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Durante coletiva na manhã desta terça-feira (03), o presidente Lula (PT) afirmou que "não houve erro" ao anunciar a alta do IOF, mas reconheceu que "não deu tempo" de discutir o decreto com a equipe. O governo tem enfrentado críticas e pode anunciar um pacote de medidas como alternativa ao imposto. Lula se reuniu com auxiliares e lideranças políticas para buscar um acordo.

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Transcrição
00:00E se é pra falar de polêmica, se é pra discutir, vamos começar com tudo.
00:06Em coletiva de imprensa nesta manhã, o presidente Lula afirmou que não deu tempo de discutir
00:15o decreto que aumentou o IOF.
00:19Ah, não conseguiram discutir?
00:21O tema tem gerado atritos para o governo, que pode anunciar ainda hoje um pacote de
00:28alternativa ao IOF.
00:30Vamos acompanhar o que o presidente disse desta vez.
00:35O Haddad, no afã de dar uma resposta logo à sociedade, apresentou uma proposta que
00:41ele elaborou na Fazenda.
00:43Ora, se houve uma reação de que tem outras possibilidades, a Fazenda trabalhou e era uma
00:49sexta-feira que fez o anúncio, tá?
00:52Eu já não estava mais aqui, poderia ter feito uma discussão, sabe?
00:56Não aconteceu, porque era uma sexta-feira e ele queria anunciar rápido isso.
01:02É, será que eu tô com uma vontade ou o presidente tem uma chamada pública no Haddad no afã de
01:09agir apressado?
01:10O presidente também destacou que não considera o aumento do IOF um erro e afirmou que se aparecerem
01:18propostas melhores, elas até podem ser discutidas.
01:22Vamos ouvir?
01:22Eu não acho que isso tenha sido um erro, não.
01:26Eu acho que foi um momento político, sabe?
01:28Em nenhum momento, em nenhum momento, o companheiro Haddad teve qualquer problema de rediscutir
01:35o assunto.
01:36Em nenhum momento.
01:38Aquilo, a apresentação do IOF foi o que eles tinham pensado naquele instante.
01:41Aí, se aparece alguém com uma ideia melhor e ele topa discutir, vamos discutir.
01:51Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que vai enviar ao Congresso Nacional
01:57um pacote de ajustes nas contas públicas com impacto duradouro e longo.
02:03Vamos ouvir.
02:04Nós chegamos a um entendimento, pequenos detalhes para serem arbitrados, de fato pequenos.
02:14Eu penso que o plano de voo está bem montado.
02:18Vamos todos hoje, antes da viagem do presidente, apresentar a ele todos os pontos.
02:23E eu acredito que, se o plano de voo está bom, acredito que é até superior ao que nós
02:29fizemos no ano passado.
02:30É um alcance ainda maior do que o do ano passado.
02:34E, do meu ponto de vista, dá uma estabilidade duradoura para as contas de um próximo período.
02:41Mais uma vez, estão trocando uma medida pelo futuro.
02:45As medidas serão propostas para calibrar o decreto de elevação do IOF.
02:50Segundo Haddad, o pacote inclui, ao menos, uma PEC, um projeto de lei e, talvez, uma medida
02:57provisória.
02:57Jogando lá para frente, né?
02:58O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que o IOF não deveria ser usado como
03:04instrumento de política arrecadatória.
03:07Segundo Galípolo, o Banco Central precisa guardar o desenho final do imposto para incorporá-lo
03:13em suas projeções.
03:15Vamos começar com a economista Carla Bene.
03:19Carla, aí tem um material farto para você analisar.
03:23E o nosso espectador quer saber, em primeiro lugar, por que o IOF não deve ser usado como
03:31instrumento meramente arrecadatório?
03:33Ou seja, eu aumento o IOF porque eu estou precisando de mais dinheiro para o governo continuar
03:38gastando.
03:39Quais são os efeitos colaterais que o aumento do IOF pode trazer em relação ao capital
03:45estrangeiro?
03:46Talvez me parece que é isso.
03:48O que significa o aumento do IOF pode sinalizar um controle de capital?
03:52Explica para a gente, em primeiro lugar, isso aqui.
03:54Boa tarde a todos, meus amigos de bancada aqui.
03:57O imposto de operações financeiras, ele tem uma função regulatória, exatamente como
04:04o próprio Galípolo falou.
