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  • 18/06/2025
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Notícias
Transcrição
00:00Olá, antagonistas! Vocês já estão inscritos na TV Antagonista? Ainda não?
00:08Vocês precisam se inscrever para não perder as novidades.
00:12TV Antagonista está ao vivo todos os dias agora, do jeitinho que vocês querem e pediram,
00:20às 11 da manhã e às 5 da tarde.
00:24TV Antagonista também tem, como vocês gostam, o Momento Antagonista com Cláudio Dantas
00:30e a reunião de pauta com todos os antagonistas, com Mário Sabino, Diogo Mainardi e Cláudio Dantas,
00:37que você também vê os pedacinhos das nossas edições ao vivo, às 11 da manhã e às 5 da tarde.
00:45Não perca, não deixe de se inscrever, porque os inscritos recebem aviso
00:51todas as vezes em que a gente posta um vídeo novo ou entra ao vivo,
00:56seja nas nossas edições diárias ou num plantão especial, youtube.com.br ou Antagonista.
01:03Inscreva-se!
01:05Olá, boa tarde! Começa aqui a TV Antagonista, edição das 5 horas da tarde desta segunda-feira.
01:12Hoje é dia 13 de março de 2017, um dia com muitos depoimentos na Lava Jato.
01:21Hoje quem prestou depoimento foi o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardoso.
01:28Ele saiu, conversou com a imprensa e você vai ter um compacto do que ele disse aqui na TV Antagonista.
01:34Já chama todo mundo, porque sabe aquela estratégia do caixa 2 do bem e caixa 2 do mal?
01:40Pois é, tem mais um adepto.
01:43Você vai entender essa história daqui a pouquinho com o compacto exclusivo da TV Antagonista.
01:48Também teve o depoimento de Emílio Odebrecht a Sérgio Moro, um dos depoimentos mais esperados,
01:56só que no fim não foi aquela coisa toda que estava todo mundo esperando.
02:01Não foi um depoimento digno do patriarca da Odebrecht, do inventor desse esquema todo de operações
02:08que nós estamos vendo em tantos países.
02:11Tem também uma notícia muito interessante que pode gerar uma reviravolta no caso do goleiro Bruno.
02:19A primeira turma do Supremo Tribunal Federal julgou um caso muito parecido com aquele do goleiro.
02:26Só que o resultado foi diferente da decisão monocrática, da decisão que tomou sozinho o ministro Marco Aurélio Mello.
02:35Ou seja, se dependesse dos colegas, será que eles teriam soldado o goleiro Bruno ou não?
02:43Isso e muito mais você vai ver na edição agora das 5 horas da tarde da TV Antagonista.
02:48Para você não perder nenhuma edição, não perder os compactos especiais,
02:53não perder, por exemplo, o reunião de pauta que foi postado agora à tarde,
02:57Mário Sabino e Diogo Mainardi batendo um papão sobre a Lava Jato,
03:02Delação do Odebrecht e tudo isso, você perde por quê?
03:05Porque você não se inscreve no canal.
03:07Inscreva-se aqui, clica na exclamação do antagonista youtube.com.br
03:12O Antagonista, inscreva-se para receber nos avisos.
03:16Você tem que clicar nesse sininho, colocar aí a orientação para você receber os avisos
03:22quando a gente posta um vídeo novo para você.
03:26Agora vamos adiante.
03:27Operação Marquês é a prima irmã da Lava Jato lá em Portugal.
03:35É a operação que torna Brasil, Portugal e Angola países irmãos metralha.
03:42A última reviravolta da Operação Marquês é o quê?
03:47No depoimento do ex-presidente do Banco Espírito Santo,
03:51que é um banco que teve problemas enormes em Portugal e Angola,
03:54ele foi acusado de pagar uma mesada a um escritório relacionado ao irmão de José Dirceu.
04:02O irmão de José Dirceu que também está preso pela Lava Jato.
04:05E para que seria essa mesada de 30 mil euros?
04:09Para intermediar a compra da Oi, que está numa falência absoluta,
04:14pela Portugal Telecom.
04:16Quem também faria parte disso é o ex-primeiro-ministro de Portugal,
04:22José Sócrates, que chegou a ficar preso.
04:24E ele foi depor no dia de hoje.
04:27Na entrevista dele, você vai ver um tipo de resposta que nos parece muito familiar.
04:35O tipo de resposta que coloca a culpa de tudo na espetacularização da denúncia.
04:41Lá, como cá, as acusações e as desculpas são as mesmas.
