Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • 22/04/2025
O governo de São Paulo deu início à retirada das famílias da favela do Moinho, a última favela localizada próximo ao centro de São Paulo. Ao todo, 11 famílias integraram essa etapa da desocupação. Segundo o governo, a retirada é programada para aqueles que aderiram a programas habitacionais da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de SP. O governo do estado entrou com um pedido de cessão para transformar a área, que pertence à União, em um parque. Moradores do Moinho têm realizado uma série de protestos contra as demolições de casas no local.

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

#JovemPan
#LinhaDeFrente

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Girando o assunto, o governo de São Paulo deu início à retirada das famílias da favela do Moinho.
00:10A última favela localizada próximo ao centro de São Paulo.
00:15Nós temos Paraisópolis, tem Meliópolis, tem Nova Harmonia, temos outras favelas de São Paulo,
00:19mas essa é mais próxima do centro.
00:21Ao todo, 11 famílias acabaram integrando esta etapa da desocupação.
00:30De acordo com o governo, a retirada é programada para aqueles que aderiram a programas habitacionais
00:38da CDHU, que é a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo.
00:45O governo de São Paulo entrou com o pedido de sessão para transformar a área que pertence à União em um parque.
00:55Moradores do Moinho têm realizado uma série de protestos contra demolições de casas no local.
01:03Meu querido Rodolfo...
01:05Ricardo Rous.
01:06Vamos começar com o Ricardo Rous.
01:08Meu querido Ricardo Rous.
01:09Ninguém mora numa favela porque quer, mas essa desordem, essa maderna no Brasil de ocupações
01:18ilegais, mais de 300 mil delas no Grajaú, no extremo sul da cidade de São Paulo, isso
01:24impacta o meio ambiente, coloca as pessoas em situação de risco e depois, quando vai
01:29ter que retirar, isso causa um transtorno social para essas pessoas enorme.
01:33Como fazer para cumprir a lei, manter a obediência ao plano diretor e, ao mesmo tempo, conciliar
01:41com o interesse social e a defesa do meio ambiente?
01:44É toda uma maquinação.
01:45Meter o pau é fácil.
01:47Agora, resolver o problema, quando se vai resolver, todo mundo quer criticar.
01:51Exatamente, Capês.
01:52Acho que um dos primeiros pontos é você deixar de lado a organização política, que muitas
01:58vezes também está por trás com interesses políticos, ideológicos, às vezes manipulando
02:04alguns dos moradores ou usando alguns dos moradores.
02:06Eu falo alguns porque a grande maioria não quer, aceita ser transferido para uma outra
02:11área, como é o caso desse exemplo específico.
02:14Esse terreno é um terreno da União, que foi pedido pelo Estado de São Paulo para ser
02:18feito um parque.
02:19Ali moram um conjunto de famílias, cerca de aproximadamente mil famílias.
02:23E o governo do Estado de São Paulo, nesse pedido de cessão da União desse terreno
02:27para transformar em um parque, já iniciou, através do CDHU, um diálogo com as famílias
02:32que residem nessa comunidade, com o objetivo de que essa família saia da comunidade e vá
02:37para uma moradia ligada a um projeto habitacional do Estado de São Paulo, em especial o CDHU.
02:43Algumas dessas famílias já iniciaram o diálogo com o CDHU, mais da metade das famílias
02:48já estão nesse diálogo com o CDHU, uma boa parte delas já com o imóvel ali,
02:54identificando o imóvel, uma possibilidade, é uma questão bastante sensível,
02:58tem vários detalhes envolvidos nesse processo, mas mais da metade das famílias já estão
03:03dialogando com o CDHU e providenciando a sua saída.
03:06Dito isto, o que é que deve estar por trás deste grupo de pessoas que quer fazer esta
03:12manifestação?
03:13E quando eu vejo os cartazes, inclusive escrito com português muito errado, e as manifestações,
03:18eu vejo que tem um ataque direto ao governador Tarcísio, não tem uma defesa do porquê
03:23que elas querem continuar morando numa comunidade ao invés de, de repente, irem para um apartamento
03:26do CDHU.
