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Em vídeo publicado nas redes sociais, Deltan Dallagnol afirmou que havia cerca de 400 investigações em andamento quando extinguiram a força-tarefa

No Papo Antagonista desta quinta-feira, Claudio Dantas e Diego Amorim comentaram a morte da Lava Jato, que completou um ano. Em vídeo publicado nas redes sociais, o ex-procurador Deltan Dallagnol afirmou que havia cerca de 400 investigações em andamento quando extinguiram a força-tarefa.

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Transcrição
00:00Ó, vamos encerrando com um vídeo do Deltan Dallagnol,
00:05gravou um vídeo para, não posso dizer comemorar,
00:09mas para marcar a data, um ano da morte da Lava Jato.
00:13A gente, inclusive, colocou o título do programa
00:16Lembrando Essa Data, porque, afinal de contas,
00:19é uma data que precisa ser lembrada,
00:23a gente precisa trabalhar para tentar manter o legado,
00:27o legado que vai muito além dos processos,
00:32das condenações, dos bilhões recuperados,
00:35mas um legado, primeiro, um legado de mudança cultural,
00:41mudança cultural nas relações entre o público e o privado,
00:46e um legado também de participação da sociedade.
00:50Era um momento que, de fato, a sociedade participava muito,
00:52eu tenho esperança que os nossos leitores,
00:58nossos espectadores e até aqueles que não estão aqui
01:00no nosso chat, no nosso programa,
01:03mas que a sociedade, de uma maneira geral,
01:05se levante contra os abusos que nós estamos vivendo,
01:08os retrocessos que nós estamos vivendo,
01:11porque não há nação que consiga se desenvolver
01:14baseada numa cultura de corrupção.
01:17Por quê? Porque a corrupção, ela drena a riqueza produzida
01:22pela nação inteira para os boços de uma minoria privilegiada.
01:27Então, é disso que se trata,
01:29e eu vou pedir para vocês assistirem o Deltan Dallagnol.
01:32Hoje faz exatamente um ano desde que foi anunciada
01:38a extinção da Força-Tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba.
01:41A Força-Tarefa ainda tinha cerca de 400 investigações em andamento
01:45que apuravam crimes gravíssimos e multimilionários de corrupção.
01:50A extinção da Força-Tarefa prejudicou o andamento desses trabalhos
01:53e contraiou a vontade de 80% dos brasileiros
01:57que, de acordo com uma pesquisa divulgada na época,
02:00queriam a continuidade da Lava Jato.
02:02No mesmo ano em que a Força-Tarefa foi extinta, em 2021,
02:05a Polícia Federal realizou o menor número de prisões por corrupção
02:09dos últimos 14 anos.
02:10Eles são influentes e eles têm aliados em todos os setores da sociedade.
02:14A corrupção contra-atacou e contra-ataca.
02:17Nesse contexto, os ataques à Lava Jato vieram de todos os lados,
02:20de setores do Supremo Tribunal Federal,
02:22de lideranças do Congresso Nacional,
02:24de vários partidos políticos e de uma parte da imprensa.
02:26Regras foram alteradas,
02:28uma nova jurisprudência foi criada no STF
02:30e foi aplicada para o passado.
02:32Leis contra a corrupção foram desfiguradas ou simplesmente derrubadas no Congresso
02:36e o modelo de Força-Tarefa foi extinto no próprio Ministério Público Federal.
02:40Tudo isso está desmontando não só a Lava Jato,
02:43mas o próprio combate à corrupção,
02:45conquistas históricas da sociedade brasileira,
02:47como a prisão em segunda instância e a lei de improbidade,
02:49foram destruídas.
02:50E hoje, um ano depois do fim da Lava Jato,
02:53a gente vê com tristeza e indignação vários dos políticos
02:56contra quem surgiram provas de corrupção,
02:58voltando à cena e à vida política,
03:00como se nada tivesse acontecido.
03:02Basta olhar as provas que existem e foram divulgadas na imprensa.
03:05Eduardo Cunha, Beto Richa,
03:07Aécio Neves,
03:07Arthur Lira,
03:08Romero Jucá,
03:09Cândido Vacareza,
03:10Lula,
03:11Geraldo Alckmin,
03:12Delcídio do Amaral
03:12e outros políticos que foram acusados
03:15por terem contra si provas de corrupção,
03:16de lavagem de dinheiro,
