- anteontem
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NotíciasTranscrição
00:00Mas vamos falar sobre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que trabalhou ontem lá de Davos, na Suíça.
00:08Está muito frio, não sei se o senhor está bem agasalhado aí, ministro, mas agasalhe-se, por favor.
00:15Haddad trabalhou ontem para acalmar os mercados.
00:20Inclusive, vamos começar com isso aqui, que já colocou.
00:24Não pode colocar essa da FMI, então, não tem problema não.
00:27Ia começar com a outra, mas está tudo certo.
00:30E o Haddad falou com o pessoal aí, com a diretora do FMI, lá em Davos, e o FMI colocou à disposição do Brasil uma equipe para auxiliar o Haddad
00:41a criar aí a nova âncora fiscal do país.
00:48O medo é que afunde a economia com a âncora fiscal, estou brincando, é uma crítica desnecessária.
00:53Mas criar aí um novo arcabouço fiscal, para ver se a gente tem um pouco mais de previsibilidade nas contas públicas brasileiras.
01:05E aí tem até uma...
01:09Eu não coloquei aqui, Matheus, mas eu já vou mandar para você.
01:11A gente publicou, se eu conseguir achar enquanto eu estiver falando aqui.
01:16Tem uma nota também dizendo que o Haddad e a equipe econômica já estão pensando em uma trava de gastos, não é teto de gastos, é uma trava de gastos.
01:26Entenderam?
01:27É isso. Como eu disse, são as palavras. Parole, parole, parole, diria Laura Pausini.
01:34Pode subir aí, meu querido Matheus.
01:38Então, está aí o bonitão.
01:40E ele disse o seguinte, ó.
01:42Não, pode continuar aqui.
01:44Ele falou com a Cristalina Giorgieva, que é diretora-geral...
01:47Não, volta isso.
01:48Não, volta um pouquinho, mas só porque eu não lembro o cargo dela que disse.
01:52Diretora-geral do FMI, Cristalina Giorgieva.
01:54E ele disse o seguinte, eles ficaram, abre aspas, eles ficaram sabendo das nossas discussões fiscais e colocaram a equipe técnica à nossa disposição para que possamos conhecer as regras atuais em vigor e apresentarmos uma proposta mais crível para o Congresso.
02:10Olha aí, eu acho que a Giorgieva teve essa conversa com o Haddad e pensou assim, hum, talvez seja necessária alguma ajuda aí, né?
02:20E ofereceu a equipe técnica do FMI para ajudar o ministro da Fazenda.
02:26E, além disso, o Haddad falou também ontem sobre reforma tributária, né?
02:35E falou que talvez a gente mude aí o imposto de renda no segundo semestre.
02:40Pode colocar no ar aí, Matheus.
02:43Está aí, ó.
02:43O governo quer votar mudança no IR no segundo semestre.
02:47Pode subir.
02:48Pode subir.
02:50Ou descer, né?
02:51Sempre uma confusão isso aqui.
02:53Então, está aí, ó.
02:54No segundo semestre, abre aspas do ministro, né?
02:57Nós queremos votar uma reforma tributária sobre a renda para desonerar as camadas mais pobres do imposto e onerar quem hoje não paga imposto.
03:06Muita gente no Brasil não paga imposto.
03:08Precisamos reequilibrar o sistema tributário.
03:11Pode subir mais um pouquinho.
03:12Para melhorar...
03:13Sobe por isso.
03:16Para melhorar a distribuição de renda.
03:18Correção da tabela do imposto de renda com isenção para quem ganha até 5 mil reais.
03:22Foi uma das promessas de campanha de Lula.
03:25Muito bem.
03:26Imagina o quanto isso tira das receitas, né, gente?
03:30Que a gente continua nessa discussão.
03:33Não tem problema gastar ou investir.
03:35Você pode escolher a palavra que se aprovê.
03:37O problema é como é que se paga, né?
03:43Ou você vai...
03:45E assim, dinheiro só sai de um lugar.
03:47Já falamos disso incansáveis vezes aqui.
