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  • 23/05/2025
A medida provisória que trata da reforma do sistema elétrico amplia o alcance da Tarifa Social de Energia Elétrica e será analisada por uma comissão mista no Congresso. O texto prevê gratuidade na conta de luz para famílias que consomem até 80 kWh/mês e descontos para quem consome até 120 kWh/mês. Deysi Cioccari e Cristiano Vilela comentaram.

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Transcrição
00:00Seguimos com informações ao vivo aqui da nossa reportagem nesta manhã de sexta-feira.
00:04O Congresso Nacional vai analisar uma medida assinada pelo Governo Federal
00:08sobre a isenção da conta de luz.
00:11Em Brasília, a Aline Beckett tem informações a respeito desse assunto.
00:14Aline, bom dia pra você.
00:18Olá, bom dia, Nonato, bom dia, Soraya, bom dia a todos que nos acompanham.
00:22Exatamente, essa medida provisória chega agora pra análise do Congresso Nacional,
00:27mas eu inicio destacando a vocês que essa isenção total da conta de luz
00:32prevista na medida provisória assinada e publicada pelo Governo essa semana,
00:37prevista para pessoas, famílias de baixa renda, também para indígenas, quilombolas,
00:41beneficiários do benefício de prestação continuada, o BPC,
00:45e também pessoas que têm um registro no Cade Único.
00:49Por enquanto, inicialmente, essa medida vale para áreas isoladas,
00:53terão a gratuidade na conta de luz, as pessoas que consomem até 80 kWh por mês.
01:00Esse consumo, ele vale esse limite de 80 kWh, mas caso a pessoa exceda esse limite,
01:08ela terá de pagar normalmente.
01:10E aí, pra 2026, a medida provisória, ela prevê uma ampliação dessa isenção da faixa de renda
01:17para famílias, isenção, na verdade, da conta de luz, desculpe,
01:22para famílias que consomem até 120 kWh,
01:26e que tenham também uma renda per capita de até um salário mínimo,
01:30e também tenham esse registro no Cade Único.
01:33O financiamento e o investimento em cima dessa medida,
01:37agora anunciada pelo Governo Federal,
01:39fica a cargo da Conta de Desenvolvimento Energético, a CDE,
01:44que é um grupo ali, um fundo setorial, na verdade,
01:48para o desenvolvimento de energia elétrica no país.
01:51E aí, pra que isso aconteça, a medida provisória propõe também um bloqueio,
01:55um corte de benefícios atualmente,
01:58que são concedidos a consumidores de energia eólica e energia solar.
02:02E aí, esse fundo setorial vai ajudar nessa isenção total da conta de luz.
02:07A estimativa do Governo, em relação ao impacto que isso vai trazer por ano,
02:15é de 3,6 bilhões de reais.
02:18E aí, essa medida também prevê que, a partir do dia 1º de agosto,
02:22as empresas vão poder escolher o seu fornecedor de energia,
02:26e a partir do dia 1º de dezembro de 2027,
02:30aí os consumidores vão poder escolher os fornecedores de energia.
02:34Já em relação à tramitação no Congresso Nacional,
02:38como você muitíssimo bem disse,
02:40ele chega agora para ser analisado na Comissão Mista de Orçamento,
02:43será analisado pela comissão,
02:45onde deputados e senadores fazem parte,
02:48provavelmente a presidência vai ficar com um senador,
02:52e a relatoria com um deputado.
02:54Então, agora, vai acontecer as reuniões,
02:56colegiado de líderes, para a definição,
02:59a distribuição desse trabalho, dessa medida provisória,
03:02que será analisada na CMO.
03:05Depois que ela for analisada na CMO,
03:07aí ela segue para os plenários da Câmara e do Senado Federal.
03:11O prazo para que esse trabalho todo,
03:14para que essa aprovação esteja concluída e analisada pelo Congresso Nacional,
03:18é de 120 dias,
03:19para que essa medida não perca a validade,
03:23porque ela começou a valer essa semana,
03:26e aí o tempo já corre,
03:28então é preciso que seja montado esse grupo na CMO,
03:32das análises que serão feitas,
03:33as audiências também,
03:35a publicação e um cronograma,
03:37para que não se perca esse prazo de 120 dias.
03:40Eu volto com você, Nonato.
03:42Muito obrigado, Aline Beckett, em Brasília.
03:45Eu já convido aqui para conversar com a gente,
03:46a Deise Siocari e também o Cristiano Villela,
03:49analisando os temas de hoje.
