- 02/06/2025
Desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2023, o governo federal já anunciou 24 medidas de criação ou aumento de tributos — uma a cada 37 dias, em média. Essas medidas têm elevado a carga tributária e gerado críticas sobre o impacto no bolso dos brasileiros.
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NotíciasTranscrição
00:00O aumento do imposto sobre IOF, operações financeiras que a gente tem tratado nos últimos
00:08dias, acabou ressuscitando o debate sobre a sanha arrecadatória do governo e o elevado
00:14número de tributos que os brasileiros pagam.
00:17Contando com o reajuste do IOF, a atual gestão já fez 24 anúncios de criação ou elevação
00:24de taxas desde 23, o que corresponde a um anúncio a cada 37 dias em média.
00:31Então, a cada 37 dias, ou um aumento de imposto ou a criação de um tributo.
00:36Em meio a esse índice, houve casos de impostos de curta duração e recuso do Planalto.
00:42Em algumas mudanças, propostas ainda, que tramitam no Congresso e não entraram em vigor,
00:48mas a maioria das medidas já está valendo.
00:51Vamos começar essa com o Roberto Mota, governo subindo ou criando impostos e tributos uma
00:58vez a cada 37 dias, hein, Mota?
01:00Olha só o cálculo que estão fazendo, pegando o período dessa atual administração.
01:0724 medidas já anunciadas desde o início da administração, Lula.
01:13É da natureza do escorpião.
01:16O governo está fazendo exatamente o que ele disse que ia fazer.
01:20Na cabeça das pessoas que estão no governo hoje, o governo é o sol que brilha no céu
01:28da economia.
01:29Tudo, absolutamente tudo, tem que ser controlado e passar nas mãos do governo.
01:36O governo é o árbitro da riqueza.
01:39É o governo que decide se você tem muito ou se você tem pouco.
01:44E se você tem muito, o que você tem em excesso vai ser tomado pelo governo para distribuir
01:51para outras pessoas.
01:53É lógico que nesse processo o governo fica com um pedacinho bom para ele mesmo.
01:58É evidente que quem decide o que é excesso ou não é o governo.
02:03É evidente, todos nós vemos, que a medida usada para nos medir não é a mesma medida usada
02:13para medir quem está no governo.
02:16Só não se pode dizer que ninguém sabia que isso ia acontecer, porque o governo está
02:23fazendo exatamente o que ele prometeu que ia fazer.
02:27Você, Dávila, a gente tem trazido muitas análises e reflexões sobre a reforma tributária,
02:34mas em meio a todo esse processo, o que a gente pôde observar foi o governo ou criando
02:39novas taxas e tributos ou então reajustando os tributos existentes.
02:44Se a gente contabiliza a criação de novos tributos ou então o reajuste de impostos existentes,
02:51a gente contabiliza uma mudança a cada 37 dias na atual administração.
02:56Você não está surpreso?
02:58Nem um pouco.
02:59Cada 37 dias o governo mete a mão no nosso bolso querendo arrancar mais imposto.
03:03É isso que está acontecendo.
03:05Agora, veja só que coisa extraordinária um governo de péssima gestão e de irresponsabilidade
03:11fiscal.
03:13Esse governo que mete a mão no nosso bolso a cada 37 dias para arrancar mais dinheiro
03:19via impostos é o governo que teve arrecadação recorde na história do país.
03:25E o que aconteceu?
03:26Se eu tivesse arrecadação recorde, você falava, bom, então tudo bem, aumentou muito
03:30o imposto, mas está diminuindo a dívida pública, mas está caindo o déficit, está tendo
03:35mais dinheiro para saúde, educação.
03:37Não!
03:38Nós tivemos recorde de arrecadação e recorde de aumento da dívida em relação ao PIB,
03:45Caniato.
03:46Olha essa combinação, se não há coisa mais ilustrativa, da irresponsabilidade fiscal
03:52do governo.