04:05Só que, no fundo, todos os impostos também entram como funções arrecadatórias.
04:11Só que os impostos têm funções diferentes.
04:13Então, por exemplo, o imposto do tabaco tem a função de encarecer o produto porque...
04:20O espírito do homem entrou aqui no estúdio, mas pode falar.
04:23O imposto do tabaco, ele tem a função de encarecer o produto para você consumir menos.
04:29Então, os impostos, eles têm a questão arrecadatória, mas têm funções distintas.
04:33A questão do IOF, ela abre dois pontos.
04:36O primeiro, quando você vai pegar empréstimos, por exemplo.
04:40Então, uma empresa vai pegar o empréstimo e aí aumenta o IOF.
04:43Aí a gente tem uma questão mais restritiva de crédito, de encarecimento.
04:48Outro ponto que o IOF entra é a questão do controle de capitais.
04:52E aqui, a gente tem que também levar a seguinte questão.
04:56Ou seja, há um certo, digamos assim, deusamento com relação ao controle de capitais,
05:01como se isso não pudesse ser feito.
05:03Sim, você pode fazer controle de capitais via IOF.
05:07Eu acho que, no fundo, a confusão toda é a forma que foi dito e o pior foi o retrocesso.
05:13Voltar atrás num ponto específico só para fundos no exterior,
05:18eu acho que esse daí foi o grande problema de todo esse embrólio, digamos assim, do IOF.
05:23Pois é, Felipe Monteiro, claramente o presidente criticou o Haddad, dizendo que ele agiu de maneira apressada.
05:34O Haddad, no afã de querer resolver o problema, não consultou o Banco Central,
05:41não consultou os outros departamentos de economia ligados à economia no governo.
05:44Você acha que isso enfraquece a posição do Haddad perante o governo enquanto ministro?
05:52E o elo que o mantém lá é apenas um elo de lealdade e amizade que ele mantém com o presidente Lula?
05:58O Capês, eu confesso que vendo o Lula criticar o Haddad da forma como ele criticou,
06:03eu fico extremamente desconfortável.
06:06Eu acho que o Lula está sendo extremamente deselegante com o Haddad.
06:10Falando que o Haddad não discutiu com ele o aumento do IOF, a nova estruturação do IOF.
06:17Isso é muito deselegante, está colocando o Haddad contra a população
06:21e colocando o Haddad como o único responsável pela baixa popularidade dessa medida do governo.
06:28Então, sinto que o Lula, infelizmente, não assumiu para si essa questão do IOF.
06:35O fato é que o governo precisa arrecadar mais e, infelizmente, está usando o IOF,
06:38que é um imposto regulatório e extrafiscal, para arrecadar 30 a 50 bilhões de reais a mais no ano.
06:47Se essa medida é correta ou acertada, eu nem vou estar nesse mérito.
06:52Mas o fato é que, infelizmente, no meu modo de ver, se o governo se utilizar desses recursos
06:57visando desenvolver mais o Brasil, visando mais crescimento econômico,
07:04eu não vejo como nenhum problema.
07:05Agora, para fechar e ir atrás do tal de déficit fiscal zero,
07:10eu acho que é uma política completamente equivocada.
07:14E muito me surpreende o Galípolo, que advogava anteriormente pela independência do Banco Central,
07:21querer criticar uma medida do governo, dizendo que ele não foi ouvido.
07:25Pelo amor de Deus, né?
07:26Se o Banco Central é independente e autônomo, e se política fiscal quem faz é o governo federal,
07:33inclusive o próprio Banco Central, na sua resolução, quando manteve a taxa Selic,
07:39falou exatamente que precisava buscar mais arrecadação, mais equilíbrio fiscal,
07:44quem tem que buscar o equilíbrio fiscal e a política fiscal é o governo federal.
07:48Então, não tem que ficar batendo toda hora no Banco Central para procurar a aprovação do Galípolo
07:53em relação a essa medida.
07:56Já que o Banco Central é independente e autônomo, no modo de ver, é independente e autônomo para o governo,
08:00não para os bancos, continua sendo cooptado pelos bancos, o Banco Central.
08:05Mas, sem dependente em relação ao governo federal, que o Galípolo, pelo menos,
08:09fique no seu papel de banqueiro do Banco Central e fique somente restrito à questão da taxa de juros.
08:14Porque, infelizmente, no Brasil, não há um mandato dual para o presidente do Banco Central,
08:19então você fica responsável pela questão das metas da inflação.