03:27Eu não vejo esse motivo, eu vejo uma motivação politico-partidária, ou seja, se usa uma parcela
03:34dessas pessoas com interesses e fins políticos de bater no governador Tarcísio e de criar
03:39um oba-oba, e a gente sabe que existem aí movimentos organizados, que dependem de que
03:44as pessoas continuem em situação de miserabilidade para poderem existir.
03:49Eu acho que esse movimento que o CDHU está fazendo é um movimento positivo, desde que
03:53dialogado com as famílias, desde que dando, de fato, sim, a possibilidade da família se
03:57mudar para um apartamento do CDHU.
03:59É importante que a gente faça isso, sim, e que vai ser uma bela área transformada num
04:03belo parque.
04:04É, tem nada mais hipócrita do que exploração ideológica da desgraça alheia, da vulnerabilidade
04:11alheia.
04:12Meu querido David Tarc, você cobre muito temas ligados à segurança pública.
04:17A gente sabe que estas ocupações, que são ocupações ilegais, elas acabam proporcionando
04:24o domínio do crime organizado sobre a população que é obrigada a viver naquela área e se
04:30submeter a esse crime organizado.
04:32Você tem só na favela de Paraisópolis e Heliópolis, juntos, nós temos aí 110, 120 mil pessoas
04:39ali colocadas e em áreas que são dominadas, repito, pelo PCC, por organizações criminosas.
04:47O PCC, aliás, é especialista em loteamentos clandestinos, ocupações irregulares e construções
04:54que você vê por aí, claramente, que são PCC, empreendimentos imobiliários.
04:59Então, quando o governo vai agir, muitas vezes, acho que quem está sendo manipulado
05:05não está sendo manipulado para protestar, está ganhando uma graninha para atrapalhar
05:09o governo.
05:10Pois é, Capês, eu acho assim, a ausência do Estado já começa desde o momento da ocupação.
05:16Como você citou a favela do Moinho, existem lá mil famílias, 11 apenas estão dialogando
05:22para que, realmente, nessa primeira etapa, haja essa desocupação.
05:26Então, o Estado, a Prefeitura, não agiu enquanto as famílias estavam construindo esses imóveis
05:31de maneira irregular, então faltou fiscalização.
05:34Isso passa gestão, entra gestão e sai gestão?
05:36É o mesmo problema.
05:37Aí você questiona o prefeito atual, fala assim, ah, mas foi na gestão passada, agora
05:41a gente está tentando dialogar para resolver.
05:43Então, a gente não vê medidas que realmente avancem de impedir que isso aconteça.
05:48Primeiro ponto, depois que aconteceu, tem a favela lá instalada, aí vem, mais uma
05:54vez, a ausência do Estado, onde as milícias, que é possível dizer assim, por meio do crime
06:01organizado que agem nesses locais, para o fortalecimento da própria favela.
06:05Então, o que o primeiro comando da capital faz?
06:09Olha, eu vou te fornecer aqui a internet, mas você tem que comprar da gente, eu vou
06:14te fornecer gás, você tem que comprar da gente, e itens básicos que você precisar
06:19comprar, você vai comprar somente da gente.
06:22Caso a pessoa não compre ali dentro da favela, realmente ela pode ser até mesmo penalizada
06:27com a própria vida.
06:29Então, é a ausência do Estado em todos os sentidos.
06:32E, como o Ricardo bem pontuou, sobre a questão de onde existem essas famílias que não querem
06:43sair dessas áreas, porque justamente elas já estão habituadas àquele cenário.
06:48E aí ficam até receosas, muitas vezes algumas são oprimidas, para que não deixem esses
06:53locais sob a prerrogativa do crime organizado, que fala assim, ó, se você for para aquele
06:58local, você pode sofrer com consequências.
07:00Então, a pessoa fica com medo, fica coada.
07:03Então, é a ausência do Estado em todos os sentidos.