03:49Dinheiro só sai de um lugar, que é o bolso meu, seu e de todos os outros brasileiros.
03:55O Estado não gera nada.
03:59Ele se apropria de alguma parte do que a gente gera.
04:04E então oferece para a gente alguns serviços.
04:06Não sou contra o Estado.
04:07Não estou aqui pregando a anarquia.
04:10Mas não é isso.
04:13É entender que a gente ainda precisa de receitas.
04:16E precisa que as despesas encontrem as receitas em algum lugar.
04:20Para que a gente não se divide cada vez mais.
04:23Porque isso acaba com a nossa credibilidade.
04:25Você imagina...
04:26Imagina aí.
04:27Vamos tirar aqui uma ideia da cartola.
04:30Uma empresa qualquer de varejo.
04:33De repente, avisa você que...
04:36A gente deve muito mais do que a gente tinha falado para você.
04:40Na verdade, o dobro.
04:41Vamos chutar um número qualquer.
04:42Sei lá.
04:43A gente achava que eles deviam 20 bilhões e agora eles devem 40 bilhões.
04:49Imagina.
04:49Quanto você vai cobrar para emprestar dinheiro para esse pessoal?
04:53Inclusive, vamos supor que eles não tenham pagado, não tenham desembolsado um pagamento de cupom de juros que eles teriam que ter desembolsado agora, recentemente.
05:03Imagina.
05:04E isso é parecido.
05:06Eu sei que alguns vão falar.
05:07Não, mas a gente pode imprimir dinheiro.
05:09É.
05:10É isso.
05:11Imprimir dinheiro e aí a gente paga via inflação.
05:15E aí, sabe?
05:16Quem paga?
05:17Só os mais pobres.
05:19Porque nos mais ricos é o seguinte.
05:21Você troca de filé mignon para fraldinha ou para alcatra.
05:28O seu churrasco que era picanha vira fraldinha, mas está tudo bem na sua casa.
05:33Para quem tem o dinheirinho contado, você troca feijão por nada e para fazer a conta bater.
05:41Então, vamos atentar para esse tipo de coisa.
05:45Mas, de qualquer forma, o Haddad falando assim que vai ter uma reforma tributária, que as pessoas não se preocupem.
05:50E ainda no primeiro semestre, talvez até abril, a gente já tem a reforma tributária, o novo arcabouço fiscal, já a proposta no Congresso,
05:59para aí, então, os parlamentares, os representantes dos brasileiros no Congresso Nacional possam se debruçar sobre as propostas
06:07para ver o que eles acham que é melhor para o país.
06:11Beleza?
06:15Eu achei aqui...
06:16Ah, ótima pergunta, Heitor.
06:21Por que o medo de baixar IR se acaba revertendo em consumo, como esse superchat?
06:27Muito boa pergunta.
06:28O medo é o seguinte, o receio é justamente isso que eu estava falando, é a inflação.
06:32O que você tem hoje, segundo o Banco Central, é que você tem um hiato do produto muito pequeno, muito curto.
06:39O que isso quer dizer?
06:40Que a produção nacional e o potencial de produção nacional estão muito próximos.
06:46Então, eu não tenho como expandir para atender esse consumo agora, nesse momento, porque todo o investimento que eu vou fazer para aumentar a minha produtividade
06:55ou aumentar a minha produção, isso vai demorar algum tempo para se reverter em mais produto.
07:01Então, como eu estou com um hiato muito próximo um do outro, esse dinheiro todo que eu vou entregar na mão das pessoas vai virar inflação.
07:09Porque, em algum momento, a pessoa que vende vai pensar, hum, olha só que coisa, dez pessoas querem esse um produto que eu vou vender.
07:20Eu vendia ele a dez.
07:22E agora tem um cara dessas dez pessoas que chegou para mim e falou assim, ô, me vende aí porque eu preciso muito disso, eu pago quinze.
07:27Pronto, gerou a inflação, né?
07:31Uma forma bastante simplista aqui de explicar isso.
07:38Beleza?
07:39Se não ficou claro, Heitor, a gente pode continuar essa conversa.
