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  • 21/06/2025
O Ver-O-Peso é a essência da riqueza da culinária paraense. O cartão postal de Belém reúne desde os ingredientes naturais até a comida pronta vendida pelas famosas boieiras, cozinheiras que preparam as refeições no local. As cozinheiras ficaram conhecidas nacionalmente através do Festival Ver-O-Peso da Cozinha Paraense, que trouxe chefs de cozinha consagrados para conhece-las. O festival que uniu o popular e a chamada alta gastronomia retorna em 2025 para continuar difundindo a cultura paraense para o mundo.

Reportagem: Vito Gemaque
Imagens: Ivan Duarte

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Transcrição
00:00Música
00:30Na verdade é uma reconquista, né, a gente em 2020 quando decidiu acabar com o festival, acabar, dar uma pausa, vamos dizer assim, foi por uma questão de estrutura familiar, de empresário, então a gente estava se reemboluando.
00:58E quando vem oportunidade junto com a origem justa de refazer o festival, a gente olha uma para a cara da outra e diz assim, a gente vai começar tudo de novo, então é uma reconquista, é dizer assim, a gente precisa voltar a mostrar que Belém tem essa gastronomia, que a gente sabe fazer o mais gostoso, o melhor, o que tem que vir para Belém provar.
01:19Então eu acho que é uma reconquista, é uma felicidade, é um sentimento de, conseguimos, entendeu? Quando a gente anunciou realmente, quando veio a primeira inserção de volta do Ver o Peso,
01:32eu liguei para a Juajomini e eu disse assim, nós conseguimos. É uma coisa que eu vou certificar, é um sentimento muito, muito de vitória, de conquista, de renovação, de fazer de novo, fazer diferente, mas de novo.
01:47É um misto sentimento. Naquela época era tudo o novo, ninguém conhecia, né, hoje Belém já está muito bem divulgado, nossos ingredientes já estão muito na rua, muito no Brasil inteiro.
01:59Qual é a diferença? É trazer as pessoas em Belém, trazer os chefes para Belém, trazer o turista para Belém. Essa é a importância do festival.
02:09Sobre o ingrediente, a gente já conseguiu mandar para fora. Então o ingrediente talvez não seja novidade, mas como a gente usa o ingrediente, os nossos hábitos alimentares, a nossa cultura alimentar, esse é o diferencial.
02:22Eu acho que cada chefe que vem a Belém pela primeira vez e vê como nós trabalhamos, como nós manuseamos, manipulamos, o que nós comemos, aqui é completamente diferente do que a gente encontra fora.
02:35Então para mim a grande diferença do festival é essa, é trazer o público em geral, não só o chefe, mas o público em geral, a entender a nossa cultura alimentar.
02:47Eu acho que esse pensamento do período foi muito importante, justamente porque a gente já está numa pré-cópia.
02:53Além da pré-cópia, a gente está num pré-sírio, né, então quando a gente começa a sentir o cheiro da gastronomia, eu digo que a partir do primeiro de setembro, Belém cheira a comida, né,
03:05porque começam os preparos da maníba, preparo do cupi mais intenso, e ensinarem isso para a população mundial, o respeito que a gente tem com o alimento.
03:14Porque o paraense, ele respeita o seu alimento.
03:17A gente quando vê falar de um açaí de uma maneira diferente, muito de nós paraenses se insulta, né, mas a gente tem que entender que eles não tomam um açaí,
03:28e eles não tem um açaí perfeito como a gente tem. Então, essa maneira justamente de mostrar para o mundo como a gente trabalha o ingrediente,
03:36como a gente come, como são os nossos hábitos alimentares, entender que tacacá sim tem que se tomar, pé dando fogo às cinco da tarde,
03:44um calor absurdo, que esse é o natural, isso para a gente é o mais importante.
03:49Então, eu acho que o festival pensado nesse período foi para dizer justamente para o mundo, olha, a gente come desse jeito,
03:56a gente trabalha desse jeito, e isso é a nossa cultura. Assim como a gente vê em todos os outros países que a gente visita.
04:03Então, isso para mim, que talvez seja a consolidação do festival perante ao mundo.
04:10A gente ainda está muito ainda no embrionário dele, tá? A gente sabe que o festival vai acontecer nos dois finais de semana de setembro,
04:17que no meio de tudo isso vai ter o lançamento da biografia do papai, do chefe Paulo Martins, no dia 9 de setembro,
04:25que o Chantar das Boeiras vai acontecer. Agora, todo o resto a gente está costurando com muito carinho, com muito cuidado,
04:31para que realmente o ver o peso volte a ser, talvez volte a ser o maior evento gastronômico do Brasil,
04:38como ele já foi um dia e deixou de ser porque eles parou de fazer, não que outros superaram,
04:42mas a gente quer trazer a experiência de boa, né? O cuidado que a gente sempre teve em demonstrar o que é a gastronomia,
04:50o que é o prazer de comer, né? Porque para mim a alta gastronomia é fazer bem feito,