08:21O que ele pode ver é um absurdo.
08:23Então, eu queria destacar aqui, Capiz, que eu acho um absurdo o Lula colocar toda a crítica do IOF nas costas do ministro Haddad.
08:32Então, a Carla pediu, a Carla Bene, a nossa economista, pediu a palavra.
08:37Tem uma coisa, o Gabriel Galípolo é um economista experiente e consagrado.
08:41O Fernando Haddad não entende nada de economia.
08:43Se o Haddad indicou o Galípolo, ele deveria, pelo menos, consultar a opinião.
08:48A Carla Bene pediu a palavra.
08:49Carla, eu queria que você, em rápidas palavras, ali no comentário que você vai fazer, explicasse o seguinte.
08:54Por que a elevação do IOF sinaliza controle de capital?
09:00Que tipo de leitura é feita que as pessoas interpretam aquilo como controle de capital?
09:05E o que significaria este controle de capital?
09:08Essa é a pergunta e eu sei que, além disso, você quer fazer uma parte em relação ao que disse o Felipe Monteiro.
09:14A minha questão é apenas técnica só para organizar uma estrutura.
09:18Olha, o sistema financeiro nacional, ele tem um órgão máximo.
09:22E o órgão máximo, ele é presidido pelo ministro da Fazenda, que é o Conselho Monetário Nacional.
09:28Então, as políticas monetárias e creditícias nossas saem do Conselho Monetário Nacional.
09:35Então, para deixar organizado, o Haddad, ao resolver mexer no IOF, ele não precisaria nem falar com o Banco Central
09:41e nem falar com o Presidente da República.
09:44Porque a política creditícia, a nossa e política monetária, ela é feita no Conselho Monetário Nacional
09:49e o Banco Central, junto com a CVM, eles são supervisores.
09:53Então, só para organizar isso.
09:56Todavia, podia ter dito, podia ter conversado.
09:58Aí é uma discussão, digamos assim, mais política na nossa mesa.
10:02Mas ele não precisa.
10:04A decisão não é do Banco Central.
10:06A decisão é do Conselho Monetário Nacional.
10:09Ou a questão do CAPES com relação a controle de capitais.
10:13Porque é o seguinte, se você tem um fundo, você aplica o seu dinheiro fora do país,
10:19você tem 1% de imposto e aí você vai passar a ter 3% de imposto
10:24para aplicar o seu dinheiro fora do país,
10:27isso daí é considerado controle de capitais.
10:29Ou seja, há uma ideia, que é muito antiga,
10:32vem lá desde o Consenso de Washington,
10:34que os países deveriam ter livre fluxo de capitais.
10:38E qualquer tributação que mexa nisso é considerada uma dificuldade
10:44para que você possa usar o seu dinheiro em qualquer país da forma que você quiser.
10:50Espero ter respondido.
10:51Muito bem explicado.
10:52Agora, Priscila Silveira, ele não precisaria ter consultado.
10:56Mas não precisar não significa que ele não deveria ter consultado.
11:01Porque ele não é economista.
11:03E o outro é...
11:04Agora, se ele não precisaria ter consultado e não consultou,
11:08se ele não precisaria consultar e ele não consultou,
11:13então por que ele está voltando atrás?
11:14Então ele não precisaria consultar, não consultou e decidiu errado.
11:16Tanto que ele está voltando atrás.
11:18Esse governo não está um desacerto?
11:20Parece uma biruta de aeroporto?
11:21Boa tarde, Capês.
11:23Os meus colegas aqui de bancada, toda a nossa audiência.
11:27Capês, como bem colocou aqui a minha querida amiga Carla,
11:30trazendo aqui as questões técnicas dentro da sua, obviamente,
11:34tecnicidade da economia,
11:37a gente tem um preceito hierárquico dentro de todas as relações.
11:40Então, é claro que ele não precisaria mesmo pedir,
11:43e isso eu vejo com bons olhos,
11:45porque a gente vê que o presidente não interfere,
11:48ou não tem interferido nos seus ministérios.
11:52Não tem pedido bênção, digamos assim.
11:54Só que, em contrapartida,
11:56eu tenho aqui que fazer uma pequena crítica.
11:58Ficou bom para o presidente,
11:59porque se ele não pediu a bênção, digamos assim,
12:03ao presidente e deu errado,
12:05o presidente se sentiu ali no direito de criticá-lo.
