- 20/06/2025
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Felipe Moura Brasil e Mario Sabino comentam a denúncia apresentada pela Lava Jato contra Lula por lavagem de dinheiro recebido da Odebrecht em repasse de R$ 4 milhões a Instituto Lula.
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NotíciasTranscrição
00:00A Força-Tarefa da Lava Jato no Paraná apresentou nova denúncia contra Lula.
00:04O ex-presidiário é acusado de lavagem de dinheiro por doações de R$ 4 milhões da Odebrecht
00:09para o Instituto Lula entre dezembro de 2013 e março de 2014.
00:14De acordo com a denúncia, foram feitas quatro transferências de R$ 1 milhão no período.
00:19As investigações apontam que o dinheiro tinha origem em contratos obtidos na Petrobras
00:23por meio de fraude em licitações.
00:25O dinheiro foi descontado do Caixa-Geral de Propinas, que a empreiteira mantinha em favor do PT,
00:30retirado da rubrica Planilha Italiano, que é aquela referência ao Antônio Palocci,
00:34e da subconta Amigo, que era referência ao Lula.
00:37Uma das provas apresentadas é a anotação do Ação Instituto Lula 2014 no valor de R$ 4 milhões.
00:44A Planilha Italiano guardava R$ 35 milhões para atender demandas do PT.
00:49A Força-Tarefa da Lava Jato no Paraná destacou que, segundo Antônio Palocci,
00:54partiu de Lula o pedido a Marcelo Odebrecht para doar R$ 4 milhões para o Instituto Lula.
00:59Está lá escrito assim, abre o aspas.
01:00O colaborador Antônio Palocci confirmou que foi solicitada pelo ex-presidente Lula
01:05uma doação de R$ 4 milhões ao Instituto Lula no final de 2013.
01:10Afirmou ainda que Lula tinha conhecimento de que o montante seria descontado da Planilha,
01:14a hora conhecida, como Programa Especial Italiano.
01:17Destacou que Lula conhecia a Planilha Italiano como a conta que era mantida com Marcelo Odebrecht.
01:23Aseverou em acréscimo que tanto Lula quanto Paulo Okamoto tinham ciência da natureza dos créditos
01:29acertados na referida Planilha, ou seja, que era uma retribuição de todos os auxílios feitos ao Odebrecht
01:35pelo governo até 2010, decorrente de contratos com a Petrobras, Eletrobras, Belo Monte, dentre outros.
01:43Palocci e Paulo Okamoto também foram denunciados por lavagem de dinheiro, perdão,
01:48e Okamoto era o presidente do Instituto Lula.
01:50O Ministério Público Federal pede que eles sejam condenados a devolver os R$ 4 milhões aos cofres públicos.
01:57Quer dizer, Mário, Odebrecht, mais uma vez ligada ao Lula e a Lava Jato,
02:02que está sendo cercada por todas essas frentes de políticos, ministros do Supremo,
02:07Procuradoria Geral da República, ainda atirando, no bom sentido, quer dizer, trazendo à tona toda essa sujeira.
02:13Agora, o Lula envolvido com a Odebrecht e o Toffoli lá no Supremo,
02:17que sempre dá o voto favorável ao Lula, também ligado de alguma forma ao Odebrecht.
02:21Eu vejo, Felipe, você tem aqui agora, neste momento, você tem a Lava Jato de Curitiba correndo contra o relógio,
02:32porque não vamos esquecer que o Augusto Aras estabeleceu que o prazo limite para a Força da Tarefa é 31 de janeiro,
02:39é muito pouco tempo.
02:41Então, eles estão, obviamente, correndo como podem para tentar apresentar essas denúncias.
02:50O que existe, veja, aqui não se trata de condenar antecipadamente ninguém,
02:55mas é, obviamente, um ministro que é citado pelo Marcelo Odebrecht,
03:04num complemento, vamos dizer assim, das investigações que estão no rastro da delação dele,
03:10que é citado num depoimento a procuradores,
03:15este ministro pode ser a pessoa mais inocente do mundo,
03:19mas ele não pode julgar um caso em que ele esteja citado.