03:54É o governo que mete o acelerador para aumentar imposto, tomar dinheiro do nosso bolso e gasta
04:00com uma ferocidade que já levou a dívida para 76% do PIB e vai aumentar.
04:06Ou seja, qual é o resumo dessas 24 medidas nesses anos de governo PT?
04:15O Brasil tem recorde de arrecadação, recorde de imposto pago por todos os brasileiros
04:23em relação aos países emergentes e recorde de aumento da dívida em relação ao PIB.
04:30O que você acha de toda essa história?
04:33Como é que dá para acreditar que nós vamos ter um governo que preza pelo dinheiro do contribuinte?
04:40É óbvio que ele só pensa numa coisa, no dinheiro para arrecadar, para sustentar essa
04:46máquina ineficiente, aumentar a dívida e fazer favores para os seus compadrinhos.
04:54Pois é, claro que a gente não vai destacar todas as 24 medidas anunciadas, mas tem vários
05:00que nós noticiamos aqui ao longo dos dois últimos anos, fizemos análises em relação
05:04a essas alterações, só que foram tantas mudanças ou criação de tantos tributos que
05:10a gente até se perde, mas é preciso lembrar, taxação sobre as apostas eletrônicas, as
05:15BETs, imposto sobre importações de e-commerce, a tal taxa das blusinhas, aumento do IPI sobre
05:21armas de fogo, aumento do imposto de importação de painéis solares, fim da isenção para importação
05:27de veículos elétricos.
05:29A lista é longa, Beraldo.
05:32É, Caniato, a gente vive hoje uma situação em que ao se ouvir declarações do ministro
05:39da Fazenda, Fernando Haddad, fica muito claro e evidente que o governo não tem um projeto
05:48para o país e não tem uma forma de resolver esse estrangulamento, não é nem um gargalo,
05:56é um estrangulamento fiscal que foi criado a partir de uma política de gastos excessivos,
06:04esses gastos são improdutivos, esses gastos não movimentam a economia, não geram um ambiente
06:11de crescimento econômico sustentável, mas visam agradar uma determinada parte do eleitorado
06:20e tem propósito eleitoral.
06:23E diante desse caos absoluto, não há solução viável.
06:28A única coisa que esse governo faz é subir imposto para tentar tapar o buraco da sua irresponsabilidade
06:36e da sua incompetência.
06:38O problema é que o orçamento, ele, a gente fala aqui de forma repetida, né, o orçamento
06:45é uma peça de ficção, só que o orçamento, ele já passou da questão da ficção.
06:52Ele é uma peça legal, que é aprovada pelo Congresso Nacional, mas é feita já com má fé,
07:00má fé para esconder esse rombo, esse buraco absurdo.
07:04E aí, ao longo do ano, vão tentando encontrar caminhos para poder diminuir o problema
07:11que eles têm diante de si.
07:13Tudo isso fruto do fim da lei de responsabilidade fiscal.
07:17Criou-se já, no início do governo, com a complacência, com o apoio, com a aprovação
07:23do Congresso Nacional, o ambiente perfeito para o caos.
07:26Fim da lei de responsabilidade fiscal e essa tal lei do arcabouço fiscal,
07:32que não pune a irresponsabilidade.
07:35E a gente está sofrendo as consequências disso.
07:38E quais são essas consequências?
07:40Metade da população inadimplente, endividamento altíssimo, taxa de juros nas alturas,
07:46um país estagnado.
07:48E aí, esses que ficam batendo no peito para dizer,
07:52o Brasil está crescendo, está muito bem, e os números do crescimento do PIB, isso e aquilo,
07:59é só olhar a vida real da população.
08:02Um país que vai bem não tem metade da sua população adulta inadimplente.
08:08Um país que vai bem não vê os seus aposentados serem roubados com a complacência e apoio,
08:14envolvimento de parlamentares.
08:16Um país que vai bem não fica aplaudindo e fazendo manifestação para defender o artista,
08:26ou dito artista, que tem declaradamente envolvimento com um crime organizado,
08:31com facção criminosa.