04:46Os responsáveis deste inquérito parecem que gostam muito de transformar qualquer inteligência num espetáculo.
04:56Este tem sido, aliás, o padrão deste inquérito.
04:59Encenação para as televisões e campanha de difamação maldosa e até indecente nos jornais.
05:05Eu já tive a ocasião de transmitir publicamente o quanto me repugnam estes métodos.
05:13Mas o que tenho hoje para dizer é isto.
05:16É que só utiliza estes métodos quem está inseguro e quem não está confiante.
05:20José Sócrates afirmou, antes do seu depoimento ao Ministério Público, de forma inequívoca.
05:30Ele disse que nunca recebeu propina de ninguém.
05:33Nunca recebi dinheiro de ninguém.
05:37Isso é completamente falso.
05:39Isso é absurdo.
05:40E essa pretensão apenas precisa de uma coisa.
05:43Se não se importa, talvez o mais importante fosse o seguinte.
05:49É que alguém que vos diz essas coisas apresente as provas do que diz.
05:53É uma grande coincidência que quem também está indo a Lisboa depois de dar a declaração semelhante
06:02é a nossa ex-presidente Dilma Rousseff, que deu essa entrevista à TV Suíça.
06:09Quero dizer para você uma coisa.
06:11Eu jamais pedi propina, recebi propina, conversei.
06:17Nenhum deles pode dizer que eu conversei com eles.
06:21No caso de Dilma Rousseff, delatores da Lava Jato dizem que ela tinha conhecimento
06:30de que havia propina abastecendo o seu caixa de campanha,
06:35o que, conforme a gente viu nesse vídeo, Dilma Rousseff nega.
06:40Dilma Rousseff está chegando lá em Lisboa para essa conferência
06:44Neoliberalismo, Desigualdade, Democracia sob Ataque.
06:49Vai ser depois de amanhã, às 18h30, abertura do ciclo Conferências do Trindade.
06:57Uma grande coincidência que ela chega lá bem quando o Brasil está aí no olho do furacão da Lava Jato.
07:05Esse depoimento de José Sócrates na Operação Marquês foi justamente sobre o caso Portugal Telecom,
07:13que é o caso que envolve a compra da Oi e que envolve autoridades brasileiras.
07:18Informações da Lava Jato foram utilizadas neste caso.
07:22Agora vamos adiante com uma questão que deixa todo mundo empolvorosa,
07:27que vocês adoram debater na internet, que é o fim do foro privilegiado.
07:32A gente está acompanhando aqui no Antagonista assinatura por assinatura
07:38como é difícil conseguir que os senadores coloquem para votar essa história do fim do foro privilegiado.
07:48Até queria pedir para a produção para a gente dar uma invertida aqui no que eu tinha colocado.
07:52Vamos colocar primeiro quem já percebeu que isso pega bem.
07:56O senador Cristóvão Buarque tinha feito até um registro no Facebook do momento
08:02em que ele assina ali a tramitação de urgência para o fim do foro privilegiado.
08:07Aí a gente pediu, o senador manda um vídeo para nós.
08:11E ele já percebeu que essa coisa do fim do foro privilegiado o povo quer tanto
08:16que dá até para fazer em ritmo de campanha.
08:19E o Cristóvão Buarque fala assim desse apoio dele ao fim do foro privilegiado.
08:24Vamos ver.
08:25A República Brasileira tem 130 anos, quase.
08:30E ainda temos nobres.
08:32O mais óbvio desses grupos são os parlamentares com mandato.
08:38Dois cidadãos da mesma República cometem, cada um deles, um crime.
08:44O que tem mandato é julgado pelo Supremo.
08:47O que não tem é julgado pelo foro comum.
08:50É preciso acabar isso.
08:52A República não permite esse tratamento privilegiado.
08:56Pessoalmente, eu acho que esse foro privilegiado pode acabar com um simples gesto de aprovação da PEC
09:07apresentada no Senado pelo senador Álvaro Dias.
09:11Rápido.
09:13E a gente acaba com isso.
09:14Dois outros foros, a meu ver, privilegiados demorarão mais.
09:18Um é o foro que assegura viver mais ou viver menos conforme dinheiro para pagar o serviço médico.
09:25E o outro, o foro privilegiado que permite a uma pessoa desenvolver mais o seu intelectual em boas escolas que sejam pagas.
09:35E se não tem dinheiro a pagar boas escolas, termina sem aproveitar o seu desenvolvimento.
09:41Vamos acabar com todos os foros que geram privilégios dentro da República.
09:47Começando pelo foro privilegiado dos parlamentares.
