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  • há 5 dias
Donald Trump fez uma declaração contundente exigindo que o líder supremo do Irã se renda imediatamente, em meio à escalada dos conflitos no Oriente Médio. A professora de relações internacionais Helena Cherem analisa a postura dos Estados Unidos, que tem adotado uma linha dura, mas evita uma intervenção direta no conflito entre Irã e Israel.

Assista à íntegra: https://youtube.com/live/O1TJULwmUuA

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Transcrição
00:00no Oriente Médio, entre Israel e Irã.
00:02A nossa entrevistada agora é a especialista em relações internacionais,
00:06Helena Xerém, professora, mais uma vez chegando
00:09para participar da programação da Jovem Pan.
00:10Muito obrigado sempre. Boa noite, bem-vinda.
00:14Boa noite, Tiago. Muito obrigada por me receberem mais uma vez.
00:17Muito obrigado. Nós que agradecemos sempre.
00:19Bom, professora, a gente estava comentando agora com a nossa Dora Kramer
00:23e ela destacou bem, ela daqui a pouquinho participa da conversa também,
00:27desse protagonismo, pelo menos nesta terça-feira, de Donald Trump,
00:31protagonismo pelo menos nas palavras, não do ponto de vista
00:35de ações efetivas dos Estados Unidos.
00:38A senhora acredita que o governo americano tem interesse em se envolver
00:44fisicamente, vamos dizer assim, nesse conflito?
00:47Ou, por enquanto, são apenas declarações retóricas,
00:51principalmente comentários sobre o Ayatollah?
00:54Professora.
00:55Vamos lá. Se tem uma coisa que o Donald Trump é muito bom de fazer
01:00é dar discursos muito intensos.
01:05Então, ele é muito bom de falar, eu vou e eu vou fazer acabar.
01:08Eu não sei se vocês lembram, logo antes dele tomar posse,
01:12ele falava que ele ia resolver a guerra entre Rússia e Ucrânia
01:15no primeiro dia de mandato dele.
01:18Então, a gente vê esse tipo de pronunciamento dele sempre de uma forma muito intensa.
01:25Isso gera coisas diferentes, mas a principal delas, a forma como a gente pode analisar isso,
01:31que se chama análise de discurso, é basicamente, não o que você vai fazer,
01:35mas o poder que essas palavras têm.
01:36Então, o tanto que aquilo ali vai influenciar os efetivos tomadores de decisão naquele conflito,
01:45esse é o ponto principal.
01:46Então, se ele conseguir falar de um jeito que suficientemente influencie o Netanyahu a tomar outras medidas,
01:54ou que suficientemente assuste, por assim dizer, o governo iraniano a tomar outras medidas,
02:01aqui a gente já tem o primeiro ponto.
02:03O segundo é se a gente olhar o pano de fundo disso através de uma outra vertente.
02:09Se a gente olhar isso através da economia, se a gente dá uma olhadinha nos mercados financeiros,
02:14eles não deram uma flutuada tão gigantesca assim nos últimos momentos,
02:18eles nem deram grandes, pode até ser um pouquinho menor,
02:21eles não deram grandes flutuadas nos últimos dias,
02:25justamente porque a gente tem outros líderes globais,
02:29tudo bem, falando que não é para o conflito continuar,
02:31falando para o Irapará, falando para alguns outros,
02:35falando para o Netanyahu parar, dependendo ali qual era o país e tudo mais,
02:38mas o que a gente vê?
02:40A gente vê, de modo geral, esse cenário de,
02:43olha, o próprio Irã está falando,
02:45eu só vou continuar a guerra se o Netanyahu continuar.
02:47E o Netanyahu falando, eu só vou continuar a guerra se o Irã continuar.
02:50Então, a gente não vê um,
02:52ah, eu vou completamente te destruir.
02:55De vez em quando a gente vê.
02:56Hoje a gente ainda viu o Aetola falando ali algumas coisas sobre,
03:00ah, eu vou jogar uma bomba nuclear.
03:02Gente, a probabilidade real disso acontecer
03:05já teria sido sentida e testada pelo mercado financeiro horas atrás.
03:10Então, a gente pode analisar por análise de discurso,
03:14pela intensidade das falas de todos esses grandes atores,
03:19de todos esses grandes participantes do conflito,
03:21inclusive os de fora, como o Donald Trump.