08:34Então, Cani, adiante de tantos desafios e complicações e problemas,
08:38o governo não age de forma efetiva para resolver nenhum.
08:41E aí, aquelas pessoas que trabalham, aquelas poucas pessoas, comparado com o todo,
08:48que estão na ponta de trabalhar, produzir, pagar imposto,
08:53essas estão sem nenhuma perspectiva,
08:56porque vai recair a elas a obrigação de pagar pelo roubo, pela incompetência,
09:02pela irresponsabilidade, por tudo.
09:05E quem é que aguenta todo esse peso no lombo?
09:07Está cada vez mais difícil.
09:08Pois é, e aí só compartilhando com a nossa audiência,
09:12algumas medidas que foram tomadas nesses dois anos,
09:15o fim do PERSI, também aquele programa emergencial para socorrer as empresas
09:20que trabalham com eventos, medida em que inclusive foi institucionalizada,
09:26foi implementada durante a pandemia.
09:28Também a reoneração da folha de pagamento,
09:31uma reoneração escalonada até o ano de 2028,
09:34fim da importação, um imposto sobre importação de aço e ferro,
09:39um imposto mínimo de 15% sobre lucros de multinacionais
09:43e também um que está em debate.
09:45Mas o projeto foi apresentado ao Congresso,
09:49imposto sobre os super ricos,
09:50a gente tratou disso aqui,
09:52imposto sobre altas rendas e dividendos.
09:55Mas, Mota, essa bola de neve que vocês se referem,
09:59assim, aumenta o tamanho do Estado e aí o Departamento Responsável,
10:04o Ministério da Fazenda tem que identificar algum setor
10:08que ele imagina que é possível você criar um novo imposto,
10:15morder mais um pouquinho.
10:16Isso daqui pode gerar algumas dezenas de bilhões a cada ano
10:20e a partir daí a gente pode criar, sei lá, um programa X no ano que vem.
10:25Penso no debate que acontece ali no Palácio do Planalto.
10:30Como interromper essa bola de neve que rola ali do penhaço
10:34que ela vai aumentando, aumentando, aumentando?
10:37Como faz para quebrar esse ciclo?
10:41Diminuir o tamanho do Estado?
10:42E a tal da reforma administrativa não é só isso?
10:47Eu não sei responder essa pergunta, Caniato.
10:50Enquanto você estava falando, eu estava pensando aqui.
10:53Eu acho que tem duas forças que impulsionam essa ânsia
10:58por cobrar cada vez mais imposto.
11:01A primeira é essa noção do Estado como sendo uma coisa da qual você toma posse.
11:08Isso está refletido até na nossa linguagem.
11:11Nos Estados Unidos, quando você assume um cargo público,
11:15se diz que você faz o juramento do cargo.
11:18Aqui no Brasil você toma posse do cargo.
11:21Então o Estado é seu, você faz o que você quiser,
11:25você bota quantos ministros você bem entender,
11:27viaja quantas vezes você quiser para quantos países
11:30e dane-se, alguém vai pagar por isso.
11:34E aí quando a conta não fecha, você chama o ministro e fala
11:37se vira aí, inventa alguma coisa, aumenta algum imposto,
11:41cria um imposto novo.
11:42E a Bahia dos Políticos ama isso,
11:44porque significa mais dinheiro, mais verba para os projetos,
11:48mais dinheiro para as emendas.
11:50Eles, quando se tornam políticos e são eleitos,
11:53eles se sentem como se fizessem parte de uma casta separada,
11:58eles jamais se tornarão de novo comuns mortais como nós.
12:01Mas tem um outro elemento também que é muito importante,
12:05que é o ódio à prosperidade.
12:08As pessoas que têm a mentalidade socialista,
12:12nada as incomoda mais do que a prosperidade dos outros.
12:16A dela está tudo bem.
12:18Então em todos os países com esse viés,
12:22onde existem governos com viés socialista,
12:25você vê o aumento cada vez maior dos impostos,
12:29sempre com as mesmas desculpas.