07:47Bom, então teve essas conversas todas, o Haddad acalmou o mercado.
07:51O que aconteceu?
07:52E aí vou aproveitar, porque ontem alguém colocou nos comentários lá do YouTube, alguma coisa sobre a curva de juros.
08:02Eu não entendi a curva de juros, para mim parecem duas curvas paralelas, duas retas paralelas.
08:08Então, eu vou fazer o seguinte para vocês.
08:10Vou colocar aqui a curva de juros de uma semana atrás.
08:15Aqui está muito próximo ainda, né?
08:17Eu vou colocar lá aquela que eu gosto mais, que é de 4 de novembro, que é o dia que marca o dia mais otimista do mercado financeiro com o governo Lula.
08:31Muito bem, o que a gente está vendo aqui?
08:33A gente está vendo duas curvas.
08:35Uma curva amarela, para quem já está entendendo isso, tenha um calma, um dia vocês não sabiam.
08:43E uma outra curva, que é a curva verde.
08:45A curva amarela indica qual era a posição das taxas de juros nos mais variados vencimentos lá em 4 de novembro.
08:55No eixo Y aqui em cima, deixa eu ver aqui, esse eixo Y aqui na vertical, ele fala sobre as taxas de juros cobradas nos prazos que estão elencados ali no eixo Y, que é esse eixo horizontal.
09:09Então, cada bolinha dessa aqui é uma taxa para um determinado vencimento.
09:17Então, vamos supor o seguinte, eu queria saber para dois anos, para um empréstimo de dois anos, a CDI, 100% CDI, quanto que eu estaria pagando?
09:26Lá em 4 de novembro, você estaria pagando 11,73% ao ano de juros.
09:34Então, não quer dizer que eu vou pagar 11,75%, 11,73% no primeiro ano e 11,73% no segundo?
09:42Teoricamente sim, porque é uma média, mas as taxas não precisam estar exatamente iguais.
09:46Mas na média, você vai pagar isso.
09:48E aí o que acontece?
09:50A curva de juros, as taxas de juros futuros, elas se movimentam de acordo com as expectativas do governo, do mercado, sobre a pessoa que vai emprestar o dinheiro.
10:01Nesse caso aqui, a gente está falando basicamente do governo, porque isso aqui é muito próximo da Selic, é uma troca entre os bancos, mas a referência aí é a Selic.
10:11Muito bem, o que eles estão pensando aqui?
10:14E, poxa, do jeito que está, eu acho que risco, etc e tal, Selic, blá, blá, blá, 11,73% com um empréstimo de dois anos está valendo.
10:23Quando a gente fala que a curva abriu, o que isso quer dizer?
10:26Ela passou deste nível que ela está aqui em amarelo para o nível verde, em outro momento, hoje, hoje é esse nível verde.
10:37Então, o que acontece aqui?
10:38A curva de juros abriu, ela foi deste nível amarelo para o nível verde, então ela passou daqui para cá e a gente chama isso de abertura da curva.
10:50Por quê?
10:51Porque como ela está mais alta no gráfico, as taxas de juros são mais altas.
10:56Para você ter uma ideia, considerando aqui o mesmo exemplo que eu dei, em dois anos, no dia 4 de novembro,
11:01custava 11,73% ao ano e hoje custa, este empréstimo, 12,43%, certo?
11:11Então, passou do 11,73% para 12,45%, vai, que é basicamente 70 bases, 70 pontos base, que é 0,7 ponto percentual.
11:26Beleza?
11:27É isso que a gente está falando quando a curva abre.
11:29No sentido contrário, seria uma curva abaixo dessa curva amarela, taxas de juros abaixo, que é o fechamento da curva.
11:37Quando a gente fala que de um dia para o outro a curva fechou, as taxas de juros diminuíram.
11:43Quando a gente fala que a curva de juros futuros abriu, a gente está falando que as taxas, em geral, aumentaram.
11:50Então, é isso.
11:53E o que aconteceu ontem?
11:54Se a gente colocar aqui, partir de, colocar, sexta-feira passada, dia 13.
