Um abaixo assinado que pede a saída do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, conta com 34,7 mil assinaturas até o início da tarde desta segunda-feira (17). A inciativa ganhou apoio do PT.
"É necessário exonerar Roberto Campos Neto e sua gestão da presidência do Banco Central. Mesmo diante da queda da inflação, ele tem mantido as taxas de juros elevadas, afetando o poder de compra de todas as famílias brasileiras. Precisamos nos unir e fazer pressão para que ele saia da presidência do Banco Central", defende trecho do abaixo assinado.
A inciativa é do professor e escritor baiano André Teixeira Jacobina.
A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann, e o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) já manifestaram apoio do documento.
O governo e o Banco Central protagonizaram desentendimentos pela manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75%. O patamar é o mesmo desde agosto de 2022. O presidente Lula atacou pessoalmente o chefe do órgão monetário.
Lula e seus ministros defendem que o país tem condições macroeconômicas favoráveis para o corte como a queda da inflação, a aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária.
Na semana passada, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou que os trabalhos da Casa, após o recesso, serão retomados com a audiência de Campos Neto, em 10 de agosto.
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00:00E como não podia deixar de ser, além de culpar os outros, o PT já colocou um abaixo-assinado na rua, que tem, vejam vocês, 34 mil assinaturas para caçar o Roberto Campos Neto, 34 mil assinaturas.
00:19Eu acho que eles acham que isso é bastante. O que isso quer dizer? Que lá no condomínio do PT, lá no, não sei, deve ter um edifício PT Brasil, nesse aí o Roberto Campos Neto não vai conseguir ser síndico.
00:35Mas fora isso, amigo, até para a presidência da república ele consegue com menos 34 mil votos, tá bom?
00:42Então, olha lá, é necessário, diz a iniciativa, o abaixo-assinado online, eu acho até, eu vou até fazer, eu vou procurar isso depois, eu acho que 34 mil assinaturas é menos do que filiados no PT.
00:55Só para você ter uma ideia, nem filiado do PT está aderindo a essa conversa mole.
00:59É necessário exonerar Roberto Campos Neto, sua gestão da presidência do Banco Central, mesmo diante da queda da inflação, ele tem mantido as taxas de juros elevadas, afetando o poder de compra de todas as famílias brasileiras.
01:09Mas precisamos nos unir e fazer pressão para que ele saia da presidência do Banco Central.
01:14O Haddad deu uma entrevista muito boa para a Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo de hoje, se vocês puderem dar uma olhada, deem.
01:24E entre outras coisas, ele está falando do juro real, falando, olha, lá em 2022 o juro subiu muito, mas ele continuava negativo o juro real.
01:33Isso fazendo uma conta que não é exatamente essa conta, mas é expost, considerando a inflação expost, a inflação na hora contra o juro do momento, que seria agora.
01:46Então você tem 4% de inflação nesse momento, nos últimos 12 meses, contra um juro de R$ 13,75, que vai dar esses R$ 9,75, que o Haddad fala de juro real.
02:03Então a gente tem 10% de juro real, que é muito alto, e economia nenhuma resiste a esse tipo de coisa mesmo.
02:09O Haddad tem razão quando fala isso. O problema é que as condições para a queda nos juros talvez ainda não tenham chegado.
02:16Ah, será que está muito alto? Parece que está um pouquinho exagerado, visto, levando em consideração os últimos dados, tá?
02:26Mas você tem ainda tudo o que pode acontecer aí para o final do ano, porque a gente provavelmente vai chegar em julho com o menor nível de inflação do ano,
02:36nos 12 meses acumulados, e aí sim a gente começa a subir de novo para fechar o ano lá perto de 5%, então bem longe da meta.
02:45Lembrando que o próprio PT falou que não, tem que tirar o Roberto Campos Neto porque ele não atinge a meta.
02:51Uai, mas tem que deixar ele atingir a meta.
02:53Se para atingir a meta o juro tem que ficar nessa altura, aí vai ser ruim demais, então você vai ter que ter alguma flexibilidade, provavelmente, de ambos os lados, tá?