12:31É para combater a desigualdade,
12:33para fazer uma divisão de riquezas.
12:36E aí eles primeiro vêm com essa historinha dos super ricos,
12:39vamos criar impostos para os super ricos.
12:42Depois impostos para os ricos,
12:44depois para a classe média.
12:46A gente já viu recentemente algumas medidas,
12:49salvo engano,
12:50a conta de luz dos mais pobres vai ser paga pela classe média.
12:55Então criam essa ideia de que a classe média é um bando de gente
13:00que tem mais televisão do que deveria.
13:03Lembra dessa declaração?
13:04Que é absurdo ter três, quatro televisões.
13:07E aí você demoniza, eleva a carga tributária,
13:12toma medidas que são praticamente medidas de confisco,
13:16uma medida que nunca falha.
13:18É você aumentar cada vez mais os impostos nas heranças.
13:21Então você, além de pagar imposto a vida inteira sobre tudo,
13:25no dia que você morre,
13:26boa parte das coisas que você conquistou na sua vida inteira,
13:29elas são tomadas.
13:31Tem políticos aqui no Brasil que defendem abertamente
13:34que quando a pessoa morre,
13:36tudo que é dela tem que passar para o Estado.
13:39Que absurdo esse negócio dos filhos herdarem a posse dos pais.
13:45E aí, Caniato, você caminha na direção de uma sociedade
13:49onde, no final de tudo, desse processo,
13:53só existirão dois grupos.
13:56Uma grande massa de pobres,
13:58e aí sim, acabou a desigualdade,
14:01é todo mundo pobre, está todo mundo igual.
14:05E o pequeno grupo que está lá encastelado no Estado.
14:10Esses terão uma vida maravilhosa.
14:13Esse é o projeto que a gente já viu acontecer muitas vezes.
14:16Você, Davila, queria também pedir sua análise e reflexão
14:21sobre esse processo e essa necessidade de algumas administrações
14:25de criarem novos tributos, novos impostos,
14:29ou reajustar a cada dois anos,
14:31sempre mirando, talvez, um grupo, um setor.
14:35Quais são as análises necessárias para que haja interrupção
14:40desse processo, não somente esperando a próxima eleição?
14:43Ah, se vier o tal político, talvez isso vai ser interrompido.
14:47Será que ele vai mudar tudo isso?
14:49Enfim, não podemos depender somente desse processo.
14:52É verdade, Caniato.
14:54E existem enormes diferenças dentro do nosso próprio Brasil.
14:58Aliás, a nossa tarja devia escrever
14:59governo federal sobe imposto de cada 37 dias.
15:03Porque nos estados temos ótimos exemplos.
15:06Por exemplo, o governador Tarcísio, esta semana mesmo,
15:10já declarou que vai ter que cortar despesas
15:14porque a economia está desacelerando.
15:18Então, o que está acontecendo nos estados?
15:21Os bons governadores, esses bem avaliados,
15:25como é o caso de Tarcísio aqui,
15:27Ratinho no Paraná, Zema em Minas Gerais,
15:29o Caiado lá em Goiás, por exemplo,
15:31são governadores que zelam pela conta pública.
15:36Primeira coisa que todos eles fizeram,
15:38equilibrar o orçamento.
15:40Por que equilibrar o orçamento?
15:42É para satisfazer o mercado?
15:44Não.
15:45É porque com orçamento equilibrado
15:47é que tem dinheiro no caixa
15:50para cuidar melhor das pessoas,
15:52para fazer bons programas,
15:54para fazer coisas que afetem a vida
15:57para melhor do cidadão.
15:59Então, olha a mentalidade como é completamente diferente
16:03nesses governos estaduais do governo federal.
16:06O governo federal está nesse modo operante
16:08que o moto acabou de descrever aí.