03:23Ou a gente pode olhar através de uma vertente um pouco mais,
03:27que analisa um futuro, né?
03:29Que faz essa previsão de futuro,
03:31que seria, por exemplo, o mercado financeiro.
03:33Então, enquanto essa segunda parte ainda está um pouco mais calma,
03:36a gente ainda pode falar com um pouquinho mais de cautela.
03:40Professora, chama agora os nossos comentaristas,
03:42Dora Kramer e Nelson Kobayashi.
03:43Deixa a sua pergunta, Dora.
03:45Boa noite, professora.
03:47Se eu entendi, na sua análise,
03:50na sua visão, neste momento,
03:53não tem uma efetiva intenção
03:56dos Estados Unidos entrarem diretamente nessa guerra.
04:00Tudo bem, tem a retórica,
04:01mas teve algo além.
04:03Teve movimento de tropas, equipamentos, né?
04:06Quer dizer, isso também seria uma cenografia,
04:09só na sua opinião?
04:10Potencialmente, sim.
04:14E isso faz parte da construção de discurso.
04:16Aí aumenta um pouquinho, né?
04:17A gente chama de construção de narrativa.
04:20Então, sim, a gente já viu o deslocamento de tropas,
04:22a gente já viu o deslocamento de alguns porta-aviões
04:26vindo, se eu não me engano, do Sudeste Asiático.
04:28Agora me fugiu exatamente de qual país.
04:30Mas a gente já viu essa movimentação acontecendo,
04:32especialmente nas últimas 24 horas.
04:35Mas o ponto principal é
04:36os Estados Unidos entrarem efetivamente nesse conflito
04:41contra o Irã e juntamente com Israel,
04:44porque aqui estamos falando de dois aliados, né?
04:46Estados Unidos e Israel.
04:47Entrar nesse conflito é garantir um conflito
04:52em que três enormes atores globais,
04:56quer gostemos, quer não,
04:57três enormes atores globais,
04:59todos...
05:01Irã a gente não tem certeza,
05:02mas a gente já pode aqui ter alguns gostinhos, vai,
05:06nos últimos anos,
05:07através de análises do Tratado de Não-Proliferação Nuclear,
05:12da Agência Internacional de Armamentos Nucleares.
05:16A gente imagina também que o Irã
05:18também tenha bombas nucleares.
05:19Então imagina um conflito
05:21entre três enormes potências,
05:23em que as três têm armamentos nucleares,
05:26isso é, assim, a receita do caos.
05:28Então tudo que se puder fazer
05:30para não chegarmos a esse nível,
05:32muito provavelmente será feito antes.
05:34Então por mais que sabemos,
05:35ah, o Trump não é o líder mais diplomático do mundo,
05:38tudo bem,
05:39mas esse seria um jogo muito caro para ele comprar,
05:42com muito potencial destrutivo para ele comprar.
05:45Então a análise, por enquanto,
05:47pelo menos vamos ver nos próximos dias, né?
05:49Porque infelizmente sabemos que esse conflito
05:50não vai atenuar, assim, sumir do nada.
05:53Mas pelo menos escalonar para um nível
05:55guerra nuclear, destruição global,
05:57é um pouco improvável para o momento.
06:00Estamos falando sobre o quinto dia
06:02do conflito no Oriente Médio.
06:03Nelson Kobayashi, a próxima pergunta.
06:05Koba.
06:06Professora, muito boa noite,
06:07um prazer falar contigo.
06:09A pergunta é sobre a morte de Ali Khamenei,
06:12a possibilidade dessa morte,
06:14porque segundo algumas informações
06:16que a gente tem visto nos últimos dias,
06:18haveria este plano,
06:19essa possibilidade pelo Estado de Israel
06:21e haveria inclusive uma tentativa,
06:25uma intervenção de Donald Trump
06:27de que isso não acontecesse.
06:29Se Ali Khamenei for morto pelo Estado de Israel,
06:33o que pode acontecer?
06:35Ah, e aqui as coisas ficam, de fato,
06:38um pouco mais tensas.
06:40Primeiro de tudo,
06:41a gente parte do pressuposto
06:42de que Israel é muito bom
06:44de ataques certeiros
06:46a líderes muito importantes.