07:05Por isso que eu digo, precisa ter uma fiscalização mais efetiva sobre essas áreas que são ocupadas
07:09irregularmente.
07:10Começa lá com uma tendinha, uma barraquinha de lona, daqui a pouco avança para uma construção,
07:16uma cabana, e aí vai se instalando a favela.
07:19Então, a partir do momento que já tem uma ocupação irregular, o Estado precisa agir
07:23por meio da fiscalização, para que a gente não veja as situações que começam acontecendo,
07:27e aí desocupações e toda essa problemática envolvendo, como a gente tem visto agora
07:32na favela do Moinho, aqui em São Paulo, na região central da cidade, inclusive, que
07:36é uma região que poderia ter muito potencial para desenvolvimento e tem essa favela com
07:40mil famílias ali.
07:41Rodolfo Maris.
07:44Capês, o David de Tarso narrou muito bem o que acontece nas periferias, junto com o
07:49Ricardo Rous, que é um especialista no assunto e também em educação.
07:53Eu gosto de ouvi-los falando sobre essa pauta, porque eu me identifico com o que eles falam,
08:02porque eu vivo esse tipo de realidade, porque hoje eu faço trabalhos sociais e eu vejo que
08:06existe uma outra...
08:08Eu quero apresentar um outro pensamento, ok?
08:11Pessoas que estão ali, dificilmente eles não pagam água, não pagam luz, e eles pagam
08:16a internet para o crime, para o PCC.
08:19Gás de cozinha é comprado também pelo PCC.
08:22O mercado que eles fazem é a tendinha que está ali dentro, que paga um pedágio para
08:27o PCC.
08:28Ou seja, eles não podem nem fazer compra fora daquela comunidade.
08:31Eles são habituados.
08:32O David de Tarso usou uma palavra aqui que eles...
08:34Bem feliz, que é habituados.
08:36Eles estão habituados a viver naquelas condições.
08:38Qualquer outra promessa de vida fora dali, para eles é como se fosse aquele mito da caverna.
08:45Há uma luz, mas todo mundo está com medo de ir para aquela luz.
08:47Por quê?
08:47Porque se eles forem para um CDHU, por exemplo, eles vão ter que...
08:51Vão se deparar com uma outra realidade.
08:54E o crime organizado, nesse caso, ele é geográfico.
08:57Quem está no centro, atua no centro.
08:59Quem está na Zona Leste, atua na Zona Leste.
09:01Quem está na Zona Oeste, e assim sucessivamente.
09:04Para onde eles vão?
09:06Eles vão sair do centro?
09:07O crime organizado vai continuar atuando?
09:09Eles vão continuar vendendo as drogas que eles vendem ali naquela comunidade?
09:13Para onde aquela comunidade for?
09:15Óbvio que não.
09:16Então, há uma briga territorial.
09:18Há uma coerção em cima dessas pessoas.
09:21Olha, vamos se manifestar.
09:22Vocês não podem sair daqui, porque se sair daqui, o bicho pega e o couro come.
09:27Essa é a realidade das pessoas que vivem nesse tipo de comunidade.
09:30Então, é muito difícil.
09:32É uma pauta muito difícil.
09:33E o Estado tem o dever de abrigar essas pessoas, de dar o devido respaldo sobre essa pauta para essas pessoas.
09:41Já que a gente tem um salário mínimo, que é uma vergonha.
09:43Já que o prefeito Ricardo Nunes, em algumas das suas entrevistas, falou que isso é da gestão passada.
09:49E já que o governador começa a olhar com esse prisma para essas pessoas, nós precisamos, de verdade, de uma solução.
09:58E a solução é mais educação e combater o crime organizado.
10:02Meu querido Victor Miciato, moram aqui no Brasil, em favelas, 16 milhões e 400 mil pessoas.
10:12Se você fizer aí um corte de 500 mil reais para cada uma dessas pessoas, se a gente gastasse menos, tivesse mais responsabilidade,
10:23as pessoas não precisariam estar morando ali ao alcance das organizações criminosas.