16:10É uma mentalidade errada,
16:12que só tem uma sanha arrecadatória,
16:14é para lotear o Estado,
16:16é para aparelhar, é para gastar,
16:18é uma visão anti-mercado,
16:21ou seja, é para punir todos aqueles
16:22que trabalham no mercado,
16:24e esses que trabalham no mercado
16:25são as vacas leiteiras que têm que sustentar
16:27os privilégios do Estado.
16:29É essa mentalidade.
16:30Por isso que aí aumenta imposto
16:32a cada 37 dias.
16:34Mas não é a mentalidade
16:36que prevalece sobre os bons Estados
16:38governados pelos bons governadores.
16:41Então, isso dá um fio de esperança
16:44para o brasileiro.
16:46Um fio de esperança
16:47que esta boa safra de governadores,
16:50essa geração de bons governadores
16:52que zelam pelo dinheiro público,
16:54que zelam pela questão fiscal,
16:56e porque zelam pela questão fiscal,
16:59puderam fazer bons programas nos seus estados,
17:02que eles sejam, sim,
17:03candidatos à presidência da República em 2026.
17:06São pessoas que têm obra para mostrar,
17:09projetos para mostrar,
17:11e que mostram comprometimento
17:13com as contas públicas
17:15como algo fundamental
17:17para cuidar melhor das pessoas.
17:19Inclusive, tem uma notícia aqui,
17:22destacada em um jornal muito conhecido,
17:26dizendo que a derrubada do decreto do IOF
17:28iria reduzir as despesas livres do governo
17:31a um nível crítico
17:32de 72 bilhões de reais.
17:36Bom, a gente observa
17:37o movimento por parte da imprensa,
17:41Cristiano Beraldo,
17:42quase que estimulando
17:46as medidas que vêm sendo tomadas
17:47pelo governo federal
17:48em relação aos desafios fiscais,
17:52quase que sublinhando e dizendo
17:57bom, olha, você eleitor,
17:58você espectador,
18:00você internauta,
18:01tem que entender que é necessário
18:03o governo tomar uma medida como essa
18:05por conta dos muitos desafios fiscais.
18:08E as justificativas
18:10que vêm sendo dadas
18:11pelo governo federal,
18:12principalmente por meio
18:13do seu ministro da Fazenda,
18:15em relação à necessidade
18:16de criar novos tributos.
18:18O que você gostaria de trazer
18:20e considerar?
18:21Você mencionou mais cedo
18:23uma entrevista coletiva
18:24dada por ele,
18:25concedida por ele,
18:26ele falou sobre vários temas,
18:28mas há uma expectativa
18:30de que o governo cada vez mais
18:32crie novos impostos e tributos
18:35para conseguir equacionar e equalizar
18:37as contas que vão muito mal,
18:40hein, Cristiano Beraldo?
18:41O que a gente precisa considerar
18:43em relação ao discurso
18:45que vem sendo adotado
18:46pelo governo e pelo ministro?
18:48Renato, fica muito evidente
18:51que aquilo que é discutido
18:53e até as preocupações manifestadas
18:57pelo ministro da Fazenda,
18:59ele está observando o cenário
19:02de uma maneira técnica.
19:04Então, ele tem a demanda
19:06que é cobrir os gastos excessivos
19:09da estrutura do executivo
19:12e para atender a essa demanda,
19:15ele vai buscando formas
19:17de gerar caixa para o governo
19:20honrar os seus compromissos.
19:22Só que ele fala de uma forma
19:25com que o governo, ele,
19:30como ministro da Fazenda,
19:31tem que buscar junto ao Congresso
19:33medidas estruturantes
19:36e não medidas paliativas,
19:39medidas meramente de curto prazo.
19:42Então, o discurso,
19:43quando você ouve,
19:45fala, não, realmente,
19:45o Brasil precisa de alterações
19:48na sua estrutura,
19:49coisas que são feitas agora
19:51e que permitam, ao longo do tempo,
19:54corrigir imperfeições
19:56e dar maior dinamismo
19:58à economia brasileira.