03:51Villela, 60 milhões de isenção,
03:54ou de contas isentas do pagamento de luz.
03:57É essa a ideia desse projeto.
04:00A gente já falou aqui também da questão do imposto de renda,
04:03isenção para quem ganha até 5 mil reais também.
04:06Enfim, são várias as medidas que vão sendo adotadas,
04:10enquanto por outro lado a gente sempre está falando
04:12que precisa fechar a torneira,
04:13precisa apertar um pouco os cintos.
04:16Isso tudo é factível, Villela, na sua visão?
04:19É esse o grande problema, viu, Nonato?
04:21Quem vai pagar essa conta?
04:23De que forma essa conta se paga?
04:25E o fato do país estar dentro de uma necessidade
04:28de cortar gastos e não criar novos gastos.
04:32Mas é impressionante,
04:33sempre que se trata da necessidade de corte de gastos,
04:37de contingenciamento,
04:38vem em paralelo uma outra notícia,
04:41uma medida aumentando os gastos efetivos
04:44por parte do governo federal.
04:46E nesse caso não é diferente.
04:48É evidente que é uma boa notícia,
04:49do ponto de vista político,
04:51isentada a tarifa de energia,
04:53um número tão grande de pessoas,
04:55especialmente pessoas de baixa renda.
04:57É evidente que isso é positivo.
04:59Agora, isso não se sustenta sozinho.
05:02Precisa realmente de um aporte
05:03que é calculado em mais de 3 bilhões de reais.
05:06E esse anúncio do governo,
05:08ele não demonstra claramente
05:10de que forma isso vai ser custeado,
05:13de modo que fica evidenciado
05:14que mais uma vez a sociedade,
05:16como um todo vai pagar a conta
05:17e as contas públicas vão ser cada vez
05:20mais pressionadas
05:21por conta de um interesse político,
05:24de um interesse eleitoral,
05:25vão fazendo com que o Brasil
05:27continue sofrendo as dificuldades
05:29por não ter um ambiente de sanidade fiscal.
05:33Deise, como você está vendo essa isenção?
05:36O ministro Alexandre Silveira
05:37disse essa semana que a medida avisa
05:39segurança jurídica para investir,
05:42que é uma reforma que baixa
05:44os custos estruturais.
05:46Você acredita que a medida
05:47tenha, de fato, impacto para,
05:50aliás, potencial para impactar a economia?
05:54Soraya, o governo está vendendo
05:56como justiça social
05:58aquilo que é um repasse de contas.
06:02Então, quem vai acabar pagando essa conta,
06:05porque como o próprio Vilela falou,
06:07alguém vai pagar essa conta,
06:09vai ser a classe média,
06:10vai ser o setor industrial,
06:12que são justamente aqueles que já pagam
06:14o maior tributo
06:15e são aqueles que sofrem
06:17com um serviço mais precário.
06:19Então, essa conta vai chegar
06:20para uma parcela da população.
06:22E aí, o governo Lula faz aquilo
06:23que sempre soube fazer,
06:25que é vender um populismo
06:27num período pré-eleitoral.
06:29Então, agora a gente anuncia
06:30uma medida aqui que ela é,
06:32ela possui uma narrativa muito valiosa,
06:34ela possui uma narrativa muito positiva,
06:36mas, assim, a conta vai chegar
06:38logo ali na frente.
06:39E isso não resolve o problema estrutural
06:42do setor energético,
06:43que nos últimos cinco anos
06:45já apresentou um rombo
06:46que foi aumentando para mais de 120%.
06:49Então, você apresenta aqui
06:51uma medida populista
06:52que soa muito bem
06:53aos olhos e aos ouvidos da população,
06:56mas você não resolve o problema estrutural
06:58e você vai adiando esse problema.
07:01Então, tira um pouquinho daqui,
07:02mas continua gastando lá.
07:03Então, essa MP,
07:05ela vai acabar protelando
07:08um problema muito sério
07:10do setor energético brasileiro
07:12e a gente vai seguir
07:13sem uma reforma profunda no setor.
07:15Assim, a gente fala isso
07:16todo dia aqui no Jornal da Manhã.
07:18São medidas paliativas
07:20e não resolvem o problema médio
07:22e longo prazo.
07:23O próximo governo,
07:24o próximo presidente
07:25que assumiu o Brasil
07:26vai assumir uma bomba.
07:28E aí

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