09:53Bom, claramente que o Estóvão Buarque percebeu que dá para deitar e rolar se você for a favor do fim do foro privilegiado nos dias de hoje.
10:04Mas tem senador que anda reticente.
10:06Vou trazer aqui para vocês trechos selecionados da entrevista que o Diego Amorim, lá em Brasília, fez com o senador Eduardo Braga.
10:18Tem um trecho que a gente entende bem, já aí tem o outro que não dá para entender.
10:24E a coisa que eu menos entendo hoje em dia é porque todos os políticos resolveram citar o goleiro Bruno como exemplo para qualquer coisa.
10:33Agora o Eduardo Braga citou o goleiro Bruno para falar do foro privilegiado.
10:39Brasil, desde quando o goleiro Bruno é exemplo para alguma coisa?
10:44Eu acho que os políticos estão mandando muitíssimo mal nessa.
10:48Mas presta atenção, né?
10:50Eu só peguei um pedacinho porque a entrevista tem oito minutos, era muito longa.
10:54Mas vamos acompanhar aí um trechinho desse bate-papo do Diego Amorim com o senador Eduardo Braga.
10:59Eu vejo que hoje a justiça local brasileira, ela está muito suscetível ao jogo político local, né?
11:14Portanto, eu tenho algumas dúvidas com relação a isso.
11:18Entendo o Supremo não, senador.
11:20O Supremo não estaria sujeito a essas pressões?
11:24O Supremo, ele pode estar sujeito a ser uma pressão política, mas essa pressão política é nacional, não é local.
11:33O Supremo não é influenciável por prefeitos, governadores, pela máquina administrativa do poder local.
11:45Agora, a justiça da primeira entrância ou a justiça local, regional, essa é muito sujeita, a pressão da política local.
12:02Agora, o que pega hoje no foro é justamente essa demora na apreciação dos processos, porque o senhor sabe, como eu também sei, e quem acompanha minimamente o noticiário sabe, que não há possibilidade de 11 ministros julgarem tanta gente com foro privilegiado, né?
12:18É essa questão que eu acho que ainda a população, no seu senso comum, questiona tanto.
12:23Deixa eu te falar uma pergunta, quantas pessoas são mesmo com foro privilegiados?
12:29A problemática é tão grande que cada um diz um número, senador.
12:35A força-tarefa da Lava Jato diz um...
12:38Deixa eu dizer uma coisa pra você, com sinceridade.
12:41Por favor.
12:42Acho que tem algumas coisas aí que são analisadas de forma distorcida.
12:49Acabamos de ver o caso desse goleiro aí, que foi goleiro do Flamengo e tal.
12:54Certo, Bruno.
12:55Bruno.
12:57O Bruno foi solto por quem mesmo?
12:59Marco Aurélio Melo, ministro do Supremo Tribunal Federal.
13:03Portanto, pela Corte Superior, é isso?
13:06Exatamente.
13:07Muito bem.
13:08Nesses casos, quantos processos existem?
13:14Pela imprensa dita, 31 mil, é isso?
13:18É, por aí, por aí.
13:19Talvez nessa ordem de beleza.
13:21Então, esses números, sim, são números grandes e bastante significativos, tá certo?
13:28Porque o que a gente vê é o seguinte.
13:32A Suprema Corte, se for para casos, como diz o ministro Barroso, ela estaria adstrita, por exemplo, a casos de senadores e deputados federais no exercício do seu mandato.
13:50Então, isso significa dizer que nós teríamos 581 possíveis processos, divididos por 11 ministros?
14:01Bom, aí a gente tem a ponderação, tá todo mundo aqui xingando o senador Eduardo Braga, são 5 horas 15 minutos, vocês não gostaram do que ele falou, mas o que ele tá falando tem muita gente também que pensa e não tem coragem de falar.
14:20Por quê? Se ninguém pensasse assim naquele chamado, tinha mais assinatura ali e a gente já tinha esse fim do foro privilegiado tramitando.
14:31Agora, o que estranha demais é todo político agora, quando vai falar de qualquer coisa, usa como exemplo o goleiro Bruno.
14:39Não é esse tipo de comparação que o Brasil espera dos senhores e eu espero que os senhores saibam disso.
14:46Falando em goleiro Bruno, vou trazer aqui pra vocês uma notícia que foi levantada, na verdade, pelo site Jota, é de um julgamento da primeira turma, que foi feito na semana passada,
15:01num julgamento semelhante ao do goleiro Bruno, mas com relação ao homicídio do estado de São Paulo, da cidade de Ibiúna,
15:10a primeira turma do STF decidiu no sentido oposto.