06:48A gente viu já a morte dos líderes
06:53do Hamas, do Hezbollah,
06:55vários líderes, não só um ou outro,
06:57por várias vezes.
06:58Já vimos líderes iranianos agora essa semana,
07:01inclusive vimos grupos de cientistas nucleares.
07:06Então, eles são bons em acertar
07:08exatamente quem que é.
07:09Se tem uma coisa que a Mossad é muito boa
07:11é em inteligência e análise.
07:13Então, seria possível?
07:15Sim.
07:15Mas, novamente,
07:17aí aqui a gente entra
07:18nesse potencial disruptivo regional
07:21que facilmente iria para um nível global
07:24como algo muito perigoso.
07:26Então, a morte do Ali Khamenei
07:28geraria não só esse desgaste
07:31ainda maior nas relações,
07:33porque aqui, só para usar um parênteses
07:34para a gente relembrar,
07:36até ano passado, até 2024,
07:39Irã e Israel nunca tinham se atacado diretamente,
07:41em nenhum momento das suas histórias.
07:43Então, é algo muito recente
07:46o nível dessa desavença,
07:48esse nível físico mais intenso da desavença.
07:51Então, uma morte do Ali Khamenei
07:54levaria isso para níveis muito mais altos.
07:57Além disso, a gente tem o fato de que
07:59esse regime dos ayatolás,
08:01ele não é de todo,
08:04de bom gosto da população.
08:06Tudo porém, todavia,
08:08ele ainda assim é parcialmente,
08:11não chega a ser uma teocracia,
08:13algo entre uma teocracia
08:14e um regime médio teocrático,
08:17talvez, porque a gente ainda tem, de fato,
08:19democracia, eleições e tudo mais,
08:21mas num formato um pouco mais diferente.
08:23Mas qual que é o ponto?
08:24A gente tem a possibilidade aqui
08:26de entrar para este conflito
08:29atores que não tinham entrado até agora,
08:31que são os estados de maioria muçulmana.
08:33É provável disso acontecer?
08:35Não, porque regionalmente
08:37o Irã não tem aliados estados, estatais, né?
08:40Ele tem esses aliados como grupos não estatais.
08:43Hamas, Hezbollah, Houthis,
08:45mas diretamente como países mesmo
08:48ele não tem grandes aliados.
08:49Ainda assim, se a gente parte desse nível,
08:52olha, o líder da revolução iraniana
08:57e, em boa parte, representante do xismo
09:00dentro do Oriente Médio,
09:01se essa pessoa for morta por Israel,
09:04aí aqui engrossa um pouco a voz,
09:06aí aqui a probabilidade de a coisa ficar feia,
09:08pelo menos regionalmente, é maior.
09:10Professora, chega agora a informação
09:12de que Israel iniciou uma nova onda
09:14de ataques contra o Irã.
09:16Lá, já madrugada,
09:18Israel são mais seis horas,
09:20o Irã mais sete, né?
09:22Então, praticamente,
09:23claro que aí a imagem,
09:24há uma compensação,
09:25parece um pouco mais claro do que normal,
09:27mas eu pergunto para a senhora o seguinte,
09:29é claro que é impossível dimensionar,
09:32é impossível saber o quanto tempo
09:33que isso pode durar.
09:35Na guerra na Ucrânia,
09:37foi o mesmo dilema,
09:38quanto que isso demora,
09:39quanto que isso pode atravessar
09:42no tempo e no conflito.
09:44Vai ter algum momento,
09:46ou pode ter algum momento,
09:47que simplesmente as informações
09:49sobre esse conflito
09:51vão ficar cada vez mais normais
09:53e normalizadas,
09:55e aí segue?
09:56É mais um conflito no leste europeu,
09:58mais um conflito no mundo?
10:01Mais um conflito no Oriente Médio?
10:03Então, pode ser que isso aconteça,
10:06mas a gente tem aqui
10:06algumas diferenças importantes.
10:09Se a gente olha, por exemplo,
10:10no conflito entre Israel e Hamas,
10:13que já se tornou entre Israel e Palestina,
10:16versão nem 2.0,
10:17versão 200.0,
10:19que a gente tem já desde 47,
10:21mais ou menos,
10:22essa desavença,
10:24a diferença é,
10:26o Irã,
10:26ele geralmente é o ator
10:28que apoia outros atores menores.