20:00Só que quando você olha
20:02para o que vem
20:04do Palácio da Alvorada,
20:07sobretudo,
20:08e da esplanada dos ministérios,
20:10você vê que não tem absolutamente nada
20:12sustentando esse discurso
20:14do Ministério da Fazenda.
20:16Porque o que fica evidente
20:19é que a política,
20:22a necessidade política,
20:24a vontade de adotar medidas populistas,
20:28a vontade de comprar apoio do Congresso
20:32a partir de liberação
20:33de emendas, de verbas,
20:36de turbinar ministérios
20:37que tem aquele partido
20:38que eu preciso do apoio,
20:40porque senão ele não vai me apoiar
20:41na eleição do ano que vem
20:42lá para o governador do Estado
20:44não sei o quê,
20:45a gente vê que é essa dinâmica
20:46que prevalece.
20:48Então, o ministro,
20:50hoje, da Fazenda,
20:52ele está pregando no deserto.
20:55Esse discurso dele não se sustenta
20:57e a gente viu isso no caso
20:58do IOF.
21:00O ministro Haddad
21:02está com a moral tão abalada
21:04que ele mesmo reconhece e declara
21:07que tem que combinar
21:08como vai gastar o dinheiro do país
21:12com o advogado-geral do União,
21:14que não tem absolutamente nada
21:16a ver com isso,
21:18mas hoje se tornou um interlocutor.
21:22Já é, claramente,
21:23uma pessoa de confiança.
21:25É preciso lembrar aqui,
21:27que o advogado-geral do União,
21:29o Messias ou Bessias,
21:31foi aquele que tinha a incumbência
21:33de levar o termo de posse
21:35para o então ex-presidente Lula
21:38durante o governo de Dilma Rousseff,
21:40para que ele,
21:41na posição de ministro,
21:43se protegesse de uma prisão.
21:45Ele foi parte daquela encenação
21:48utilizando prerrogativas
21:49do presidente da República.
21:50E está aí o advogado-geral do União
21:53comandando como é que se vai gastar
21:55o dinheiro do orçamento.
21:56Então está absolutamente tudo errado.
21:59Como há discursos completamente
22:01diferentes, conflitantes,
22:04Caniato,
22:05a chance de se resolver é nenhuma.
22:08E eu termino aqui dando um exemplo.
22:11A gente fica querendo saber
22:13como é que vai pagar o roubo
22:14que foi feito na Previdência.
22:16depois tem a questão do pé de meia,
22:19que é o programa do governo
22:20para acostumar os jovens
22:22a dependerem desde cedo
22:24de esmola do governo.
22:26Então todos esses programas
22:27têm um custo absurdo
22:28e o governo está perdendo tempo
22:30é com isso.
22:31Só que quando a gente olha
22:32para a indústria, por exemplo,
22:34brasileira, Caniato,
22:35a gente tem a seguinte realidade.
22:37O Brasil produz 15%
22:40do minério de ferro do mundo.
22:43Mas o Brasil produz
22:44menos de 2% do aço do mundo.
22:47Quer dizer, a gente exporta
22:48matéria-prima,
22:49mas não viabiliza
22:50uma indústria forte
22:51para a gente já exportar o aço,
22:54gerando valor e riqueza,
22:56emprego, impostos,
22:57melhorando a dinâmica brasileira.
22:59E este é um exemplo
23:00de inúmeros outros.
23:02A gente exporta grãos,
23:04a gente exporta tudo,
23:05mas a gente não transforma,
23:07a gente não agrega valor.
23:09Nós somos um pé de chinelo
23:10no comércio mundial.
23:11E se a gente não transformar
23:14essa realidade,
23:15nós nunca vamos criar riqueza
23:17para valer no Brasil.
23:18A gente simplesmente
23:19vai ficar tomando
23:21daqueles que ousam
23:22querer produzir no Brasil,
23:24dos trabalhadores
23:25que ousam ser produtivos
23:26no Brasil,
23:27para cobrir o rombo
23:28da incompetência.
23:29Obrigado.