15:18O ministro Marco Aurélio ficou vencido e a pessoa responsável pelos homicídios, que aguardava por 9 anos e 5 meses um recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo,
15:31vai permanecer aguardando esse recurso atrás das grades.
15:36Olha a história. O ministro Barroso é quem foi o relator disso e ele fixou a seguinte tese, que eu vou até ler.
15:47Vocês que ficam xingando aí o ministro Barroso, que falou que ele defende as pessoas que cometeram crimes,
15:53ele é muito ligado à área dos direitos humanos, mas na questão dos julgamentos feitos pelo Tribunal do Júri,
15:59é muito importante a gente saber o seguinte, o júri determina se a pessoa é culpada ou inocente.
16:06Ela vai recorrer ao Tribunal de Justiça, que é a segunda instância? Ela pode recorrer aos tribunais em Brasília?
16:12Pode. Para uma série de coisas, mas não para virar inocente de novo.
16:18Não tem mais presunção da inocência. Não pode retirar a decisão do júri, dizer que esta pessoa é inocente.
16:25Portanto, não existe mais a presunção da inocência. E é aí que o STF se pegou.
16:31Segundo diz o ministro Barroso, a prisão de réu condenado por decisão do Tribunal do Júri,
16:38ainda que sujeita a recurso, não viola o princípio constitucional da presunção de inocência ou não culpabilidade.
16:50A sentença é de um caso igualzinho ao do goleiro Bruno.
16:56Essa pessoa estava condenada, está condenada a 25 anos de reclusão por dois homicídios qualificados
17:03e está aguardando há nove anos e cinco meses um recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo.
17:11O tempo de aguardar o recurso foi considerado excessivo pelo ministro Marco Aurélio,
17:16mas os demais ministros não acompanharam.
17:20Disseram que essa pessoa tem de aguardar esse recurso presa mesmo,
17:25porque ela não vai voltar a ser inocente, ainda que esse recurso seja julgado no dia de hoje
17:32e não é uma pessoa que possa voltar a conviver em sociedade.
17:37E diz mais o ministro Barroso, a prisão de pessoas nessa circunstância não é ilegal por dois motivos.
17:45Existe a real necessidade de garantia da ordem pública ante a periculosidade concreta do agente.
17:54A pessoa cometeu dois homicídios?
17:57E a decisão condenatória pode ser executada prontamente.
18:03Portanto, fica aí a decisão.
18:06O caso do goleiro Bruno não chegou a ir para o pleno, não chegou a ser julgado por todos os ministros,
18:15mas agora está na boca dos políticos.
18:18Parece que virou exemplo de tudo e parece que os políticos não se importam em se espelhar no goleiro Bruno.
18:25Por que será, né?
18:26Mas os patrocinadores do time, para onde ele foi, estão debandando.
18:32Parece que quem patrocinava o Boa Esporte Clube estava querendo associar a sua imagem a um outro tipo de marketing
18:40e não a esse tipo de marketing que vem de um caso penal tão controvertido, tão triste,
18:48tão brutal, tão bárbaro que chocou o país.
18:52Sim, Dilma Rousseff está em vários eventos em Genebra.
19:04A gente já colocou aqui aquele trecho que vocês tinham pedido durante todo o final de semana,
19:09que era Dilma em francês.
19:10E agora temos mais Dilma em Dilmês.
19:15Porque afinal, Dilma Rousseff não podia fazer um discurso sem ser a nossa Dilma.
19:20Então, vamos a um pouquinho de Dilmês para vocês matarem a saudade.
19:25E o Banco Mundial está propondo 30,4 bilhões de reais.
19:29E está dizendo que acha muito estranho mudarem uma política que deu certo.
19:37Acha muito estranho.
19:38Nós também não achamos estranho.
19:41Aliás, nós achamos estranho.
19:43Mas sabemos a explicação.
19:45Bom, Dilma Rousseff, nesse discurso que fez, atacou frontalmente Romero Jucá,
19:55que era outra pessoa da confiança dela.
19:58Então, o que a gente vê é que o problema de Dilma Rousseff era não escolher com quem anda.
20:03Era não saber escolher o vice, não saber escolher o líder do governo.
20:07E todo mundo sabe que isso sempre dá errado.
20:10Quando a gente não escolhe as companhias, não dá certo.
20:14E foi isso que ela disse lá em Genebra, que ela não escolheu as companhias de direito.
20:19O golpe foi dado a mim, muita gente diz que foi por conta do que ficou conhecido como estancar a sangria.