10:28Como você vê a questão aqui do governo tendo que fazer o cumprimento de uma decisão judicial,
10:36desocupar essas famílias após ter negociado com elas, mas ao mesmo tempo não ter aonde alocar
10:41tantas outras que moram aqui no Estado de São Paulo e em outros estados, governos estaduais,
10:45que não conseguem desalojar também essas pessoas para colocá-las em moradias dignas.
10:50Por que nós somos tão desorganizados e tão incompetentes?
10:56Porque, como nós estávamos discutindo no último tema sobre a Minha Casa Minha Vida,
11:03uma vez eu dei aula num curso de arquitetura em 2017,
11:07e nós estudamos muito como funcionava o planejamento urbanístico no Brasil
11:12desde a época do regime militar.
11:15O Minha Casa Minha Vida não muda muito do que era colocado lá atrás.
11:19Então, nós temos um planejamento urbano ainda muito defasado na relação da pessoa que vive na cidade
11:25com as demandas atuais e com esses projetos cada vez mais ultrapassados.
11:30Diante disso, eu vejo que São Paulo, através do governador Tarcísio,
11:34vem tentando trazer esse debate para o centro da cidade.
11:38E com isso, de fato, mudando algumas comunidades,
11:42a questão dos parques, que é o interesse de se colocar nessa comunidade,
11:45é algo interessante que vem dando certo.
11:47Essas concessionárias de parques aqui em São Paulo,
11:50é uma São Paulo que precisa também olhar não só para a habitação enquanto moradia,
11:56mas a habitação enquanto desenvolvimento sustentável,
11:59a habitação enquanto facilidade no transporte.
12:02E aí eu vejo que sim, que essa é a demanda atual que está tentando se cumprir,
12:08apesar de todas as dificuldades que vocês elencaram aqui.
12:10Pois é, mas a verdade é que entra ano, sai ano, nós continuamos gastando dinheiro
12:17e eu costumo, às vezes, polemizar, Ricardo Rosso, com economistas que vêm aqui à mesa,
12:23de que é bom se endividar porque num Estado cresce sem ter endividamento.
12:28Agora, quando você se endivida, por exemplo, pegando recursos no Banco Mundial
12:34para incentivar a construção civil, você está, na verdade, estimulando a economia a crescer
12:39por meio de investimento.
12:41Agora, quando você se endivida para dar crédito barato para as pessoas,
12:45torrarem em bens de consumo ou desperdiçar dinheiro,
12:49muitas vezes com custeio no lugar de investimento,
12:52você vai gerando só mais dívida e acentuando a miséria a médio e longo prazo.
12:57Será que não há uma visão possível que seja mais pragmática
13:03para pegar dinheiro e aplicar infraestrutura, investimento,
13:07trazer dinheiro externo para cá?
13:09Por que é tão difícil?
13:11Capês, é tão difícil porque nós temos agentes públicos, em especial,
13:15que a gente gosta de chamar de uns nossos políticos,
13:17muito incompetentes, muito mal preparados,
13:19sem condição nenhuma de tocar um projeto de nação no Brasil.
13:22É isso, é simples.
13:23Porque diversas linhas de teorias econômicas,
13:25em especial o que você falou e a gente debate aqui no Linha de Frente
13:28ou até fora aqui do Linha de Frente,
13:30com alguns economistas e até amigos que são mais dessa linha de
13:33o governo tem que crescer pegando recurso, fazendo empréstimo mesmo,
13:37se endividando.
13:39E não há necessariamente essa tese, ela não é 100% errada.
13:44O X da questão é se endividar para quê?
13:47Qual o objetivo?
13:49Se nós estivermos nos endividando para poder desenvolver a nossa agroindústria,
13:53onde nós somos fortes,
13:54se nós desenvolvermos a nossa indústria,
13:56para poder ter um plano de nação, um plano de Estado brasileiro,
13:59saber para onde nós queremos levar o nosso país,
14:01para investir fortemente em educação,
14:03que é um dos nossos grandes problemas,
14:05pode ser uma possibilidade, uma realidade plausível.