04:56seja numa feira, seja num grande restaurante, seja, sei lá, na barraquinha de tacacá.
05:03Se tiver bem feito, ser bem atendido, isso é uma alta gastronomia.
05:08A gente se mude achando que a alta gastronomia é você comer num restaurante cinco estrelas.
05:14Se a experiência não for boa, não passa a ser uma polícia.
05:18Então, para mim, a alta gastronomia é a melhor experiência que você tem,
05:22seja numa boeira, seja na tacacá, seja num grande restaurante assinado um cardápio por um grande chefe.
05:28Então, a gente quer mostrar justamente, a gente está tendo esse cuidado de costurar,
05:33que as pessoas que venham, sejam os profissionais da área, sejam os turistas,
05:38que eles se deliciem com esse festival.
05:40Aqui é, em Goeira, que eles fizeram, aparecendo, depois que o Paulo Martins,
05:46o depo dele fazia um festival.
05:49Ele, nesse tempo, trabalhava na barraquinha,
05:53na barraquinha, ele passou, estava ficando o peixe,
05:56mas não ficava, assim, filé, não ficava em bosta.
06:00E ele joga na bosta bonita, porque ele estava ficando o peixe,
06:02e o depo, ele falou, se for fazer um festival, eu sou bota.
06:07Aí, eu convidei o G.C. em Goeira.
06:13Nós tivemos o primeiro festival aqui no mercado de peixe,
06:16que foi o maior sucesso, de lá pra lá possível.
06:19Então, como não aparecia na mídia,
06:24aí ninguém tinha que fazer, ganhou.
06:26E essa ideia está até hoje.
06:28Nunca largaram.
06:30A Donatana, o Lenjani e a Daniela.
06:33Então, pra mim, pra mim, é uma glória muito grande,
06:38é uma satisfação muito grande,
06:39me deu uma alegria muito grande,
06:41porque o festival da Gozina Faraense,
06:44a gente ficou muito bem.
06:46Eu estou na interior, a conversar na Faraense.
06:49Porque hoje em dia, Goeira, são conhecidas no mundo todo.
06:53Em cidade, ninguém conhece a era.
06:55É porque eu deixo comigo.
06:56E hoje em dia,
06:57eu acho que eu vou de São Paulo,
07:00hoje em dia.
07:00Eu vou de São Paulo e de São Paulo e de São Paulo.
07:30viajar para Santa Catarina,
07:32fazer um festival lá,
07:34então, pra mim,
07:37a gente ganha muita coisa.
07:38Eu conheço muito o chefe de piscina,
07:41tá sempre onde aprende que a gente tem que ter e poder.
07:45Porque eu isso, eu adoro.
07:47Então, pra mim,
07:48o que é muito bem,
07:49eu aprendo muito.
07:51E cada vez mais,
07:53porque isso está lá em cima,
07:56eu vou de dar todo mundo que vai pra lá.
07:58e espero que tenha muita gente.
08:01Dois coisas,
08:02são duas semanas que eu quero aqui.
08:04Então,
08:05isso,
08:06eu tenho três mil.
08:07Dois pratos que eu tenho muito sucesso.
08:10A Boteca do Pirarucu,
08:12do Bromarão Brasileiro.
08:15Aí eu vou te contar,
08:16acho que eu vou fazer.
08:17Aprendi mais ao peixe,
08:20aprendi como é que se faz a história clínica,
08:22que eu tenho muito sucesso.
08:26Então,
08:27a gente aprende muito mesmo.
08:29Eu aprendi tudo isso, aprendi.
08:31Minha mora,
08:33quando veio pra cá,
08:34ela não se dá a vida de um peixe,
08:36eu queria tomar tudo.
08:38Então,
08:39isso,
08:39a gente aprende,
08:40isso é o que você.
08:41É melhor,
08:42melhor culinária,
08:44é a culinária do país.
08:45Não tem um clube a mim.
08:46Pra onde eu já viajei,
08:49com o Pernambuco,
08:50não tem um peixe curioso do nosso.
08:53É de muita alegria,
08:54porque,
08:55há muitos anos atrás,
08:57nós tínhamos dois,
08:58dois,
08:59dois chacos aqui do caminho,
09:01pra mim,
09:01pra gente fazer o livro,
09:03e fazer o prédio de vida com ele.
09:05Quando eles chegaram aí na feira,
09:07os caras ficaram doidos,
09:09porque aonde ele mora,
09:11não tem tempero que nós temos.
09:13É,
09:13em pó.
09:14E nós aqui,
09:15é aquele verdinho,
09:16fresquinho.
09:18Isso tem dois,
09:19eles adoram a nossa culinária,
09:20o nosso tempero também.
09:22Nem cabe,
09:23nem grecamente.
09:24O peixe é muito diferente,
09:26pode comer um peixe,
09:27mas quem comebeu,
09:28o gosto é diferente.
09:31É o nosso é o melhor.
09:32A nossa culinária tem o primeiro lugar.
09:37Então,
09:37aonde você andar,
09:39tem a culinária,
09:40a nossa.
09:41Primeiro que eu queria me dizer aqui,
09:43é daqui que eu tiro o produto.
09:45sobreviver,
09:46tem cara que não gosta de ser nada boeira,
09:48eu gosto de ter meu rumo,
09:50sabe por quê?
09:51Porque a boeira é que faz a bola.
09:53Então,
09:54eu,
09:54eu sinto orgulho
09:55daquilo que eu tenho,
09:56porque é daqui que eu tiro pra me comer,
09:58daqui que eu tiro pra me beber,
10:00as minhas filhas se sentem aqui,
10:02então,
10:03por que é que eu vou ter vergonha?
10:04Ah,
10:04eu tenho orgulho do que eu vivo.
10:06Minha daquilo de
10:07Minha daquilo de
10:08Minha daquilo de
10:09Póllo de
10:10Minha daquilo de
10:11Minha daquilo de
10:12Minha do
10:12Milha do
10:12Me
10:13Não
10:14admira

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