20:28Estancar a sangria é o seguinte.
20:31Um dos golpistas, um dos golpistas, um dos golpistas, foi gravado.
20:42Foi gravado.
20:45Dizendo o seguinte, vamos tirá-la para estancar a sangria.
20:50Não deixar que a operação Lava Jato chegue até nós.
20:54Porque ele dizia, eu não ia interferir na Lava Jato.
21:00Então, vamos tirá-la.
21:01Eu não acho que é por essa razão que o golpe foi dado.
21:05Essa é uma razão de curto prazo.
21:08A razão de médio e longo prazo,
21:11ela é um encadramento econômico, social e geopolítico do Brasil.
21:16Aí veio uma parte do discurso que a gente não sabe se é uma confissão de incompetência
21:25ou se a Dilma até hoje não entendeu que existe uma separação entre os poderes.
21:31Ela reclamou que o Brasil entrou em crise porque ela mandava as coisas para o Congresso
21:35e o Congresso não aprovava.
21:38Então, alguém precisava contar que a aprovação não é automática, né?
21:41E o Brasil, que não precisava de entrar num processo de recessão,
21:49entrou num processo de recessão.
21:51Por quê?
21:52Porque no meu governo, a partir da metade do ano de 2015,
21:57eu parei de ter condições, condições parlamentares de governo.
22:04Não aprovavam nada que eu mandasse.
22:06E, a partir do novo governo, do novo governo ilegítimo,
22:14eles não conseguem reverter uma situação que eles deixaram aprofundar.
22:20Por quê?
22:21Porque subestimaram a crise econômica e subestimaram a própria crise política que eles criaram.
22:27Então, nós estamos num impasse no Brasil.
22:31Esse impasse tem uma data para se desdobrar.
22:35Essa data é outubro de 2008.
22:42E o momento em que tem eleição presidencial no Brasil.
22:48E agora, a Dilma fez, lá em Genebra,
22:53realizou pela primeira vez uma bola que já foi cantada por aqui.
22:57Que é tentar jogar uma boia para Lula em 2018.
23:02Com o índice de rejeição que Lula tem, ele só tem uma chance no segundo turno.
23:10Que é arrumar um rival que tenha índices de rejeição semelhantes aos dele.
23:16Ou seja, é ele começar, desde já, a polarizar com Jair Bolsonaro.
23:22A gente já cantou essa bola aqui.
23:25E quem está lançando a campanha eleitoral do Lula usando o dinheiro do contribuinte brasileiro é a Dilma.
23:33Porque é ela quem está dando o gás para o Bolsonaro lá em Genebra.
23:38Quem você vota?
23:41Pesquisas anteriores às eleições.
23:45E o que acontece é que 38% votam no Lula.
23:5110%, 11% numa outra candidata, que foi a Marina.
23:57Outros 10% num ex-capitão do exército chamado Bolsonaro.
24:03Que prega a batida do trabalho, que prega a tortura também.
24:10E o resto está ali na faixa dos 7, 6, 8.
24:16Portanto, é altamente provável que as pessoas que estão hoje permaneçam.
24:27E há um risco muito grande para esse segmento golpista que o Lula se eleva.
24:34Porque aí, o golpe que eles deram é um golpe, não digo anulado,
24:41porque tem algumas coisas que eles fizeram que são adversílias.
24:46Bom, está aí.
24:51A viagem que a gente está pagando para a Dilma
24:53prossegue agora para Lisboa.
24:57A íntegra dos discursos que ela está fazendo
25:00é mais ou menos a mesma em que ela mostra
25:03que o governo dela foi excelente na economia
25:05e os problemas foram só esses que ela citou,
25:09incluindo o golpe.
25:11Continuamos aqui com os depoimentos
25:15José Eduardo Cardoso versus Sérgio Moro.
25:20O ex-ministro da Justiça pode não falar nada se não quisesse
25:26porque ele também foi advogado de algumas pessoas
25:28durante esse processo todo.
25:30Ele foi advogado de Dilma Rousseff.
25:32Mas ele não pediu em nenhuma parte dos seus 26 minutos
25:36de depoimento para deixar de responder.
25:38E saindo, ele garantiu à imprensa que só falou a verdade.
25:45Eu disse a verdade.
25:46A decisão que se fará a partir da verdade
25:48será obviamente objeto de apreciação
25:50do magistrado competente para julgar o caso.
25:56Agora a gente vai ouvir do José Eduardo Cardoso
26:00uma tese que começa a crescer de tudo que é lado.