14:08O problema é que o Brasil se endivida,
14:10para quê?
14:11Para poder fazer oferta de crédito,
14:12para poder gerar economia através do consumo.
14:15E aí nós temos um grande problema.
14:17Se endividar, o Japão é endividado,
14:18os Estados Unidos é o país mais endividado do mundo,
14:20nós temos grandes economias endividadas,
14:21mas tiveram crescimento econômico por um outro caminho.
14:25Esse não é o caso do Brasil,
14:26porque boa parte das pessoas que hoje ocupam postos importantes aqui no Brasil
14:29não tem projeto de Estado,
14:30tem projeto político para a próxima eleição,
14:32querem se reeleger.
14:33E aí utilizam do Estado para benefício próprio,
14:35utilizam desses mecanismos que nós temos à disposição do Estado
14:40para o benefício dele, dos interesses políticos dele.
14:43Ou seja, um grupo de políticos mesquinhos que nós temos no poder.
14:46e infelizmente, é óbvio, toda regra tem exceção,
14:48não estou falando de todos,
14:49estou falando de um grupo que, na minha opinião,
14:51conglomera a maioria.
14:52Por isso a gente vive num país em desenvolvimento eternamente.
14:55O Brasil é o eterno país do futuro.
14:57Agora, meu querido David de Tarso,
15:00a insegurança jurídica que existe aqui no Brasil,
15:04a instabilidade política,
15:06esta polarização que existe,
15:08e esta imprevisibilidade do judiciário
15:11tomando uma decisão surpreendente a cada momento,
15:14incluindo aqui órgãos de controle,
15:16a justiça como um todo,
15:18isso leva ao afastamento do investimento externo.
15:22Marcos regulatórios que poderiam fixar regras
15:25e poderiam trazer investimento externo
15:27não são feitos porque há muita polêmica judicial.
15:31Por que nós polemizamos tanto?
15:33Não dá para ter uma visão mais saxônica,
15:35mais pragmática, desenvolvimentista,
15:39do que esses debates infrutíferos que se repetem
15:42dia a dia nesse país há tanto tempo?
15:45É, e o governo fica com medidas paliativas, né?
15:47Como, por exemplo, a gente está citando
15:49sobre essa ampliação da compra do imóvel
15:52até 500 mil reais.
15:53Você aumenta a demanda? Aumenta.
15:55Só que com o passar do tempo também,
15:57você aumenta o valor do imóvel,
15:58porque aquele imóvel que antes não era subsidiado
16:00e pouco vendia,
16:02ele começa a ser vendido.
16:03A gente viu recentemente acontecendo
16:05com os veículos automotores.
16:07Hoje você não compra um carro
16:08com menos de 60 mil reais, 65 mil reais.
16:11Eu não consigo lembrar de nenhum veículo
16:12que custe menos que isso no Brasil.
16:14Mas por quê?
16:15Você depende de fatores externos,
16:17ou seja, muitos componentes são importados de fora.
16:22O nosso real está desvalorizado
16:23por conta dessa gastança
16:24e por conta desses subsídios que são dados,
16:27como, por exemplo, o que a gente acabou de citar
16:29em relação à construção civil.
16:32E você não tem o estímulo à indústria,
16:34à própria indústria.
16:36Então, de que jeito que a gente vai estimular a economia,
16:38sendo que a gente não tem o pilar principal,
16:41que é de gerar a própria riqueza
16:43e, dessa forma, aí depois a gente aumenta a demanda.
16:46Não, a gente aumenta a demanda,
16:47mas é buscando, muitas vezes, no mercado externo.
16:49Então, não tem como funcionar.
16:51Não precisa ser gênio.
16:52Mais uma vez, eu repetindo essa frase,
16:54da economia, para você ver
16:55quais medidas precisam ser feitas, mas não são.
16:58É, meu amigo, precisa realmente.
17:00É ter fé.
17:01É, meu amigo, precisa realmente.

Recomendado