12:07Então, na verdade, quem se saiu bem foi o presidente Lula,
12:11como se dissesse assim, mais ou menos.
12:12Olha, ele não me pediu, não teria que me pedir,
12:17mas se tivesse me pedido,
12:17quem sabe eu não teria feito diferente,
12:20e agora a gente precisa resolver.
12:21Então, no fringir dos ovos, ele se saiu bem.
12:24Agora, quero aqui fazer dois pontos rapidamente,
12:28deixa o livre para criticar,
12:29que eu até tinha falado sobre isso.
12:32E com relação a esse plano do IOF,
12:35o que eu percebi?
12:37Eu acho que o Haddad, claro, já está claro,
12:39ele mesmo disse que se antecipou,
12:40e ao invés dele fazer esse plano,
12:43que na minha visão é paliativo,
12:45ele teria que ter discutido algo que fosse a longo prazo.
12:49Por isso que a gente observa esse erro.
12:51Então, eu acho que ele quis apagar o incêndio,
12:54usou uma coisa que não...
12:56proliferou o incêndio, digamos assim,
12:58e agora ele falou,
12:59puxa, o incêndio agora está muito grande,
13:01eu preciso ver o que fazer.
13:02Então, eu acho que ele realmente,
13:04tentando corrigir preceitos históricos
13:06havidos aí desse descontrole contábil,
13:11de dinheiro, enfim, do nosso país,
13:12ele fez isso para poder arrecadar,
13:14mas eu acho que qualquer pessoa
13:16que mexa com qualquer que seja o dinheiro,
13:19aqui pegando a fala rapidamente do PP,
13:21quando ele diz que realmente arrecadar
13:23faz o crescimento econômico,
13:24eu concordo,
13:25mas nenhum equilíbrio vai acontecer
13:28se não deixar de gastar.
13:30Pode arrecadar o que for,
13:32mas se continuar arrecadando,
13:33vai ter crescimento econômico,
13:35mas se continuar gastando,
13:37eu acho que nesse ponto
13:38há uma falha nesse governo,
13:39não só quanto à comunicação,
13:41mas também com a questão
13:42de deixar de gastar
13:45para poder fazer
13:46um maior equilíbrio econômico, Capês.
13:49Estados assistencialistas
13:51têm sociedade fraca e Estado forte.
13:53Dura e quando a sociedade está muito fraca,
13:55o Estado não consegue mais arrecadar.
13:57Agora, eu queria pedir licença,
13:58Rodolfo Mares,
13:59porque enquanto eu falava,
14:01o Filipe Monteiro me hostilizava
14:04de maneira agressiva e ostensiva.
14:08Então, eu gostaria que ele tivesse
14:09a possibilidade de apartear,
14:11porque aqui é democrático.
14:13Porque me parece o seguinte,
14:14Filipe Monteiro,
14:15que esse governo está sem rumo.
14:17Ele não tem planejamento,
14:18não sabe para onde vai.
14:19Ele aumenta o IOF,
14:20depois ele volta atrás.
14:22Agora, estão falando
14:23em reforma administrativa.
14:24É tão óbvio que a reforma administrativa
14:26é mais importante que a tributária,
14:28que ela anteceda a tributária.
14:29Agora, esse governo está lá.
14:302003, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15,
14:35um pouquinho de 16.
14:37Volta agora, 23, 24, 25,
14:39e vem falar em reforma administrativa.
14:41Agora, dá a impressão que joga para a galera.
14:43Joga os planos para frente e fala,
14:44agora vamos fazer reforma administrativa.
14:46Precisa de uma PEC,
14:47uma medida provisória,
14:47um projeto de lei.
14:48E se não conseguirmos,
14:49a culpa é do Congresso.
14:51Não é um governo que está sem projeto
14:52e tira responsabilidade,
14:54trocando por narrativas e factoides.
14:56Por que você está me hostilizando
14:58por eu ter falado isso?
14:58Eu quero te ouvir.
14:59Não, não tinha o cheio de zenal, Capês.
15:01Só acho absurdo você falar toda hora
15:03que o Haddad não entende nada de economia.
15:05Entende?
15:05Não entende nada de economia.
15:06Entendo.
15:06O presidente do Banco Central americano,
15:08para você saber,
15:09é formado em Direito também,
15:10assim como o Haddad.
15:11E teve o seu college,
15:13o mesmo em política.