26:05Parece mato em Brasília.
26:08Que é o Caixa 2 do bem e o Caixa 2 do mal.
26:13Isso mesmo que vocês estão ouvindo.
26:15Ele também veio com essa história do Caixa 2 do bem.
26:20Que quem vive de salário não consegue entender muito direito.
26:24Mas vamos deixar ele explicar.
26:26Caixa 2 é ilegal? É.
26:28É recriminável? É.
26:30Eticamente irreprovável? É.
26:31Mas não se confunde necessariamente com corrupção ou lavagem de dinheiro.
26:36Pode se confundir de? Pode.
26:38É frequente até que isso ocorra? Sim.
26:40Pelo menos é isso que se sabe ao longo da história brasileira.
26:44Agora que são coisas diferentes, sem sombra de dúvida são.
26:46Ministro, as perguntas foram formuladas somente pela defesa do ex-ministro Antônio Colosso?
26:50É uma pergunta formulada apenas no final pelo juiz Moro.
26:55Mas não mais que isso.
26:56Foi um depoimento bastante simples, considero.
26:58Quanto tempo durou mais ou menos?
26:5920 minutos.
27:00Não mais que isso.
27:01Especificamente ele perguntou.
27:02Eu não sei se eu posso falar, porque não sei se está subsigindo.
27:04Bom, isso é o que ele falou quando saiu.
27:10Agora vamos ao depoimento de verdade?
27:13O depoimento foi curto.
27:14E José Eduardo Cardoso fala bem.
27:17Você pode não gostar dele, mas ele é um homem que tem boa oratória.
27:20E ele falou muito bem quando foi falar a parte conceitual de como Caixa 2 e a corrupção
27:26estão arraigados na sociedade brasileira.
27:30Isso ele fala bem há muitos anos.
27:32Ele sabe esplanar bem essa questão e esplanou bem, mesmo depondo ali para o Sérgio Moro.
27:37Vamos lá.
27:38Eu não tenho a menor dúvida de que o sistema brasileiro político é anacrônico, atrasado,
27:45ultrapassado e gera grandes confusões.
27:47Por que isso?
27:48Porque da forma que se faz as doações eleitorais, criou-se uma cultura histórica no Brasil
27:54da Caixa 2, que eu estou vendo.
27:57Ela é, a meu juízo, incorreta, ela é ilegal.
28:00Mas isso cria dupla situação.
28:05Às vezes, na Caixa 2, você tem uma situação em que são drenados para ela recursos oriundos
28:11da corrupção e, às vezes, não.
28:13O próprio candidato, às vezes, não tem ciência da origem.
28:16Por exemplo, se um empresário chega para um candidato e diz que quer doar para a sua
28:21campanha, e isso acontece, como eu disse há pouco, os tesoureiros não atuam apenas
28:26de forma reativa, de forma ativa em matais de recursos, mas, às vezes, os empresários
28:30procuram para doar.
28:32Você avalia, por exemplo, quando é cauteloso e assim deve ser feito.
28:36Eu, por exemplo, na minha campanha, sempre digo, por que o senhor quer doar para mim?
28:39Qual a sua intenção?
28:42É certo.
28:42Ou, às vezes, eu já sei quem é a pessoa e seria natural uma doação.
28:46Essa pessoa me faz uma doação e eu verifico formalmente se ela tem potencialidade ou condições
28:51jurídicas de fazer a doação e aceito.
28:53Ora, se este dinheiro que ele me doa é fruto de uma situação lesiva ou erário, fruto
28:59da corrupção, eu, candidato, não sei.
29:02Posso ter caído no erro da Caixa 2?
29:05Posso ter incurrido nesse equívoco?
29:08Lamentável.
29:09Porém, muitas vezes o candidato pode não saber a ordem.
29:14Vocês estão aqui, eu estou lendo, vocês estão comentando, olha a cara de paisagem
29:18do Moro.
29:19O Moro não cai nessa.
29:21O Moro não vai cair nessa conversinha, não caiu mesmo.
29:26Porque o Moro esperou todas as perguntas dos advogados de Antônio Palocci para José Eduardo
29:32Cardoso, para ele fazer uma só.
29:37Um caso muito específico de pagamento de propina na campanha de 2010, da qual José Eduardo
29:44Cardoso era coordenador jurídico.
29:47E a resposta foi essa que a gente ouve agora.
29:49Teve um caso já julgado nessa chamada Operação Lava Jato, em que foi provado que, inclusive
29:57por confissão dos envolvidos, que o grupo Keppelfels teria pago propina em contrato da Petrobras,
30:09remunerando o senhor João Santana e a senhora Mônica Santana por serviços eleitorais prestados
30:15na campanha de 2010.