12:02Ah, mas eu vou precisar de um diazinho só aqui, senão vai ficar muito bagunçado, né?
12:18Vamos colocar aqui, hoje, lá para segunda-feira, tá?
12:24Só um momentinho, por favor, só a ligação é muito importante para nós, continue com a gente aqui, que vai funcionar.
12:34Pronto, está aí, ó.
12:36A curva fechou, por quê?
12:38Lá na segunda-feira, né, de segunda para terça, lá na segunda-feira, a curva estava nesse nível aí da curvinha amarela.
12:45Então, aquele contrato de dois anos, que está mais ou menos aqui, estava custando, estava cobrando uma taxa de juros de 12,58, e hoje está em 12,43.
13:04Qual é, o que que, uma das causas para isso, é um pouco dessa conversa do Haddad, de um pouco mais de responsabilidade fiscal.
13:13Afinal de contas, se a gente tem uma expectativa de que o governo está acertando as contas, né, o orçamento do governo está começando a se acertar,
13:24a gente passa a cobrar menos, porque o risco passa a diminuir, tá bom?
13:30Tem uma perspectiva, uma percepção de que o risco está um pouquinho mais controlado.
13:35Tem outras coisas que entram nessa conta, mas, grosso modo, dá para a gente falar mais ou menos isso.
13:41Beleza?
13:42É, mais uma coisa.
13:46Então, ontem, além dessa conversa aí com o FMI, né, que ofereceu a equipe técnica dele para ajudar o Haddad,
13:56o presidente da consultoria de risco, Eurásia, foi ter uma conversa com o ministro da Fazenda.
14:04Coloca aí, Matheus, para nós, por favor.
14:11E aí, gente, saiu uma...
14:13Aí, ó...
14:15O Bremer disse que não estava mais tão confiante com o Brasil depois de ter trocado uma ideia com o Haddad.
14:23Se reuniu com o ministro na terça-feira no Fórum de Davos, né, o Fórum Econômico Mundial,
14:33e prevê deterioração da popularidade do Lula.
14:36Vamos subir essa matéria, Matheus.
14:39Sua primeira visita ao Fórum Econômico Mundial, como ministro da Fazenda, o Haddad não passou confiança, né?
14:47Foi o que disse o presidente de uma das principais consultorias de risco do mundo, o Grupo Eurásia.
14:53Ian Bremer se reuniu com o Haddad nessa terça-feira em Davos, ou Davos.
14:56Para o analista, os atos antidemocráticos que culminaram no 8 de janeiro e o fato de as eleições presidenciais terem sido apertadas,
15:07contribuem ao pessimismo nessa situação econômica.
15:11Abre aspas.
15:12Não sou eu falando, hein, ministro?
15:13Você só sabe, o senhor está no meu coração.
15:15Não será possível manter a oposição...
15:18Não será possível manter a oposição condenatória ao 8 de janeiro em meio à deterioração da economia,
15:23e com isso sua popularidade.
15:26do Lula.
15:27Não há necessidade de entrar em pânico com o Brasil.
15:31Mas, não estou confiante quanto a maior democracia da América do Sul, foi o que falou Ian Bremer.
15:42Tá aí.
15:43Eu não vou fazer comentários, vocês aí, que se comentem todos aí no chat,
15:48porque eu sei que vocês ficam muito aguerridos nessa hora,
15:51mas tem um cara de uma consultoria de risco, a Eurásia, extremamente conhecida,
15:56que tinha uma opinião com o Brasil e depois que trocou uma ideia com o Haddad.
16:02Mudou de opinião.
16:03Tinha uma opinião mais positiva e agora está com uma opinião menos positiva.
16:08Vai?
16:08Vai?
16:08Tinha uma opinião mais positiva e agora está com uma opinião mais positiva.
16:12Tinha uma opinião mais positiva e agora está com uma opinião mais positiva.
16:14Tinha uma opinião mais positiva e agora está com uma opinião mais positiva.
16:16Tinha uma opinião mais positiva e agora está com uma opinião mais positiva.
16:18Obrigado.
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