15:16Ou seja,
15:17o Haddad tem doutorado em Direito,
15:19em Economia, no caso.
15:20E tem uma equipe toda
15:21que dá suporte ao Haddad
15:24que são economistas bons também.
15:26Então, você querer
15:26uma picuinha
15:28para criticar o governo
15:29pela crítica,
15:30aí nesse ponto,
15:32criticar de homem ainda, né?
15:33Ah, ele não entende economia.
15:35O Galipo entende mais de economia
15:36do que o Haddad.
15:37Deveria se reverenciar
15:38o Galipo, o Haddad,
15:40como está fazendo,
15:41bater na porta do Banco Central?
15:42Não.
15:43Claro que não.
15:43Cada um pode fazer política
15:44de forma diferente
15:45e de forma consistente.
15:47É isso que eu queria colocar aqui.
15:48Bom, a Carla Bene
15:50também disse
15:51que ele entende de economia.
15:52Então, eu,
15:53diante disso,
15:54eu volto atrás.
15:55Então, ele está tomando...
15:56Se ele entende de economia,
15:57ele está tomando
15:58as medidas econômicas
15:59corretas, Carla Bene?
16:01As medidas são políticas,
16:03independente de qualquer coisa.
16:04No entanto,
16:05que ele voltou atrás
16:06em 24 horas.
16:07Ele recebeu
16:08alguns telefonemas,
16:09provavelmente,
16:10de gestores de fundos
16:11de multimercado
16:12internacionais,
16:13que são os verdadeiros
16:15donos do país,
16:16em grande medida,
16:17com outros grupos.
16:18Então, ele anunciou
16:19o aumento do IOF
16:21para quem tem fundo
16:22lá fora,
16:23no exterior,
16:24e menos de 24 horas depois,
16:26ele teve que voltar atrás.
16:27Então, eu acho que esse recuo,
16:29ele sinaliza
16:30um jogo de forças
16:32e deixou muito claro
16:33quem ganha.
16:34Ou seja,
16:35é um pequeno grupo
16:36de fundos de rede
16:37e de fundos de multimercado.
16:39E eles mandaram ele voltar atrás.
16:41Muito bem.
16:41Então, é o que você fala,
16:43o conhecimento acadêmico
16:45nem necessariamente
16:46é o conhecimento prático.
16:47A experiência,
16:48o conhecimento empírico
16:49é muito importante.
16:51Os dias ainda não sabem
16:52o que só os anos conhecem.
16:54Meu querido Rodolfo Marins,
16:55o que você acha
16:55dessa confusão toda?
16:58Um governo gastando dinheiro
16:59a rodo,
17:01não dá mais para botar a culpa
17:02nos Yanomamis,
17:04na Amazônia,
17:05agora já afrouxaram
17:06as leis ambientais.
17:08Então, a questão é econômica.
17:10O governo vai ter que encarar.
17:12Está conduzindo bem a economia
17:13ou está a maior confusão?
17:15Boa tarde,
17:16boa tarde, meus amigos de bancada,
17:17você que nos assiste.
17:18Olha só,
17:19eu vou começar de trás para frente
17:20com a fala
17:21da nossa economista Carla,
17:22que acompanha a nossa mesa
17:23hoje de debates.
17:24Ela disse que ele voltou atrás,
17:26ele, Haddad,
17:27voltou atrás
17:27porque foi consultado
17:29pelos donos do nosso país,
17:30donos do nosso dinheiro,
17:31que são os bancários.
17:33Ou os banqueiros,
17:34melhor dizendo.
17:34Ok?
17:36Nitidamente,
17:37já cai em contradição
17:38quando nós falamos
17:39que ele entende
17:39alguma coisa de economia.
17:40Não entende de economia.
17:42Porque ninguém toma
17:43uma medida paliativa
17:44dessa forma
17:45sem consultar
17:46quem de fato
17:46é o dono do dinheiro.
17:48Ninguém toma uma medida
17:49dessa
17:50mesmo sendo
17:51da responsabilidade dele
17:52e não tendo que ter
17:53autorização do presidente
17:54da república
17:55nem do Banco Central
17:56sem consultar
17:57o maior poder executivo
17:58que é o nosso presidente.
18:00Isso já mostra
18:01o quão errado
18:03é essa disputa.
18:04multa de poderes
18:05principalmente
18:06na forma de conduzir
18:07o Banco Central
18:08na forma de conduzir
18:09a economia do país.