30:18O doutor não teve conhecimento desses fatos na época?
30:22Nunca.
30:24A minha opinião, inclusive, nem sabia até hoje que havia alguma situação dessa natureza
30:28em 2010.
30:29Eu tinha visto pela imprensa as situações relativas a 2014.
30:33E essas, inclusive, me espantaram pelo valor, como eu disse há pouco, excelência, daquilo
30:39que foi pago a João Santana na ordem de 70 milhões.
30:41Em 2010, eu nunca tinha ouvido essa questão, nem ouvido esse comentário.
30:45Então, o doutor, enfim, o doutor não tinha uma participação, um controle sobre essas
30:51contribuições eleitorais, mesmo na campanha de 2010?
30:54Não era a sua área de atuação?
30:56Não.
30:56A minha área era exclusivamente de coordenação jurídica e de acompanhamento da candidata.
31:01Nós coordenávamos o jurídico com muitos advogados, mas, especificamente, na área
31:05de arrecadação, eu não tinha nenhuma ação nenhuma.
31:08Bom, esse foi o depoimento de José Eduardo Cardoso, que durou 26 minutos e essa foi a única
31:20pergunta objetiva feita.
31:24A resposta está aí.
31:26Ele saiu, não se furtou a falar com a imprensa, atendeu toda a imprensa, diferentemente de
31:31outros depoimentos.
31:32O depoimento está aí, agora mais Lava Jato.
31:37Hoje foi o depoimento que a gente esperava que fosse o depoimento dos depoimentos.
31:43Emílio Odebrecht, o patriarca da Odebrecht, a empresa que em diversos países é tida como
31:50um símbolo brasileiro da corrupção.
31:53Mas, ao final das contas, a montanha faria um rato.
31:58A história desse depoimento é estranhíssima, mas Emílio Odebrecht, no depoimento, parece
32:05tudo menos um delator.
32:08Porque a delação premiada, primeiro a pessoa tem de admitir um crime e depois delatar os
32:14seus comparsas.
32:16E os seus comparsas têm de ter mais poder do que essa pessoa.
32:19Ela não pode delatar quem está abaixo dela, ela não pode delatar as pessoas em quem ela
32:24mandava.
32:25Emílio Odebrecht prestou um depoimento que, no final das contas, foi colocado como sigiloso
32:32por Sérgio Moro.
32:34Mas você que acompanha o Antagonista viu que esse depoimento acabou se espalhando na internet
32:39por um erro de funcionários da Justiça Federal que deixaram os vídeos sem sigilo por cerca
32:45de 30 segundos e esses vídeos vazaram e se espalharam.
32:49Então, por aí, um monte de gente teve acesso.
32:52Eu vi os depoimentos e, no caso, não parece um depoimento do senhor Emílio Odebrecht,
33:00que é o homem que organizou todo esse esquema e, inclusive, organizou a internacionalização
33:06da Odebrecht.
33:07Um detalhe é muito significativo.
33:12Ele diz, inclusive, que não tem certeza de que o italiano era Antônio Palocci, coisa
33:18que os executivos da empresa dele dizem ter certeza.
33:22Ele diz que não tem certeza, mas que poderia ser o nosso Palocci.
33:26Emílio Odebrecht falou, no entanto, com muita naturalidade do esquema que foi montado de promiscuidade
33:35entre a empresa dele e o poder público.
33:38Dizia que doava para todos, tentou não fazer diferença entre um período e outro, embora essa
33:46diferença existisse e essa diferença tenha sido notada também em outros países e por
33:52isso que a empresa dele está sendo expulsa do Peru, do Panamá, a Colômbia quer expulsar
33:58também, o Equador está querendo expulsar.
34:01Enfim, Emílio Odebrecht diz que tentou contribuir para todos.
34:06As notícias que se tem, segundo Marcelo Odebrecht, é que a S. Neves teria pedido 15 milhões
34:12de reais em 2014 e não levou o dinheiro.
34:15A campanha de Dilma Rousseff embolsou 150 milhões de reais, ou seja, existia uma regra de ou
34:24contribuir para todos ou não contribuir para ninguém, mas as contribuições não sabemos
34:31se eram na mesma medida.
34:33Segundo Emílio Odebrecht, havia uma mescla de recursos oficiais e não oficiais.
34:41Disse ele que na minha época as coisas eram mais simples, não tinha complexidade que
34:48a organização passou a ter trabalhando em mais de 20 países e lidando com N negócios.
