir os governadores.
02:00Nós sabemos que cada governador tem as suas demandas locais.
02:04Nós sabemos que os governadores querem discutir uma série de coisas que muitas vezes parece
02:10que nós não queremos discutir, mas nós temos que discutir.
02:13A questão do ICMS é uma coisa que está na cabeça de vocês desde que foi aprovado pelo
02:20Congresso Nacional e é uma coisa que nós vamos ter que discutir.
02:24Nós podemos acertar, nós podemos dizer que não pode ou que pode, mas a gente não vai
02:28deixar de discutir nenhum assunto com vocês.
02:31A segunda coisa é que nós queremos ouvir quais são as coisas que vocês consideram prioritárias
02:36para os estados de vocês.
02:38Cada governador ou governadora já tem uma demanda, já tem na cabeça aquilo que ele pretende
02:43fazer.
02:44E nós, e todos vocês sabem que nós, não temos o orçamento que nós desejávamos ter.
02:50O orçamento foi feito pelo governo anterior.
02:54Nós começamos a governar o Brasil antes de tomar posse, porque tivemos que articular
02:59uma PEC por conta de complementação do orçamento do ex-presidente, que não tinha colocado
03:06o dinheiro suficiente para pagar as coisas que já tinham compromisso de pagar.
03:11E eu sempre faço questão de agradecer ao Senado e à Câmara por ter votado a PEC tal
03:16como nós enviamos ao Congresso Nacional.
03:19Essa PEC vai nos permitir forgo para cumprir os compromissos sociais que tínhamos assumido
03:25durante a campanha.
03:26Mas nós sabemos que também vocês têm obra que vocês consideram prioritárias.
03:31Cada governador ou cada governadora tem uma obra na cabeça, que é a obra do seu sonho,
03:36que é a obra principal para o Estado, para uma região.
03:39E nós queremos compartilhar com vocês a possibilidade de repartir, sabe, o sacrifício de fazer
03:47uma obra dessa.
03:49Eu pretendo fazer com que o BNDES volte a ser um banco de desenvolvimento.
03:55E para ser um banco de desenvolvimento, ele tem que ter paciência e competência de, se
04:00for necessário, emprestar dinheiro para que governadores possam concluir obras consideradas,
04:06sabe, inevitáveis para o Estado.
04:09É esse o papel do BNDES.
04:11Foi no meu governo e voltará a ser, o BNDES voltará a ser um banco de desenvolvimento.
04:16O dinheiro que o BNDES captar, ele tem que ser repartido com investimento para pequena,
04:21média empresa, para grande empresa, para governadores e para prefeitos, dependendo da qualidade
04:26e da importância da obra.
04:29Uma outra coisa que nós precisamos fazer é que o Banco do Nordeste há muito tempo não
04:33consegue emprestar dinheiro para governador e nós vamos garantir que o Banco do Nordeste
04:37volte a emprestar dinheiro para governador, se o governador tiver com as contas bem equilibradas
04:44que possa fazer dívida.
04:45Obviamente que se não puder fazer dívida, nós vamos ter que encontrar um jeito de como
04:49ajudar a pagar a dívida.
04:51Mas se o governo tiver as contas em ordem, tiver possibilidade de endividamento, não há
04:56porquê o governo federal, através dos bancos públicos, facilitar com que esses governadores
05:02tenham acesso a recursos para fazer as obras que são consideradas, sabe, importantes para
05:09cada estado.
05:10Eu, depois que ouvi todo mundo, eu quero encerrar essa reunião fazendo proposta de trabalho
05:17para nós.
05:19Eu só queria que vocês tivessem mente o seguinte.
05:21Não há, da parte do presidente da república, do vice-presidente da república, nenhum veto
05:29a qualquer companheiro ou companheira que queira conversar.
05:33A porta desse palácio estará aberta a todo governador ou governadora que tiver uma demanda
05:40que precisa ser discutida com o governo federal.
05:43Nós iremos tentar mostrar ao Brasil que governar de forma civilizada é muito importante para
05:51que a gente possa reencontrar a paz nesse país.
05:55Nós precisamos garantir ao povo brasileiro que a discriminação do ódio acabou.
06:05Nós precisamos mostrar ao povo brasileiro que o que aconteceu dia 8 de janeiro não voltará
06:11a acontecer, porque não é próprio da democracia aquela manifestação, aquela barbárie que
06:18foi feita aqui dia 8, quando todo mundo estava muito tranquilo nesse país.
06:23Nós vamos recuperar a democracia nesse país e a essencialidade da democracia é a gente
06:31falar o que quer, desde que a gente não obstrua o direito do outro falar.