18:11Se não tem conversa
18:12entre essas máximas
18:13dificilmente nós teremos
18:15uma economia sadia.
18:16E olha só
18:17a entrevista do Lula hoje
18:18o tema principal
18:20dessa entrevista
18:21do Lula hoje
18:22era de fato
18:23o IOF
18:24e ele discursou
18:25durante 32 minutos
18:26sem tocar no assunto.
18:29Só foi aberto
18:30os microfones
18:30para os repórteres
18:31depois de 32 minutos
18:32e aí sim
18:33quando indagado
18:34sobre o IOF
18:35ele respondeu
18:36ele resolveu responder.
18:38E aí
18:38eu concordo
18:39com algumas partes
18:40que foram ditas
18:41aqui na mesa
18:41e discordo de algumas
18:42como por exemplo
18:44do Lula não se responsabilizar.
18:46Se a gente entender
18:46a hermenêutica
18:47e se a gente entender
18:48principalmente
18:49o que ele quis dizer
18:51de uma forma
18:52mais minuciosa
18:53nós vamos entender
18:55que o Lula
18:55fez sim
18:56uma meia-culpa
18:57tentando isentar
18:58totalmente
18:58o Haddad
18:59dessa responsabilidade
19:00do IOF.
19:01Quando ele diz o seguinte
19:02abro aspas aqui
19:03
19:03no que o Lula diz
19:04ele disse que
19:06em momento algum
19:07o Haddad
19:08se negou
19:08a conversar
19:10ou rever
19:10alguns pontos
19:11sobre o IOF.
19:13Se o Haddad
19:13não se negou
19:15a fazer essas ponderações
19:16e rever esses pontos
19:17o Lula
19:18automaticamente
19:19faz uma meia-culpa
19:20porque o Haddad
19:21se mostrou disposto
19:22e disponível
19:23ainda mais
19:24a estar fazendo
19:25essas ponderações
19:26e rever esse assunto.
19:27E o Lula
19:27nesse caso
19:28pra mim
19:28faz uma situação
19:29de meia-culpa.
19:30E entre os assuntos
19:31hoje
19:32que o Lula comentou
19:33foram 17
19:34eu coloquei 12 aqui
19:35só pra gente
19:36eu sei que ao longo
19:36do programa
19:37capês
19:37nós iremos discutir
19:38sobre esse assunto.
19:40Ele falou
19:40sobre o IOF
19:41que foi o tema
19:42que mais foi discutido
19:43obviamente
19:43mas também falou
19:44sobre a Marina Silva
19:45sobre Eduardo Bolsonaro
19:47sobre Israel
19:48voltando a dizer
19:49que Israel
19:49comete o genocídio
19:50olha a responsabilidade
19:52de fala do presidente.
19:53Donald Trump
19:54Alexandre de Moraes
19:55se pôs ali
19:56como o líder
19:57do executivo
19:58a disposição
19:59em defender
20:00ainda mais
20:01o nosso STF
20:02sobretudo
20:02Alexandre de Moraes
20:03que vem travando
20:04batalha
20:04lá com os Estados Unidos.
20:06Falou sobre a França
20:07a visita
20:08mais uma visita
20:08que ele vai fazer
20:09agora como chefe de Estado
20:10a França
20:11sobre o Macron
20:12obviamente
20:12sobre a margem equatorial
20:14que é um assunto
20:14que os repórteres
20:15conseguiram ali
20:16perguntar pra ele
20:17sobre o nosso PIB
20:18e aí ele vem
20:19com aquele discurso
20:20de que o nosso PIB
20:21teve maior aumento
20:22nos últimos anos
20:22e é indiscutível
20:23que o PIB
20:24realmente cresceu.
20:24e falou sobre a COP30
20:27e finalmente
20:28falou sobre os BRICS
20:29e aí a gente vê
20:30os repórteres
20:32totalmente ali
20:33engajados
20:34em tentar extrair
20:35do presidente
20:36assuntos que são
20:36de suma importância
20:37para o nosso país
20:38e o IOF
20:39foi um deles.