10:31Aqui ele está no lugar
10:33de ator mediano,
10:34que geralmente é apoiado pela Rússia.
10:36Tudo neste momento.
10:37A Rússia está muito preocupada
10:38com a sua própria guerra.
10:40Não à toa,
10:41a gente viu, por exemplo,
10:42a derrocada em dezembro do ano passado
10:45do regime do Bashar al-Assad,
10:48na Síria,
10:48que também era apoiado pela Rússia.
10:50A Rússia estava muito preocupada
10:52naquele momento ali,
10:53não conseguiu lidar
10:54com esse seu aliado regional.
10:57Então,
10:57se a gente parte dessa ideia
10:58de que o Irã
10:59é esse ator intermediário,
11:01mas que não tem
11:02o seu irmão mais velho,
11:03que seria a Rússia,
11:04nesse momento,
11:05disponível para ele dar
11:06esse auxílio,
11:08é improvável
11:09que essa guerra
11:09dure muito mais tempo.
11:11Até porque,
11:12aqui quando a gente fala,
11:13uma coisa que a gente está vendo
11:14muito nos jornais
11:15nesses últimos dias,
11:17é a diferença
11:18entre capacidade armamentícia.
11:20O Irã tem muito mais armamento?
11:22Tem.
11:22Tem um exército muito maior?
11:23Tem.
11:24Mas Israel tem,
11:25ao seu lado,
11:25tecnologia.
11:26Você não precisa ter
11:27200 armamentos a mais.
11:29Você precisa de um
11:30muito certeiro,
11:31muito capaz,
11:32muito forte
11:33para ganhar um conflito.
11:35Então,
11:36a gente vê
11:36esse desgaste iraniano
11:38ainda acontecendo,
11:40especialmente com armamentos
11:41e de toda uma estrutura bélica,
11:43muito menos tecnológica.
11:46Enquanto ele não tem
11:47a Rússia ao seu lado,
11:48enquanto ele não tem
11:48outros grandes atores
11:49para continuar conferindo
11:52a ele
11:52esse poderio,
11:54assim como ele faz,
11:55por exemplo,
11:56com o Hamas,
11:57é improvável
11:58que isso continue
11:58por muito tempo.
12:00Até porque Israel
12:01tem ao seu lado
12:01os Estados Unidos,
12:03que de novo,
12:04como a gente mencionava
12:05agora há pouco,
12:06também não querem
12:08uma escalonada gigantesca
12:09desse conflito.
12:10Então,
12:11não é que esse conflito
12:11vai murchar em breve,
12:13mas ele provavelmente
12:14não vai durar
12:15o mesmo tanto
12:16que uma guerra russa
12:17ucrânia,
12:17por exemplo.
12:19É, professor,
12:19a Força Aérea de Israel
12:20confirma que está
12:21atacando alvos
12:22em Teherã
12:22nesse momento.
12:24Eu queria fazer
12:24mais uma pergunta.
12:25Hoje houve uma manifestação
12:27do presidente da Turquia
12:29fazendo críticas,
12:30obviamente,
12:31a Israel
12:32e,
12:33assim como a gente falou,
12:34quando começou
12:36o conflito
12:37Israel-Hamas,
12:38a gente falava
12:38quais atores
12:39que podem entrar
12:40nesse conflito,
12:41quais atores
12:42podem participar
12:43também?
12:44E eu refaço
12:45essa pergunta aqui
12:46nesse conflito
12:47entre Israel
12:48e o Irã.
12:49Quais outros atores
12:50teriam disposição
12:51para entrar
12:53nesse conflito?
12:55A gente já falou
12:55muito sobre os Estados Unidos,
12:56ainda não se sabe,
12:57é muito complicado,
12:58não dá para dizer
12:59que os Estados Unidos
12:59vão fazer um ataque
13:00como fizeram no Iraque
13:01no início dos anos 2000,
13:03mas, de qualquer forma,
13:04quais seriam esses países
13:05que poderiam apoiar
13:07um lado,
13:07Israel,
13:08e apoiar também
13:09o Irã?