03:18voltaram ou querem voltar o poder no sistema.
03:20Eles são aceitos pelo sistema como seus integrantes naturais
03:23porque o sistema é assim.
03:25Eles são a cara do sistema político que nós precisamos mudar.
03:28É claro que a última palavra cabe sempre à justiça
03:31em relação a qualquer desses políticos,
03:33mas o STF,
03:34além de não punir praticamente ninguém na Lava Jato,
03:36está anulando as condenações
03:37como aquele juiz de futebol que no final do jogo
03:40muda a regra do jogo.
03:41Diz que agora a falta na área não é mais pênalti
03:43para anular gols que aconteceram ao longo da partida
03:46e mudar o resultado do jogo.
03:47Se a gente quer acabar com a corrupção,
03:49é preciso não roubar e não deixar roubar.
03:51Mas o Supremo Tribunal Federal
03:52está aplicando outra regra, outra máxima.
03:55Não punir e não deixar punir.
03:56De fato, o STF não puniu os corruptos da Lava Jato
03:59e agora não está nem deixando as instâncias inferiores
04:02fazerem o seu trabalho e punirem os corruptos.
04:04E é esse o sistema que está desmontando a Lava Jato.
04:07Muito bem. Cadê o Diego?
04:16Põe o Diego na tela?
04:18Diego, que coisa, né?
04:24Eu tinha até uma coisa para falar aqui, esqueci.
04:26A colega nossa aqui, a nossa espectadora,
04:29ela disse aqui, deixa eu lembrar aqui,
04:33a Cláudia Nunes Mechará disse que a Lava Jato não foi...
04:38A Lava Jato não morreu, ela foi assassinada.
04:41No final das contas, é disso que se trata.
04:43E a gente percebe aí a necessidade de pessoas como o Deltan
04:50nessa política.
04:51Por que o Deltan não está na campanha do Moro, ô Diego?
04:57Boa pergunta.
04:59Boa pergunta, Cláudio.
05:00Vai ver, enfim, estão esperando ver ali
05:03se o Moro vai nesse voo solo com o Podemos
05:06e com a turma do MBL,
05:08se vai ter mais alguma outra estrutura partidária ao redor dele.
05:12Vai ver, está respeitando esse espaço do Moro aí,
05:15mas é uma boa questão para a gente apurar
05:17e noticiar com mais efetividade.
05:19Quando eu escuto falar da Lava Jato, Cláudia,
05:22entre tantas outras coisas,
05:23eu me lembro de quando éramos somente eu e você
05:27do antagonista aqui em Brasília
05:29e a gente foi buscar com um HD externo
05:35lá no Supremo Tribunal Federal,
05:37assim como toda a imprensa do Brasil
05:39que estava em peso aqui em Brasília,
05:42foi buscar no Supremo os vídeos das delações da Odebrecht,
05:46quando saiu a famosa lista das delações da Odebrecht
05:50e ficamos eu e você literalmente madrugadas e madrugadas,
05:56a gente dividindo,
05:57você escuta o Marcelo Odebrecht,
05:59eu escuto o pai
06:01e a gente foi ali ouvindo horas e horas de gravações,
06:05horas e horas de gravações,
06:08de fatos detalhados,
06:10com riqueza de detalhes,
06:11com riqueza de nuances,
06:14com cenas,
06:15com documentos,
06:18sabe?
06:19E a gente fez tudo aquilo
06:22e toda vez que eu vejo hoje Lula
06:24aí liderando pesquisas
06:27e essa gente toda aí,
06:30aí dá um embrulho no estômago,
06:31eu me lembro daqueles dias e falo,
06:33gente,
06:35é isso que o Dallagnol falou,
06:38eles tacaram esse HD no lixo,
06:40queimaram todas aquelas delações,
06:43e as delações continuam existindo,
06:46os fatos continuam existindo,
06:48é o que a gente fala,
06:49é o que você tem dito muito,
06:51é o que você tem feito muito aí no seu Twitter também,
06:54rememorando,
06:56é isso,
06:57nós somos um país de estantes de papelão,
06:59então um país de estantes de papelão
07:01também não vai se recordar
07:03do que aconteceu 3, 4 anos atrás,
07:05não vai,
07:06é a cabeça de papelão também,
07:08não é só a estante não.
07:10Lembrei do Aécio de papelão.
07:15Lembra?
07:16Eu sou rindo mesmo.
07:19Diego, obrigado mais uma vez aqui
07:21pela sua brilhante participação,
07:22vamos em frente,
07:24amanhã tem mais,
07:25amanhã tem Cruzoé.
07:27Valeu, Claudio,
07:28valeu todo mundo,
07:28um abraço.
07:29E aí
07:46aecio de papelão.
07:49E aí
07:49Obrigado.

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