20:40Agora, Carla Bene
20:42o companheiro Haddad
20:44não está sendo fritado
20:46pelo governo
20:46porque o presidente
20:47vem e fala
20:48publicamente
20:49no meio desse monte
20:50de assunto
20:50ele destaca
20:52o Haddad
20:53no afã
20:53vamos interpretar
20:54no afã
20:56de tentar ajudar
20:57acabou se precipitando
20:59agora
20:59mas ele
21:00é um homem
21:01que sabe ouvir
21:01sabe que ele vai voltar
21:03atrás
21:03diz claramente
21:04o meu ministro
21:05da fazenda
21:06errou
21:06agora eu queria
21:08que você fizesse
21:08uma análise
21:09nós tivemos um crescimento
21:10de PIB
21:11e muitos economistas
21:12dizem que esse crescimento
21:14de PIB
21:14foi turbinado
21:16artificialmente
21:17no ano passado
21:19quando se deu
21:20crédito fácil
21:21para a população
21:22será que esse governo
21:24tem como única estratégia
21:26aumento de arrecadação
21:28aumento de arrecadação
21:29e com isso
21:30ele vai mantendo
21:31a máquina
21:32às custas de
21:32dinheiro público
21:34injetado
21:34de forma assistencialista
21:36mantém a economia
21:37funcionando
21:37pode-se dizer
21:39que é um governo
21:40unilateral
21:41unidirecional
21:42vamos aumentar
21:43a arrecadação
21:44pegar o dinheiro
21:45e injetar
21:46transferindo
21:47renda assistencialista
21:48você acha que
21:48só isso sustenta
21:49durante muito tempo
21:50eu quero ouvir
21:51a economista
21:52Carla Bene
21:53com o comentário
21:54do advogado
21:55economista
21:56e polêmico
21:56Felipe Monteiro
21:58bom
21:58o crescimento
21:59do PIB
22:00nosso
22:00nesse primeiro
22:01trimestre
22:02agora
22:02em comparação
22:03com o ano passado
22:04ele foi puxado
22:06grande parte
22:07sobre o agro
22:08que cresceu 12%
22:09mas o agro
22:11corresponde
22:12apenas 6,5%
22:13do PIB
22:1470%
22:15são serviços
22:16e 20 e poucos
22:17por cento
22:17indústria
22:18então dentro
22:19da construção
22:20do PIB
22:20nós tivemos
22:21alguns aumentos
22:22importantes
22:23então por exemplo
22:24o investimento
22:24o investimento
22:25é um foco central
22:27que é o que a gente
22:27chama de formação
22:28bruta de capital fixo
22:29então os investimentos
22:31eles
22:32eu sempre uso
22:32esse termo
22:33para ficar bem fácil
22:34de entender
22:34o investimento
22:35de hoje
22:35é o emprego
22:36de amanhã
22:36então se você
22:38tem um investimento
22:39que ele vem
22:40via setor privado
22:41e setor público
22:42os dois caminham juntos
22:43isso daí é muito
22:44importante para dar
22:45a sustentabilidade
22:46que o Capês
22:47estava me perguntando
22:48então essa construção
22:49do PIB
22:50que tem uma resistência
22:52importante
22:53a gente cresceu
22:53a esses dois anos
22:54a 3%
22:55vai crescer menos
22:56esse ano
22:57por causa da taxa
22:57de juros
22:58então o crescimento
22:59do PIB
23:00tem essa questão
23:01e sim
23:01tem a ver
23:02com o aumento
23:02de massa salarial
23:03e tem a ver
23:04com o retorno
23:05da aumento real
23:07do salário mínimo
23:08então o salário mínimo
23:09voltou a ter um
23:10crescimento real
23:11porque você pode
23:12incorporar o PIB
23:13além do INPC
23:14então sim
23:15esses são
23:16os componentes
23:17que nós tivemos
23:18e o governo atual
23:20foi eleito
23:21numa frente ampla
23:23e o Lula
23:24disse
23:24quando foi eleito
23:25que ele ia colocar
23:26o pobre no orçamento
23:28então essa é a plataforma
23:29um país desigual
23:31como o nosso
23:31a gente precisa
23:33realmente pensar
23:34em políticas públicas
23:36e acentuá-las
23:37inclusive
23:37então essas políticas públicas
23:39são importantes
23:40elas são fundamentais
23:42e de qualquer maneira
23:43elas estão aprovadas
23:44dentro do orçamento
23:45caso não estejam
23:46vai ter que fazer
23:47algum outro tipo
23:48de ajuste
23:49ou elas acabam
23:50não sendo executadas
23:51então aqui são
23:52algumas considerações
23:54

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