- 10/06/2025
série
Categoria
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DiversãoTranscrição
00:00Vigilante Rodoviário
00:30Vigilante Rodoviário
01:00O seu olhar amigo É o farol que avisa o perigo
01:06Alvaz e temerário Lá gira cada instante
01:13Da estrada é o vigilante Vigilante Rodoviário
01:30Vigilante Rodoviário
02:00Alô, alô, destacamento de Rio Preto
02:02Alô, destacamento de Rio Preto
02:04Chamando o Vigilante Carlos
02:06Alô, alô, Vigilante Carlos na escuta
02:11Atenção, Vigilante Carlos, para as ordens do comando
02:14Primeiro, dobrar serviço
02:17Segundo, patrulhar todos os atalhos da região
02:20Terceiro, historiar todos os veículos em tráfego na região do garimpo da Siriema
02:25Guardo, manter-se em contato permanente com o controle
02:28Câmbio
02:29Ordem de serviço compreendida
02:31Vou patrulhar até as barrancas do Paraná
02:33Depois farei ligação com o atalho da Siriema
02:36Câmbio
02:36Patrulha, ligação autorizada
02:38Bom serviço
02:39Compreendido? Obrigado
02:41Quando o Nhonhon não está na labra, as pedras se encantam
02:55Quando o Nhonhon não está na labra, as pedras se encantam
03:25Compreendido? Obrigado
03:55Compreendido? Obrigado
04:25Compreendido
04:43Ei, está vivo?
04:46Lobo, depressão, Cassio
04:48Amém.
05:18Ferimenta de Bala.
05:31Alô, Controle Geral, Alô, Controle Geral...
05:33Quem chamou pode falar.
05:35Fala Vigilante Carlos no atalho da Siriemann.
05:37Há mais ou menos 20 quilômetros no atalho...
05:39encontrei um homem ferido por bala e desacordado.
05:41Câmbio de volta.
05:43No Charles, a cara foi desatouro.
05:44Vigilante Carlos no atalho da Siriemann.
05:46Um homem ferido por bala e desacordado.
05:48Câmbio.
05:49Vamos enviar urgente uma viatura e médico para transporte do ferido.
05:53Aguarde no local.
05:54Câmbio.
05:55Compreendido, passa a guardar a viatura.
06:09Ai, minha perna.
06:12O que aconteceu?
06:14Não foi nada.
06:15Desmaiou com o calor.
06:16Hoje cedo eu fugi.
06:21Atiraram.
06:22A bala passou de raspão.
06:24Nada grave.
06:26Não é preciso se assustar.
06:29Mas o que aconteceu?
06:31Foi no garimpo.
06:34Continue.
06:36Eu me desentendi com o senhor Wilson.
06:38Isso foi ontem.
06:40Hoje cedo eu fugi e me atiraram.
06:43Depois quase fiquei preso na lama.
06:45Me perdi na mata.
06:47Não sei mais o que aconteceu.
06:48Já pedi uma viatura.
06:49Vamos transportá-lo para a cidade a fim de ser medicado.
06:53Eu não posso voltar para a cidade.
06:55Não posso voltar.
06:56Por quê?
06:56Ao garimpeiro depois que passa três rios não se pergunte o passado.
06:59Está ferido?
07:00É meu dever socorrê-lo e procurar deter quem o feriu.
07:04A lei da cidade não respeita os costumes do garimpo.
07:07Se voltar à civilização serei preso.
07:09E qual foi o seu crime?
07:11Está bem.
07:12É hora de pagar a minha dívida.
07:14Não o estou prendendo.
07:15Por enquanto é vítima.
07:16É melhor ser preso do que viver atormentado pelo medo.
07:20Às vezes o medo não tem razão de ser.
07:23Talvez o seu crime já esteja prescrito.
07:25É preciso desabafar.
07:27Vivi em São Paulo.
07:28Era contador de uma firma.
07:30Dei um desfalque.
07:32Joguei e perdi.
07:33Larguei tudo.
07:35Larguei a família.
07:37São passados vinte anos.
07:39Eu sempre fugindo do meu remorso.
07:41Era moço quando cheguei ao Siriema.
07:45Queria encontrar um diamante para pagar o desfalque e voltar.
07:50Mas nada.
07:51Garimpei.
07:52Garimpei.
07:54E passava os dias na dura lida.
07:56Não esqueci o crime.
07:58E não achava nada.
07:59Mas nem um diamante?
08:02Nada.
08:03Minhas mãos pareciam malditas.
08:06E fiquei devendo.
08:08Devendo.
08:08E desgostoso.
08:11Abandonei o garimpo da Siriema.
08:13Não encontrava nada.
08:16Compreendo.
08:18E veio sair aqui, não é?
08:20Não.
08:21A história é mais longa.
08:23A má sorte que me perseguia nas mesas de jogo
08:26continuava me perseguindo nas bravas diamantíferas.
08:30Nunca encontrei pedra de valor.