13:11Apoiar Israel
13:12nesse meio tempo,
13:13a gente tem,
13:14eu vou trazer aqui
13:15uma fala do Mertz,
13:17que é o primeiro,
13:17que é o primeiro
13:19ministro alemão
13:20nesse momento,
13:21que ele fez
13:21uma fala muito boa,
13:22acho que hoje,
13:23ontem de tarde,
13:24que é,
13:24Israel está fazendo
13:26com o Irã
13:27o que a gente
13:27queria fazer,
13:28mas não podia fazer.
13:30Então, assim,
13:30é meio ele estar fazendo
13:31o trabalho sujo por nós.
13:33Isso significa
13:34um apoio direto
13:35de países europeus
13:36a Israel?
13:37Não.
13:38Muitíssimo improvável,
13:39até porque eles desaprovam
13:41quase que em plenitude
13:43Israel desde o início
13:45do conflito com o Hamas.
13:46Então, temos esse ponto.
13:47Não é que eles apoiam,
13:48mas, assim,
13:49a gente até que aceita
13:50fazer uma vista grossa,
13:52sabe,
13:52enquanto o Irã
13:53está quebrando mais um pouquinho.
13:56Por outro lado,
13:57o Irã,
13:57ele fez um chamado,
13:58o governo iraniano,
13:59ele fez um chamado,
14:00aí sim foi hoje de tarde,
14:01ou, enfim,
14:02para eles já era de noite,
14:03mas para a gente
14:03ainda hoje de tarde,
14:04falando,
14:07pedindo
14:07para os demais
14:10grandes atores,
14:11grandes irmãos,
14:12estou tentando me lembrar
14:13aqui exatamente o vocabulário,
14:14mas, enfim,
14:14os demais grandes atores
14:16muçulmanos
14:18participarem desse conflito,
14:20participarem dessa guerra,
14:21que é,
14:22de certa forma,
14:23na visão deles,
14:24na visão do governo iraniano,
14:25de defesa
14:27de um Islã
14:28livre,
14:29piripiripiripiripir.
14:30Essa aqui
14:31ficou um pouco mais difícil.
14:32Por quê?
14:32Existe uma grande diferença
14:34dentro do Oriente Médio
14:36entre aliados árabes,
14:37que aí sim,
14:38entre os países árabes,
14:39então a gente está falando
14:40de etnia,
14:40e até, de certa forma,
14:41a gente está falando
14:42sobre uma história
14:43um pouco mais coletiva,
14:45e do Irã,
14:46que tem um passado persa,
14:47que vem de uma outra etnia,
14:49que é de uma vertente religiosa,
14:51que é o chiísmo,
14:52que,
14:53sem nenhum juízo de valor aqui,
14:54só ao ponto em que
14:55ela é diferente do sunismo,
14:57que é a grande maioria
14:58dos países árabes
14:59e dos países do Oriente Médio,
15:00de modo geral,
15:01então a gente tem um Irã,
15:03de certa forma,
15:04sozinho,
15:04solitário,
15:05então por mais que ele
15:06tente puxar essa cartada
15:08de, ah,
15:08somos todos muçulmanos,
15:10somos todos muçulmanos,
15:12vírgula,
15:12porque você não tem
15:13muitos aliados aqui,
15:15regionalmente falando,
15:16então a probabilidade
15:17de outros atores
15:19entrarem para esse conflito,
15:20tanto faz ser
15:21para o lado israelense
15:21ou para o lado iraniano,
15:23é completamente diferente
15:25do que a gente vê,
15:26por exemplo,
15:27no Israel Hamas da vida,
15:28porque aí sim
15:29o Hamas entra
15:31com essa
15:31vertente,
15:33talvez,
15:34que puxa
15:35através da Palestina
15:37os atores árabes,
15:38aí sim a gente consegue
15:39ter essa
15:40comunidade maior,
15:41agora o Irã,
15:43persa,
15:44xiita,
15:46ele está
15:46meio sem aliados
15:47regionais.
15:48Análise de
15:49Helena Xerém,
15:50professora de
15:50Relações Internacionais,
15:51como sempre,
15:52professora,
15:52muito obrigado pela atenção,
15:53pela gentileza,
15:54voltaremos a nos falar,
15:55bom descanso,
15:56até a próxima.

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