03:23Isso não existe.
03:24Não existe.
03:26O que está acontecendo hoje são coisas que não existem, não deveriam existir.
03:32Eu vou dar um outro exemplo, relativo aqui ao ministro Gilmar Mendes.
03:38O ministro Gilmar Mendes, conjuntamente com o Ricardo Lewandowski, da segunda turma,
03:43tirou, eles tiraram o Juca e o Raup, da Lava Jato de Curitiba e puseram eles na Justiça Federal de Brasília,
03:51num esquema da Transpetro, ele disse que a Transpetro, que é uma subsidiária da Petrobras,
04:00transporte da Petrobras, não tinha nada a ver com Petrobras.
04:04Então, assim, olha, eu sinceramente, fica difícil a vida assim.
04:10Se você entra, eu entrei no site da Transpetro para ver o que estava escrito,
04:13estava lá todo o vínculo com a Petrobras, desde o nome.
04:16Desde o nome, é uma subsidiária da Petrobras.
04:20Então, não é, não é, não é, essas coisas não podem acontecer.
04:24No entanto, elas continuam acontecendo.
04:26Outro aspecto também muito deletério são esses julgamentos em turma.
04:30É preciso mudar isso, quer dizer, como é que pode?
04:33Você está lá, só tem quatro ministros, porque o Celso de Mello não está atuando,
04:38você tem lá dois contra dois, aí vem a máxima em dúvida para o réu.
04:43Não, não é assim que as coisas funcionam.
04:45Havendo onze ministros.
04:46Havendo onze ministros do Supremo.
04:48Então, assim, tem que levar a coisa para o plenário.
04:51Não existe julgamento.
04:53Por que nos tribunais de justiça são três desembargadores?
04:58Porque não pode dar empate.
05:00No entanto, na turma do STF, numa das turmas, é possível fazer julgamento com o número par de julgadores.
05:08Isso não é razoável.
05:11Ainda mais com o histórico da segunda turma, em relação à Lava Jato.
05:16Veja, o relator da Lava Jato está lá.
05:18O relator da Lava Jato está sendo derrotado sistematicamente,
05:21porque dois dos juízes, pelo menos, estão sempre se posicionando contra a Lava Jato com este tipo de argumento.
05:28A Transpetro, por exemplo, não tem nada a ver com a Petrobras.
05:33Pois é, o relator Luiz Edson Fachin, e há toda essa manobra, essa tentativa lá nos bastidores do Supremo Tribunal Federal
05:41de ainda trazer de volta o Dias Toffoli para a segunda turma.
05:43Pois é, eles gostam de formar aquela panelinha libertadora, no pior sentido, como eu tenho dito aqui,
05:49que é o trio de Dias Toffoli, Dilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, que é o trio pela impunidade.
05:55E aí eles disfarçam essa garantia da impunidade em nome do garantismo,
05:59tentando dar um aspecto filosófico àquela proteção dos políticos aliados, dos partidos, dos presidentes que os colocaram lá.
06:06Pois é, o juiz pode ter o ponto de vista que quiser, acabei ele interpretar, evidentemente que existe aí um pendor
06:12para livrar alguns malandros, aparentemente.
06:16O fato é que a coisa está atingindo um ponto que está muito, muito além da conta.
06:25Você entende?
06:26Eu até sugeri no Antagonista, num artigo que eu escrevi, que já que o Supremo, o Senado, não se dispõe a fazer o papel dele
06:32de fiscalizar de uma maneira mais efetiva o Supremo Tribunal Federal,
06:39que o próprio judiciário promovesse expurgos.
06:44Você entendeu?
06:45Não abriram um inquérito sigiloso lá de ofício para censurar cidadão, para censurar veículo de comunicação, rede social?
06:53Abram um inquérito de ofício, ministro Fux,
06:57abram um inquérito de ofício para apurar os desmandos no judiciário, nos tribunais superiores.