08:32Até que um dia, uma estrela acendeu.
08:39Seguindo o ribeirão das graças, encontrei riquíssima lavra.
08:42Aqui deve ter diamantes.
08:58É o olho de pomba.
09:00Que bonito lugar.
09:02Ainda bem que eu trouxe as minhas ferramentas.
09:05E fui bamburrar.
09:06Ontem eu sonhei que subia por uma serra.
09:10A serra ia até o céu.
09:12Eu pegava estrelas com a mão.
09:15Eu não alcançarei as estrelas do céu.
09:17Mas as arrancarei do seio da terra ou do fundo dos rios.
09:22E atirei meu garimpo.
09:23E atirei meu garimpo.
09:53Eu agradeço a mãe do rio,
10:18a pedra que comprei.
10:19E todo dia eu encontrava diamante.
10:34Mas não adiantava.
10:35Eu não podia comer as pedras.
10:37E os compradores de diamantes não vinham até o meu serviço.
10:41Ninguém sabia da existência do meu garimpo.
10:44E por que não ia ao comércio do siriema?
10:46Tinha medo que descobrissem a minha lavra e me tomassem tudo.
10:49Fui enchendo os picoares.
10:53Fui guardando tudo no rancho.
11:16Saímos muito da rota.
11:32Nesse deserto é difícil encontrar alguém.
11:34Bem,
11:35se não encontrarmos nem a polícia,
11:37ainda é sorte.
11:38Onde é de casa?
11:50Se é de paz, pode chegar.
11:55O que fazem nesse sertão?
11:57Temos um táxi aéreo.
11:58Faltou combustível.
12:01E fomos obrigados a fazer um pouso de emergência em uma clareira.
12:04Está certo.
12:05Como vieram parar aqui?
12:07Estamos perdidos e avistamos de longe o seu rancho.
12:11Podia nos informar onde nos encontramos
12:14e nos dar um abrigo por hoje?
12:16Por hoje só.
12:17A lei dos ermos é uma só.
12:20Podem ficar.
12:20Admiro o espírito de solidariedade
12:23dos homens que vivem fugindo do mundo.
12:25E depois?
12:27Ficaram.
12:28Há muito que eu não falava com ninguém.
12:31Nas horas vagas,
12:33eu sangrava a palmeira do Buriti
12:34e fazia o vinho do sertanejo.
12:37E foi assim que bebemos
12:38e eu falei demais.
12:41Eu sempre falo demais.
12:43Nada do que me disse é prova de nada.
12:45Mostrei os diamantes para eles.
12:47E aí me propuseram um negócio.
12:49venderiam as pedras do Rio de Janeiro
12:51e Assunção.
12:54E na volta,
12:56trariam alimentos.
12:59Assunção e Rio de Janeiro?
13:01Sim.
13:02E de lá, naturalmente,
13:04os comerciantes as venderiam
13:05para Amsterdã ou Londres
13:07para lapidação
13:09ou para utilização industrial.
13:12Eu não entendo muito de pedras.
13:14O garimpo tem feito isso.
13:17Quanto mais despreza a gente,
13:19mais escraviza.
13:20Sim.
13:21Ainda pedi a eles
13:22que localizassem a minha família.
13:25Perdão.
13:26O que não entendi bem
13:27é o que eles iam fazer no Paraguai.
13:29Eu também não.
13:31Trouxeram notícias
13:32de minha mulher e de minha filha.
13:35Isso trouxe um novo alento
13:36à minha vida.
13:38Eu garimpava todos os dias.
13:42Mas eles
13:44se tornaram brutais.
13:46Não é o que eles miam fazer.
13:50Não é o que eles iam fazer.
13:51Não é o que eles
14:06estão aproveitando.
14:08O que você escondeu?
14:21Vamos, mostra a pedra que você achou.
14:23A pedra é minha.
14:25O garimpo é meu.
14:26E essa não é para vender.
14:28Nos roubando, não é?
14:29Onde está a pedra?
14:31Encantou.
14:32Virou estrela.
14:35Deixe de se fazer desperto.
14:36Vai garimpar aí dia e noite até arrancar a pedra do fundo.
14:51Precisamos de pedras de muitos quilates.
14:52Quando elas aparecem, por arte de nho-nho, somem.
14:55Precisamos trazer mais gente.
14:57Gente nossa.
14:58Aí vão descobrir o garimpo.
14:59Deixe as coisas comigo.
15:01Eu sei o que fazer.
15:03Tenho muitos amigos que precisam se esconder da polícia.
15:05Eu não quero mais gente aqui.
15:08Nós vamos ter mais produção.
15:09E mais pedras.
15:11Por que vocês não pegam a bateia e vêm aqui batear?
15:13Boa ideia.
15:15Estragar as minhas mãos.
15:17A nossa parte na sociedade é vender as pedras.
15:21E isso nós fazemos com tanta eficiência,
15:23que até os jornais já falam de nós.