06:36A gente pode fazer o que quer, desde que a gente não adentra o espaço, sabe, de outras
06:42pessoas.
06:43Por isso, eu falo que o Brasil precisa voltar à normalidade.
06:47Eu vou trabalhar muito, conversar muito para que o poder judiciário faça o papel do poder
06:53judiciário, que o poder, o Congresso Nacional faça o papel do Congresso Nacional.
06:59Eu, inclusive, tenho pedido aos meus amigos, líderes dos partidos, que é preciso parar
07:04de judicializar a política.
07:06Nós temos culpa de tanta judicialização.
07:10A gente perde uma coisa no Congresso Nacional, ao invés de a gente aceitar a regra do jogo
07:15democrático de que a maioria vence e a minoria cumpra aquilo que foi aprovado, a gente recorre
07:20a uma outra instância para ver se a gente consegue ganhar.
07:23É preciso parar com esse método de desfazer política, porque isso efetivamente faz com
07:29que o poder judiciário adentre ao poder legislativo e fique legislando em lugar do próprio Congresso
07:35Nacional.
07:36E o poder executivo cumpra com aquilo que tem que cumprir, que é o de executar o orçamento
07:43aprovado pelo Congresso Nacional e fazer com que o programa que foi definido numa campanha
07:48política e que vai ser apresentado ao Congresso Nacional no dia 1º, seja cumprido.
07:54É isso que vai acontecer.
07:57Então, a palavra-chave é essa.
08:00O Brasil precisa voltar à normalidade.
08:05Em cada estado que eu for, eu irei visitar o gabinete do governador, a não ser que ele
08:12não queira.
08:12Se ele não quiser, também eu não posso fazer nada, não tem como entrar, não vou
08:17fazer que nem os terroristas aí invadirem o gabinete do governador.
08:23Mas eu não quero, não quero chegar no estado e ter o governador como inimigo, porque o governador
08:30pertence a um outro partido político e o governador votou em fulano, em beltrano.
08:33Isso não haverá na minha cabeça e eu já dei prova disso nos outros oito anos que eu
08:40governei esse país.
08:40Então, este país, eu quero assumir um compromisso com governadores, voltará à normalidade.
08:48O meu gabinete e o gabinete dos ministros estarão abertos a todos os governadores, a
08:54todos os prefeitos.
08:55Nós vamos reconstruir a sala dos prefeitos na Casa Civil, vamos reconstruir em cada superintendência
09:02na Caixa Econômica Federal uma sala para que os prefeitos do interior visitem a Caixa
09:08Econômica e discutam sem precisar ficar correndo atrás de deputados aqui em Brasília.
09:13E nós vamos também fazer com que os governadores se sintam totalmente à vontade para vir a
09:19hora que quiser e nós, quando quisermos visitar um estado, a primeira pessoa que nós pretendemos
09:25conversar é com o governador do estado.
09:28Ele será a pessoa a quem a gente primeiro vai comunicar que vai ao estado fazer tal ou
09:34qual coisa para que o governador esteja preparado.
09:37E vamos orientar os nossos ministros.
09:40Para cada viagem que os ministros fizeram ao estado, eles avisem a todos os parlamentares
09:46do estado, independentemente da que partido pertença o deputado.
09:50É importante que a gente transforme a política numa arte, numa cultura civilizada.
09:57Afinal de contas, é essa a coisa mais importante que a gente pode passar ao povo brasileiro.
10:04É acabar com as ofensas que muita gente sofre no aeroporto, é acabar com as ofensas que
10:10muita gente sofre no shopping, é acabar com as ofensas que muita gente sofre no restaurante.
10:15Esse país nunca foi assim.
10:18Esse país sempre foi alegre, esse país gostava do futebol, gostava do samba, gostava de carnaval.
10:25A gente fazia política divergente e depois da gente se encontrava e conversava, a gente
10:30não era inimigo, a gente era simplesmente adversário e isso tem que voltar a acontecer
10:35no país e esse é um dos papéis que eu acho que eu posso cumprir nesse país.
10:40É tornar a política brasileira mais civilizada, mais humanista, mais democrática e muito
10:48mais solidária.
10:50Da minha parte, eu quero que os governadores saibam que a porta do gabinete estará aberta,
10:55o telefone estará pronto para atender qualquer demanda e que nenhum governador tenha qualquer
11:01preocupação, qualquer cisma de telefonar para falar bem do presidente.
11:06Não, precisa telefonar para cobrar do presidente aquilo que o governador entende que deva cobrar.
11:12Se a gente vai poder atender ou não, é outros 500.
11:16Mas o que não pode é a gente deixar de ter essa reunião e essa ação, essa coisa muito
11:23civilizada que o Brasil precisa.
11:36E aí

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