07:04Porque não vamos esquecer também da última denúncia, baseada na delação do Orlando Inísio,
07:09os documentos que ele entregou, que pegou escritórios de advocacia, acusados de lavar dinheiro, certo?
07:15Pegou ministro de STJ, filho de ministro de STJ, mulher de ministro de STJ.
07:20Quer dizer, virou um escândalo, virou um escândalo.
07:25Então, é preciso que o próprio judiciário, a melhor maneira de fortalecer o judiciário,
07:30os tribunais superiores, é colocando eles à luz do sol.
07:36Não o contrário.
07:37Veja, nós somos favoráveis, nós somos partidários da democracia.
07:42O STF, Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça,
07:46são instituições essenciais para a democracia.
07:50Então, elas não podem estar contaminadas desta maneira, entende?
07:54Ultrapassou, como eu disse, muito o limite, muito.
08:00Exatamente.
08:01E, além de ter mostrado essa ligação do Toffoli com a Debreche,
08:06a Cruzoé também havia mostrado, Mário, a amizade íntima entre o Gilmar Mendes e o José Serra,
08:12por meio de uma troca de mensagens, também, e-mails.
08:14É claro que a gente sempre soube que Gilmar Mendes é muito ligado à alta cúpula do PSDB.
08:19Foi o Fernando Henrique Cardoso, que é tucano, que é do PSDB,
08:22o presidente que colocou o Gilmar Mendes lá no Supremo Tribunal Federal.
08:25No entanto, havia ali a documentação, a prova material dessa intimidade.
08:30E aí vai o Gilmar Mendes e toma decisões favoráveis ao José Serra.
08:33Quer dizer, não há o hábito sequer, em termos de moralidade pública,
08:37de se declarar suspeito para julgar um amigo.
08:39Felipe, neste caso em especial, o Gilmar Mendes deu uma festa de aniversário para o Serra.
08:48O aniversário de 75 anos do Serra foi comemorado na casa do Gilmar Mendes.
08:54É, brincadeira.
08:55Isso não é possível.
08:56Olha, atenção.
08:57Havia um ministro da Suprema Corte americana, o Scalin, que ele esteve...
09:05Eu contei já essa história.
09:06Ele esteve no Brasil, morreu já, falecido.
09:10O Scalin era um ministro muito... um juiz muito ativo, muito polêmico, muito...
09:17era um conservador.
09:18Ele esteve no Brasil, ainda era juiz da Suprema Corte, morreu o juiz da Suprema Corte.
09:26Ele esteve no Brasil, no Rio de Janeiro.
09:28Foi convidado para um jantar, em homenagem a ele, no Copacabana Palace.
09:34Ele pediu a lista de convidados, senhores.
09:37Pediu a lista de convidados e encontrou ali um sujeito que tinha uma ação correndo na Suprema Corte.
09:46Ele disse, ou vocês desconvidam esse sujeito, ou eu não poderei comparecer ao este jantar no Copacabana Palace.
09:55Para vocês verem o que é, de fato, um juiz.
10:00Se você escolhe ser juiz, desculpe, você não pode ter vida social com quem você julga.
10:06Você não pode ter relações com quem você julga.
10:08Tem bônus e ônus, né?
10:09Tem bônus e ônus, entende?
10:11Não é possível uma coisa dessa.
10:13Então, assim, mesmo que a decisão seja justa, a dúvida permanece, se for favorável ao réu.
10:23Então, não é razoável que isso aconteça.
10:26É um conflito de interesse, é um conflito de justiça.
10:29E é, inclusive, Mário, aqui fazendo uma analogia, um caso parecido com o do João Otávio de Noronha, do STJ,
10:35que era presidente do STJ, agora no recesso judiciário, deu uma decisão favorável ao Fabrício Queiroz para que ele voltasse para casa.
10:42Deu lá a fuga premiada à esposa dele, Márcia Aguiar.
10:46Estava foragida, mas foi mandada para casa para cuidar do marido.
10:49Veio o Félix Fischer, derrubou essa decisão.
10:51Veio o Gilmar Mendes, derrubou a do Félix Fischer e manteve a do João Otávio de Noronha com a prisão domiciliar para os dois.