15:25Eu não quero novatos por aqui.
15:27Nós traremos quantos quisermos.
15:29O garimpo é meu.
15:30A descoberta é minha.
15:31Onde está o registro da lava?
15:34Pago quinto.
15:35Onde estão os recibos?
15:37Está certo.
15:38Vá trabalhar e deixe de conversa.
15:40Eu estava nas mãos deles.
15:50Reagir era morrer.
15:52Por isso fugiu.
15:53Não.
15:54Eu precisava achar uma pedra de grande valor para cobrir o...
15:57Mas a notícia que o Wilson e Walter trouxeram...
16:03Era que minha filha já era uma moça.
16:06Estava estudando.
16:08Agora já está formada.
16:11E eu continuei garimpando até um dia.
16:13A lava é aqui.
16:37E nada de querer me roubar.
16:39Nós trabalhamos direito.
16:41Mas também queremos o que é nosso.
16:42Vale o combinado.
16:43Vocês vão trabalhar de meia.
16:44Está combinado.
16:58Hoje bem cedo.
17:00Madrugada ainda.
17:01Disparcei e fugi.
17:03Perceberam.
17:04Me perseguiram na mata.
17:07Me feriram.
17:07O resto eu não sei mais.
17:11A vida é assim.
17:13Mas me conte aonde é o garimpo.
17:16Eu não sei por onde vim.
17:19Se eu quisesse voltar...
17:21Não saberia.
17:23Mais ou menos em que direção?
17:24Aqui é o Siriema.
17:34Este é o rio Pardo.
17:36É preciso descer até aqui.
17:39Passar por três córregos.
17:41Quando chegar onde desemboka o quarto córrego...
17:45Seguir contra a correnteza...
17:46Até encontrar um rancho.
17:52Ali é o garimpo da solidão.
17:54Existem caminhos?
17:56Não.
17:57Cheguei ali andando.
17:59Um pouco por dentro do rio.
18:01Outro pouco pelas margens.
18:03O meu garimpo.
18:05Eles já registraram tudo?
18:06Não.
18:07É preciso impedir que eles registrem a descoberta.
18:09Eles também não farão isso.
18:11Por quê?
18:12São outros que vivem foragidos.
18:14Só na solidão dos termos se sentem seguros.
18:18São criminosos também?
18:19São contrabandistas.
18:30Vem chegando o socorro.
18:33É o fim de minha aventura.
18:35E de minha desgraça também.
18:42Vigilante Carlos.
18:49Como está o ferido?
18:50Está mais animado.
18:53Então, o que aconteceu?
18:55Foi coisa de nada, doutor.
18:56Vamos ver isso.
19:12Foi só de raspão.
19:14O ferimento não tem gravidade.
19:16Mas vamos transportá-lo para a cidade mais próxima.
19:19Já fez sua ocorrência?
19:20Só falta o nome do ferido.
19:21Joaquim Brito de Souza é o meu nome verdadeiro.
19:25Também sou conhecido por Nhonhô.
19:30Obrigado, vigilante.
19:42Gostei do curativo e até a próxima.
19:46Obrigado, doutor.
19:46E boa viagem.
20:01Alô, alô, controle geral.
20:03Alô, alô, controle geral.
20:04Quem chamou pode falar.
20:05Falando ao vigilante Carlos.
20:06O garimpeiro ferido que está sendo conduzido pela viatura 705 deve ficar incomunicável.
20:11A disposição da delegacia de crimes contra a fazenda.
20:15Forneceu pista de um garimpo fantasma existente no meio das selvas.
20:19Seis léguas para baixo do Siriema.
20:21Aguardo reforços urgentes no garimpo.
20:24Câmbio.
20:25Compreendido.
20:26Vamos enviar reforços urgentes para o garimpo da Siriema.
20:29Eu sigo para lá.
20:30Aguardo reforços.
20:31Obrigado.
20:33Iremos até e seguiremos contra a correnteza até um rancho.
20:37Chegaremos ao garimpo antes do anoitecer.
20:41Bem, este é o quarto córrego.
21:02É seguir contra a correnteza.
21:03Vamos.
21:04Vamos.
21:04Vamos.
21:06A informação até aqui está certa.
21:30Vamos.
21:30Mas nem um chibiu.
21:43O velho é uma de sua alavra.
21:45E as pedras desapareceram.
21:47Deixe de crendices.
21:48Os diamantes estão aí.
21:49É só pegar.
21:50É a polícia.
21:54O velho nos denunciou.
21:55Saem da água.
21:56Se armem e venham nos ajudar.
21:58Se armem e venham nos ajudar.
22:28Se armem e venham nos ajudar.
22:58Se armem, se armem nos ajudar.
23:01Se armem.
23:15Se armem nos ajudar.
23:16Se armem nos ajuda.
23:20Tchau, tchau.
23:50Tchau, tchau.
24:20Tchau, tchau.
24:50Tchau, tchau.
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