34:55Segundo Emílio Odebrecht, esse é o modelo reinante.
35:00Muitos vão falar disso, mas ele é parte desse modelo, ele é parte também de quem impôs
35:06este modelo, a sociedade brasileira.
35:10Emílio Odebrecht disse que não chegou a tratar diretamente de pagamentos ilícitos,
35:15mas que não tem dúvidas de que Antônio Palocci pode ter sido um dos operadores do PT e recebido
35:21recursos em favor do partido.
35:25Disse também que em nenhum momento teve conhecimento do envolvimento de seu filho com práticas ilícitas.
35:33Admitiu ainda o uso de recursos não contabilizados, utilizando a expressão que foi lançada em 2005 na CPI do Mensalão
35:43por Delube Soares, aquele ex-tesoureiro do PT que acabou aí de ter sua prisão decretada,
35:50mas acha que isso não é ilegal.
35:52Não sabemos se esse é o último depoimento, se é dessa forma que ele pretendia colaborar.
36:00Ele tem advogados bons o suficiente para saber que isso não seria uma colaboração
36:06e que os executivos dele fizeram colaborações mais poupudas, como por exemplo Márcio Faria,
36:13que também depois hoje a Sérgio Moro já confirmou que Antônio Palocci é o italiano.
36:18Não sabemos ainda se é o fim da reta, mas enfim, para você que quiser ver, o depoimento vazou e está por aí.
36:26Emílio Odebrecht falou, mas não é tudo aquilo que se esperava.
36:30Mas vamos lembrar, tem muita delação da Odebrecht ainda por vir.
36:36A regra da delação premiada é a seguinte, ela só vale se a pessoa fala tudo.
36:42Não pode esconder nada, não pode esconder uma informaçãozinha.
36:46Se esconder uma informação, anula-se a premiação, mas não se anulam as informações que a pessoa já repassou à justiça.
36:55Ou seja, esse depoimento de Emílio Odebrecht é algo que deixou as pessoas com uma sensação de estranheza
37:04ou de que isso ainda não terminou.
37:07Não sabemos.
37:08Enfim, a TV Antagonista, edição das 5 horas da tarde, vai terminando por aqui.
37:15A gente continua acompanhando bem de perto esse caso dos depoimentos da Lava Jato
37:21e também aguardando a lista do Janot.
37:26Havia uma promessa de que essa lista poderia ser entregue na segunda-feira.
37:31O HD de 1 terabyte do Antagonista já está no Supremo Tribunal Federal,
37:38mas ainda nós não temos nenhum aviso, nenhuma notícia de que isso vai ser entregue.
37:45Parece, há notícias de que 80 inquéritos, pelo menos, seriam abertos com base nesta lista do Janot.
37:54TV Antagonista vai ficando por aqui.
37:57A gente volta amanhã, às 11 horas da manhã.
38:01Lembrando que a TV Antagonista tem o patrocínio da Empíricos, que é sócia do Antagonista.
38:07A Empíricos tem como missão ensinar pessoas comuns como você e como eu a ganharem dinheiro investindo.
38:14E a Empíricos é independente, não tem o rabo preso, não é banco, não é corretora.
38:17Você quer saber, por exemplo, sobre o dólar?
38:19Entre em www.oantagonista.com.br
38:24Ou então clica nesse izinho aqui em cima, que você vai cair no mesmo lugar,
38:28onde você pode colocar o seu e-mail e aí você vai ter direito a receber uma análise gratuita sobre o futuro do dólar.
38:36O que é que vai acontecer com o dólar no Brasil?
38:38Será que é esse ano que você consegue fazer aquela viagem que você quer?
38:42É. Enfim, não se esqueça de se inscrever no nosso canal para receber os avisos de quando a gente entra no ar.
38:48Hoje tem aí uma reunião de pauta que acabou de ser postada, está muito legal, com o Mário Sabino e o Diogo Mainardi.
38:56Você aproveitar aí eles comentando a história do Emílio Odebrecht também, que deu a maior polêmica.
39:02Foi agora, logo antes da gente começar a edição das 5 horas da tarde da TV Antagonista.
39:07Inscreva-se no nosso canal youtube.com.br
39:10Eu estou de volta ao vivo amanhã, às 11 da manhã.
39:15Até lá, tchau!
39:37E aí
39:42E aí
39:45Legenda Adriana Zanotto
40:15Legenda Adriana Zanotto
40:45Legenda Adriana Zanotto
41:15Legenda Adriana Zanotto
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