10:57E há um vínculo aí do João Otávio de Noronha com os Bolsonaro por meio de filho.
11:02E agora o antagonista deu, nessa tarde, que o João Otávio de Noronha estava lá numa festa com o Jair Renan,
11:09o filho 04 do Jair Bolsonaro, com a ex-mulher também, a Ana Cristina Vale.
11:15E fica toda essa relação que contamina, evidentemente, a percepção sobre o julgamento.
11:20E ele vai estar na turma, que vai julgar, se não me engano, amanhã, terça-feira,
11:26o recurso do Flávio Bolsonaro contra a continuação dessa investigação sobre desvio de dinheiro público, sobre peculato.
11:33Então, são esses vínculos que não existe aqui uma moralidade pública muito forte, nem uma cobrança muito forte, muitas vezes.
11:41A gente cobra, evidentemente, para que haja o mínimo de separação entre o trabalho e as relações sociais.
11:48Isso tudo é uma questão de ética, principalmente de ética, que é um artigo em falta no Brasil, sempre foi,
11:57mas que, ultimamente, está realmente muito escasso.
12:00O que é importante enfatizar, e eu faço questão, Felipe, de dizer, é que ninguém aqui é contra juiz, contra judiciário.
12:08É porque nós somos a favor do judiciário, é que a gente demanda, eu acho que fazendo eco a muitos leitores e espectadores,
12:20demanda uma posição mais firme do próprio judiciário em relação a ele próprio.
12:27Olha, o maior inimigo do judiciário hoje, do Supremo Tribunal Federal, não é quem dá matéria,
12:33não é o maluco que vai soltar fogo de artifício contra o edifício do STF, não é isso.
12:37É o próprio STF, entende? É o próprio STF.
12:41Precisa se emendar, precisa se auto-expurgar, entendeu?
12:47Não é mais possível a gente continuar uma situação dessa.
12:50O incorporativismo, que é outra praga nacional, é melhor para os jornalistas de verdade criticar os jornalistas de mentira,
12:58assim como é melhor para o judiciário criticar aqueles que não estão se comportando da maneira devida.
13:04Então, assim como para os bons policiais, é melhor ajudar a apontar quem são os policiais corruptos.
13:11Então, voltando ao início aqui da sua pergunta, o papel da imprensa justamente é ser fiscal,
13:20e fiscal de todos os poderes.
13:21Não pode ter imprensa que fiscaliza só o executivo, só o legislativo e não fiscaliza o judiciário.
13:26Porque quando a imprensa não cumpre o seu papel, como não está cumprindo neste episódio da reportagem da Cruzoé,
13:34e não é porque a Cruzoé faz parte da nossa e tudo mais que a gente está falando isso,
13:39ele é qualquer outra revista, não é porque é um concorrente que você não vai falar.
13:44Não é porque é o judiciário, porque você tem medo, porque você acha que o judiciário está sob ataque, não está.
13:51Isso tudo é uma pataquada, inclusive.
13:53Aliás, o antagonista e o Cruzoé repercutem as principais notícias.
13:55Claro, sem dúvida.
13:57Nós repercutiríamos, se fosse outra publicação, a publicar essa reportagem.
14:04Mas, enfim, o fato é que se você apoia o judiciário, você tem que fiscalizar o judiciário,
14:10para que ele funcione bem.
14:11No fundo, é mais ou menos como ajudar a educar uma criança.
14:15Assim como também o judiciário exerce um controle sobre os abusos, os excessos da imprensa.
14:21As leis estão aí para punir jornalistas que fazem coisa errada também.
14:25Então, assim, estamos todos num processo permanente de educação mútua, todas as instituições.
14:33E é preciso que o judiciário faça parte desse circuito.
14:38Não pode ter sido deixado fora.
14:40Exatamente.
14:41E não é por medo das ações que podem envolver jornalistas que estejam no judiciário,
14:46que se deve deixar de apontar aquilo que o judiciário está fazendo de, no mínimo, suspeito.
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